Isabella.Wenderros 15/01/2021De todos, Chase era o que mais me despertava curiosidade.Lady Georgiana Pearson sabe que é assunto de fofocas da sociedade. Sendo duplamente criticada – por ser solteira e mãe –, Georgiana estava disposta a ignorar todos os mexericos, mas isso muda quando sua filha Caroline, de 9 anos, vira o alvo do escárnio. Então, ela decide que precisa de um casamento que possa assegurar certa respeitabilidade para que a menina tenha uma chance de ser aceita. O que ninguém sabe é que aquela bela mulher procurando por um marido, é a fundadora do cassino mais importante de Londres, O Anjo Caído. É lá que fortunas são perdidas e informações sobre todos os lordes ingleses guardadas à sete chaves.
Duncan West é um homem poderoso com um passado enigmático. Apesar de não possuir um título, é dono de um império jornalístico que lhe garante um lugar na alta sociedade. Quando Duncan e Georgiana se encontram, a atração entre os dois é imediata e avassaladora, mas os dois guardam segredos – e desvendar cada um pode trazer problemas e mágoas que serão difíceis de superar.
A protagonista já é conhecida do leitor que teve contato com a trilogia anterior. Irmã de um dos principais personagens, Georgiana teve o papel de impulsionar o Duque de Leighton na decisão de se casar por amor. No 1º capítulo, é possível acompanhar uma jovem se apaixonando por um dos empregados de seu irmão e sendo abandonada. Apesar da exclusão social, Georgiana não apenas aceitou a gravidez, como abraçou a maternidade – e teve o apoio da família para isso. Falando em Caroline, ela é completamente cativante e divertida, me conquistou durante a leitura.
Quando decidiu criar o cassino, ela sabia que uma mulher não seria respeitada, assim surge Chase. O famoso e temido homem que negociava informações e sabia os segredos de todos aqueles nobres que desperdiçavam sua riqueza nas mesas de jogos.
O casal faz um acordo que beneficiará ambos e acabam se envolvendo – o que achei que poderia ser algo incrível, mas foi essa relação que me atrapalhou um pouco. A necessidade de proteção que West sente pela parceira começou a me irritar e eu torci para que a protagonista não mudasse seu jeito de ser. Ela precisava de apoio – assim como todo ser humano –, mas não de alguém que a sufocasse. Além disso, Duncan fica obcecado com a possível relação entre Chase e Georgiana, o que seria válido se não tivesse virado a neurose que virou; tudo teria sido mais simples se a verdade fosse revelada antes. O passado de Duncan talvez tenha contribuído para essa preocupação com Georgiana, mas sua mãe e Anna não poderiam ser mais diferentes.
Amei que Sarah trouxe alguns personagens da série anterior através dos jornais de fofocas e assim pude dar uma espiada em como eles estavam anos depois. As cenas com os quatro fundadores do cassino foram ótimas, como sempre, e queria muito poder visualizar o famoso vitral de Lúcifer indo parar no inferno. Apesar de achar a série, no geral, mediana, vou sentir saudade desses canalhas.