@wesleisalgado 16/04/2021Enfado com a vida de um burguês de meia idade.Li CLORO do autor uns anos atrás e gostei bastante. Aqui, sem a temática gay, o que me surpreendeu não sei o motivo, temos um vislumbre de rápido de uma crise de meia idade.
Matias, quarenta e poucos anos, classe alta paulistana, gosta de sexo, tem um casamento morno com uma esposa tão morna quanto, se vê a beira de uma epifania após acordar em quarto de hotel sem se lembrar do ocorrido.
O livro narra os quatro dias após o ocorrido, com Matias pelas ruas de São Paulo, fazendo um balanço de sua vida até então, além de algumas pontuações nas visões de Susana, sua esposa. Existe melancolia na classe abastada ,esse é o principal fio condutor da história. Matias, enquanto personagem, encarnando a canalhice digna da escrita de Nelson Rodrigues.
O prólogo servindo mais como epílogo é bem divertido, após terminar o livro volte ao início para entender. Mesmo que o personagem em questão possivelmente tenha sido fruto da imaginação de nosso protagonista. Pobre Matias.
É um livro bom, mas gostei mais de CLORO.
OBS: Resenha nº 44 do desafio Skoob 2021.