Frost Like Night

Frost Like Night Sara Raasch




Resenhas - Frost Like Night


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Sarah Warman/ @travelholic_sarah 23/09/2016

Conclusão decente.


Conclusão decente da trilogia.

Eu amei o primeiro livro, e apesar de muitas pessoas terem odiado o segundo livro, eu gostei muito, mas esse me decepcionou um pouco, esperava mais.

O livro se arrastou um pouco, um pouco monótono, sem muita emoção e sem muita ação. Mas apesar disso, eu gostei e achei a conclusão satisfatória, mas não acho que o livro vai ficar na minha cabeça, pelo menos, não como o primeiro ficou. Eu gostei de ler o ponto de vista da Meira e do Mather, mas o ponto de vista da Ceridwen achei fraco e não muito interessante. Estou satisfeita com o final da trilogia.
Dayane 31/03/2017minha estante
Você leu o último em ingles? Teria por um acaso ele traduzido???




Luiza Helena (@balaiodebabados) 17/08/2017

Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/
"Angra queria me quebrar.
Mas ele só me fez inquebrável.*"

Frost Like Night começa no exato momento onde terminou Ice Like Fire/Gelo e Fogo. E daí pra frente, haja coração.

É super visível o crescimento de Meira se compararmos lá do início da história em Snow Like Ashes/Neve e Cinzas. Meira sempre foi uma garota de personalidade forte, corajosa, disposta a ajudar todos da maneira que pode, mas ela tinha uma certa insegurança. E essa insegurança só aumentou depois que o reino de Winter foi tomado de volta e ela coroada rainha. Durante sua estadia em Paisly, ela aprende muita coisa que envolve a magia de Primoria e a Ruína. Porém, o seu maior aprendizado foi fazer as pazes consigo mesma e não temer sua magia.

"Eu me fiz inteira. Eu sou o suficiente para mim.*"

Esse aprendizado é liderado por Rares e Oana, moradores do secretíssimo reino de Paisly. E é através deles que sabemos por que esse reino é no maior estilo top secret. Eles ajudam Meira a entender e aceitar sua magia, assim como a preparam para fazer o que deve ser feito para destruir Angra e a Ruína, assim salvando Primoria. Os dois personagens são maravilhosos e não tem como não se afeiçoar a eles, apesar da sua um tanto breve aparição. De uma certa forma, eles guiaram Meira a se tornar mais confiante de suas ações e de si mesma.

Mather já vinha ganhado destaque desde o livro passado e esse aqui ele teve bem mais. Alguns capítulos foram narrados em sua visão, em terceira pessoa, assim como no livro anterior. Desde o começo da trilogia, vemos Mather tentar encontrar seu lugar no reino de Winter. Primeiro, ele achava que era rei e se ressentia por não ter magia, não podendo ajudar seu povo. Depois que os Winterians foram libertos, ele era o único que via a real situação que se encontravam, mas ninguém dava bola pra ele. Finalmente, depois de muito 7x1 na cara, ele encontrou seu lugar liderando os Filhos do Degelo. Gostei que Sara explorou seus sentimentos e batalhas internas, principalmente quando se refere a Meira e seu pai William.

"A família nem sempre é aquela que você nasceu. É com quem você está, quem você ama. Essas famílias podem ser ainda mais fortes.*"

Outra personagem que teve maior destaque nesse livro foi Ceridwen, princesa do reino de Summer. Ainda sofrendo com a morte do irmão, Cerie só quer vingança contra Angra, mas ao mesmo tempo carrega a culpa dessa fatalidade. Tudo que ela quer é proteger seu reino e seus súditos, mas como fazer isso se não pode salvar nem seu irmão? De certa forma, Ceridwen se parece com Meira nesse aspecto. Assim como Mather, Sara também explorou suas emoções, inseguranças, dúvidas e também a amizade maravilhosa dela com Meira.

"E enquanto eu poderia cultivar facilmente essa centelha de raiva, eu não. Eu deixo que ela se afaste, porque é parte de coisas que já aconteceram.*"

Com o livro narrado nas visões de Meira, Mather e Ceridwen, podemos acompanhar o crescimento dos personagens, assim como medos e apreensões não somente deles, mas de todos que estão nessa guerra contra Angra. Além de claro, ter uma visão geral de tudo que está acontecendo. Na guerra sempre há perdas significativas e Sara não poupou sua ceifa em alguns personagens. O livro tem um ritmo intercalado entre muito tiro e calmaria. As cenas de ações não deixam a desejar e nos momentos de “calmaria” sempre tem aquela tensão no fundinho, lembrando a eles tudo que está acontecendo.

Na resenha de Ice Like Fire/Gelo e Fogo, comentei que meu ship afundou bonito e eu fui com ele. Pois outro ship nasceu nesse livro e é impossível não torcer. Apesar do seu envolvimento com Theron, Meira sempre foi apaixonada por Mather. E o que mais gostei da personagem é que ela nunca deixou esses sentimentos atrapalharem seus objetivos. Em Ice Like Fire eu já estava vendo sinais que os dois iriam se aproximar novamente. O melhor de tudo é que Sara trabalhou muito bem essa reaproximação dos dois amigos: Mather é a única pessoa que Meira pode confiar de olhos fechados; e, apesar de algumas desavenças, Mather está sempre disposto a ajudar Meira em qualquer coisa. Intercalado com tudo que esses dois personagens sentiam no meio dessa loucura toda, Sara construiu um romance bem crível e nada forçado, mas como sempre sem tirar o foco do que é importante.

"Não há nada de mágico sobre isso. [...] Nós merecemos tudo que acontece aqui.*"

Nos capítulos finais tudo que acontece é tiro, porrada e bomba. Fiquei apreensiva por todos os favs da história e, ao mesmo tempo, desejando morte lenta e dolorosa para todos aqueles que mereciam uma morte lenta e dolorosa. Entretanto, meu coração parou no finalzinho do penúltimo capítulo e eu já estava no chão, em posição fetal. Mas a diaba da autora é tão the monha teve uma sacada majestosa que só pude bater palmas. O melhor de tudo é que esse detalhe estava sendo esfregado na minha fuça desde o começo do livro, mas eu tenho certeza que todo mundo que leu deixou passar despercebido.

Li muitas reviews que acharam o desfecho da história um tanto médio. Pra mim Frost Like Night foi um desfecho à altura de toda a história que Sara construiu. É um livro que prende do começo ao fim e deixa com os feelings nas alturas.

"Nós somos nossa própria magia agora. Nada pode nos parar.*"

Frost Like Night já foi lançado no Brasil com o nome de Geada e Noite, pela HarperCollins.

*Traduções feitas por mim

Leia mais resenhas em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/

site: https://balaiodebabados.blogspot.com.br/2017/08/resenha-197-frost-like-night.html
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Lauraa Machado 04/12/2018

Um ótimo final para a trilogia
Nota verdadeira: 4,5

Essa trilogia, Neve e Cinzas, é outra prova de que livros bons não têm tanto espaço quanto livros ruins. Durante ela toda, desde o começo do primeiro livro, me lembrei de outra que é muito mais famosa e que não fez praticamente nada direito. Os três livros de Neve e Cinzas são muito bons, muito bem trabalhados e desenvolvidos, durante os quais a autora aproveita toda sua ideia e explora todo o mundo e os limites que ela criou. Como essa trilogia não ficou mais famosa até hoje?

Não vou falar que é uma série perfeita, mas dá para ver que a autora realmente trabalhou e muito em cima de todos os elementos da história. Amei poder ver pelo menos um pouco de todos os reinos durante os três livros. Fica muito mais fácil sentir que eles existem quando a gente os vê diretamente (tá, através do livro, mas vocês entenderam). Apesar da história ter alguns elementos mais "infantis", que fazem muito sentido quando você descobre que a autora teve a ideia dos livros aos 12 anos, (como, por exemplo, a divisão de reinos entre estações e ritmos) eles são tratados com um confiança que te faz levá-los a sério sem problema e nunca parecem aleatórios.

Tem duas coisas que eu acredito que poderiam ter sido melhores nesse terceiro livro. A primeira delas pode trazer algum spoiler para quem não leu o primeiro e o segundo livros antes. Sobre a segunda, eu falarei no próximo parágrafo.
A ideia de Meira ir treinar e aprender a dominar seu poder no começo desse livro parece um pouco atrasada em relação à história. Teria preferido ver ela antes do último livro, principalmente porque ela teve que se desenvolver muito rápido e fácil aqui para dar tempo de todo o resto que ainda teria que vir.

A outra coisa que não pude evitar notar foi a falta de coragem da autora de assumir o que Meira tinha que fazer. E é tudo que vou falar sobre, super aceito conversar a respeito, mas só em mensagens particulares de quem já leu também.

Esse terceiro livro mantém o ritmo rápido dos anteriores, tem mais ação do que o segundo e não deixa a desejar a quem já adorou os outros. Gostei bastante da narração da Ceridwen, mas confesso que não foi tanto quanto eu esperava depois do segundo livro. Mas Mather ficou cada vez melhor e ele é um verdadeiro tesouro nessa história, junto com a Meira que é maravilhosa e provou até o final que merecia ser a protagonista dessa série.

Se você gosta de livros de alta fantasia YA, com reinos, magia, batalhas e culturas diferentes, essa trilogia vai ser perfeita para você. Eu estava tão apreensiva para o segundo e o terceiro livro, mas agora posso finalmente dizer que os três são ótimos e deveriam ser mais conhecidos. Super recomendo!
DESATIVADO 04/12/2018minha estante
Me animei a ler essa trilogia! Ja tinha visto tanta gente falando que não tinha gostado que tinha desanimado.


Lauraa Machado 04/12/2018minha estante
Eu não sei por que desanimariam, porque ela é super rápida e fácil de ler! E é bem interessante também!


steph (@devaneiosdepapel) 04/12/2018minha estante
Olha, sua resenha me animou e adicionei o primeiro livro à minha lista! Estou buscando uma trilogia boa de fantasia e essa parece que será bacana. Adorei a resenha!


Lauraa Machado 04/12/2018minha estante
Acho que você vai gostar, Steph! A trilogia não é nada revolucionária, mas é super bem feita!




Nati 11/03/2019

"Everything really is about choice, even beyond the magic's rules."
Um final satisfatório para uma boa (mas definitivamente não ótima) trilogia de fantasia. Admito que esses dois últimos livros me desapontaram um pouco, considerando o quanto eu adorei o primeiro volume e esperava que ambos os sucessores seguissem mais ou menos na mesma crescente. No livro anterior, o problema maior foi o ritmo lento dos acontecimentos - a trama em si demorou para se desenrolar, deixando para praticamente as últimas 100-60 páginas todo o bruto de informações, plot twists e ação, mas que em compensação deixou um gostinho para esse final.

Aqui, se inverteu um pouco isso - o início é muito apressado e pouco desenvolvido. A autora parecia querer compensar toda a falta de acontecimentos/ação do livro anterior aqui, e acabou desenvolvendo muito pouco certos aspectos que precisariam de um pouco mais de atenção para se tornarem realistas (não vá me dizer que a Meira, que teve problemas com seus poderes desde o início, com alguns dias de treino ficou subitamente super poderosa e em controle total. Ok, tá bom). Certos conflitos de personagens, que eram importantes para a trama, também ficaram bem rasos. Meira conseguiu evoluir aqui, finalmente abraçando seu papel como rainha e líder, porém em alguns momentos a senti ainda a menina inconsequente do primeiro livro.

E vamos combinar, a autora quis dar uma forçada em MatherxMeira, mas ô casalzinho sem o mínimo de sal ou química. As cenas românticas dele foram um tédio total, eu não conseguia me importar de forma nenhuma com os dois como casal. Aliás, Mather foi um personagem que foi um peão aqui. Ele não teve nenhum destaque ou trama própria que não se pegar com a Meira e no final. Aliás, falando em final....eu achei interessante o confronto, os desafios para chegar ao poço da magia, mas algumas coisas foram resolvidas de forma bem fácil, e apesar de a resolução final ter sido satisfatória, não foi nenhuma surpresa. Era exatamente o que eu esperava que a autora fizesse - ela não se arriscou em momento algum e não temi pela vida dos personagens principais de forma nenhuma. Outro ponto baixo: o desperdício que fizeram com a Ceridwen, que foi apresentada como super badass e revolucionária, que tinha uma história de resistência fantástica, mas que foi reduzida aqui a praticamente uma donzela indefesa salva pelos outros. Os POV dela, que eu estava super empolgada, só serviram para cementar a relação romântica dela e fornecer uma visão do que estava acontecendo em paralelo com o que a Meira estava fazendo.

E meu bebê Theron...definitivamente merecia mais. A cena final dele com a Meira me trouxe algumas lágrimas, mas eu esperava algo mais para o que o personagem é e o que ele passou. Foi quase como se no último segundo a autora lembrasse que precisava consertar as coisas com ele e dar um bom final (que foi bom, mas não à altura do que eu queria).

Foi uma conclusão satisfatória, ainda que previsível e com alguns defeitos, mas fico feliz de finalmente terminar essa trilogia! É uma leitura simples pra quem está começando a ler fantasia, com uma construção de mundo legal, porém não vá esperando coisas fantásticas, por que o tombo da decepção, principalmente do segundo livro em diante, é grande.
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