Lou Andreas-Salomé

Lou Andreas-Salomé Dorian Astor




Resenhas - Lou Andreas-Salomé


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Christiane 24/07/2021

O autor nos traz uma visão de quem foi Lou Andreas-Salomé desde sua infância até sua morte, suas relações com Paul Ree, Nietzsche, Rilke, Andreas que foi seu marido e Freud, além de outras amizades. Lou foi uma mulher muito a frente de seu tempo, talvez até para os dias atuais, que prezava a liberdade, a intelectualidade e que sempre foi uma otimista, no sentido de ver inclusive no que há de ruim e triste em uma vida, uma oportunidade de crescimento e de ultrapassar o que nos retém. Ela sempre se opôs à pulsão de morte de Freud justamente por isso, por acreditar sempre na vida, que mesmo na dor é a vida que pulsa e nunca a inércia ou morte.
Infelizmente devido sua decisão de preservar sua vida privada a maior parte de sua correspondência foi destruída por ela mesma e por seus interlocutores a seu pedido, nos privando da possibilidade de conhecer melhor quem ela foi e seu pensamento, ficando lacunas, apesar de que em seus romances é possível traçar este percurso.
Lou é mais uma das grandes mulheres pensadoras que sempre são lembradas por suas relações com homens reconhecidos e não por sua própria produção e pensamento, o que este livro tenta resgatar mostrando o quanto ela nunca foi uma sombra ao lado deles, muito pelo contrário. Foi muito difamada , principalmente pela irmã de Nietzsche, e talvez por isso prezasse tanto pela sua privacidade, optando pelo silêncio em relação a sua amizade com o filósofo, exceto pelo que escreveu sobre ele e sua filosofia.
O autor também fala sobre a questão do feminismo, pois Lou apesar de toda sua independência de pensamento, sua liberdade, nunca defendeu ou foi feminista, mesmo tendo amigas que o eram, para Lou a maior liberdade era interna e não se preocupava com questões sociais a ponto de entrar em uma luta pelo voto feminino ou a questão do trabalho, que ela considerava como coisas externas.
Uma mulher vibrante, repleta de vida, brilhante em seus pensamentos, que foi admirada e amada por vários homens, mas sempre manteve sua independência.
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