A Publicidade é Um Cadáver Que Nos Sorri

A Publicidade é Um Cadáver Que Nos Sorri Oliviero Toscani




Resenhas - A Publicidade é um Cadáver Que Nos Sorri


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Leonardo 07/01/2022

Leitura necessária para comunicadores
Oliviero Toscani escreve com maestria hipocrisias da publicidade, e mostra como o seu legado, enquanto fotógrafo publicitário disrupitvo, foi deveras importante para o mundo da comunicação.
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Wallace17 30/07/2021

Fale de Toscani.
. Toscani foi o responsável por imagens bem impactantes do meio publicitário do fim do século passado (dá um Google nas fotos do cara, ele causou). Por exemplo, utilizar um doente em fase terminal por conta da AIDS, foi um dos trabalhos publicitários dele. Isso numa época que a doença era um grande TABU, e os aidéticos eram tidos como a escória da humanidade. Imagina o barulho que fez??? Sempre provocador, Toscani diz: a publicidade é um modelo falsificado e hipnótico da felicidade. •
O livro também retrata outras fases da vida de Toscani. Porém, o melhor é a história das campanhas e a relação com Luciano Benetton, o cara que deu carta verde pra ele sair arrumando desafetos.

Numa época de pouco engajamento dos meios publicitários, Toscani foi desafiador do status quo. Se foi relevante ou não, pelo menos aquela velha máxima ele alcançou na época com muito êxito: fale bem ou fale mal... Fale de Toscani.

site: https://www.instagram.com/p/BmhUfKchM2j/
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liutwo 05/07/2020

Um rebelde entre os publicitários...As opiniões extremas dele são importantes para formar uma discussão dentro da profissão. Mas não acho que seria viável manter a publicidade funcionando da maneira como ele propõe.
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Renata Benia 03/11/2014

Publicidade. Realidade ou ficção?
Evidente se faz o fato de que, hoje, se vive em um mundo de imagem, um mundo que consome imagem, e, sobretudo, um mundo o qual se impregna a ideia e princípios de padrões estéticos impostos por tais imagens, uma vez que esta é um meio de comunicação tendo em vista a transmissão de uma mensagem à sociedade seja ela com fins de persuasão ou não -.

Conseguinte a isso, tal fato abre uma visão bem clara de que as imagens, especialmente, no meio publicitário, têm um papel transformador na sociedade, basta atentar às mudanças de costumes, hábitos, bem como aos estereótipos consagrados em determinadas culturas. Portanto, a fotografia publicitária não deixa de transmitir a mensagem proposta, ainda que a mensagem a ser comunicada não esteja totalmente explícita, pois a interpretação é feita de diferentes maneiras pelo público a partir da construção do texto, evidentemente.

Deste modo, há quem diga que uma imagem vale mais que mil palavras, e de fato, por vezes, essa afirmação é correta, posto que a imagem trás consigo uma carga significativa por ser um signo o qual as pessoas o interpretam e associam a algo a partir de suas experiências, isto é, qualquer que seja a imagem é um meio de comunicação, haja vista que direciona uma mensagem àquele que visualiza a mesma.

No entanto, existem controvérsias quanto a isto. Poder-se-ia dizer que nem sempre uma imagem é eficaz na transmissão de uma mensagem, e que, portanto, precisar-se-á de um texto que a complemente a fim de que esta mensagem seja bem captada e, por conseguinte, entendida. O mesmo ocorre com as palavras; nem sempre somente estas conseguem passar uma mensagem, e, consequentemente, necessitaria de uma imagem que a complemente para que a informação seja alcançada e por fim, bem recebida levando ao entendimento. Embora uma mensagem seja composta por uma imagem e um bom texto, em certos momentos pode não atingir o público, pois a imagem não desperta interesse, não é bem composta, produzida. Do contrário, com um texto ruim, e uma boa imagem, o anúncio não se torna interesse, por isso, se faz necessário a ideal construção do anúncio atentando para as duas ferramentas; imagem e texto. É preciso que um seja complemento do outro. Uma vez feito isto, a publicidade terá um forte resultado.

Segundo Toscani, as imagens publicitárias constituem hoje uma parte imensa de nossa cultura, nossos conhecimentos, nosso gosto, nosso estilo, e inclusive nossa moral. O trabalho de um fotógrafo, de um artista, deve ser o de contribuir para o renascimento da cultura, de levar para ai um sentido crítico, um estilo desorientador, concepções novas, que os imbecis chamam sempre de escândalo. Essa afirmação norteia um paradigma não muito recente; o papel da imagem e o seu uso.

Qualquer que seja o fotógrafo, este se preocupada com a mensagem que vai transmitir, quer seja pela forma de compor ou tratamento da imagem. No entanto, Toscani refuta as imagens sem senso crítico na publicidade. Isso é pouco contraditório (esperar que na publicidade haja constantemente produção de fotos artísticas), uma vez que na publicidade, muitas vezes se envolve negócios, ou seja, a imagem passa a ter um papel de vender, de persuadir, e não de fazer o consumidor refletir sobre tal imagem. Existe uma ponte enorme construída de muitas diferenças entre a fotografia artística, e a fotografia publicitária. É quase impossível esperar que a fotografia publicitária seja uma arte e desperte forte expressividade em prol da construção de interpretação e reflexão do que é exposto, se essa tem por função anunciar um produto, vender, conseguir público, etc. Essa imagem não terá uma carga significativa, já que não revela a realidade tal como ela é, muito por possuir elementos estéticos ou atrativos a depender da cultura e público para fisgar o consumidor.

Nessa ótica, a fotografia publicitária muito nos fala de um princípio excessivamente comercial, embora possa ser produzida para fins de levantamentos de conceitos, ideias e expressividade. Contudo, em partes, os argumentos que afirmem que a fotografia seja arte pode até ser convincentes, mas é anulado quando se fala de uma propaganda que tem por intuito anunciar, vender e conseguir consumidores, ou seja, apenas se enquadra em propagandas com o objetivo de informar, conscientizar e dentre outros pontos acerca da construção, firmação, bem como mudança de ideologias.

Portanto, ficar na zona de conforto, na mesmice criativa, apenas leva o público a não pensar sobre, e pior, não perceber sua peça, tornando-a, assim, vazia, sem significados, mas com apenas um caráter econômico, de negócios, de vendas. Por isso, há de se usar a imagem em prol da reflexão do consumidor, assim como há de se usar o texto em prol da reflexão do consumidor para o que está acontecendo no exato momento com o mundo em que vive, principalmente no que tange à mensagem que é destinada em tal anúncio. Não bastam apenas enfiar de goela abaixo imagens meramente bonitas e interessantes, mas uma boa relação imagem texto, texto imagem, e de maneira especial, saber atrair a sociedade, a qual recebe inúmeras imagens e informações diariamente.

A fotografia é uma forma de expressão e representação de um signo indicial que perdura até os dias atuais no tocante ao convívio no cotidiano da sociedade. Evidente é o fato de que tal forma de expressão, ao decorrer do tempo, não perde o seu valor, mas sim, leva a cenários diferentes, a exemplo da publicidade.

É interessante não somente observar, mas refletir o grande poder que a publicidade tem, e, sempre tivera. Sempre aliada à imagem, passa a ser uma ferramenta de controle, no tocante à uniformização de padrões, gostos e modos de vida, induzindo a sociedade a ser uma sociedade de consumo. No entanto, essa capacidade de representar a natureza real dos produtos é um tanto quanto distorcida, já que, muitas vezes, para não omitir fatos ou sugerir algo que não seja verídico, se faz uma tentativa de maquiar fatos atrelados na construção da imagem. E é isso que se nota nas primeiras imagens fotográficas publicitárias, elas carregavam um nível baixo de persuasão, havia pouca exploração, sugerindo apenas uma linguagem denotativa do produto.

Não obstante o fator persuasivo ou convincente que a publicidade acarreta, é simples notar a imagem é uma forte aliada a tal construção de modelos e padrões de vida. O consumidor, enquanto ser humano vê alguma fotografia, quer seja da modelo super magra, quer seja da bela atriz consagrada do cinema, quer seja de qualquer outro tipo de estereótipo de beleza, e cria uma relação com esta, se espelha na imagem, cria certo tipo de aproximação, aquilo lhe agrada, ele almeja por aquilo, e então, fixa no seu consciente que determinadas características e/ou padrões é o certo para que ele se insira em determinado grupo, para que ele seja notado. Afinal, todos querem ser notado, esse é o princípio do ser humano, ao passo em que a imagem firma esse nível de personalidade.

Deste modo, é natural, tal como aponta Toscani, que, o ícone substituiu o verbo, ao passo em que a imagem passa a ser lida como fonte de algo verídico, e que a manifestação desta vai muito além das palavras existentes, isto é, tudo é acerca da imagem, uma vez que essa tem grande poder de expressão e conteúdo dramático, calando assim qualquer texto. No entanto, se vive em um mundo de imagem, que consome imagens, mas se vive em um mundo que não analisa o que existe por trás dela, isto é, não há a importância em dedicar-se a analisar uma imagem, quiçá de entender a mensagem proposta.

Visto que a imagem por vezes denota algo que acontecera, registra momentos, portanto, tem-se a ainda de que é algo real, o que nem sempre de fato é. A publicidade mostra aquilo que se pretende mostrar ao observador, assim como a fotografia o faz. Ambos captam um determinado momento a fim de comunicar-se com leitor que vê a imagem, mas nem por isso, pode-se dizer que é a denotação de realidade. Uma vez que se pensa no que irá inserir em uma cena ao produzir uma fotografia, uma vez que se pensa no que irá inserir em um anúncio, quais elementos a serem inclusos, pensados e por fim executados a serem, por fim, captados, está sim manipulando a realidade tal como se deseja ilustrar ao observador.

Por conseguinte à tal alteração da realidade, ou até mesmo o "maquiamento" dos fatos, se vê em fotografias manipuladas, o que se vê na publicidade: modelos a serem seguidos.

Faz-se claro que é fato, no entanto, não se pode pensar que as imagens cheguem a um nível tão surreal de exposição de realidade, que seja usada de modo visivelmente prejudicial. Afinal, qualquer que seja a pessoa e/ou instituição, estas não querem passar imagens negativas, mas sim positivas, é natural tal instinto. No entanto, o problema da popularização de imagens, do uso exacerbado de tecnologias que ofusquem a interpretação destas imagens, é um aspecto negativo.

Bom seria se a sociedade tivesse, em sua grande parte, senso crítico para absorver o que de fato é real ou não -, ou ainda, especialmente, entender uma boa imagem, e buscar relacionar-se com ela de modo mais expressivo, com um olhar mais apurado. Compreendendo tal ideia, se entende que embora a popularização da fotografia, e por conseguinte, a poluição visual de inúmeras imagens manipuladas servindo de modelos à sociedade tenha impacto negativo no que se refere à personalidade, sempre existirá aqueles que buscarão na fotografia o lado expressivo da realidade, aguçarão seu olhar de mundo, e principalmente, do que de fato é real ou não em uma imagem, bem como o que se pode transmitir a depender desta.


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Bom, esse livro me fez abrir um horizonte acerca do que se entende como discussão de relacionamento com imagens enquanto fator potencializador de emoções. Gostei, me apaixonei, e recomendo, tanto pra quem se interessa por fotografia enquanto arte e impulsionadora de conceitos ideológicos, tanto quanto pra quem se interessa por Comunicação e Publicidade e Propaganda.
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Youkai Sanseru 05/04/2013

Excelente leitura, dando uma nova visão sobre publicidade e criatividade.
Uma iniciativa que deveria ser feita por outros.
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Cléber Vaz 26/12/2012

Se a publicidade não fosse um cadáver sorrindo


Já pensou se todo o consumismo mundial tivesse a mesma forma na prática de solidariedade?
Toscani expõem em suas fotografias a realidade em miúdos, sem a retina fantasiosa típica dos meios publicitários. A trajetória e obra de Toscani, me causou uma espécie de introspecção sobre o que aprendemos na faculdade, quando estudamos o público alvo e arte da persuasão. Ali somos treinados a vender o produto e nada além disso, a função de um publicitário é denotar a venda de uma maneira que o público possa absorver, e para isso utilizamos a cultura social, os sentidos e tudo o que tiver ao nosso alcance. Somos os maiores influenciadores que já existiu, mas a que ponto? Será que podíamos informar sobre as mazelas do mundo enquanto anunciamos um perfume para um público classe B? E desta maneira mudar a realidade, ou pelo menos evidencia-la sem mágica, ou fantasias, ou apelo?
Não quero fazer apologia a publicidade certa, ou julgar algo como errado. Mas é um fato que sistema aliena a sociedade e a publicidade é parte disso. Se o contrário acontecesse, se informássemos mais! Se o uso do hiperativo fosse menos consumista, e mais humanitário. Talvez pudéssemos mudar o mundo, sim. Através de banners e propaganda subliminar, que seja!.
Seria menos constrangedor do que o apelo sem sentido que as grandes marcas usam hoje.
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Ivens 24/05/2011

O autor tem mérito ao questionar a publicidade e revelar a inescrupulosidade dela.Mas ao polemizr e se proclamar o salvador dela se atira no mesmo poço sujo dos publicitários.Leitura razoável,mas não me convenceu.
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diogocerqueira 04/08/2010

Uma grande polêmica!
Este livro levanta uma grande polêmica ao contar a historia de um dos mais contestados, detestados e amados publicitários de todos os tempos.

A história é do fotógrafo e publicitário italiano Oliviero Toscani. Em seu livro, A Publicidade É Um Cadáver Que Nos Sorri, ele defende e explica o motivo de seu trabalho dramático aplicado às peças publicitárias da Benetton, muitas delas famosas e contestadas até hoje por chocar a sociedade da época ao levar a tona assuntos como o racismo, a AIDS, a guerra, entre outros temas bastante polêmicos e que continuaram a ser aplicados nas peças do publicitário até então.

Ao contar e defender a prática da publicidade como mecanismo de reflexão na abordagem de temas sociais e culturais, o autor abre uma brecha para a discussão do assunto tão delicado. Mais ainda, você vai compreender o título incomum deste livro por meio da proposta defendida por ele.

Agora leia, pense e escolha um lado: ou você vai amar ou detestar a proposta e os trabalhos de Oliviero Toscani!


Se gostou desta resenha acesse minhas dicas de livros em meu blog
http://diogocerqueira.wordpress.com/category/dicas-de-livros/

Twitter: @DiogoCerqueira

Boa leitura!
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Gabi Barbosa 03/11/2009

Toscani sempre revolucionou o modo de fazer propaganda do seu jeito. Admiro-o por arriscar. Algumas de suas críticas ao ramo da publicidade são muito verdadeiras e devemos, sim, levar em conta. Mas não devemos seguir cegamente um autor e no caso do Toscani isso não é diferente. Ele generaliza quando diz que só existem profissionais ruins hoje em dia, como publicitários e fotógrafos. É cansativo quando uma pessoa só se vangloria e reclama dos outros.

Não devemos mesmo iludir os espectadores e, com certeza, Toscani criou um novo jeito de fazer propaganda.
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Wricardo 25/06/2009

A intenção
Aplicar à publicidade status de arte, capaz de ir da vida à morte, causando descoforto ou não e levantando dúvidas nas pessoas.

Acredito que essa foi a intenção de Toscani com suas campanhas.

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krika 16/06/2009

Esse é um livro sensacional sobre a publicidade e a sua podridão, apesar de tê-la escolhido como profissão. Este livro nos abre os olhos e nos mostra que pode-se vender sem persuadir e iludir.
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BrunAlves 30/05/2009

Prova que a publicidade pode comunicar alguma coisa e não ser apensa em falso arremedor de felicidade
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André Goeldner 29/01/2009

Muito mais importante do que gostar ou não do trabalho do Toscani é perceber que ele encontrou uma nova forma de fazer publicidade.

Outras podem ser descobertas.
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Mica Lopes 13/01/2009

Ótimo.
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