O Mito de Sísifo

O Mito de Sísifo Albert Camus




Resenhas - O Mito de Sísifo


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Johan.Petrovics 17/04/2024

A Pedra e a Futilidade
No panteão da literatura filosófica, poucas obras ostentam a magnitude e atemporalidade que distinguem "O Mito de Sísifo", fruto do intelecto ímpar de Albert Camus, um dos expoentes do pensamento existencialista.

Camus, com maestria ímpar, desvenda as intrincadas teias do absurdo que permeiam a existência humana, tecendo um desafio implacável aos alicerces da nossa racionalidade e confrontando-nos com a inexorável absurdidade da vida. Através da figura mítica de Sísifo, condenado a um suplício eterno de rolar uma pedra até o cume de uma montanha apenas para vê-la despencar de volta, Camus constrói uma metáfora magistral para a condição humana.

Com pluma de literato e mente de filósofo perspicaz, Camus nos guia por um labirinto de questionamentos metafísicos, onde a noção de sentido e propósito se esvai diante da absurda contingência do universo. Cada palavra, cada frase, é um convite à reflexão profunda sobre os limites do conhecimento humano e a fragilidade das nossas certezas.

A escrita de Camus, densa e perspicaz, exorta o leitor a confrontar-se com os abismos do existir, lançando-o em uma jornada intelectual que transcende os limites do convencionalismo. Sua prosa, impregnada de uma melancolia existencial, ecoa como um lamento solene diante da indiferença cósmica que nos cerca.

Longe de oferecer soluções simplistas ou consolações fáceis, Camus, neste ensaio seminal, incita-nos a abraçar a própria absurdidade da vida e a encontrar significado na luta incessante contra o absurdo. É um convite à rebelião contra a resignação, à busca incessante por uma existência autêntica em um mundo destituído de sentido absoluto.

Assim, "O Mito de Sísifo" ergue-se como um farol na escuridão do desconhecido, iluminando os recantos mais sombrios da condição humana e desafiando-nos a enfrentar a inexorável marcha do tempo com coragem e lucidez. Uma obra que desafia as eras, ecoando eternamente como um testemunho da inquietude e da grandiosidade do espírito humano.
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Kit_Kat_ 15/04/2024

O mito de Sísifo
"Cada grão dessa pedra, cada fragmento mineral dessa montanha cheia de noite forma por si só um mundo. A própria luta para chegar ao cume basta para encher o coração de um homem."
"Pensar é antes de mais nada querer criar um mundo (ou limitar o próprio, o que dá no mesmo). É partir do desacordo fundamental que separa o homem da sua experiência, para encontrar um terreno de entendimento segundo a sua nostalgia, um universo engessado de razões ou iluminado por analogias que permita resolver o divórcio insuportável."
Um livro muito bom, mas que eu infelizmente não estava pronta para ele.. falta-me muita basica teórica para que um dia eu possa ler novamente O mito de Sisifo, mas esperarei ansiosa por esse dia. Agora, quero ler Os irmãos Karamazov.
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Maara51 14/04/2024

"Pois quando tento captar este eu no qual me asseguro, quando tento defini-lo e resumi-lo, ele é apenas água que escorre entre meus dedos. Posso desenhar, um por um, todos os rostos que ele costuma assumir, todos também que lhe foram dados, esta educação, esta origem, este ardor ou estes silêncios, esta grandeza ou esta baixeza. Mas não se somam os rostos: este coração que é o meu permanecerá indefinível para sempre."
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Pedro3370 11/04/2024

Ótimo livro de filosofia
O mito de Sísifo é composto pelas principais ideias de Camus acerca do absurdismo, uma teoria muito interessante, mas que para ser compreendida demanda muita atenção.
Não é um livro para ser lido com pressa, mas, se bem compreendido, é um ótimo livro. Gostaria de ter conhecido mais sobre os autores que Camus comenta previamente, como Kierkegaard e Husserl. Sem esse conhecimento, precisei pesquisar mais sobre esses autores e compreender o que Camus dizia.

A melhor parte é principalmente quando ele comenta sobre outros autores da literatura como Dostoiévski, Kafka, Byron. A visão de Camus sobre seus personagens é muito interessante. Mas, novamente, é interessante conhecer um pouco dos autores e de sua obra antes de mergulhar em ?O mito de Sísifo?
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10/04/2024

Já li outros livros de Camus, mas esse foi o primeiro ensaio que eu li dele e devo dizer que gostei bastante. Confesso que por vezes foi um livro confuso, que tive que voltar e reler certas partes mas, no geral, foi um livro que não tive muita dificuldade de entender os pontos levantados pelo autor.
Nesse livro Camus aborda mais sobre o que é o sentimento do absurdo que vemos de certa forma em seus romances e ele fala bastante sobre o tema do suicídio e motivos ao qual levam a tal.
Recomendo o livro para aqueles que gostam de filosofia, sociologia e que gostam das obras de Camus.
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Maikom.Abreu 10/04/2024

Filosófico
Esse livro não segue o ritmo dos outros 3 que compõem o box, no entanto é muito relevante, sobretudo seu inicio e fim.
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Tasha 24/03/2024

Minha vida pode encontrar ali um sentido: isso é ridículo
"Trata-se apenas de confessar que isso 'não vale a pena'. Viver, naturalmente, nunca é fácil. Continuamos fazendo os gestos que a existência impõe por muitos motivos, o primeiro dos quais é o costume. Morrer por vontade própria supõe que reconheceu, mesmo instintivamente, o caráter ridículo desse costume, a ausência de qualquer motivo profundo para viver, o caráter insensato da agitação cotidiana e a inutilidade do sofrimento."

Esperei TANTO pra ler esse livro, estou obcecada pela filosofia de Albert Camus.
Bem, o livro usa a alegoria de Sísifo para explicitar a ideia do absurdo da existência, resumidamente, ele foi condenado para todo sempre pelos deuses a empurrar uma pedra até o cismo de um monte, caindo a pedra invariavelmente da montanha sempre que o topo era atingido. E o que isso tem a ver com o ensaio? Camus compara a nossa vida com o castigo dado a Sísifo, por exemplo, todos os dias temos a mesma rotina de: acordar, comer, estudar, sair... e repete isso de novo e de novo.
Não é semelhante a empurrar uma pedra para ela cair de volta?

E é exatamente isso que Camus nomeia como o absurdo da existência. Fazemos/ vivemos para quê? Qual é o sentido? Qual é o propósito? A conclusão é de que não há um. E então, buscamos algo para que possamos alienar nossa angústia. Para isso, Camus dava o nome de suicídio.

"Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio."

O livro não trata só do suicídio literal, há o suicídio filosófico, no qual as pessoas buscam algo que a façam esquecer do absurdo que é a existência, por exemplo a religião. Mas para Camus é como tapar o sol com a peneira.

"Porque as doutrinas que me explicam tudo ao mesmo tempo me enfraquecem. Elas me livram do peso da minha própria vida, e no entanto preciso carregá-lo sozinho."

Então devemos todos nos matar? Segundo a minha pessoa, talvez ;)
Segundo Camus não é bem assim, ele diz para nós aceitarmos o absurdo, aprender a lidar com ele.

Por fim, é preciso imaginar Sísifo feliz.
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Mendes 23/03/2024

Iludida
Há muito tempo eu vinha querendo ler esse livro
fiz o possível pra comprar
vi vídeos sobre ele, achava mt interessante a historia e contexto
e quando fui ler simplesmente me decepcionei
é uma leitura complexa
de linguagem técnica e subjetiva
algumas frases e contextos até que fazem sentido em alguns momentos do livro
mas todo resto é muito confuso
esperava mais da narrativa e do autor
espero que os próximos livros dele seja mais acessíveis a leitura.
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Léo 23/03/2024

Leitura desafiadora. Houve momentos em que tive que ler e reler passagens até ter segurança quanto ao que entendi. De qualquer forma, é um livro denso -- e muito interessante --, que provavelmente revelará muito mais numa futura releitura.

Aqui o autor debate, através de sua erudição, nossa condição de homens conscientes frente ao absurdo da existência, bem como a antinomia e as contradições com as quais lidamos em nossa jornada que tem um único final possível: a morte.

Será que a única saída possível seria o suicídio? É preciso imaginar Sísifo feliz.
Lennon.Durval 29/03/2024minha estante
essa resenha me deixou curioso e interessado nessa leitura!


Léo 29/03/2024minha estante
Valeu, Lennon! É um livraço. Vale muito a pena a leitura.


Lennon.Durval 29/03/2024minha estante
vou ficar de olho em alguma promo pra pegar ele!! obrigado ??




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luisfreits 21/03/2024minha estante
Imagine Sísifo feliz? imediatamente


Uma Dose de Literatura 21/03/2024minha estante
É preciso imaginar!!! Kkkkkkkk




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SôSô 18/03/2024

A obra, O Mito de Sísifo, de Albert Camus, nos coloca frente a frente com questões complexas como, por exemplo, o suicídio. Segundo Camus, o suicídio é o único problema filosófico. Muitos visualizam no suicídio somente uma maneira de conseguir o que almejam, a saber, extirpar o absurdo da existência. A morte passaria, então, a ser uma maneira de escapar ao absurdo, importando apenas a relação estabelecida entre o homem, no silêncio do seu coração, e o suicídio.
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gustavo (com âGâ minúsculo) 14/03/2024

O materialismo e o existencialismo são termos complementares
Me peguei esses dias, numa observação antropológica do humano através do silêncio e a manifestação do absurdo, o nervosismo hediondo do dia a dia, as conversações sem fundamentos que preenchem temporariamente as lacunas do nosso ócio, tudo de certa forma se convém na ideia do absurdismo, elaborada por Albert Camus, o manifesto irracional e a animosidade aparentemente sem nexo do dia a dia nos desprende das amarras do julgamento, os credos se desaparecem como ferramentas sem objetivos na racionalidade prática do capitalismo e no final do dia o nosso sonho confortador é imaginar o idealismo como salvador e a conquista temporária das ideias através da carne, pendurando pelo desinteresse repentino da conquista e o entrelaçamento do tédio ao desejo próspero que ira preencher nossa ilucidez.
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zeqhugo 14/03/2024

Não precisa ser filósofo para dizer algo de valor.
É irônico falar de valor no título porque na verdade esse livro me fez pensar demais sobre o que valor significa. Mas é, Camus é um autor e não um filósofo mas ainda conseguiu dizer algo com o mesmo impacto de uma filosofia, muito interessante e vou sempre retornar para esse livro.
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