Epopeia de Gilgámesh

Epopeia de Gilgámesh Sin-léqi-unnínni
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Resenhas - A Epopéia de Gilgamesh


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Gabriel 19/04/2013

Um conto sobre a humanidade
Me impressiona muito que uma história que antecede Homero em um milênio e meio possa ser tão vívida e atual. Gilgamesh, antes de tudo, é uma perfeita representação da humanidade: os 5000 anos que separam seu tempo do nosso nos mostram o quanto a natureza do homem pouco se alterou.

Nessa epopéia é exposto valores e conceitos que conosco permanecem: a amizade, o desejo, a dicotomia dos instintos selvagens do ser humano com a civilização, o conflito do homem e da natureza, a busca vã da imortalidade e finalmente, o inevitável fim, que iguala o herói sobre-humano à todos os homens comuns.

A glória e a tragédia heróica que tanto influencia a narrativa até os dias de hoje também nos mostra que nosso mundo ainda carrega muitas semelhanças com o mundo antigo, e embora os limites do conhecimento tenham sido tão ampliados desde então, ainda vivemos com os mesmos anseios e temores: as forças imprevisíveis e massacrantes da natureza, embora desmitificadas, nos impressionam do mesmo modo. O medo solene do fim ainda nos assombra. O abismo da ignorância do que existe além-mar permamence.

Um livro imperdível para aqueles que apreciam mitologia. Vale a pena!



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Heitor 18/03/2012

A Mãe dos Epicos
A epopéia de Gilgamesh é a mais antiga epopeia encontrada em bom estado no mundo.
Ela se trata conta a historia de Gilgamesh, rei de Ur, em que é descrito que ele era 3\4 de um Deus, isso é, ele era um semi-deus.

Por ter 1\4 humano, isso é, ele é um mortal com a força e a inteligencia de um deus, Gilgamesh temendo a morte e o esquecimento vai à procura da vida eterna.

Essa historia diz bem a respeito que o homem deseja para si: Vida eterna, gloria infinita, e gozar de tudo que o mundo poderia oferece, essa historia, por mais que tenha sido escrita a 4.000 anos atrás, continua bem "atualizada", escrita em versos em tabuas de argila, A epopeia de Gilgamesh é um verdadeiro Epico historico, rico em detalhes e inspirador a qualquer um que queira ler!
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Diego 22/06/2021

Livro incrível
Embora seja anônimo, este relato foi encontrado nas tábuas sumérias em versões acadias e sumérias. Os lugares e deuses mencionados tem relação com os que caíram do céu no início da criação dos primeiros homens na terra na Babilônia antiga, Summer. Os países estados como Nippur (aonde saim os carros celestiais) são mencionados incluindo a cidade que sim existiu de Uruk, vizinho do lugar de nascimento de Abraham, Ur.

Em fim, um relato aonde participam anunnakis inclusive até o mesmo Noé, o imortal chamado Ziuszudra.
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Eloisa 22/05/2021

A Epopéia de Gilgamesh é o registro literário mais antigo que a humanidade conhece. Esse dado, por si só, já valida a leitura.
Além de ter contato com um texto de 4 mil anos, a narrativa é muito interessante e aborda temas que até hoje a literatura se debruça como a mortalidade, a brevidade da vida, a busca por glória, felicidade, a amizade etc.
Indico a edição da Autêntica que fez um belíssimo trabalho de comentário de verso por verso. O tradutor explica suas escolhas de tradução, e contextualiza algumas questões sobre os povos da Mesopotâmia, faz paralelos com outros poemas e com a Bíblia.
Não posso dizer que foi uma leitura prazeirosa, mas que definitivamente vale à pena.
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Felipe 29/10/2020minha estante
Adorei o que escreveu




Procyon 10/04/2022

Ele que o abismo viu ? Resenha
Gilgamesh era rei na cidade de Uruk (na antiga Mesopotâmia, atual Iraque), por onde existiam dois deuses protetores: Anu, o deus do céu, e Ishtar, a deusa da fertilidade e do amor. Gilgamesh era filho de uma rainha-deusa, a rainha Ninsuna, com o rei anterior Lugalbanda (há considerações de que seu pai seria, na verdade, um demônio). Sua constituição se dá, então, como dois terços divino e um terço humano: o que significa que ele era poderoso, mas sobretudo mortal. Como rei, ele exercia sua soberania de forma tirana: mandando a população construir muralhas, recrutando jovens em expedições militares, além de desvirginar as noivas do reino. Os súditos, então, começaram a clamar pela intervenção divina. Para travar os excessos do rei, os deuses então criam, a partir do barro, Enkidu, um ser tão poderoso quanto Gilgamesh, feito sob forma e semelhança com o deus Anu, e é deixado em uma região montanhosa longe da civilidade. Enkidu vivia então como no paraíso, desnudo, sem acesso à humanidade, vivendo como os animais selvagens, além de desfazer as armadilhas que os caçadores faziam. Certo dia, um jovem caçador, vendo a criatura desarmando as armaduras, avisa pai, e este pede ajuda ao rei de Uruk. Gilgamesh o aconselha que encarregue uma das sacerdotisas de Ishtar (as prostitutas sagradas). Enkidu é seduzido, provando dos prazeres carnais durante 7 dias. Ele é ensinado a comer pão e a beber, tornando civilizado, e, consequentemente, desvirtuado de sua natureza. Ele conduzido até a cidade de Úruk, por onde fica sabendo das desmedidas do rei, e, no momento em que Gilgamesh dirige-se à câmara nupcial, seu igual o rebate. Os dois lutam na rua, de um modo espetacular, o que serve para selar sua profunda amizade. Gilgamesh, encontrando seu igual, parte com ele para aventuras envolvendo monstros e deuses.

Eles partem para a lendária Floresta dos Cedros, onde combatem e vencem o seu guardião, o monstro Humbaba, que cuspia fogo. Enkidu demonstra remorso dizendo que haviam ?transformado a floresta em deserto.? Após o seu regresso a cidade com a madeira da floresta e a cabeça do monstro, a deusa do amor tenta seduzir Gilgamesh, que a rejeita. Como vingança, Ishtar convence Anu, o deus supremo do panteão sumério, a enviar o Touro de Céu, que causa grande devastação. Os dois matam o touro com incrível facilidade, porém, Enkidu, ao ver Ishtar próximo às muralhas de Úruk, corta um pedaço da criatura e lança-o contra a deusa, que fica furiosa. Enkidu é, então, marcado pelos deuses para morrer, adoecendo gravemente. Gilgamesh lamenta-se amargamente, e, após sua morte, o rei se vê desesperado com a consciência de sua condição de mortal, lançando-se em uma busca pela imortalidade.


Nesta busca o herói encontra Utnapistim, sobrevivente de um grande dilúvio que acabara com toda a humanidade. Utnapistim conta a Gilgamesh sobre uma planta que cresce sob o mar e que confere a imortalidade; com grande dificuldade o herói consegue obtê-la, mas, em um momento de descuido, a planta é roubada por uma serpente. Gilgamesh retorna a Uruk, encontrando as grandes muralhas construídas por ele, que seriam sua grande obra duradoura. Assim decide se tornar o melhor rei que Uruk já teve.

Gilgamesh, de acordo com a lista de reis da Suméria, o quinto rei de Úruk. Ele possui um caráter semilendário, sendo conhecido por ser o personagem principal da Epopeia de Gilgamesh, um épico mesopotâmico preservado em tabuletas escritas com caracteres cuneiformes. Gilgamesh, inclusive, surge como a primeira ideia de um herói nacional. Ele, segundo as lendas, era um rei sumério, que foi o primeiro império a surgir na região mesopotâmica (o berço da humanidade). Eles foram os inventores da escrita cuneiforme, a primeira forma de registro escrito da humanidade. Histórias contadas passaram então a serem escritas. Foram criadas as primeiras bibliotecas, com tabuinhas de argila que passaram a se espalhar por outros recantes do mundo, de forma que diferentes traduções de ?Ele que o abismo viu? surgiram em diferentes partes do mundo, servindo também a outras línguas de outros povos que cultivaram entre si níveis variados de interação ? a saber, no idioma acádio, eblaíta, elamita, persa antigo, hurrita, hitita, palaíta, luvita, urartiano e ugarítico. O mundo de Gilgamesh, portanto, supõe e depende inteiramente da escrita cuneiforme, sendo a primeira verdadeira obra da literatura mundial, o texto literário mais antigo a ter uma longa circulação e l mais antigo texto da qual recuperou-se traduções em várias línguas.

?Ele que o abismo viu? é um longo poema cuja versão ?padrão? foi compilada no último terço do II milênio a.C.em acádio, baseada em histórias mais antigas. Na obra, o rei é apresentado como filho de Lugalbanda e uma deusa, Ninsuna (ou Nimate Ninsum). Gilgamesh era, assim, um semideus, descrito como dois terços deus e um terço humano, dotado de força sobre-humana. Segundo a lista de reis sumérios, ele era filho de um ?demônio? ou ?fantasma? (no qual o significado da palavra no texto é incerto) e seu reinado teria durado 126 anos.

A primeira parte do poema se contem a fazer uma ode a Gilgamesh, narrando as proeza e grandeza do herói, e sua decorrente arrogância e tirania. O poema narra como Gilgamesh, depois do dilúvio, passa por experiências existenciais marcantes que o levam a compreender os limites da natureza, os quais se impõem mesmo para alguém como ele, filho de deuses. Nessa primeira parte, após enaltecer a natureza superior do herói, em que os habitantes pedem aos deuses uma solução, Enkidu é dado como um companheiro à altura de Gilgamesh, a personificação do homem primitivo, de forma que ele é atraído pela cidade (representada pela mulher civilizatória presente na figura de Shámhat) ? dando cabo da queda do homem e a perda da pureza ?, em uma espécie de iniciação que principia a transição do mundo animal para a sociedade humana. A partir confronto com o rei Gilgamesh, que resulta no selo de sua amizade, e vencem Humbaba e o Touro do Céu (daí a constelação) em rumo de fama; existe também a revelação do lado sombrio de Ishtar, em que todos que se relacionavam com ela morriam ? sombrio como a Lua Nova. A segunda parte se inicia de modo lúgubre, pois Enkidu abatido pela doença, onde são seguidos prolongados lamentos. Gilgamesh toma consciencia do destino e parte em busca da imortalidade, tendo contato com seres extraordinários. Após seu retorno, a ação fecha-se como se abrira, aquilo que o herói traz consigo na volta não é algo material, mas sim a certeza de que a vida humana tem seu lugar no espaço de convivência com outros homens, configurado pela cidade. Dessa forma, ?Ele que o abismo viu? se faz como um poema cíclico. A história de formação do grande rei de Uruk que aceita o Inevitável para viver bem o tempo que lhe foi dado.

Esse material passou milênios desconhecido. A edição que aqui se faz presente é uma tradução comentada, configurada de forma primorosa pela edutora Autentica, reunindo, também, notas imprescindíveis. É uma edição crítica baseada nas descobertas do assiriólogo Inglês Andrew George e traduzida por Jacyntho Lins Brandão para a Língua Portuguesa. Faz pouco mais de um século que a matéria de Gilgamesh se introduziu no nosso cânone da literatura antiga, de modo que milênios foram esquecidos para o computo da história. Portanto, o texto, rico em sua composição, torna-se indispensável para a leitura de grandes épicos da antiguidade. A história suméria serviu de influência para a formulação da narrativa hebraica sobre o dilúvio, além muito outros aspectos, sendo também perceptíveis semelhanças com a literatura (e a mitologia) grega, e até mesmo com Homero.
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Flávio 26/09/2022

Os sumérios
Gilgamesh é o primeiro heroi humano da história. Escrito em 2200 a.C., esta Obra nos mostra a corrida de um rei, contra o destino normal de todas as gentes. Gilgamesh persuade os deuses, segue em busca de conhecimento e da imortalidade. Escritos em cuneiforme, esses versos nos revelam o misterioso mundo dos antigos sumérios.
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Thaisliz 05/05/2020

Poema épico
A epopeia de Gilgamesh é uma das primeiras obras conhecidas da literatura mundial, é constituído por doze placas de escrita cuneiforme, cada uma contendo 300 versos ou mais (wikipedia). O poema narra as aventuras do rei de Uruk, conhecido como Gilgamesh. Após a morte repentina de Enkidu seu irmão muito querido e companheiro de aventuras, Gilgamesh parte em busca dos conhecimentos para obter a vida eterna com os deuses, enfrentando vários desafios para conseguir obter as respostas.
Nesse poema percebemos que desde os primórdios das civilizações o homem busca constantemente o conhecimento sagrado. A epopeia de Gilgamesh é um poema épico não só por ser muito antigo, datado em vários séculos antes de cristo ou até milênios, na época em que ainda existia gigantes, mas por evidenciar de forma poética a sede do homem em busca de conhecimento dos deuses. Outro fato curioso sobre esse poema é sua associação com a historia da arca de noé, a forma como ocorreu o dilúvio é contada no poema. Esse é um livro que recomendo bastante, mesmo sendo muito antigo, é extremamente interessante, até mais que muitos livros de aventuras atuais que viram modinha por ai.
caio.lobo. 02/08/2020minha estante
Muito bom o final da sua resenha!


Thaisliz 02/08/2020minha estante
Obrigada ?




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Pedro 08/09/2021

Melhor q mts livros atuais...
Um livro magnífico!Muito bom pra quem tem interesse em história.O texto é muito fluido,pelo menos pra mim,quase não tive dificuldade de ler,a edição é ótima e conta com textos de apoio que nos ajudam a entender mais sobre o contexto em que se passa o livro.
Super recomendo!
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Louise Mariane 12/11/2023

Foi uma boa leitura. Gostei da tradução.
Fiquei pensando se estava lendo corretamente os versos em minha cabeça.
Ora cantei, ora li.
Fiquei interessada no livro após ver uma booktuber falar sobre ele e decidi comprar. Fico feliz com a minha escolha. Descobri que este é um dos escritos mais antigos já encontrado. Descobri que existem interpretações diferentes quanto à relação de Gilgámesh e Enkídu.
Wooow..
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26/07/2020

Incrível!
Provavelmente um daqueles livros que muita gente já ouviu falar mas nunca vai ler. De autores desconhecidos, a epopéia foi escrita há 3,5 mil anos. É a biografia de Gilgamesh, quinto rei da lista dinástica suméria pós diluviana, que estima-se ter vivido entre 2.700 e 2.500 A.C.

A obra, em escrita cuneiforme ao menos em três línguas - sumério, acadiano e hitita - circulou não só na Mesopotâmia, mas também mais ao leste, na porção ocidental da Pérsia, mais ao norte, onde hoje está localizada a Turquia, e também ao longo da costa do Mediterrâneo. Algumas de suas partes foram encontradas ao norte de Jerusalém.

A dificuldade da escrita cuneiforme fez com que aos poucos a circulação e tradução da obra para outros idiomas fosse desaparecendo, até que se perdeu por completo em cerca de 300 ou 200 A.C.

O manuscrito passou mais de 2 mil anos perdido, até que as ruínas da cidade de Nínive, antiga capital da Assíria, foi escavada por Austin Henry Layard e Hormuzd Rassam, e o texto foi encontrado na biblioteca do palácio de Assurbanipal, último dos grandes reis do império assírio.

A biblioteca do rei havia, entre outros locais, sido destruída e incendiada por seus inimigos. Mas o texto de Gilgamesh, assim como tantos outros trabalhos, fora escrito em placas de argila e o calor ajuda a preservar esse material. Assim, tudo o que havia escrito em pergaminhos foi destruído, mas as placas de argila resistiram e assim ficaram enterradas e esquecidas nas ruínas do palácio até a época de sua escavação.

Cerca de 100.000 placas e fragmentos foram levados ao Museu Britânico. Somente décadas depois conseguiu-se começar a decifrar a escrita cuneiforme da Epopéia de Gilgamesh. George Smith é quem consegue decifrar um pequeno pedaço de uma das placas que diz respeito a um grande dilúvio e, por se relacionar a uma história bíblica, a epopéia começa a despertar interesses históricos e acadêmicos.

Muitos pedaços da obra ainda estão perdidos, de forma que a história está incompleta e talvez fique assim para sempre.

A Epopéia de Gilgamesh conta a história do tirano rei da cidade de Uruk e sua busca pela imortalidade. Gilgamesh seria 2/3 deus e 1/3 homem. Seu comportamento leva os cidadãos a reclamarem com os deuses sobre a maneira como o rei explora seu povo e estupra mulheres nas suas noites de núpcias.

Os deuses então criam Enkidu, à imagem de Gilgamesh e o mandam para viver no campo, junto aos animais selvagens. A idéia é que o espelhamento de Enkidu em Gilgamesh fizesse o tirano repensar seu comportamento.

Eventualmente os dois se tornam amigos (bromance, quem sabe) e partem numa busca por trabalhos que poderiam torná-los imortais. Se não de fato, ao menos na história.

O curioso da obra são os detalhes que se assemelham a livros da bíblia. Enkidu foi feito do barro e passa a ser rejeitado pelos animais com quem convivia após se envolver carnalmente com uma mulher, sendo forçado ao convívio humano. A ele são oferecidos pão e vinho. Posteriormente, um dos poemas da epopéia fala de um dilúvio e um dos deuses manda um humano construir uma arca e colocar a bordo um casal de cada criatura viva. Após sete dias, o humano começa a soltar pássaros em busca de terra firme.

Será um certo conjunto de livros monoteístas foi inspirado em uma epopéia politeísta de mais de 2 mil anos antes de cristo? Treta!


site: www.capaecorte.com
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Ve Domingues 02/10/2020

Como é interessante entrar em contato com obras milenares. "Gilgámesh" existe a mais de 4 mil anos, sendo mais antigo até do que Homero. Saber como se estruturavam as sociedades antigas é algo que me encanta: suas crenças, seus temores... Por isso, digo que vale muito a pena a leitura. Foi uma ótima experiência!
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