Resenhas - Seminário dos Ratos

Vi 23/04/2024

Incrível! sensacional! esplêndido!
a lygia é genial do jeito mais simples, de maneira elogiosa, possível.

Carolina.Lazzarett 21/04/2024

Cada conto gera tantas sensações e sentimentos que normalmente passam batidos no cotidiano que chega a ser impressionante.

Lê 17/04/2024

Resenha atrasada, mas vamos lá..
É mais um livro de contos da Lygia e mais um livro incrível. São contos de leitura fluida e rápida, você quer ler e entender onde vai acabar e fica se perguntando o que aconteceu depois que acabou de ler. Em geral gostei bastante de todos os contos, teve apenas um que agarrei mais na leitura.
Sem dúvidas vale a pena ler e apreciar sensacional contista que Lygia Fagundes Telles foi. A autora nos leva a refletir sobre diversos temas do dia a dia e de um jeito leve, mas certeiro nos marca profundamente com suas palavras.
Encerro com um trechinho de um dos meus contos favoritos dessa coletânea (talvez o favorito):
"-E agora? O que acontece quando não se tem mais nada com o amor?"

Bemmovie 16/04/2024

A velhice é seca
Uma coletânea de contos escritos por uma mulher brasileira na década de 70, tem algo melhor? Lygia conquistou meu coração e tem muitas chances de ser minha escritora preferida. Se você curte terror / temáticas mais mórbidas, de uma chance a esse livro ou o conto " Venha ver o pôr do sol" - primeiro contato que tive com ela e até hoje me marca

lele 15/04/2024

O problema sou eu!!
Na minha perspectiva, o livro foi um pouco desgastante mas contém com ótimos contos.
Tenho 99% de certeza que eu teria AMADO se nao estivesse saindo de uma ressaca literária longa, e se eu estivesse com uma rotina mais livre.

Dilalilac 05/04/2024

Meu deus, como eu amo a Lygia
Já li muito livro de contos na vida, e dizia que não gostava, mas Lygia é outro nível. Eu creio que afirmar que não gosto de livros de contos está correto, pois mesmo quando achei bom, sentia um vazio de querer histórias vastas, completas, algo grande e que trabalhasse bem a fundo. Um romance. Mas eu amo os livros da Lygia, e os livros de contos dela eu amo. Ela consegue me fazer sentir completude estrutural em seus contos, tal qual sinto em romances.

01. As Formigas: 5??
02. Senhor Diretor: 3.5?
03. Tigrela: 4?
04. Herbarium: 5?
05. A Sauna: 5?
06. Pomba Enamorada: 5?
07. WM: 5?
08. Lua Crescente em Amsterdã: 5??
09. A Mão no Ombro: 3.5?
10. A Presença: 3.5?
11. Noturno Amarelo: 5??
12. A Consulta: 5?
13. Seminário dos Ratos: 4?

Cá 02/04/2024

Bom, mas trabalhoso kkk
Obviamente, eu não poderia dizer algo diferente dessa coletânea de contos, realmente, são muito bons. A autora conhece o Brasil e sabe lê-lo e descrevê-lo MUITÍSSIMO bem, mas, justamente, por não serem contos que contam apenas ?histórinhas?, se você quiser ler as entrelinhas é com um livro de história do lado para conseguir esmiuçar o que as palavras dizem de fato.

Nadine Hoffmann 29/03/2024

Interessante
A escrita de alguns contos me pegou de surpresa, a diferença entre eles também. Bom pontapé inicial para leituras da Lygia.

@Estantedelivrosdamylla 28/03/2024

Maravilhoso
Meu segundo contato com os contos da Lygia e posso dizer que foi ainda mais incrível que o primeiro. Seminário dos ratos é uma coletânea muito envolvente, cheia de mistério e de elementos fantásticos capazes de nos fazer refletir acerca do que a autora gostaria de passar com cada um dos contos.

Li devagar para tentar absorver o máximo possível, e não deixei de fazer algumas pesquisas de outras opiniões acerca dos textos, foi uma experiência muito boa.

Super recomendo!

site: https://www.instagram.com/estantedelivrosdamylla/

Lulu 10/03/2024

Lygia vive
Eu tinha 16 anos quando Lygia faleceu e, honestamente, fiquei triste quando comecei a ler por não ter conhecido sua obra enquanto ela estava aqui. Porém, ao passar das páginas, percebi que havia sim conhecido Lygia Fagundes Telles durante nossa pequena e insuficiente intersecção de vidas, pois ela é inerente à cultura brasileira. Nesses poucos contos, percebi que li ela nos meus livros de linguagens do ensino fundamental, conheço algumas referências de sua escrita e já me contaram sobre sua prosa. É uma leitura com contrastes, contos muito diferentes, que transmitem sensações pontuais e que nem sempre eu compreendi, mas ainda sim valeu muito a leitura pelos detalhes e pela escrita reconfortante. Vale muito a pena ler Lygia e fico extremamente grata por poder conhecer sua obra!

Perdida_nas_Estrelas 04/03/2024

Só tem contos maravilhosos!
De tempos em tempos me vem aquela vontade doida de ler Lygia.
Pois eu acabei de ler esse livro maravilhoso nomeado "Seminário dos ratos", e não consigo conter as emoções que me invadem, os contos aqui são rodeados pelo tema da loucura, com suspense, claro, a Lygia não decepciona.
Os contos relidos continuam maravilhosos, do início ao fim. Me desculpem se apenas faço elogios sobre as obras da autora, mas é que realmente não enxergo defeitos. Tudo que leio me traz sentimentos incríveis, me faz refletir sobre a vida, faz o papel da verdadeira literatura; e diga-se de passagem, o conto "Seminário dos ratos" deixa George Orwell no chinelo, né?!! Pois é uma crítica escrachada, porém, muito bem desenvolvida pela Lygia.
A edição da @companhiadasletras é belíssima com um posfácio que pegou meu emocional, quando se trata de Lygia meus olhos enchem d'água, não posso evitar! Sempre que leio as obras dessa mulher, eu sinto vontade de agradecer ao universo pela minha condição de leitora e por poder ter o prazer de ler, e também por ter vivido no mesmo século que ela.
Leiam Lygia! Ela continua viva dentro de tudo que escreveu.

livia1236 01/03/2024

Gosto muito de contos e amei esses! adorei o jeito q a autora abordou temas como morte e "loucura", achei uma leitura fluida e boa de ler

Dd/Ju 29/02/2024

Li com sono, mas li (não quer dizer que foi ruim)
Este livro para mim foi uma oscilação entre muito bom e muito tédio. Não sei se foi porque os contos que achei "ruim" não cheguei a entender bem o conceito, mas de fato o livro é pouco doido. Começa com um conto sobre formigas que montam um esquetelo, e disso você já compreende o nível. Termina com um seminário de ratos, em que supostamente os ratos tomam a frente daquilo que foi feito para acabar com eles. São muitas questões isoladas que ninguém nem imagina em dar voz como Lygia dá.
Entre os contos, aqueles que me atingiram profundamente e elejo como os melhores, no geral se tratam dos que a autora incorpora os personagens e fala de coisas bobas, mas extremamente doloridas.
Começamos com Senhor Diretor, em que uma professora descreve a vida que deixa passar enquanto ela integra de forma invisível a vida de muitas pessoas, e logo depois suas amarguras são expostas com as suas insatisfações com as novidades. É muito duro o trecho que diz "Todas me esqueceram. A marca ficou só em mim [...]". Eu como professora sinto aquela máscara de "tia" caindo em mim com esse trecho, e a dor de pensar chegar a esse ponto de arrependimento gigantesco, disfarçado na vida.
Segue com Tigrela, que basicamente, na minha significação, é a melancolia que nos espera no âmbito do lar, na nossa solidão contida por um certo período de tempo, curada com uma bebida, por exemplo. E ainda penso no perigo que certas coisas nos traz ao nos jogar num limbo de coisas inacabadas e sofridas.
Com isso, ela segue com Herbarium, que vai dando uma continuidade ótima, trazendo um pouco de "fofura" ao relembrar um marco na vida de muitas crianças ao longo do seu crescimento. E meu top 2 ou 1, não sei definir o vencedor em sua disputa com Senhor Diretor, vem A Sauna, relembrando minha mãe, também chamada Rosa. Minha mãe também dedicou sua vida a uma família, abriu mão de muita coisa, e enquanto da Rosa do livro não se sabe o destino da minha eu sei, ela faleceu 1 ano atrás.
Pomba Enamorada me lembrou os contos de Nelson Rodrigues e Macabea de Clarice. E entre os outros, A Consulta é mais um que destaco como maravilhoso.
É uma leitura boa, "de uma sentada", com contos que prolonga a reflexão sobre a vida.

booksdalaus 27/02/2024

Seminário dos Ratos
Publicado originalmente em 1977, este volume reúne alguns dos contos mais sutis e complexos de Lygia Fagundes Telles, que palmilha o terreno do fantástico e lança mão de todos os seus recursos literários para tratar de temas como o amor, a loucura, a velhice, o poder e a morte.

Em Seminário dos Ratos , publicado pela primeira vez em 1977, Lygia Fagundes Telles lança mão de toda a sua maestria narrativa para explorar regiões recônditas da psique e do comportamento humanos. Em várias das suas catorze histórias a autora se aventura pelo fantástico como modo privilegiado de acesso ao real. Mas o fantástico de Lygia recusa as facilidades do chamado realismo mágico, apresentando-se a cada vez de maneira diversa e surpreendente. Alternando tempos narrativos, passando com desenvoltura da primeira à terceira pessoa, usando com destreza o discurso indireto livre, Lygia Fagundes Telles atinge neste livro a proeza de conciliar uma construção literária altamente complexa com uma capacidade ímpar de comunicação com o leitor.

mariwho1661 26/02/2024

Um baita livro!
Meu primeiro contato com Lygia Fagundes Telles não poderia ter sido melhor: um livro de contos. Histórias curtas, mas que tratam de temas importantíssimos: a solidão, arrependimento, o amor, conflitos existências e também a loucura. Confesso que, com o realismo fantástico da autora, alguns deles precisei de um tempo a mais para conseguir decifrar.

Claro que, numa obra com histórias diferentes, sempre haverão aquelas que chamaram mais ou menos atenção. Mas, uma coisa é fato, a escrita de Lygia é, por si só, uma obra de arte. Mesmo naqueles contos em que não gostei muito, me vi entretida pelo cenário criado ou por sua forma de escrever - por vezes, sem pontuação ou indicações de fala.

Preciso fazer menção ao conto que dá título ao livro: "O seminário dos ratos". Uma metáfora muito bem pensada - e divertida - sobre o contexto político do Brasil da época: militares, americanos ricos, manipulação das massas e o povo morrendo de fome. Quem são os ratos? Por que os ratos acabam com tudo? Seriam os outros personagens também ratos? Nem todas as perguntas são respondidas no conto, mas ainda assim, ele é cirúrgico.

" - Só se fala em povo e, no entanto, o povo não passa de uma abstração [...] que se transforma em realidade quando os ratos começam a expulsar os favelados de suas casas. Ou a roer o pé das crianças da periferia, então, sim, o povo passa a existir nas manchetes da imprensa de esquerda. Da imprensa marrom. Enfim, pura demagogia. Aliada às bombas dos subversivos, não esquecer esses bastardos que parecem ratos".