A Procura de Vida Inteligente

A Procura de Vida Inteligente Victor Allenspach




Resenhas - A Procura de Vida Inteligente


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Paulo Silas 22/04/2016

Uma coleção de contos que possui um liame que une a todos de certa maneira. Uma escrita com notória influência de Douglas Adams, seja pelos temas abordas (ficção científica), seja pelo humor que se faz presente nas linhas expostas na obra. Um bom livro.

O fim dos tempos está próximo - aparentemente uma mensagem em tal sentido é de alguma maneira captada por todos os seres do universo. Nada resta a fazer que não seja o aguardar pelo fim. Enquanto o término de tudo não chega, os seres pensantes (ou os que passaram a pensar de maneira peculiar) espalhados pelos confins do universo seguirão com suas próprias vidas. Inovando, desbravando ou ainda mantendo a monotonia de sempre, cabe a cada um levar a vida como melhor lhe aprouver.
É em tal cenário fatalista que as histórias se situam. O livro narra pequenas histórias em contos, tais como a de um caçador de planetas ainda não descobertos que tenham vida (ou ao menos que sejam propensos para tanto), a que contém burocratas viajantes das galáxias que procuram por planetas não declarados a fim de fazer incidir a tributação devida, a que mostra uma pequena família que recicla robôs que acaba tendo um final não tão feliz antes do esperado, e algumas outras, todas estas, como já pontuado, com um nexo que lhes liga, apontando para a demonstração de que uma crise existencial de uma inteligência artificial está em trâmite. O que resta ao ser consciente de tal situação fazer?

Um livro bastante divertido, dado o constate humor que se faz presente, muitas vezes em tom ácido. A mensagem de cunho reflexivo existencial que se escancara ao final da obra é o ápice do livro. Acerto grande do autor em trilhar o escrito para tal direção e encerrar a história de um modo surpreendente. O leitor aos poucos se dá conta de que os finais abruptos de alguns dos contos, o que gera certa confusão até determinado ponto, são assim feitos intencionalmente, vez que modo necessário para a desenvoltura da história. A consciência da existência pelo acaso culmina na aparição corriqueira da personagem central da trama durante toda a história, se situando assim em todos os contos, condição esta necessária para que os pontos sejam ligados e resultem no desfecho incrível do livro.
Recomendo!
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Ana 04/04/2016

A procura de vida inteligente, de Victor Allenspach
Não é a toa que Victor Allenspach se refere a Douglas Adams como uma de suas grandes inspirações para a criação desta obra. Assim como em O guia do mochileiro das galáxias de Adams, essa é uma história de ficção científica sobre a vida, o universo e tudo mais. Com exceção do Planeta Terra, que nem sequer chega a ser citado no livro como o conhecemos hoje, sendo facilmente compreendido como um planeta qualquer do espaço. O que torna tudo ainda mais interessante.

Embora possa demorar alguns capítulos para que o leitor possa perceber, o personagem central se chama Boris, um androide de mais de 500 anos programado para servir, embora ele sinta, pense e fale. Isso mesmo. Na história de Victor, é comum robôs agirem como humanos e isso causa estranheza tanto em alguns personagens, quanto no próprio leitor. E chega a ser algo tão usual, que em determinado momento, se torna um tanto que difícil saber qual personagem é humano e qual não é, tamanha semelhanças de comportamento.

O interessante é que Boris é apresentado a quem lê a história, de diversas maneiras, em inúmeras situações e em lugares distintos. Inclusive em tempo histórico. E desta forma, ora lemos em primeira pessoa, ora em terceira pessoa. Enquanto isso, outros personagens aparecem e nos tomam a atenção.

Intrinsecamente, o livro usa a tecnologia e uma realidade alternativa para discutir verdadeiras questões existencialistas e relações, ou a falta delas, num futuro talvez nem tão distante assim. Robôs, inteligência artificial, naves espaciais e viagens intergalácticas estão presentes em todos os capítulos. Mas não entre em pânico! Até mesmo o leitor mais leigo no gênero como eu, por exemplo -, consegue assimilar a história, e até aprender um pouco dessa imensidão complexa de cálculos e teorias de ficção científica.

Dividida em contos, a escrita de Victor é ritmada com pausas estratégicas. A sátira e as metáforas se fazem presentes na maioria de suas construções verbais e o livro transforma esses fragmentos em um conjunto maior, com um só sentido, embora seja apresentado em contextos diferentes, o que deixa o leitor a vontade para apreciar a história de inúmeras nuances.

A procura de vida inteligente nos mostra uma sociedade futurista, vivendo de forma indescritivelmente diferente e, mesmo com um cenário tão complexo, até mesmo em nosso imaginário, o autor consegue nos mostrar que nos detalhes, o humano ainda preserva sua cartela de sentimentos, dúvidas e angústias existencialistas.

Marcos pensa por alguns instantes nessa curiosa forma que o universo tem de isolar mundos, igual aos próprios humanos e suas paredes. A procura de vida inteligente pg.114.

site: blogdialogos.com
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Adriana.Satico 10/02/2016

Em meio a viagens espaciais e universos paralelos, o livro retrata personagens e enredos permeados de mistério, cenários surreais e aparatos tecnológicos, que apesar de se situarem a frente desse tempo, estão presentes em nossa imaginação, fomentando uma curiosidade sempre infinita. Indico àqueles que se interessam por ficção científica e, principalmente, aos leitores leigos ao gênero, que como eu apreciam uma boa estória.
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