Liar1 26/02/2024
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Há momentos em que a excessiva inocência de espírito parece tão monstruosa que se torna detestável.
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Um pensamento consolava o visconde: o de que, com certeza, ninguém o reconheceria! Além do mais, o traje e a mascarilha tinham outra vantagem: Raoul poderia circular por lá como se "estivesse em casa", sozinho, com a desordem de sua alma e a tristeza do seu coração. Não precisaria fingir, seria desnecessário cobrir a expressão do rosto com uma máscara: já estava com ela!
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- É um compromisso que não lhe peço e uma promessa que não farei ao senhor! - pronunciou a moça com soberba. - Sou livre para agir, sr. De Chagny. O senhor não tem nenhum direito de controlar minhas ações e pedirei que se abstenha de fazer isso a partir de agora. Quanto ao que venho fazendo nos últimos quinze dias, só existe um homem no mundo que teria o direito de pedir explicações: meu marido! Pois bem, não tenho marido e nunca vou me casar.
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- Tem medo... mas você me ama?... Se Érik fosse belo, você me amaria, Christine?
- Infeliz! Por que tentar o destino?... Por que me perguntar coisas que escondo no fundo da minha consciência como se esconde o pecado?
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- Então nos tornamos infelizes quando amamos?
- Sim, Christine, quando se ama e não se tem a certeza de ser correspondido.
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Está chorando! Tem medo de mim! No fundo, no entanto, não sou mau! Vai ver, se me amar! Só me faltou ser amado para ser bom!
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Pobre e infeliz Érik! Devemos ter pena dele? Devemos amaldiçoá-lo? Ele só queria ser igual a todo mundo! Mas era feio demais! E precisou esconder seu gênio ou fazer truques com ele, quando, com um rosto comum, teria sido um dos mais nobres homens da raça humana! Possuía um coração do tamanho do império do mundo e teve, afinal, que se contentar com um porão. Definitivamente, devemos ter pena do fantasma da Ópera!