Resenhas - O Fantasma da Ópera

leticia clarke 26/08/2021

O fantasma da ópera
É realmente um livro muito bom, com algumas reviravoltas incríveis que eu adorei, demorei um pouco pra ler mas no fim fluiu, gostei de verdade

Reader Za 04/11/2023

O anjo da música
Romance gótico, investigativo e com um triângulo amoroso um tanto sinistro.

A ópera de Paris é o cenário para as mais incríveis e assustadoras ilusões, criadas pela mente criativa e torpe de Erik. Opera essa onde ele vive recluso do mundo, em seus porões, paredes e labirintos, um homem atormentado por sua aparência, que nunca conheceu o amor, e não diferencia o bem do mal . Vive em seu próprio mundo trabalhando em sua grande obra: a ópera. Uma figura excêntrica, com talentos até então pouco conhecidos como o ventríloquismo e o ilusionismo.

Quando esse personagem se apaixona por uma cantora iniciante da ópera tudo pode acontecer.

Um clássico da literatura, que mistura thriller investigativo, com nuances reais da história da ópera de Paris, linguagem teatral técnica e personagens únicos e peculiares.

Vitória 13/08/2022

Essa é uma história que vem rondando o meu imaginário há muito tempo. Eu não tinha certeza de que algum dia havia assistido o filme baseado nessa obra mas, depois de dar o play no negócio e perceber que eu até mesmo sabia trechos das músicas de cor, percebi que eu provavelmente já fui viciada nesse negócio (e tenho quase certeza de que a culpa disso tudo é de tia Mocinha). De qualquer forma, há anos eu não assistia esse filme, porque tinha planos de ler o livro antes. Demoraram anos pra que isso acontecesse? Sim, mas finalmente aconteceu.
Claro que temos que admitir que essa é uma obra que influenciou centenas de outras, mas agora, depois de ter tido contato com o original, eu consigo perceber o quanto o autor bebeu do Victor Hugo pra construir isso daqui. Dá pra fazer paralelos muito próximos entre o Quasímodo e o Edik. Os dois possuem deformidades que os tornam monstros pro resto da sociedade, vivem reclusos em um ponto histórico de Paris e nutrem um amor quase doentio por uma jovem. Até a escrita, a forma como o autor faz pequenas referências à arquitetura da ópera, dizendo que certos elementos mencionados na narrativa podem ser encontrados lá até hoje, caso o leitor vire à esquerda em tal porta e siga até o final do corredor, são coisas que os dois fazem repetidas vezes. Confesso que, pelo fato de ter lido o Corcunda há pouquíssimo tempo, isso acabou tirando um pouco do encanto que essa leitura poderia ter tido pra mim.
Mais uma vez fui enganada, o fantasma da ópera em momento algum é sobre o fantasma, mas sim sobre o romance de Raoul e Christine, e essa foi outra expectativa criada que fez com que a leitura fosse menos prazerosa pra mim. Acho que se o livro tivesse algumas páginas a mais, se ele se detivesse mais um pouco na história pessoal do Erik, de sua infância, de tudo o que sofreu, de como aprendeu a fazer tudo o que ele faz e como foi parar na ópera, o livro teria sido muito melhor. Ainda assim, eu consegui me apegar um pouco ao personagem, talvez porque a forma como ele é apresentado aqui é parecida demais com a do Quasímodo. O Erik não é um herói, nem tampouco um vilão, e acho que são esses os persoangens que mais podem nos surpreender. Sobre Christine e Raoul, foi mais do mesmo, um romance que já vi trocentas milhões de vezes (ainda que este seja um clássico e que, na época em que ele foi escrito, isso não era algo que as pessoas já tinham visto trocentas milhões de vezes) e que acabou me cansando.
O filme é incrível, gosto demais da estética exagerada da qual ele se aproveita, ainda que ela me pareça estranha em alguns momentos. Acho que ele também conseguiu consertar várias coisas que o livro deixou a desejar, e não preciso dizer que a parte musical é simplesmente perfeita. Não é um filme que eu veria de novo e de novo até a exaustão, como já fiz com cantando na chuva e a noviça rebelde, mas com certeza é o tipo de musical que eu teria a trilha sonora salva no celular pra escutar de vez em quando. No final, o fantasma da ópera acabou não sendo tudo aquilo que eu esperava dele, mas também não chegou a me decepcionar, acho que o problema está mais com as expectativas que eu criei do que com a obra em si.

Dri 17/08/2020

O livro é sempre melhor
Difícil falar sobre uma obra que teve tantas adaptações audiovisuais. Apesar de amplamente conhecida, a história de O Fantasma da Ópera é muito mais rica e detalhada, quando lida. Ao longo da narrativa é possível identificar as partes e frases que inspiraram o criador do musical, Andrew Lloyd Webber. Através do livro, compreendemos melhor a fragilidade de Raoul e Christine, que eram 2 jovens de 20 anos de idade, em comparação a Erik, um gênio da música, da arquitetura, do ilusionismo. No livro é mais difícil tomar partido de Erik, que aterrorizava quem entrasse em seu caminho, utilizando seus vastos conhecimentos em ilusionismo. Um dos melhores livros da minha vida. Inesquecível!

Thamiris.Treigher 03/03/2021

Misterioso, enigmático, empolgante.
Eu sempre fui fascinada pela história do Fantasma da Ópera: amo o filme, o musical, a trilha sonora... Sempre foi uma história misteriosamente excitante para mim. Faltava ler o livro! E a sensação não foi diferente. Uma leitura cheia de mistérios, drama, música, enigma, romance, tragédia, revolta, dor... Foi um desses livros que eu não consegui parar de ler. O maior mistério para mim permanece intacto e é em relação ao meu sentimento com Érik, o Fantasma da Ópera, que tem um história de vida dolorosa e perturbada. Ele é mesmo um Anjo da Música ou um louco?, "um deus ou um vil cafajeste?". Não sei se sinto pena, admiração, repulsa ou amor por ele. Inclusive, Gaston Leroux, autor dessa obra de arte, traz vários argumentos e provas mostrando que sim, o Fantasma da Ópera existiu. Ou seja, tudo que envolve essa história será sempre um mistério! ??

?O fantasma da Ópera existiu. Não foi, de modo nenhum, como se acreditou por longo tempo, uma inspiração de artistas, uma superstição de diretores, a criação jocosa dos cérebros excitados dessas mocinhas do corpo de baile, de suas mães, das operárias, dos empregados do vestiário e da portaria. Sim, ele existiu, em carne e osso, se bem que ele sempre teve toda a aparência de um verdadeiro fantasma, ou seja, de uma sombra.?

Clara A. D. Cassani 04/07/2023

O Fantasma da Ópera - um clássico gótico
Com um amor possessivo e tóxico, acompanhamos os mistérios do Fantasma que assombrou o Teatro francês no início de seculo XX.

Christine Daè é uma jovem que criada nos bastidores da Ópera que começou a aprender cantar divinamente por meio do Anjo da música - o Fantasma.
Esse livro apresenta um triângulo amoroso vivido pela jovem, por seu amigo de infância (o visconde de Chagny) e o fantasma. Com muita confusão, correria e medo os protagonistas acabam com o mistério do teatro, mas tudo tem um preço.

Acho que por ser uma obra mais antiga eu tenho que pegar mais leve por dar varios spoiler com relação ao final do livro.
Esta também é uma obra que ou você ama ou odeia, ela é muito extrema, ainda mais tratando de um ser sobrenatural.

O Fantasma era possessivo mas é justificável, o visconde era protetor mas era tudo em nome do amor, e Christine foi ingênua mas passou a vida toda acreditando nas fantasias de seu pai morto.

Enfim, ela pode ser uma obra um pouco polêmica, mas acho que vale muito apena ler (porém o filme e o musical são bem diferentes do livro).

Iza 19/10/2021

O Fantasma da Ópera
?So me faltou ser amado para ser bom?

O fantasma da ópera me impressiona há muito tempo e desde que vi o musical pela primeira vez, sou fascinada pela sua história. Pense comigo: é um triângulo amoroso entre uma cantora da ópera, um visconde e uma figura desconhecida e deformada que muitos alegam ser um fantasma que mora no subterrâneo da ópera de Paris. Não tem como ser ruim, é no mínimo muito interessante. Há um romance com triângulo amoroso, perseguição, rapto, uma história que fala de um ser excluído e marginalizado, e de como o mundo pode cortar as asas dos mais explêndidos gênios. Essa é a história do fantasma da ópera.

Começando pelo conteúdo do livro, achei muito interessante a forma como Leroux o escreveu levando-nos a crer que o fantasma de fato existiu. Os acontecimentos são relatados sob o ponto de vista de um historiador/jornalista e é com essa passagem que começa o livro:

?Em que o autor desta obra singular revela ao leitor como se convenceu de que o Fantasma da Ópera existiu de verdade?

Várias vezes eu me peguei pensando se essa figura tão cativante como o fantasma poderia realmente ter existido, principalmente porque durante o livro, o autor coloca acontecimentos históricos que poderiam facilmente terem sido obras dele. A forma como ele nos leva a crer isso é impressionante. Amo como o livro traz outras histórias consigo, que se complementam com a do fantasma e servem como base para dar continuidade a história.


?(...) Sim, embora tivesse o aspecto de um verdadeiro fantasma, isto é, de uma sombra, ele foi todo carne e osso?

Especificando os personagens, eu diria que Erik é uma das figuras mais cativantes que vi em toda minha vida. O fantasma da ópera, o anjo da música, o mago dos alçapões, um mero professor de canto, um assassino, um artista, compositor, um monstro, um Don Juan, o príncipe dos estranguladores, o rei dos mágicos, um gênio... Erik, apenas Erik. É assim que o fantasma é descrito durante o livro e quando penso nele não consigo tirar de mim este triste sentimento do que ele poderia ter se tornado se, em outras circunstâncias, a vida e a sociedade o tivessem abraçado. Quantas obras de grande sucesso ele poderia ter feito? Quantas arquiteturas inimagináveis e truques de mágica?... Tudo isso foi posto de lado pelo simples fato dele ser deformado, isso me entristece. - Falo como se ele tivesse existido, pois quantos Eriks não existem nesta situação?

?Pobre e infeliz Erik? Devemos lastimá-lo? Amaldiçoá-lo? Ele só pedia para ser alguém como todo mundo! Mas era demasiado feio! E foi obrigado a esconder seu gênio ou usá-lo para executar truques, ao passo que, com o rosto comum, teria sido um dos mais nobres da raça humana! Possuía um coração no qual cabia o império do mundo e no fim viu-se obrigado a se contentar com um porão. Com efeito é digno de pena o Fantasma da ópera!?

Sobre o romance em si, hoje podemos considerá-lo bem abusivo. Tanto entre Christine e Erik, quanto o de Christine e Raoul, na minha opinião. Mas o romance não é a parte mais interessante neste livro e não tocante a este ponto, penso no que a figura de Christine representa ao pobre Erik: o belo que ele queria ter em si.

?Erik projeta na cantora uma amálgama do belo - uma junção de beleza física beleza artística e beleza da alma? - Christine (...) também tem uma parte do seu coração dedicada a Erik, com quem constrói um relacionamento que hoje não teríamos problemas em chamar de abusivo, marcado pela chantagem, pela violência emocional e até por um sequestro, vale lembrar.

Comparando o livro com o musical, não gostei de algumas modificações que foram feitas, embora compreendo que foram necessárias para que o musical não ficasse muito longo - se bem que sempre que assisto, fico com aquele gostinho de quero mais, então quem sabe isso resolveria os meus problemas? - Brincadeiras à parte, não gostei do fato de terem cortado a figura do Persa, pois acredito que ele é um personagem muito importante para a história e o passado do fantasma é tão mais complexo, que fico triste por eles não encontrarem formas de acrescentar tais partes no musical também. Enquanto que no livro há muito mais história, por onde ele passou, seus traumas e o que fez ele se tornar esse criminoso, no musical tem uma explicação quanto a isso, mas a do livro é bem mais esplêndida e completa. Ele não viveu apenas no porão da ópera, ele atravessou o mundo, perseguiu e foi perseguido diversas vezes ao longo de sua vida. Porém, mesmo faltando estas partes, o musical segue sendo perfeito para mim.

Para finalizar essa resenha que se apresenta grande demais, o fantasma da ópera é uma obra explêndida com personagens cativantes, cenário extraordinário e acontecimentos que se entrelaçam com o real. A leitura é um pouco lenta no começo, sendo necessária várias pausas para entender o que se passa e o significado do amplo repertório da ópera, mas acredito que isso melhora do meio para o fim, principalmente se o leitor achar interessante os nomes das óperas e de onde ele tirou toda a inspiração. Por isso, se você gosta da literatura gótica, com muito mistério e ainda um romance de quebra, esta é uma obra que vai lhe agradar bastante.

Anagnósio 02/11/2021

F.da.Ó
Uma leitura clássica, imperdível na cultura dos romances góticos. Quase como uma reportagem verídica, Gaston Louis cria está obra depois de um passeio que fez pelo prédio que a narrativa acontece: O prédio da Ópera.
A história acontece com um personagem jornalista investigando acontecimentos estranhos que acontecem no prédio, acusam que os mesmo acontecimentos são responsabilidade de um fantasma que assombra aquele ambiente.
Um personagem curioso, pessoas transtornadas, desconfiança e um fantasma apaixonado.

Super recomendo.

Ana Cecilia 01/11/2023

O fantasma da opera foi uma leitura muito inesperada, comecei a ler por aparecer em um anime que estava vendo, as outras obras que apareceram eu já li, então porque não ler o livro antes de terminar de Assistir?
Comecei sem saber nada além do óbvio, tinha um homem conhecido como fantasma e que morava debaixo da opera. Então me surpreendi muito durante a leitura, o romance, o suspense e toda a dramaticidade do ambiente tornaram a leitura muito fluída e envolvente.
Mesmo assim a sensibilidade é dor dos personagens são muito perceptíveis, o sofrimento enlouquecedor do Erik e a obsessão com a Cristine foram muito bem expostos, mostrando a humanidade por trás de uma figura tão surreal.
Parar todas as minhas outras leituras para ler o fantasma da opera foi uma das melhores decisões que tomei, tive uma experiência incrível com o livro e terminei a leitura com uma mistura de alívio e dor pelos personagens, além de uma bela reflexão sobre tudo que ocorreu.

Aline.Rosa 14/02/2022

Esperava mais...
Devido ao fato deu me encantar com o musical do Fantasma da Ópera, criei grande expectativa quanto ao livro...acredito que ele narra de fato a história e origem do fantasma que eu não sabia....mas eu imaginei algo mais emocionante...

JoiceCoutinho 10/08/2021

Romance e mistério
A narrativa é realmente cativante, embora tenha sido arrastada em alguns momentos. Mas a história de um triângulo amoroso envolvendo um fantasma, acrescentando as tramas secundárias, faz valer a leitura.

Cosmonauta 24/07/2022

Devemos ter pena dele ? Devemos amaldiçoá-lo ?
"O Fantasma da Ópera existiu. Não foi, como durante muito tempo se acreditou, uma inspiração de artistas, uma superstição de diretores, a criação tola dos cérebros excitados das jovens do corpo de baile, ou de suas mães, das lanterninhas, dos funcionários dos camarins ou do zelador."

Tradução de Andréia Manfrin Alves

Denise.Marreiros 24/07/2020

" Quem não tiver aprendido a pôr uma máscara de alegria sobre suas dores e o disfarce da tristeza, do desgosto ou da indiferença sobre sua alegria íntima nunca será parisiense."

Amanda 02/07/2023

O livro é bem escrito, a história é fascinante (e esse foi o meu primeiro contato com a obra, não cheguei a ver as adaptações), os personagens são interessantes e o fato de ter toda uma história por trás que o autor utilizou para criar a narrativa é maravilhoso. Preciso comentar que não simpatizei em nenhum momento com o personagem do Erik e não consigo o ver como nada além de um vilão (de vdd, não entendo os defensores dele).

*** Sobre essa edição: é lindíssima, mas não gostei da tradução, achei que simplificou demais o texto e preferi ler em outra versão ***

Sarah 21/11/2022

Sou apaixonada pelo musical e já está na hora de conhecer o clássico da literatura francesa que deu origem a tão estimada obra. Penetrar nas paredes do teatro e perceber que Erik não merece ser tão romantizado quanto foi é de partir o coração. Não tem como não lembrar de Frankeistein com essa trama do feio, do rejeitado em sua busca pelo amor. Gostei muito, nada como o livro para nos apresentar os mínimos detalhes.