Resenhas - Grandes Contos

Clio0 05/07/2023

Ajoelhe-se perante Cthulhu!

Se você nunca leu nada de Lovecraft, saiba que a maioria das produções de ficção científica ou de terror fazem algum tipo de menção a esse escritor e o motivo é bem simples - tudo começou como uma piada entre o autor e seu bando de amigos escritores de revistas pulp fazendo menções ao Necronomicon (o livro dos mortos) e aos deuses antigos. Os leitores começaram a se interessar por esse universo expandido e o autor, que nunca teve o reconhecimento merecido em vida, é hoje o criador do maior universo de terror já escrito.

Os contos desse volume seguem uma certa ordem cronológica, mas pode-se lê-los à escolha que não diminuirá em nada seu entendimento. São todos relatos que sempre levam em consideração alguns pressupostos básicos do estilo lovecraftiano: o personagem está ou vai estar insandecido, os seres humanos são incapazes de assimilar a grandiosidade dos deuses antigos, vamos todos morrer.

Lovecraft não era um autor de dar sustos, sua ideia era transmitir a pequenez do ser humano e um horror enlouquecedor. Suas descrições extendem-se por páginas tentando explicar o calor de uma cor, por exemplo, ou terminar com uma simples palavra, "indescrítivel". Como o narrador é quase sempre em primeira pessoa, mas não onisciente, muitas histórias terminam abruptamente.

Essa edição de luxo da Martin Claret foi uma óbvia tentativa de cativar os leitores habitais da Darkside. A capa é dura e as páginas internas são levemente esverdeadas. Ainda há um capítulo final do próprio autor falando sobre a tradição do terror na literatura.

O trabalho de tradução foi muito bom, assim como a revisão. Algo raro nas publicações atuais e que merece palmas.

Recomendo.

Edson Camara 29/08/2020

Para ser degustado com calma, sem pressa de acabar e curtir cada ponto da intrincada imaginação
Este é um livro difícil de ler, levei 1518 dias (entre 03/07/2016 e 28/08/2020) em 57 sessões de 50 minutos em média e 21 páginas por sessão.
Em grande parte esta dificuldade é gerada pelo estilo rebuscado de Lovecraft, ele é extremamente detalhista ao descrever ambientes e criaturas. Mas econômico ao narrar eventos, que podem se arrastar maçantes 10 páginas ou serem ultra dinâmicos em uma linha.
Também é parcimonioso em descrever os personagens principais, seja em primeira ou terceira pessoa, e ai com base nos eventos, deduzimos a idade e a aparência do mesmo.
Lovecraft também não dava a minima se você iria entender determinado evento, por exemplo no conto A busca onírica da desconhecida Kadath, ele diz: E entre ele e a Via Láctea, julgou ter visto uma silhueta muito terrível de uma criatura nocivamente esquálida, com chifres, rabo e asas de morcego.Sendo que em nenhum lugar do texto falava que o personagem estava no espaço, dai você ter que voltar e ver se perdeu alguma coisa.
Na cor que veio do espaço, por exemplo, Lovecraft não explica a origem do meteorito, nem as causas da sua influencia no ambiente terrestre, mas isso não faz a menor diferença. Adorei o conto, e gosto do estilo mais amadurecido de Lovecraft neste período"
Independente de qualquer coisa, ler Lovecraft é bom, é divertido, dá sustos e lhe causa pesadelos. Mas é bom. Difícil, as vezes entediante, mas em outros trechos sua escrita é dinâmica como um filme de suspense e você devora as palavras em busca da conclusão do enredo.
Esta fantástica coletânea, com tradução primorosa de contém 47 contos, desde A Fera na Caverna escrito quando o autor tinha 14 anos em 1905 até O Assombrador das Trevas de 1936. O Navio Misterioso, o último conto livro é uma curiosidade, escrito por Lovecraft aos 8 anos de idade, é curiosa a forma de parágrafos telegráficos em que a historia é relatada. Há uma versão alongada do mesmo conto publicado em 1959 sem data de revisão do autor.
O livro conta também com um estudo longo sobre o horror natural em literatura também escrito por Lovecraft.
Como ressaltei no incio, este livro é para quem quer ter um longo reflacionamento com Lovecraft, é para ser degustado com calma, sem pressa de acabar e curtir cada ponto da intrincada imaginação do pai do suspense e do terror literário.

Brenner 30/04/2021

Mestre do horror
Não é atoa que ele tem esse título, é digno de usá-lo, muitos bons contos e todos surpreendem.

Laura 30/10/2020

Aceitável
Achei um pouco decepcionante, tem contos bons mas a maioria é razoável e alguns extremamente maçantes.

LeMMy-THT 28/06/2017

Edição muito bem elaborada, tanto a tradução quanto a escolha dos contos foram muito bem preparadas, recomendo para quem já tem certa familiaridade com Lovecraft e quer expandir o repertorio do seu mundo onírico. A qualidade dos contos, não preciso nem comentar, são inquestionáveis. Recomendo para se ter na estante.

Thiago.Lindemann 14/02/2021

Um escritor com aspectos geniais e outros exaustivos
Antes de tudo, é bom lembrar que H.P. Lovecraft é um escritor do início do século passado. Sua obra é contaminada por um racismo indefensável, que provavelmente já era repugnante na época. Nesta resenha, porém, não vou tratar deste tema social, apesar de ser importantíssimo neste contexto e em todos os outros.
Ao mesmo tempo em que as narrativas do autor inovam vários aspectos do terror cósmico, elas muitas vezes caem em um ritmo descompassado e monótono. Os personagens são frequentemente rasos. Os contos curtos dele tendem a ser brilhantes, mas, ao longo de sua carreira, o escritor parece insistir em criar histórias mais longas, o que normalmente expõe suas falhas.
Provavelmente por um costume literário da época, o Lovecraft faz muitas descrições extensas sobre o ambiente onde se passa a história. O problema é que tais trechos não acrescentam em nada. Um exemplo é “O Horror em Dunwich”, em que o escritor descreve detalhes irrelevantes da tal cidade por umas cinco páginas.
Claro que há exceções. “O Caso de Dexter Ward”, por exemplo, é uma superação de vários de seus tropeços: a história tem 130 páginas e, diferente de suas outras obras longas, ela tem um ritmo bom e o autor consegue se aprofundar na psique do protagonista.
O Lovecraft tem várias qualidades: sua descrição ambígua e “inominável” das criaturas é simplesmente um marco no horror literário; a mistura sutil de suas histórias com o sobrenatural e a ciência tem um destaque quanto às de outros autores que optam por um ou outro; quase sempre, os finais dos contos são surpreendentes, reveladores e muito, muito perturbadores. Além disso, o clima de suas narrativas sempre dá um desconforto “esquisito”, justificando a maneira que ele mesmo classificava seus contos: “weird fiction”.
O fato do Lovecraft ter sido um entusiasta da ciência enriqueceu enormemente sua obra. Enquanto escrevia na década de 30, ele sempre fazia menções aos fatos científicos da época: a descoberta de Plutão, a teoria relativista de Einstein, os impactos na Academia sobre “A Origem das Espécies”, entre outros. O autor sempre teve habilidade em transformar tais descobertas da ciência “contemporânea” em recursos narrativos para suas histórias.
Por fim, os contos de Lovecraft valem a pena serem lidos por qualquer fã de horror. Não é uma leitura fácil, é impregnada por um racismo desumano e muitas vezes o tédio vai ser seu companheiro. Porém, muitas histórias dele são únicas no gênero. Não é à toa que Stephen King tem como maiores inspirações o horror cósmico de H.P. Lovecraft.

Dear_poirot 09/05/2022

Prazer, horror cósmico!
Livro: Grandes contos
Escritor: H. P. Lovecraft
Nota: 4 de 5
Leitura: 14 de 51 em 2022

1) História:

O livro é composto de uma coletânea de contos do autor, a edição da Martin Claret foi a que encontrei com maior quantidade de contos, 45 ao todo e ainda 1 estudo dele sobre o horror na literatura. Este tomo oscila entre obras bem escritas, mas desinteressantes e obras primas do horror. Nele vemos Lovecraft transitando entre 3 tipos diferentes de horror.

Um horror mais clássico, muito inspirado em Edgar Allan Poe, que possui uma atmosfera tensa, geralmente em lugares escuros como uma cripta, um castelo abandonado, uma caverna e o gerador desse horror é um ser palatável para o humano, é algo com sua estrutura com formas definidas seja um lobo demoníaco, um homem deformado e involuído ou mago ocultista que viveu séculos. Este tema está presente em contos como: "A fera na caverna", primeiro conto que o autor escreveu, "A tumba", "O caso de Charles Dexter Ward" que considero seu melhor conto ou melhor, novela (são 130 páginas), entre outros.

O outro horror de Lovecraft é o horror cósmico e por este tipo que ele ficou conhecido e influenciou totalmente a cultura pop dos últimos 40 anos. Ele descreve o horror cósmico assim:

"O verdadeiro medo cósmico traz algo mais do que um assassino misterioso, ossos cobertos de sangue ou uma aparição amortalhada que faz retinir correntes segundo regras estabelecidas. Precisa estar presente certa atmosfera sufocante e um terror inexplicável de forças desconhecidas e exteriores..."

Mesclando ficção cientifica com horror, H.G. Welss com Poe e sempre antenado nas recentes descobertas da ciência (foi nesta época que Einstein discorreu sobre a relatividade e nasceu a física moderna e a mecânica quântica). Lovecraft criou seu próprio gênero de horror e sua mitologia, ele foi apresentando um a um os seres, objetos e cidades que seriam seus pilares como Dagon, necronomicon, a cidade de Kadath, o mundo onírico, Cthulhu, Azatoth, Nyarlathotep, entre outros. E depois os uniu em um crossover criando o Lovecraftverso do horror. Tudo isso feito de forma bem sutil e quando lido na ordem cronológica certa, traz um algo a mais a sua obra. Algo muito parecido com a fórmula de sucesso da Marvel nos cinemas.

A grande fonte de medo nos contos de Lovecraft, vem de sua hábil narração sempre feita em primeira pessoa, seja na forma de relato de um sobrevivente ou na forma de diários encontrados após ocorrer o evento. Passamos juntos pelo desespero que o personagem enfrentou com uma riqueza imensa de detalhes de seu horror clássico e sentimos o quão pequenos e impotentes somos frente aos seres do seu horror cósmico.

O último horror que Lovecraft infelizmente passeia e é o que derruba sua nota em minha avaliação é seu racismo e xenofobia disfarçados de horror. O problema destes temas é que eles não são utilizados com um propósito ou um pano de fundo por exemplo: alguma história que se passa em uma sociedade que escravizava negros, ou algum personagem que era racista e isso era importante para a trama como um todo. Não, aqui ele destila seus preconceitos de forma gratuita.

O termo muitas vezes usado por ele "pessoas de pele escura" quase sempre vem acompanhado dos adjetivos "horríveis", "mal cheirosas", "repulsivas" entre outros. O conto "A rua" é o auge do seu racismo e foi uma leitura para se esquecer. Para mim isto torna boa parte da leitura ruim e datada. Lovecraft foi um gênio que até hoje influencia a nossa cultura pop, mas, desde que, você leia seus contos com uma lupa no que é relevante, deixando de lado esses episódios preconceituosos, algo que eu não consegui fazer inteiramente.


2) Principais contos


2.1) O chamado de Cthulhu

Rapaz investigando falecimento do tio e se depara com um ídolo bizarro com cabeça de polvo, asas de dragão e corpo humanoide. Isso o leva a cultos ritualísticos antigos, R'lyeh e Cthulhu.
- O conto mais conhecido de Lovecraft.
- Seitas, rituais ocultistas, sacrifícios humanos, esculturas horríveis.
- Ressurgimento de um terror há muito adormecido.
- Início do horror cósmico
- Alicerce para o Lovecraftverso

2.2) A busca onírica da desconhecida Kadath

Temos a saga de Randolph Carter tentando encontrar a cidade dos deuses Kadath no mundo onírico viajando por diversas cidades e reinos.
- Conto de fantasia com pitadas de terror
- Lembra muito o estilo de história do Tolkien
- Aqui ele começa a unir todas as criaturas apresentadas em um único universo
- Protagonista Randolph Carter é seu alter ego

2.3) O caso de Charles Dexter Ward

Conta a decadência do personagem título quando começa a investigar um ancestral seu de dois séculos atrás que havia fugido de Salem por ter ligações com o ocultismo.
- Maior e melhor conto do livro
- Ocultismo e necromancia
- Últimas 50 páginas são tensão e desespero em forma de escrita.

2.4) A cor que veio do espaço

Um meteoro com uma cor inexplicável cai em uma fazenda em Arkham envenenando o solo, plantações e o poço d´água vindo a enlouquecer e consumir as pessoas que ali moravam.
- Um dos contos preferidos do próprio Lovecraft
- Dose perfeita de horror com ficção científica
- Pode-se fazer um belo paralelo com o uso irresponsável de agrotóxicos

2.5) A história do Necronomicon

Após ser citado em diversas outras histórias, aqui temos toda a origem do livro dos mortos explicada aumentando sua relevância no Lovecraftverso.
- Conto de 3 páginas
- História tão bem criada que até hoje pensam existir o Necronomicon

2.6) Nas montanhas da loucura

Uma expedição vai à Antártica para estudar a região e o solo e durante escavações encontram corpos de seres congelados que nunca haviam visto e não sabem dizer se são animais ou vegetais.
- Acompanhamos a autópsia de uma criatura demoníaca
- Depois a criatura faz uma autópsia no ser humano
- Humanos descobrem portal para o mundo onírico

2.7) A sombra sobre Innsmouth

Cidade portuária próxima a Boston sofrendo por anos com a falta de peixe até que alguns de seus moradores resolvem fazer um pacto com o grotesco Dagon, em troca de ouro e peixes.
- Segundo melhor conto do livro
- Sacrifício humano e hibridização
- Desesperador
- Tem um plot twist que eu não esperava


3) Escritor:


Howard Philips Lovecraft, viveu de 20/08/1890 a 15/03/1937, muito inspirado por Edgar Allan Poe começou a escrever na adolescência e ficou conhecido por criar o gênero de horror cósmico com obras como "O chamado de Cthulhu", "A cor que veio do espaço", "A história do necronomicon" e "A sombra sobre Innsmouth" inspirando até hoje a nossa cultura pop.


4) Mitologia de Lovecraft

4.1) Nyarlathotep

Conhecido por muitos nomes como o caos rastejante, Ahtu, o Deus sem rosto, Faraó da escuridão entre outros, é filho de Azatoth.
É possivelmente o mais humano dos seres frequentemente caminha pela terra em sua forma humana, angaria seguidores, manipula pessoas e as engana buscando, sempre, seu sofrimento.
Contos com sua presença: Nyarlathotep; A busca onírica da desconhecida Kadath; Os sonhos na casa das bruxas.

4.2) Azathoth

A entidade mais poderosa do Lovecraftverso. É criador e governante dos deuses, pai de Nyarlathotep e avô de Yog-Sothoth. Ele está adormecido no mundo onírico e reza a lenda que se acordar nada mais existiria nem Deus, nem mundo nem homem. Todos seriam Azathoth
Contos com sua presença: Azathoth; Sussurros na escuridão; A busca onírica da desconhecida Kadath.

4.3) Yog-Sothoth

Entidade cósmica onisciente com diversas formas é frequentemente procurado pelos humanos para ressuscitar os mortos e para conceber seus filhos meio humanos.
Contos com sua presença: O caso de Charles Dexter Ward; O horror em Dunwich; Através dos portais da chave de prata.

4.4) Cthulhu

O mais famoso dos Deuses antigos, Cthulhu é um ser gigantesco com corpo humanoide, tentáculos de polvo na face, escamas e asas de morcego. Consegue se comunicar com humanos através de sonhos e sua mera visualização leva humanos à loucura.
Contos com sua presença: O chamado de Cthulhu; Os outros deuses.

4.4) Dagon

O único dessa lista que não é um Deus antigo ele é um misto de humano com peixe que vive no fundo dos oceanos e seduz humanos a pactuar com ele em troca de tudo o que o mar pode oferecer.
Contos com sua presença: Dagon, A sombra sobre Innsmouth.

4.5) Locais

R'lyeh - Cidade submersa onde Cthulhu está adormecido, fica no pacífico sul próximo a ilha de páscoa.
Kadath - Cidade dos deuses no universo paralelo de Lovecraft, o mundo onírico.
Arkham - Cidade ao lado de Boston, amaldiçoada por heranças de Salem.
Innsmouth - Cidade litorânea onde há o culto de Dagon.
Universidade Miskatonic - Universidade em Boston que abriga uma cópia do Necronomicon.

4.6) Necronomicon

Livro escrito pelo árabe louco que além de rituais diversos também revela a existências dos Deuses Antigos e do mundo onírico. Citado amplamente em seus contos.
Cronologia
- 730 A.C Al Azif escrito em Damascus por Abdul Alhazred;
- 950 A.C Traduzido para o grego como Necronomicon por Theodorus Philetas;
- 1050 Queimado pelo Patriarca Miguel (i.e., texto grego) Texto árabe é perdido;
- 1228 Olaus Wormius traduz do grego para o latim;
- 1232... Edição latina (e grega). Proibida pelo Papa Gregório IX;
- 14... Edição impressa em letras góticas (Alemanha);
-15... Texto grego impresso na Itália;
- 16... Impressão hispânica do texto latino.



5) Influências na cultura pop


5.1) Influência na música

O gênero mais influenciado por Lovecraft foi sem dúvidas o Rock'n'Roll especialmente o Heavy metal, temos as bandas mais conhecidas abaixo:
- Black Sabath escrevendo a música "Behind the wall of sleep" de seu primeiro álbum baseada no conto "Para além da barreira do sono"
- Metallica escrevendo duas músicas - "The call of ktulu" ("O chamado de Cthullhu") e "The thing that should not be" (inspirado no excelente "A sombra sobre Innsmouth")
- Dream Theater usou do conto "Nyarlathotep" para escrever "The dark eternal light"

5.2) Influência em livros

Basicamente tudo que cheira a horror cósmico publicado após Lovecraft é influencia dele. Vejam abaixo alguns exemplos:
Robert Bloch (escritor de Psicose)
Clive Barker (escritor de Hellraiser)
Neil Gaiman (HQs e livros)
George R. R. Martin (acho que vocês conhecem)
Stephen King (Idem)

5.3) Influência nas HQs

Alan Moore talvez seja o roteirista de HQs que mais bebeu na fonte de Lovecraft, lançando ao menos três histórias totalmente baseadas nele "Neonomicon", "Providence" e "O pátio".
Outro exemplo é a série Locke and Key de Joe Hill, Hellboy também bebeu desta fonte, assim como Neil Gaiman e, da mesma forma nosso querido homem morcego que teve um vilão (Senhor Frio) e seu famoso hospício (Arkham) inspirado em Lovecraft.

5.4) Influencia em séries

Além da série óbvia "Lovecraft Country" temos em "Stranger Things" uma das séries que mais tiveram influência do autor, desde o mundo invertido, passando por monstros gigantescos, pela atmosfera de horror e por plantações de abóboras apodrecendo, tudo lovecraftiniano. Outras séries com forte inspiração são "Love, death and robots", "Ash vs evil dead" e até "Ricky and Morty".

5.5) Influencia nos filmes

Além dos filmes homônimos, claramente baseados em suas obras, outros filmes que entram nessa lista seriam os clássicos oitentistas de terror "Evil dead" e "Re-animator".
A trilogia do apocalipse de John Carpenter, composta pelos filmes "O enigma do outro mundo","Principe das trevas" e "Á beira da loucura" são Lovecraft em sua mais pura forma.
Mas talvez os mais conhecidos desta lista de referências sejam "Alien o oitavo passageiro" e "It a coisa".


6) Referências:

https://www.sitelovecraft.com/mithos.php

https://www.legiaodosherois.com.br/lista/h-p-lovecraft-monstros-cosmicos-aterrorizantes.html#list-item-2

https://primeiraimpressaonline.wordpress.com/2020/12/09/as-influencias-de-h-p-lovecraft-na-cultura-popular/

https://nerdgeekfeelings.wordpress.com/2014/08/21/musica-lovecraft-o-horror-na-musica/

https://www.legiaodosherois.com.br/lista/10-hqs-de-horror-cosmico-lovecraftiano.html#list-item-10

site: https://www.sitelovecraft.com/mithos.php https://www.legiaodosherois.com.br/lista/h-p-lovecraft-monstros-cosmicos-aterrorizantes.html#list-item-2 https://primeiraimpressaonline.wordpress.com/2020/12/09/as-influencias-de-h-p-lovecraft-na-cultura-popular/ h

Malle 11/07/2022

Lula Molusco versão verde-neon.
Recomendo que não compre se é seu primeiro contato com Lovecraft. Esse tijolão é mais indicado para quem já conhece o autor e já está acostumado com sua escrita. Contém vários contos, desde os mais conhecidos até os mais desconhecidos ? e ainda assim, falta coisa. Boa edição, boa diagramação, capa linda mas as páginas tingidas de verde me cansaram os olhos.

Acredito que um verdadeiro fã de Lovecraft é capaz de admitir várias coisas: 1) ele era um cretino racista, xenófobo e antisemita; 2) muito disso reflete em sua escrita; 3) chega uma hora que você cansa de ler sobre a lua leitosa do brejo escuro dos tempos imemoriais do povo antigo e enfadonho da... Definitivamente uma coletânea que demanda paciência e leituras intercaladas.

Alguns contos são tão grandes em sua influência na literatura e mídia em geral que transcederam Lovecraft; outros nunca saíram de sua sombra por bons motivos. Gostei da leitura em geral, mas não vejo muito propósito em ter essa edição que não seja por um ponto de vista de colecionador (que é o meu caso), pois há muitas outras coleções que tem uma curadoria mais ampla com os maiores sucessos do autor, em preços beeeem acessíveis e de mesma qualidade em tradução.

Bu 11/03/2021

Coletânea colossal
O tamanho assusta, o peso atrapalha e encomodo ler em algumas posições, os textos são bem detalhados e complicados as vezes, o conteúdo incomoda por demais, só que quem procura ler Lovecraft já tem que está acostumado com ele, ver antes o contexto histórico e cultural que o envolve e assim tirar o máximo proveito do conteúdo extraordinário que ele nos entrega. Sem falar que a análise que ele faz sobre o tipo de literatura que ele domina no fim do livro, é um conteúdo ímpar, nos trás uma enchorrada de conteúdo que te deixa ainda mais encantado. E sim os textos se interligam, te deixa com gosto de quero mais, e vemos que se ele tivesse mais tempo de vida e saúde teria enriquecido ainda mais seu universo, que por sinal ele expandi de um jeito inexplicável tem tanta coisa que poderia ser explicada.

Não tenho mais o que falar, se for falar mais escreveria um livro sobre o autor, hahahaha, e como a maioria já o conhece nem que seja por adaptações pra outras mídias não vejo necessidade de falar mais nada e esse material se alto indica, hahahaha.

Miguel 03/09/2022

.
I felt myself on the edge of the world; peering over the rim into a fathomless chaos of eternal night.

carolofir 15/06/2020

Grandes contos - H.P. Lovecraft
Grandes contos de H.P.Lovecraft é uma verdadeira viagem pelo universo Lovecraftiano que adorei experienciar!
No entanto, apesar de em muitos dos contos me sentir completamente imersa na narrativa, com todos os mistérios, ambientações e criaturas e entidades únicas, em muitos outros também senti totalmente o oposto, me desligando da história e não aproveitando da maneira como eu gostaria. Talvez pelo excesso de certos tipos de descrições ou pela forma como o autor, de fato, leva a narrativa, em muitos trechos ou até contos inteiros senti certo cansaço da leitura, apesar de sempre curiosa a respeito do desfecho.
De qualquer forma, é uma experiência que deve ser vivenciada!

Marcus Oliver 20/07/2020

O horror em toda sua glória!
Livro para fãs ?hardecores? do mestre do horror cósmico. Caso seja um leitor que não conhece H.P. Lovecraft recomendo a não pegar esse livro, pois é uma leitura densa e você ficará muito tempo neste livro, por isso, é melhor pegar outro com menos contos para conhecer Lovecraft. Outra questão importante aqui é a tradução da Martin Claret, porque a editora acaba amenizando o racismo e xenofobia do autor e acho isso negativo. Apesar desses dizeres iniciais ainda dou nota máxima, porque achei a coleção soberba e tão completa que foi o livro que mais reuniu contos e novelas do H.P. Lovecraft. Neste livro está várias historias de horror cósmico, os principais para conhecer o autor, e histórias do ciclo de sonhos de Lovecraft, obras menos conhecidas do autor. Uma surpresa excelente está no final do livro que traz o ensaio, do próprio Lovecraft, chamado O Horror Sobrenatural na Literatura.
Um livro que fará você entender, sentir e vivenciar o horror cósmico e será uma leitura perfeita para tempos de pandemia.

Mandy.Guiraldi 10/03/2024

Não muito do que se esperar
É complicado escrever sobre Lovecraft. Um livro longo, com muitos contos e, depois de certo tempo, cansativo pelas repetições de temas: Necronomicon, Ulthar, Nyarlathotep, Arkhan... quase todos contendo esses nomes. A parte mais difícil? Lovecraft odeia quase todo mundo. A todo momento, seus vilões são sempre os mesmos: negros, latinos, orientais, árabes. Sempre. Isso torna tudo bem chato de ler. No mais, alguns contos realmente nos pretendem a atenção enquanto outros nos fazem dormir no meio da leitura, de tantos dados técnicos desnecessários fornecidos. Se um dia tornarei a ler Lovecraft? Duvido muito. Mas indico para quem tem paciência para ler.

Predo21 03/01/2024

O cthulhu da mediocridade
Não é que lovecraft só tenha contos ruins, nesse livro por exemplo tem uns quatro que são uma obra prima! Mas tirando eles tem um almagama bizarro de racismo, xenofobia e todo tipo de preconceito com uma repetição de "coisas incompreensíveis" que mais parece um jeito de achar um caminho fácil pra resolver uma história. Foi meu primeiro contato com horror cósmico e eu esperava mais, muuuito mais!

Diogo Santos 12/06/2021

Curando uma ressaca
Adoro voltar a ler alguns contos quando me deparo com uma ressaca literária; alguns escritores possuem uma escrita mais corrida e lasciva