Natalia 14/10/2011
Decepções
Um pouco difícil descrever como me senti ao fechar a capa desse livro. Ele não é completamente horrível e maçante, mas digamos que ele é fraco. Sempre quis ler esse livro e então as decepções vieram. Não me entendam mal, ele não é de todo ruim, mas acho que Alyson errou em ponto cruciais.
A história conta sobre Ever uma garota que sobreviver ao acidente pelo qual sua família toda morreu, mas estranhamente sobrevivendo adquiriu assim poderes sobrenaturais. Ela pode ver as auras das pessoas, pode descobrir tudo a um simples toque, e não pense que Ever se sente satisfeita com isso. Ela encontra a maneria mais óbvia de sair disso, se escondendo do resto da sociedade. Ela tem apenas dois amigos, Miles um garoto que acho que salvou a história dos personagens que insistem em ser irritantes, e Haven, uma garota com mil personalidades, ingênua, não combina com a Ever, e não posso deixar de citar que de tão quase insignificantemente em alguns pontos da história, eu tive que reler para ter certeza dessa contradição que a autora fez.
A história é diferente, mas não se engane, não é ORIGINAL, acho que ela teve uma boa ideia, que poderia ser uma ótima história, um desperdício de ideia digamos assim. Ela se empolga em alguns pontos que não mereciam ênfase, e deixa mal escrito alguns que era cruciais, coisas que deixam a história vazia. Acho que ela não soube aproveitar a ideia, não que pudesse dar uma história épica claro.
Ever é irritante, infantil, ingênua e extremamente chata. E eis que surge um personagem mais sem sal que Bella de "Crepúsculo". Tem vezes que da vontade de fechar o livro, e xingar Alyson. Ela é a cópia perfeita de uma adolescente em crise, mimada, perdida, chata e extremamente igual a todas as outras de milhares de livros. Nunca vi um diálogo tão repetitivo, ela usa páginas para falar de seu amor pelo Damen, e capítulos depois, fala a mesma coisa em outras palavras. Isso me deixava revoltada e com uma vontade tremenda de passar páginas adiante e me prevenir de ler tudo novamente.
Damen não é inteiramente chato, mas é bem ao estilo namorado perfeito demais que enjoa, muito água com açúcar, que nem mesmo um Imortal poderia ser tão perfeito. Parece que o namoro deles não engrena nunca, sempre parece que estão sempre parados na mesma questão.
Levamos o livro todo para descobrir seus mistérios e acaba com coisas mal explicadas, assuntos paralelos abordados no meio da explicação se tornando monótomo ler. E o final é vazio, digno de mais duas páginas para complementar o que falta.
Gostei muito da parte das mágicas das rosas, bem criativo e fofo sem ser ridículo ou exagerado. Já aquele "mundo paralelo" completamente algo conto de fadas de mais. A irmã de Ever com 12 anos consegue ser mais madura que ela mesma, as vezes nos deixa querer que ela seja a personagem principal.
O livro tem uma leitura rápida, pois os diálogos são fáceis de compreender e ela sabe te prender na história apesar dos defeitos. A história não é péssima, talvez seja uma saga que eu queria continuar na esperança que os outros, os personagens amadureçam junto com a autora. Recomendo que pegue esse livro emprestado ou em uma biblioteca, a menos que adore uma leitura sem surpresas, nem impactos. Apesar da história não ter impacto nenhum, a história é morna e amena, então deve ser por isso que você não se decepciona totalmente.
Outra coisa que notei, foi que Ever é muito bipolar, e ao contrário de muitas, não é lá muito heróica, é tipo patricinha tentando mexer com algo que não tem nada a ver com ela. Do nada ela resolve se rebelar e mudar seu jeito escondido, em outro, volta a vestir as mesmas coisas e voltar ao mesmo estilo. Fico imaginando se ela foi sempre assim em todos os séculos. A história também mostra como tudo acontece meio que por acaso, como Damen aparece do nada sendo que já sabia de tudo e depois haje como se fosse pouca coisa ou não se importasse, o chato é que você não consegue se surpreender com exceções de algumas partes, tudo é meio previsto, e o que não era acaba sendo pior do que previ. Meu conselho também é não criar expectativas demais e se deixar levar pela capa que convenhamos é linda.