A cidade sitiada

A cidade sitiada Clarice Lispector




Resenhas - A Cidade Sitiada


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rafisreading 27/03/2024

Acho que é o livro dela que eu mais me identifiquei até agora, nos de cidade pequena que sonhamos em sair desse buraco merecemos ser ouvidos tb!
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Satie.Yugue 24/03/2024

?(?) eu te dou minha vida e nada mais.
Doutor Lucas, sem que se pudesse inventar a expressão que teria neste instante, gritando: quero menos que tua vida, quero você! Ela respondendo com dor, com pudor:
no amor é indigno pedir tão pouco, rapaz.?
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Ana 21/02/2024

Único e Íntimo
Lucrécia Neves de longe não é uma das personagens de Clarice Lispector que despertam o interesse e conexão com o leitor, não tem o encanto de Joana, ou a mente afiada e criativa de G. H., e de certo está distante de ter a nossa empatia como Macabea. Mas ela nos desperta um incômodo curioso que mesmo após prolixas descrições nos envolvem e nos mantém atentos ao que virá a seguir. Embora a leitura seja parada e o fluxo de pensamentos contínuos e sem muitos desvios, é agradável a leitura. Uma boa distração e passatempo, mas nada de arrebatadora e cativante. De certo bastante frustrante, mas ainda contém sua beleza.
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Bibliotecadabri 29/01/2024

Clarice Lispector, A Cidade Sitiada (1949)
Personagem um pouco chata, fútil e pretensiosa, com muito pouco pra entregar, que apenas vê a vida passar no subúrbio de São Geraldo e relata os acontecimentos de sua vida e do lugar em que vive.

Lucrécia Neves, a personagem principal, não consegue se aprofundar nas próprias reflexões e na vida que leva. Ela é uma jovem simplória, que acompanha as pequenas transformações das ruas da cidade e confirma que as coisas são o que aparentam ser.

As descrições de São Geraldo ou da metrópole, onde vai viver posteriormente, se relacionam com a personalidade de Lucrécia. Lucrécia vive em busca de pertencimento com São Geraldo e a cada pequena mudança ela se sente mais distante.
?Sitiada? dentro de si, por seu contexto e com suas angústias, Lucrécia não tem perspectiva alguma de mudança.

E as figuras masculinas encontram um lugar de centralidade nessa história. Na busca de sair da miudeza da vida no subúrbio, Lucrécia se encontra com três personagens e vive nas funções de mulher e esposa. O tenente Felipe, que despreza o subúrbio e, portanto, despreza a própria Lucrécia; Perceu, que é belo porém vazio; e Mateus Correia, com quem ela se casa, vai pra cidade grande e não se sente realizada.

É uma história desconfortável. Acompanhar as andanças de Lucrécia gera uma sensação desagrádavel justamente pelo estilo de vida que a personagem leva. Uma vida monótona e sem sentido. Há uma romantização do que a vida pode e parece ser, mas que nunca chega a realidade íntima da personagem. Apenas a mesmice.

E esse desconforto é próprio do livro e da autora. Depois de muitas vezes rejeitado e aceito por uma editora, Clarice revela, em 1971, ao jornal Correio da Manhã, que este foi seu livro mais difícil de escrever.
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Eliane406 23/01/2024

O hermetismo de Clarice
Hermético e essencial, assim como todos os seus romances, na minha visão de leitura clariceana. Este foi 3° livro fala, lançado em 1949.

A terra em torno da água era humosa, fecunda, exalante -- Lucrécia Neves a respirava com impotência e delicadeza. De tanto fitar o córrego sua cara prendera-se a uma das pedras, flutuando e deformando-se na corrente, o único ponto que dóia, mal dóia tanto boiava e sonhava na água. Aos poucos ela não saberia se olhava a imagem ou se a imagem a fitava porque assim sempre tinham sido as coisas e não se saberia se uma cidade tinha sido feita para as pessoas ou as pessoas para a cidade -- ela olhava.

Cáp.3 Pág.53.
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arthur966 30/12/2023

Atordoada, quase recuando, perguntava-se como era possível que ele a amasse sem conhecê-la, esquecendo que ela própria só conhecia do homem o amor que ela lhe dava.
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maLu 27/12/2023

Boa e desafiante
Nesta obra, que, dentre todas as de Clarice, foi uma das mais desafiadoras, a autora explora as complexidades humanas e do cotidiano. Como em suas outras histórias, Clarice adota uma prosa introspectiva e poética.

Os personagens enfrentam uma sensação de isolamento, tanto interno quanto externo, em busca do significado que todos buscamos. Obviamente, foi mais uma leitura que me trouxe milhares de reflexões existenciais e identitárias.

Como já mencionado, não foi uma leitura fácil e tão fluida quanto eu gostaria, mas certamente me encantou.
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Leonardo896 22/12/2023

Difícil, denso
Não foi uma leitura fácil nem fluida, foi o livro mais demorado deste ano. Após ler o posfácio, entendi que mesmo a Clarice sabia que era um difícil, as notas no posfácio são bem interessantes. Tenho certeza que é um bom livro, porém para o meu gosto, foi complicado e lento, extremamente descritivo, as vezes mais focado na transformação da cidade do que nos personagens. Acredito que não é livro que agrade facilmente a qualquer leitor.
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João Pedro 20/12/2023

Delicioso desafio
Demorei um tanto para terminar de ler "A cidade sitiada", de Clarice Lispector. Esse é um dos três primeiros romances da autora, escrito antes de ela completar 30 anos (junto a este, há "Perto do coração selvagem", que já li, e "O lustre", que ainda não li).

Sinceramente, se me perguntarem do que se trata o livro, não saberei dizer. Também senti essa dificuldade com "Perto do coração selvagem", mas ali havia um contorno maior a que se apegar. Digo, parecia haver uma estrutura sólida de enredo e, ao redor, uma miríade de pensamentos, um intenso e delicioso fluxo de consciência a levar o leitor a um passeio pela mente de Clarice. Mas "A cidade sitiada" é diferente, pois, apesar de muito relacionado aos objetos, às coisas que compõem o subúrbio de São Geraldo, é um romance sem uma forma mínima definida.

O capítulo 4, "A estátua pública", por exemplo, possui 20 páginas e se passa inteiramente dentro de um apartamento e da mente da protagonista, Lucrécia Neves. O capítulo 5, "No jardim", como que indo além no desafio ao leitor, é todo uma espécie de sonho.

Foi a leitura mais desafiadora que já fiz de Clarice Lispector. Um romance que é também um mistério, um enigma, e nem por isso deixa de ser bom. Ou talvez por isso justamente seja uma excelente leitura se a pessoa estiver disposta a tanto.

No posfácio escrito por Benjamin Moser, um alento a quem sentiu dificuldade e chegou até o fim: "Em 1971, Clarice Lispector disse a um entrevistador que lesse A cidade sitiada – 'se você conseguir', acrescentou, em tom de dúvida. 'Eu mesma acho difícil.' Em outro lugar ela se referiu a seu terceiro romance como 'um dos meus livros menos gostados', e professou sua perplexidade com a história da garota de São Geraldo".
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Flávia 23/10/2023

A cidade sitiada
Eu fiquei bem surpresa para ser sincera, é que os livros da Clarisse tem uma linguagem difícil, mas eu li bem rápido. Gostei de todos os contos mas acho que o meu favorito foi "O Jardim"
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Mi_ 03/09/2023

Segundo a própria Clarice, ?Cidade Sitiada?, é um dos seus romances mais difíceis de entender.
O livro tem como personagem principal: Lucrécia, cujo nome se origina do latim que se deriva de lucrum e significa ? lucro/ riqueza.
Muito diferente de suas personagens anteriores, Lucrécia é fútil, pretensiosa e ambiciosa.
Lispector, muito nos ensina ? em todas as suas obras, não apenas sobre solidão e autocuidado, mas maiormente no que concerne o amor recíproco.

?e, se o homem cortara o amor-próprio que esta lhe traria, é que sua consciência-cia, e mais que consciência, uma lembrança, ainda o fazia ao menos esconder a alegria de ser só. Agora, porém não se tratava mais de proteger-se. Tratava-se de perder-se até chegar ao mínimo de si mesmo??

?Atordoada, quase recuando, perguntava-se como era
possível que ele a amasse sem conhecê-la, esquecendo que ela própria só conhecia do homem o amor que ela lhe dava.?

?esquecer era bem o seu modo de guardar para sempre.?
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kafkaniana 19/08/2023

Cavalos. São Geraldo. Lucrécia
"A beleza de tudo isso é que ela estava tão perdida que parecia guiada"

A performance de Lucrécia — a estátua da cidade, os homens, os casamentos, a liberdade. O único momento em que consegue ser verdadeira, é na madrugada de seu quarto imaginando os cavalos.
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Amanda 25/07/2023

Complexo, mas tedioso
Não venho aqui falar sobre a qualidade do livro e seu valor como uma obra literária. De fato, é possível perceber que é um livro complexo e cheio de significados e uma história que, na verdade, é contada pelas entrelinhas. Contudo, não é um livro fácil de ler (pelo menos, para mim não foi). Se eu tivesse lido ele com calma e com "gosto" , talvez eu pudesse discorrer sobre seus valores como um produto artísitco; mas não foi isso que aconteceu. Só posso dizer que, pessoalmente, foi uma leitura tediosa e arrastada. Foi meu primeiro livro de Claruce Lispector, então não posso fazer comparações com outros da autora, mas espero que futuramente possa ler outro livro dela e realmente aproveitar a leitura (apesar de não ser muito acostumada a literatura nacional mais antiga).
João Pedro 21/12/2023minha estante
Oi, Amanda! Realmente esse parece ser um dos livros mais difíceis de Clarice Lispector. Que infelicidade você ter começado a ler a obra da autora por ele. Te indico ler ?A hora da estrela? como um próximo passo para ler Clarice. É um romance bem menos complexo de compreender do que ?A cidade sitiada?. Abraço!




LivrosdaAri 15/07/2023

O livro mais dificil que eu li da Clarice até agora...
Até o momento eu já li 7 livros da Clarice e todos eles eu avaliei com 5 estrelas, alguns viraram favoritos da vida. Porém esse livro não mexeu muito comigo ao ponto de avaliá-lo com 5 estrelas.

Esse livro fala sobre Lucrécia, uma jovem que mora no subúrbio em São Geraldo, uma cidade literalmente sitiada.

Ela vive em busca de um marido, para que possa sair dessa cidade e conhecer o mundo, digamos que um dos medos de Lucrécia e viver a mesma vida de sua mãe, ao decorrer da história aparecem 4 personagens homens no qual todos eles têm grande influência na vida dela, porém devido ao interesse Lucrécia se casa com Matheus, ela se julga feliz ao lado dele, mas te pergunto dinheiro traz a verdadeira felicidade?

Os 12 capítulos dos livros são marcados de fluxo de consciência onde foi preciso eu voltar “muitas vezes” o mesmo capítulo para que eu pudesse entender, logo de imediato eu a comparei com Macabéa personagem do livro “ A hora da estrela” pois além de se apresentar com uma certa solidão, ela é apenas o que ela vê, como um cavalo com sua viseira.

Eu costumo me encontrar nos livros da Clarice, porém tive muita dificuldade com esse livro e não consegui me conectar com a personagem.
Não é atoa que esse é um dos livros menos vendido dela, ela encontrou dificuldade até mesmo para ser publicado, as próprias editoras já falavam que muitas pessoas não iriam gostar dos livros.
CURIOSIDADE: Após finalizar o último capítulo desse livro, Clarice foi para o hospital dar à luz ao seu primeiro filho Pedro.
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