Depois do Fim

Depois do Fim Samuel Cardeal




Resenhas - Depois do Fim


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Tracinhas 12/12/2016

por Kamila Zöldyek
O conto narra a história de Rangel, um soldado que é designado a caçar comida para seu povo.

Lá no ano de 3572, depois de uma catástrofe que dizimou todas as formas de vida na Terra, a espécie humana se reergueu com louvor, porém, com uma limitação: só podiam se alimentar de carne. Assim, havia destacamentos de soldados caçadores, e o que eles caçavam era… as feras.

As feras nada mais eram que os dinossauros, que ressurgiram no novo mundo pós-catástrofe; porém, eles também evoluíram.

O conto começa quando Rangel vai à sua primeira missão como soldado, onde tudo vai bem… mal. Eles sofrem um ataque das feras, e Rangel é atingido. Quando acorda, encontra uma das feras, e quando pensa que vai morrer mesmo, a fera… bem, ela fala com ele.

O conto é bem curtinho e muito bem escrito, narrado em primeira pessoa por Rangel. Há uma crítica social forte por trás daquela que poderia ser só mais uma historinha sobre dinos falantes. Não, é bem mais que isso. E não espere um final feliz, porque estamos falando de Samuel Cardeal aqui, amiguinhos!

Recomendo fortemente, em especial a versão impressa, que está muito linda

site: http://jatracei.com/post/154119355017/resenha-221-depois-do-fim
SAMUEL 18/12/2016minha estante
Todos os obrigados




Alec Silva 02/05/2016

Para quem curtia "Família Dinossauros" é um prato cheio!
Sou amigo de Samuel desde o dia em que, após ler "A Guerra dos Criativos", ele veio com uma resenha muito bacana e sincera. De lá para cá, fechamos parcerias com diversos projetos, trocamos ideias e nos tornamos amigos bem próximos.

E fiquei contente quando ele veio com a a ideia para "Depois do Fim: O Renascer", pois tinha dinossauros, e histórias com dinossauros já me despertam a atenção. Mas esta noveleta é mais do que uma história com dinossauros: é uma história sobre dinossauros, igual a clássica série "Família Dinossauros". Aliás, possui um tom bem próximo, com uma mensagem muito boa.

Dos contos e noveletas do Samuel que já li, esta figura entre minhas favoritas, pois é uma fábula sobre humanidade, ainda que esta venha de criaturas que consideramos bestas selvagens. Com essa singularidade, trabalha o preconceito: quantas e quantas vezes olhamos algo e julgamos antecipadamente?

E estou cobrando uma continuação, pois há ainda o que sabermos sobre este mundo futurista, em que os dinossauros, de maneira misteriosa, retornaram e nos forçaram a conviver com eles. Ou melhor: a caçá-los para comê-los, pois, segundo o Samuel, seremos predominantemente carnívoros.

"Depois do Fim" é uma história sobre dinossauros que nos mostra lições em meio a um entretenimento de qualidade.
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GiseleBizarra 18/05/2016

Esses seres humanos... ¬¬
Se você gosta de histórias que mostram um possível futuro para a raça humana no caso de acontecer alguma catástrofe com o planeta Terra, Depois do Fim é uma boa escolha. Neste livro, muitos anos à frente, o ser humano quase se foi. Sua alimentação tornou-se totalmente voltada à carne, no entanto, à própria carne. Não havia outros organismos dos quais pudessem se alimentar. Assim foi até que uma nova raça surgiu. Na verdade, não tão nova. Os dinossauros ressurgiram, mas os seres humanos os chamava de feras e os viam apenas como fonte de alimento que surgiu para que não precisassem mais se alimentar de semelhantes, dos mais fracos.

Para mostrar este cenário a nós, Samuel apresenta Rangel Connor, um rapaz que saiu em sua primeira missão depois de concluir os estudos na escola militar. Essa missão tinha como objetivo, caçar as feras e levar a carne até os humanos. Infelizmente, ou felizmente, a missão acaba não dando certo. As feras, ou os dinossauros, revidaram os ataques sofridos anteriormente e quase todos os tripulantes da nave foram mortos; o único sobrevivente foi Rangel.

Quem o salvou? Uma fera... E a partir daí é que poderemos ver que o ser humano ainda tem muito a aprender. Rangel vai aprender que nem tudo o que nos condicionam a fazer e a pensar tem realmente sentido. Como por exemplo, aceitar que as feras só servem como alimento. O que podemos aprender com as feras?

O livro nos faz pensar sobre como estamos levando nossa vida de seres humanos. Que no fundo, somos nós os atrasados, os não civilizados. Partindo para um pensamento mais radical? Que fazemos muito mal uns aos outros e ao planeta.

Fazemos o bem? Sim, fazemos. Mas com o Depois do Fim, dá pra ver o que dá pra consertar na gente.

Eu dou cinco estrelas para o livro dele e recomendo a leitura. Recomendo para os que possuem o hábito de ler e para aqueles que querem começar.

E finalizo deixando uma pergunta para depois de lerem o livro. Será que ao final, vocês ficarão tão desesperados quanto eu fiquei?
SAMUEL 18/05/2016minha estante




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Evelyn 18/05/2016minha estante
Eu li Depois do Fim, de Samuel Cardeal.
Eu poderia dizer que essa história é sobre Rangel Connor, o personagem que, depois de uma caçada mal sucedida acaba interagindo com os dinossauros, tem sua humanidade posta à prova e os sentimentos transformados com a convivência.
Sim, é uma história de homens e dinossauros, mas muito longe de ser comum. De homens e dinossauros convivendo em um mesmo nível de racionalidade ? muito embora se questione isso no final.
Essa história fala sobre uma sociedade em um futuro muito, muito distante, mas caberia perfeitamente no tempo presente, na qual estamos inseridos.
Existem questões dentro desse texto que envolve o poder, a sede de poder, como meio de sobrevivência, como se não houvesse qualquer outra maneira de passar por essa vida sem ele. Trata da imposição de força antes e acima do diálogo, coisa que hoje é quase comum vermos acontecer. Mostra a irracionalidade do homem, considerado racional; esse que aparece nos noticiários televisivos cometendo atrocidades. Apresenta personagens tão próximos de nós, porque a não consideração do outro como ser pertencente ao universo, com direito à vida e livre expressão, se faz presente em nossos dias.
As feras, perseguidas pelos humanos para servirem de alimento, são muito mais humanas e reflexivas do que os próprios seres humanos. As ponderações a cerca da humanidade, da inteligência, da coerência de pensamento, e do fim dessa mesma humanidade, estão implícitas nessa história de linguagem acessível.
O final da história, apesar de inequívoco, é perturbador pelos sentimentos que fazem aflorar. Um misto de tristeza, raiva e indignação. Nada surpreendente, mas tampouco cômodo. Saí da leitura deveras perturbada, mesmo não me surpreendendo com a ação dos seres humanos.
Uma fábula que, como toda a fábula, carrega uma moral e um caráter instrutivo e que não nos deixa sair sem pensarmos sobre nossas ações.
Não posso deixar de dizer que as ilustrações são lindas.




Bia 27/05/2016

Resenha publicada no blog Lua Literária
Oi amores!! Esse mês minhas leituras estão rendendo muito rsrsrs.
Já faz um tempinho que aproveitei para adquirir Depois do Fim – o Renascer, de Samuel Cardeal, numa promoção incrível da Amazon.
Samuel é parceiro aqui do blog, adoro seu trabalho, e acompanhei divulgações da obra em suas redes sociais. É o tipo de autor que mesmo sem saber do que se trata, eu já adiciono o livro na lista de desejos.
Neste caso, um dos maiores motivos, que fez meus olhinhos brilharem para ler, foi a menção de que haveria DINOSSAUROS.
Eu não sei explicar porque tenho fascínio por seres que nunca vi, fiquei tranquila com o prefácio muito bem escrito pelo autor Alec Silva, que me fez compreender um pouco desse sentimento tão estranho.
Estamos em 3572. Após um fenômeno chamado de Segundo Big Bang pelos cientistas, os únicos poucos sobreviventes do reino animal foram os homens.
O mundo mudou drasticamente. Frutas e vegetais eram considerados perigosos para ingestão. O homem, para sobreviver, deveria se alimentar de carne. Eu disse que os humanos foram os únicos sobreviventes, assim sendo, logo após o Big Bang 2, o canibalismo fora adotado para sobrevivência. Até o surgimento das feras, conhecidas como dinossauros na pré-história.
Os humanos partiam em verdadeiras expedições com o intuito de caçarem feras para se alimentarem.
Rangel Connor estava em sua primeira caçada. Havia se preparado muito e estava ansioso. Só não poderia imaginar que as feras seriam presas muito difíceis de serem capturadas.
Sendo o único sobrevivente, Connor terá de conviver com os dinossauros. E descobrirá fatos surpreendentes sobre esses seres.
Seriam mesmo feras? Por que estavam poupando sua vida?
Posso resumir essa leitura como a mais rápida e surpreendente que tive nesses últimos dias. Com uma narrativa leve, Samuel traz muito mais que uma história sobre dinossauros e homens. Ele mostra o valor da amizade, e o quanto uma sociedade pode ser capaz de manipular nossa mente.
Sempre trazendo uma crítica, ele provoca a reflexão do leitor sem causar provocações extremistas. Terminamos o livro com o desejo de sermos mais dinossauros e menos homens.
Um conto tocante, incrivelmente original, que recomendo para todos os tipos de leitores, amantes ou não de dinossauros.
Somente um adendo: assim como Alec Silva, também sugiro que o autor estenda o conto. Não que tenha sido incompleto, o desfecho não deixa pontas soltas. Mas pelo simples fato de desejar me reencontrar com Leandro.

site: http://lua-literaria.blogspot.com.br/2016/05/resenha-depois-do-fim-samuel-cardeal.html
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