Resenhas - Para Não Esquecer

Samukk 15/02/2023

FOI QUASE
Teve uns 5 ou 6 textos interessantes com reflexões boas . O resto é uma coisa totalmente confusa e desinteressante. Se fosse confuso com elementos que me fizessem ficar entretido, talvez a minha experiência seria melhor, mas o excesso de metáforas uma atropelando a outra e a escrita que é no minimo confusa me fizeram achar essa história bem mediana. Sendo salva por alguns textos que me fizeram refletir sobre minha vida .

Nada incrivel , mas também não desperdicei meu tempo .

Jaquelinne 21/03/2021

Basta ser Clarice...
Para não esquecer é uma obra que reúne diversos textos da escritora, livro de cabeceira que vale sempre ter disposto em fácil acesso.

Foi uma experiência incrível! Nem posso contar quantas vezes, mesmo quando lia distraidamente, senti um soco no estômago, lançado pela realidade apresentada pelas lentes da "sensibilidade escrita" de Clarice. Clarice que faz das palavras o que bem quer, e, com isso, desperta tantos sentimentos quanto são possíveis, até mesmo o que não sabemos identificar. Muitas vezes a sensação de um "tapa na cara" que nos faz despertar, despertar para um novo mundo, já que o vemos com novos olhos. A experiência de mundo não é a mesma de antes, isso, por nós mesmos não sermos os de antes, os de antes de sentir a escrita de Clarice.

Murphy 05/10/2023

"Tenho um medo seco de enfrentar pessoas que me ouvem."
Difícil, hein? Esse aqui foi meio complicado de lidar. Se trata de uma coletânea de contos e textos que capturam a natureza pura e enigmática de Clarice. E se me permitem dizer, é uma bomba, por ser sobre vários assuntos, a única linha tênue que possui é o da loucura e a liberdade. Continua sendo mais um livro desafiador e fascinante, mas, é como uma bigorna caindo na sua cabeça.

Tenho uma profunda admiração e curiosidade sobre a autora, porque a mulher simplesmente disseca o corpo e a alma do leitor apenas com algumas frases, então me aventurei em procurar entrevistas de pessoas falando sobre ela (já que a própria não gostava de ser entrevistada), foi ai que achei uma entrevista com Chico Buarque, que tentou desvendar e repassar um pouco sobre a natureza de Clarice. Confesso, que a situação foi peculiar, até meio cômica, pois era evidente o desconforto que ele sentia ao tentar descrevê-la. Ele compartilhou o impacto que ela causava nele e em todos ao seu redor quando chegava a algum lugar. Descreveu essa intensidade igualmente como a do Chapeleiro Maluco, na festa do chá, quando começava a proferir palavras e fazer perguntas desconcertantes antes de desaparecer e deixar os outros perplexos e confusos.

Chico também mencionou que, apesar de sua aura maternal, Clarice intimidava a todos. Acredito que o charme de Clarice residia em sua franqueza e clareza. Qualquer mulher misteriosa que nos fizesse questionar a origem dos nossos sentimentos sem nome, aqueles que nos tornam profundamente humanos e nos levam a um abismo de introspecção, explorando a vastidão de um vácuo eterno de sensações entre o ser e o não ser, é, de fato, intimidante.

Enfim, o livro é isso. É sobre o bicho Clarice. Sobre ela e seus pensamentos. Sobre fatos cotidianos, aparentemente normais, mas com aquela pitada de sentimentalismo e pensamentos altamente pensantes (muito parecido com o que temos antes de dormir (sabem, aqueles que te dão insônia)).

patriciaik 08/02/2010

livro de cabeceira, daqueles que você pega, lê um parágrafo e entra numa profunda reflexão!

verô 19/03/2024

Clarice não deixa de surpreender
Esse livro foi publicado pós morte, com dezenas de contos alguns minúsculos outros mais extensos, não consegui ver profundidade e significado em todos mas neste livro tem contos fenomenais , que ficam na margem do cotidiano e vão se aprofundando, demorei para ter interesse pois não me encantei tanto com os primeiros, mas esse livro é uma crescente eu diria .

pitypooralfie 05/12/2023

É a primeira vez em que fiquei um tantinho cansada com os escritos da Clarice. Algumas coisas não conversaram comigo; sinto que não estou, de certo modo, pronta para ler ou contemplar temas que a Clarice traz de formas tão ambiciosas e bonitas. Continuo a amar sua escrita e a tê-la como referência máxima em questões de alma e fazer literário, mas talvez tenha exagerado um pouco na minha imersão clariceana, principalmente considerando o momento que atravesso.

Gostaria de ressaltar a beleza e elegância da escrita da Clarice, e como ela consegue colocar no mundo sentimentos e pensamentos tão difusos e complicados de captar. Essa é uma das coisas que mais me fascinam na Clarice. Dito isso, eu definitivamente leria mil textos dela sobre Brasília!

Renata 12/07/2022

Várias facetas
Clarice é uma mulher de várias facetas, que não segue padrões, pelo contrário não tem medo de desafia-los.

guilhermevasq 21/01/2023

à procura da própria coisa
eu sou apaixonado por clarice lispector, esse foi o nono livro lido dela e sigo me maravilhando. primeiro livro que eu li de crônicas e gostei bastante, são muitas histórias, umas mais curtas outras mais compridas e claro que algumas vão ser mais tocantes do que outras. mas de todo jeito, eu adorei a obra. lispector é um gênio e nunca ninguém vai escrever do jeito que ela escreveu, nada chega perto, é impossível de descrever. simplesmente não existem as palavras necessárias. clarice é.
alguns de meus favoritos foram aproximação gradativa, desenhando o menino e um amor conquistado

Rodrigo 29/10/2021

A dona da p#* toda
Continuo na dúvida se a musa Clarice é melhor escrevendo romances, contos ou crônicas.
O que não dá para duvidar é do talento inquestionável da maior escritora brasileira!!!!!

S.Paz 23/09/2023

Era uma vez um pássaro, meu Deus.
Crônicas puríssimas, revelam a maturidade incontestável da escrita de Lispector.

O objeto do livro é mesmo ser uma colagem de retalhos dos aspectos que fazem de Clarice uma das maiores mentes criativas que já tivemos.

Não é um dos meus favoritos, mas vale muito a pena.

larab3lle 18/04/2024

Uma leitura tão boa com contos pequenos e não necessariamente com o tipo de reflexão que muda a vida de alguém. não é um desperdício de tempo, mas também não é o tipo de coisa que vale a pena o foco total. é um cotidiano narrado, é clarice. bom por isso.

Karolayne52 14/07/2023

Essa justiça que vela meu sono, eu a repúdio..
Esta obra contém um complicado de contos. Classifiquei o ?Mineirinho? como o meu favorito.

?Se eu não for sonsa, a minha casa estremece?



Simplesmente, Lispector. Profunda.

????????????

Natan.Bruno 16/09/2023

Para não esquecer... não esquecerei Clarice...
Um livro de cronicas e ensaios, um verdadeiro laboratório de escritas da autora, um grande feito para nós de ter uma oportunidade de ler em alguma vez na vida. Nos apresenta diversos textos e relatos da autora.
Nesse livro contem ainda o "Mineirinho", relatado na entrevista famosa da Clarice na Tv cultura, que fecha com chave de ouro o livro, e que inclusive me fez a comprar o livro.
Um livro que transporta no cotidiano, na visão de uma perspectiva infantil, e descaracterizada de um clichê barato. Leia, se for capaz de compreendê-la.
Meus textos favoritos são:
* OS ESPELHOS
* FUTURO DE UMA DELICADEZA
* ERA UMA VEZ
* A EXPERIÊNCIA MAIOR
* AVENTURA
* MAL ESTAR DE UM ANJO
* UMA IRA
* UM AMOR CONQUISTADO
* A VINGANÇA E A RECONCILIAÇÃO PENOSA
* MINEIRINHO

Gabriela 26/07/2023

Ela nunca decepciona
A clarice escreve para mulheres que se sentem sozinhas, ou que procuram entender porque estamos aqui, e porque fazemos todos esses questionamentos ao longo da nossa vida.
Ela acolhe com essa escrita

Steph.Mostav 24/06/2021

Para não desvendar
É difícil diferenciar o conto da crônica de Clarice Lispector, talvez os textos curtos que ela escreve sejam os dois, ou nem um nem outro. De qualquer forma, meus preferidos foram A vingança e a reconciliação penosa (excelente, a melhor crônica do livro), Perfil de seres eleitos, Uma ira, A geleia viva, Silent night, holy night, Mal estar de um anjo, Literatura e justiça, Os espelhos, Discurso de inauguração e Mineirinho (um excelente encerramento). Os temas são variados, desde o ato de escrever até o cotidiano com crianças, viagens, epifanias durante uma simples caminhada na rua. A impressão que fica é o que ela mesmo quis traduzir em um dos textos: sua intenção não é traduzir a realidade em palavras. Ea não se interessa pelo que é explícito e objetivo, mas pelo que sempre nos escapa, o que fica nas entrelinhas das frases ditas, o que não é visível a olho nu nem a linguagem escrita. Ler Clarice Lispetor é tomar uma porrada a cada frase, mas também é a tentativa de desvendaro que não pode ser traduzido de outra forma que senão uma experiência que se exprime pelo silêncio, pelo não dito, pelo oculto. E com isso nunca se resolvem enigmas ou explicam sentidos e sim, antes disso, se explora o mistério daquilo que nunca vai se desvendar por completo, numa renúncia ao entendimento completo. Ler Clarice Lispector é entregar-se ao desconhecido.