A arte de produzir efeito sem causa

A arte de produzir efeito sem causa Lourenço Mutarelli




Resenhas - A Arte de Produzir Efeito sem Causa


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raphael341 15/03/2024

Tem várias ?pontas soltas? e mesmo assim não parece incompleto ou sem sentido, mas sim instigante e que leva o leitor a pensar por conta própria o que aconteceu pra chegar aonde chegou e aonde ainda vai chegar; o autor faz com que a gente procure a causa pro efeito que ele causou, se é que ela existe.
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Adriano 11/02/2024

Não consigo lembrar a última vez em que um livro me despertou sentimentos como os que senti ao ler as últimas cinquenta páginas de "A arte de produzir efeito sem causa".
E se enquanto eu lia a primeira parte do livro, eu pensava em como esse, dentro todos os livros do Mutarelli que eu havia lido até então, era o que menos havia me fisgado, após ler a segunda parte, me pego pensando que talvez seja a melhor coisa que li de sua autoria.
Ressalto que escrevendo essa resenha, quase 1 hora após o término da leitura, ainda sinto os efeitos que ela me causou. A parte final(?) da história de Júnior não apenas me deixou exausto mentalmente, como também fisicamente. Raramente senti tanta angústia e sufocamento ao ler uma obra... Ao mesmo tempo, a escrita genial de Lourenço Mutarelli me impedia de parar para respirar...
O final abrupto, sem respostas e recheado de incertezas, foi a cereja do bolo para evocar essa sensação de desconforto que sinto agora.
Talvez, dessa vez, eu realmente precise esperar um tempo antes de ler Mutarelli novamente.
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Lauramanda 30/12/2023

Uma viagem perturbadora ao mundo da insanidade
Aos poucos Mutarellli nos coloca na onda do personagem principal, nos comparecemos da história dele e no fim ele coloca esse personagem como narrador não confiável. É impressionante a impressão sutil nesse mundo imprevisível da loucura.
Recomendo para qualquer um!

Detalhe importante: a edição mais popular vendida atualmente tem um grande apanhado sobre os filmes que foram feitos posteriormente, caso você não saiba disso pode achar que o livro é maior que realmente é e ficar frustrado (como foi o meu caso). Mas passando o sentimento só ficou de bom a habilidade de Mutarelli de nos levar muito além do óbvio e nos aprofundar da complexidade da mente e das relações humanas.

10/10.
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PedroM___ 18/09/2023

Muito loco
O livro é bem legal em si. Mas o protagonista é totalmente maluco e você vai se sentindo cada vez mais imerso no livro, traz uma atmosfera de medo, terror e angústia tão grande. Uma leitura nacional bem única eu diria. Te faz pensar
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Lana 04/06/2023

De deixar um neurologista curioso
Um livro sombrio, delirante, curto e cheio de pontas soltas que te fazem pensar em várias possibilidades de "causas" para os efeitos que nos deparamos. Senti falta de uma maior profundidade nos temas, mas entendo que a inquietação e o vazio fazem parte da proposta da história.
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Lucas 31/12/2022

Leitura 8 ou 80
Começa com uma boa premissa, mas escorrega no final. A história cresce num suspense pra não entregar nada nas últimas páginas,
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GuiStadler 25/09/2022

A causa é a palavra
Título mente. Há efeito, sim. A causa: palavra. A arte de causar efeito com palavra. A palavra do texto, a nós, leitores que lemos; a falta da palavra, a eles, personagens que são lidas. A afasia é chave de leitura, junto da epígrafe do segundo grande trecho. A palavra como vírus. O que causa, então, loucura? Doença? Trauma? Possessão? Ou palavra? Um narrador sádico, próximo de todos. Um homem frágil. Uma compulsão obsessiva. Um final que parece não dizer, mas diz. Uma leitura obrigatória.
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Tenan 11/09/2022

Lourenço Lourenço...
Aprendi a gostar de ler com Kafka e ninguem me remete tanto a ele como Lourenço Mutarelli, desespero, sensações de incapacidade perante os acontecimentos, e com um toque de acidez sempre bem vindo.
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Atila.Carlos 08/11/2021

Primeiro livro do autor que leio. Gostei muito da escrita, muito fluida e assertiva na escolha das falas e dos relatos curtos, de forma que se faz entender a parte da história que não é descrita. Sobre esse livro em si, também gostei do enredo, da progressão da doença do Júnior e do potencial do desfecho.
Contudo, antes de ler esse livro, o pegue sabendo que se trata de um livro em aberto. Gosto de livros com essa pegada, todavia acredito que o autor, neste caso, passou um pouco do ponto no que diz respeito ao desfecho que cada um faz em sua cabeça. Mas sim, recomendo a leitura.
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Thiago Donato 06/04/2021

Perturbador, caótico e envolvente
Confesso ter procurado tal obra após conhecer a sua versão cinematográfica, e de início posso afirmar, são amplamente diferentes. O autor nos trás a história de Júnior, um homem de meia idade, que após um fim abrupto do seu relacionamento procura o pai ao mesmo tempo em que sua depressão alfora, aos poucos vamos conhecendo fragmentos do seu passado onde sua mãe e seus costumes bruxos são frequentemente citados. O texto, apesar de curto, é extremamente denso e cheio de referências a Borroughs, contraditório autor norte americano que apesar de incômodo, nos prende até o fim mesmo que em certo ponto ele se torne repetitivo. A leitura nos enlouquece e3nos incomoda juntamente com o protagonista, que em sua letargia deixa aos poucos de é visite como ser, passando a ser um nada, sem identidade. O final é totalmente aberto, mas de clara interpretação, fazendo uma alusão típica ao cinema clássico brasileiro, boa leitura.
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Tamara Campos 17/03/2021

O nome do livro já diz muito bem como que a história vai se desenvolver. Esse livro foi uma releitura pra mim. Não acho que gostei tanto como gostei da primeira vez, mas continuo achando um livro muito bom. Ele te deixa curioso e apreensivo. Vale lembrar que tem uma adaptação chamada "Quando eu era vivo", que também é o máximo.
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Thais645 14/03/2021

Uma letargia delirante, sufocante e perturbadora. São essas palavras me vêm à mente quando penso sobre este livro.

Narrado em terceira pessoa, ele conta a história de Júnior, um homem de quarenta e três anos que repentinamente entra num quiprocó com a esposa (a mulher o trai com o amigo adolescente do filho). Ele abandona o emprego e então busca abrigo no apartamento do pai, que tem como inquilina uma jovem chamada Bruna, uma estudante de artes e por quem Júnior desenvolve uma espécie de paixonite.

Sem dinheiro para mais nada, Júnior começa a extrair grana dos pertences da jovem. No entanto, não há reflexão moral, de ordem ética ou existencial por parte do narrador em nenhum momento. A linguagem é crua e as frases são secas e curtas.

Mergulhado num tédio e vazio existencial crescente, ele vê seus dias se repetindo numa espiral de acontecimentos que se resumem a idas a padarias e botecos (onde começa a se afogar na bebida) e no retorno ao velho sofá da sala. É de lá pra cá, de cá pra lá, sucessivamente. Até que... Júnior começa a receber misteriosos pacotes anônimos com recortes de velhas notícias envolvendo o escritor William Burroughs, que matou a mulher acidentalmente durante um "brincadeira" com uma arma de fogo.

A partir desse evento, Júnior é arrastado pelas horas e dias, perdendo-se num labirinto psicológico (representado pelos desenhos que começa criar obsessivamente) sem vislumbrar uma saída (e ele não parece se importar em encontrá-la). E não vou me estender aqui, para não dar spoiler.

Particularmente, achei que faltou um pouco de ironia (e até humor) para atenuar o ritmo da história em alguns momentos (chega a ser um pouco cansativa), e que passa a se tornar cada vez mais sombria, caótica e asfixiante, e que nos leva (e traga) junto com Júnior para um labirinto aparentemente sem saída.

Resumo da ópera: uma história bem contada, com algumas passagens e descobertas surpreendentes, apesar dos pesares.
Italo 14/03/2021minha estante
Um humor não diminuiria o peso dessa espiral caótica que o personagem vai caindo? Interessante serem recortes de notícias do Burroughs, tudo a ver, e esse elemento da narrativa: a paranoia e obsessão.

Eu gosto de personagens assim e histórias assim. Me lembra muito Thomas Pynchon. Me lembra também House of Leaves.


Thais645 14/03/2021minha estante
Também pensei nisso em relação a uma dose de humor, mas é que há uma sucessão de acontecimentos que se repetem e se repetem, ad nauseam, então, num determinado momento, é exaustivo mesmo. Mas já é bem intencional, eu acho. Há uma série de referências no livro (Kafka, pra citar mais um exemplo), o que também me agradou.


Italo 14/03/2021minha estante
Devo procurar. Talvez você se interesse por Crônica da casa assassinada do Lucio Cardoso. Tá saindo uma reedição agora em abril.


Thais645 14/03/2021minha estante
Esse do Lúcio Cardoso não conheço. Vou atrás, sim, obrigada.




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