Sim, eu digo sim

Sim, eu digo sim Caetano W. Galindo




Resenhas - Sim, Eu Digo sim


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jota 24/08/2020

Guia necessário
Não dá para ler a obra máxima de Joyce sem algum tipo de ajuda, sob pena de achar tudo uma grande confusão, sua leitura uma completa perda de tempo. Daí que essa “visita guiada” do tradutor Caetano Galindo esclarece muita coisa acerca do denso e complexo Ulysses. Mas, como o próprio Galindo reconhece, não fornece explicação para tudo:

“Este livro não é um tratado acadêmico sobre o Ulysses. Ele também não é a chave de todos os enigmas nem a fonte de todos os dados. Foi inteiro pensado para o “leitor comum” e prefere partir do princípio de que o Ulysses — complexo, denso etc. — de certa forma ainda padece por causa dessas reputações. Elas são todas verdadeiras, reconheçamos, mas talvez tenham obscurecido outros méritos e outros atrativos. A ideia básica aqui é a de que todo leitor interessado em literatura de qualidade tem a capacidade e o direito de passar pela experiência profundamente transformadora que é a leitura do romance de Joyce. E não apenas os especialistas. E não somente os obcecados por charadas e estruturas.”

Lido juntamente com Ulysses (Companhia das Letras, 2012), entre 31/07 e 24/08/2020.
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EduardoCDias 23/12/2021

Desvendando Ulisses
Excelente e essencial para desvendar essa intrincada mistura de labirinto e quebra-cabeças que é Ulisses. Esclarece trecho a trecho do livro alguns dos malabarismos e referências escondidas entre suas linhas, deixando o livro muito mais palatável e prazeroso. Lógico que Ulisses merece mais de uma leitura, mas ao menos na primeira esse livro ajuda muito.
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Aguinaldo 16/04/2016

sim, eu digo sim
Em um de seus poemas Auden pergunta: "para onde?" (é no A Voyage, no início da última seção -Whither-: "Where does this journey look which the watcher upon the quay, / Sanding under his evil star, so bitterly envies, / As the mountain swim away with slow calm strokes / And the gulls abandon their vow? / Does it promise a juster life?". Pois eu senti-me assim, perguntando-me "para onde?", quando abri no sábado passado esse volume mágico do Caetano Galindo, esse volume todo dedicado a sua leitura do Ulysses, de James Joyce, livro que ele tão bem traduziu. Acontece que o Galindo, capitão de longo curso nas cousas joyceanas, optou por não publicar esse seu guia de leitura junto com sua tradução, em 2012. Reclamo disto há tempos, mas ele teve lá suas boas razões. Se é que entendi bem sua ideia é que um neófito das cousas do Ulysses deveria tentar ler o livro ao menos uma vez (quem somos nós para furtar de um leitor do prazer de ler o Ulysses pela primeira vez?). Terminado o portento (maldição), aí sim esse leitor deveria iniciar uma nova leitura, desta feita guiado por ele, metamorfoseado numa Ariadne, num Virgílio, num Milton, um guia que não apenas apenas explica as passagens mais bizarras e cifradas do livro, mas antes apresenta o jogo de leitura proposto por Joyce, oferece alguma luz para que cada leitor possa entender mais, aprender mais, divertir-se mais. Galindo explicita que seu guia possibilita uma leitura acompanhada, uma leitura que chama a atenção aos detalhes que não podem passar despercebidos. A parte inicial do livro, dedicada a apresentação de seu projeto, de sua proposta de como seu livro deve ser usado, merece destaque. São quase cinquenta páginas poderosas, dedicadas ao que é o livro, ao que é crítica literária, ao que são vozes narrativas, a quais são os temas, as simetrias e estrutura do livro. Trata-se de um texto não acadêmico, mas construído com todo o rigor que um texto acadêmico precisa ter. Um leitor curioso pode até parar ali e, inspirado por ele, ir ler algo do Bakhtin, do Anthony Burgess, do Harold Bloom, fortalecer os músculos um tanto, para logo voltar ao bom combate com o Joyce arbitrado por ele. Após essa introdução Galindo apresenta cada um dos dezoito episódios do livro. Aprendi um bocado em cada um deles. Um leitor já calejado, curioso sobre o formato proposto por ele, pode ler suas considerações sobre seu capítulo favorito, pode comparar suas impressões com as dele. Estou seguro que quanto maior é o conhecimento prévio de um hipotético leitor sobre o Ulysses maior é o aproveitamento deste guia (o Galindo, talvez por conta daqueles olhos míopes dele, sabe ver camadas e camadas de coisas no Ulysses). O livro termina com as inevitáveis listas de leituras recomendadas e um útil índice remissivo. Deixo aqui apenas a remisssão fundamental, aquela onde ele mantém atualizadas uma miríade de informações sobre o Ulysses (Sim, eu digo sim), uma página onde a geografia do livro pode ser melhor entendida (Walking Ulysses) e uma lista de traduções para o português dos textos do Joyce, trabalho feito pela Denise Bottmann (Não gosto de plágio). Se eu tivesse um guia deste tipo, lá em 1982, quando, inspirado pelo Ivan Lessa, decidi embarcar em uma primeira leitura, em fazer uma primeira viagem de descobrimento do Ulysses, talvez o mundo fosse diferente hoje. Sei lá. O que devemos mesmo é agradecer ao Galindo por nos mimosear com um livro tão bom. E bom divertimento. Estamos a dois meses do Bloomsday afinal de contas. Ainda dá tempo de começar a ler o Ulysses.
[início: 09/04/2016 - fim: 15/04/2016]
"Sim, eu digo sim: Uma visita guiada ao Ulysses de James Joyce", Caetano W. Galindo, São Paulo: editora Schwarcz (Companhia das Letras), 1a. edição (2016), brochura 14x21 cm., 375 págs., ISBN: 978-85-359-2700-9

site: http://guinamedici.blogspot.com.br/2016/04/sim-eu-digo-sim.html
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vortexcultural 21/08/2016

Por Cristine
Caetano W. Galindo é doutor em Linguística pela USP e leciona Linguística Histórica na UFPR (Universidade Federal do Paraná). Tradutor de livros de James Joyce, David Foster Wallace, Thomas Pynchon, entre outros.

A resenha começa com uma mini biografia do autor e não com a sinopse do livro por um motivo muito simples: o autor É o guia. Galindo é o tradutor responsável pela “versão” em português mais recentemente publicada de Ulysses – obra que eu, como tantos outros leitores, comecei inúmeras vezes sem conseguir passar do sétimo episódio. Quando da publicação da edição traduzida por Galindo, fui a um encontro na Livraria Cultura, em um Bloomsday. E, nesse dia, o tradutor, além de contar os motivos que o levaram a fazer a tradução e parte da saga em efetivamente traduzi-lo, conduziu os presentes em uma visita rápida a Ulysses, esclarecendo para a maioria de nós os motivos pelos quais esses primeiros capítulos são mais difíceis de transpor.

Vale dizer que, depois desse dia, a vontade em fazer uma nova tentativa renasceu fortalecida. Mas ainda havia um pequeno entrave. Leitores de língua inglesa contam com o auxílio de inúmeros guias de leitura – entre eles o super detalhado Ulysses Annotated, de Don Gifford, quase tão extenso quanto o próprio Ulysses. E, uma vez que a edição da Companhia das Letras, por opção do editor e do tradutor, não possui notas de rodapé, é natural que o leitor se veja perdido em meio a inúmeras referências desconhecidas, além daquelas que ele sequer consegue identificar. Muitos dos pequenos detalhes e, por que não dizer, easter-eggs embutidos no texto por Joyce tem a ver com a época em que o livro foi escrito, com a Dublin em que vagueiam Dedalus e Bloom naquele 16 de junho de 1904. É lógico que sendo uma obra-prima, a excelência de Ulysses não depende de o leitor (re)conhecer essas referências. Mas também é óbvio que a leitura se enriquece e se torna ainda mais prazerosa caso o leitor tenha ciência delas.

Leia a crítica completa no Vortex Cultural.


site: http://www.vortexcultural.com.br/literatura/critica-sim-eu-digo-sim-caetano-galindo/
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Jé Cerqueira | @contudoeentretanto 14/04/2020

Salvador de Joyce
Sim, eu digo sim é o livro guia para quem gostaria de se aventurar pela Odisséia de Leopold Bloom. O livro é uma visita guiada para melhor entendermos as entrelinhas de “Ulysses”.
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criscat 12/12/2016

.
E é esse o papel do guia. Diferente de Ulysses Annotated, não é uma lista das referências, mas sim um lembrete para o leitor, do tipo "repare nisso", "atenção aqui", "guarde esta informação". E Galindo vai além. Ulysses é um livro em que a forma deve servir - e serve - ao conteúdo. Ou seja, cada episódio é escrito de modo a refletir e representar estilisticamente a história e o ânimo ou desânimo dos personagens. Tomemos como exemplo o episódio 7, Éolo, que foi o mais longe que cheguei em minhas tentativas infrutíferas.

site: http://www.cafeinaliteraria.com.br/2016/07/08/sim-eu-digo-sim/
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Lili 27/05/2018

Sim, Eu Digo Sim
Não tenho muito a comentar sobre o livro, além de agradecer ao autor. Achei este livro "generoso", se pode-se dizer algo assim de um livro. O autor escreve comentários leves e despretensiosos sobre uma das obras mais difíceis da literatura: Ulisses. Seus comentários me ajudaram a fazer uma leitura um pouco mais interessante do Ulisses (apesar de eu ter continuado a entender muito pouco). Recomendo a leitura, simultaneamente à do Ulisses. Tem spoilers, mas esse não é o tipo de livro que isso atrapalhe a experiência, de qualquer maneira.
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Arruda 17/05/2021

O autor é o tradutor de Ulisses e, portanto, tem vasto conhecimento para nós guiar na leitura de Ulisses. E faz isso e de maneira muito eficiente e eficaz. Quem quiser ler Ulisses pode certamente usar este livro como guia. Vai precisar.
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Aline 03/10/2018

Digo sim....
Para essa incrível conversa com Galindo!
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Val | @livre_se_clube 29/03/2020

Imprescindível
Sim, eu digo sim foi minha principal leitura de apoio para Ulysses do James Joyce. O tradutor Caetano Galindo fez nesse livro um excelente trabalho de guia para o romance com fama de inacessível aos leitores tornando o caminho de leitura do Ulysses mais leve e possível mesmo para iniciantes, como eu. Uma leitura necessária para todos que pretendem ler/entender um dos mais ricos clássicos da literatura mundial.
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Philipe 27/11/2023

Livro indispensável para a leitura de ulisses, galindo consegue simplificar o que praticamente é impossível.
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