Felicidade sem culpa

Felicidade sem culpa Adenauer Novais




Resenhas - Felicidade sem culpa


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Carla.Parreira 14/10/2023

Felicidade sem culpa
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Segundo o autor, ninguém é feliz o bastante. A felicidade é um estado impermanente. É a busca de algo, de um encontro, de um sentido maior. É por isso que sua insatisfação com a vida ou com coisas menores deve ser entendida como algo inerente à existência de qualquer ser humano e não como infelicidade. Há coisas que só ocorrem com certo tempo e com a necessária experiência.
Não tente antecipar tudo, pois, isso gera ansiedade, a qual traz infelicidade. Viva cada momento como se fosse o último e, simultaneamente, o primeiro. Em algum momento de sua vida torne possível poder contá-la, de tal forma que se possa perceber a existência de um marco o qual determinou sua mudança. A partir de tal marco você renasceu, sendo uma nova pessoa, sem culpas e confiante em seu futuro.
Após esse marco, você descobriu que sua vida lhe pertence e a Deus. Caminhe sem medo, sem amarras, sem vaidades e sem culpa. Dê lugar ao coração, principalmente se a razão se encontrar confusa. Continue sua busca pessoal por uma personalidade mais agradável e equilibrada. Nada pode ser maior que você, nem tampouco inferior a sua vida. Não entregue sua felicidade à crítica das religiões, das filosofias, dos outros ou dos equívocos que cometeu. O ser humano está ?condenado? a ser feliz e essa conquista é feita individual e coletivamente.
Pense num lugar onde sua paz, sua felicidade, sua saúde e seu equilíbrio possam ser satisfeitos independente de condições externas.
Pense que isso é possível, sem precisar sair de onde está. Sua realização depende de como você pensa, sente e percebe as coisas a sua volta. A realidade que sua vida é hoje foi por você criada. Você se impôs a aceitar a vida desta forma que vive. Você mesmo acredita que o mundo seja assim.
Nunca desista de alcançar um nível melhor que o atual. Seus valores e crenças, embora lhe permitam segurança e equilíbrio, podem ser suas algemas. É preciso revê-los a cada ciclo de sua vida, para que se transformem em guias. Pense que eles devem ser instrumentos para que se sinta bem com você mesmo e com o próximo. A felicidade é uma arte que você precisa desenvolver.
Não pense que você está sozinho ou que goza de alguma exclusividade. Todos estão no mesmo rumo. Alguns perdidos, outros iludidos, mas existem aqueles que já encontraram a rota certa. Coloque-se entre esses últimos ao afirmar seu desejo sincero de viver em paz, proporcionando-a em sua volta. Ser feliz é ser maleável aos convites que a vida nos faz ao amor.
As pessoas que porventura o tenham magoado devem ser colocadas à conta de auxiliares do seu processo de crescimento e de busca de felicidade. Elas, em si, não representam ameaça nem são culpadas. São ou foram apenas instrumentos úteis para que você se conhecesse mais.
O que elas fizeram ou fazem a você, e que o incomoda, deve ser analisado como algo que o permite conectar-se ao que internamente ainda não está resolvido. Com elas, você não pode perder a oportunidade de descobrir seu mundo inconsciente, identificando os conteúdos que favorecem a ocorrência de situações de sofrimento a fim de solucioná-las.
Lembre-se de que tudo aquilo que você debita ao outro como culpa pelo seu sofrimento aponta para algo em você que ainda não se resolveu.
Quando a angústia traz-lhe tristeza e melancolia, é preciso se lembrar do significado que ela representa. É necessário perceber que a angústia que muitas vezes nos acomete a alma advém da saudade de algo indefinido.
Essa saudade que se transforma em angústia é a falta de confiança acrescida da incerteza quanto ao próprio futuro. Sentimos saudade de algo ou alguém que não sabemos onde, quando ou se ao menos vamos um dia encontrar. Para se libertar do passado é preciso ter consciência de que ele não deve necessariamente ser esquecido, mas re-significado. Para que você alcance a felicidade é preciso aprender a administrar os seguintes eventos para que eles não sejam incômodos:
1. Sentimento de tristeza decorrente da sensação de ser ou estar fora de seu verdadeiro mundo, de pertencer a outra dimensão. Esse sentimento decorre da própria condição de se estar num corpo perecível e que não acompanha a evolução da alma. Pode também ser originário da saudade de Deus, de um outro lugar que se encontra em nosso inconsciente ao qual achamos pertencer.
2. Sentimento de ser só no mundo e completamente incompreendido por ele.
3. Sensação de que algo iminente e absurdo vai acontecer e que será descontrolado. Essa sensação é decorrente do medo do desconhecido e da incapacidade que temos de ter controle sobre tudo. A vida é muito mais complexa do que imaginamos e por isso temos medo. Nossa consciência é muito limitada para entender tudo e para favorecer ao espírito uma visão mais ampla da Vida. Somos levados a restringir nossa percepção a fim de mantermos o equilíbrio psíquico. Essa sensação, consolidada pelos medos típicos da infância, na idade adulta se transfere para algo considerado sobrenatural. Lembre-se de que sua felicidade prescinde de saber tudo e de controlar tudo. Nada acontece ao ser humano que não seja para seu bem.
4. Desejo de revide a qualquer agressão ou sensação de que foi inferiorizado. Esse sentimento ocorre com todo ser humano em decorrência de sua raiva natural quando se sente ameaçado. Ter raiva decorre de nossa herança animal que permite o afloramento do instinto de sobrevivência atiçando a defesa diante do perigo iminente. A felicidade compreende a sabedoria em responder ao que vem de fora em confronto com o que existe em nosso íntimo.
5. Desilusão e desencanto com pessoas e com o mundo. Isso decorre das exigências que mentalmente fazemos em relação ao comportamento das pessoas. Essas exigências muitas vezes decorrem da contaminação que nos permitimos submeter ao aceitar a imagem que o outro passa de si mesmo como se fosse sua real natureza. Devemos entender que cada ser humano tem o direito de mostrar o melhor de si, e nós, o dever de compreender que sua totalidade não aparece naquele momento.
6. Descoberta real da morte antes dela ocorrer. Todos nós enfrentamos esse sentimento de mortalidade, de perda ou sensação de que iremos desaparecer. É uma sensação que exige muito da mente, a qual tende a afastá-la depressa. Não se sustenta um pensamento desse por muito tempo. Recorremos à integridade do ego que se exige imortalidade e, por isso, teme a morte. A felicidade que desejamos se torna mais acessível na razão que conseguimos entrar em contato com o mundo subjetivo e espiritual no qual vive a psiquê.
7. Necessidade de liderar algum grupo.
8. Desejo de ter conhecimento superior sobre algum tema, demonstrando sabedoria sobre determinado assunto. Todos enfrentamos a necessidade de demonstrar sabedoria diante de alguém no intuito inconsciente de compensar seu próprio complexo de inferioridade.
Eis algumas conquistas que o autor coloca como metas provisórias à felicidade:
1. Sentimento de pertencer a um grupo referencial.
2. Sentimento de utilidade para a sociedade da qual faz parte. É preciso que desenvolva internamente essa consciência de que algo de útil você faz para que a sociedade se transforme.
3. Reconhecimento externo e interno do seu valor pessoal.
4. Realização de metas sociais mínimas de seu grupo referencial.
5. Realização de tendências arquetípicas básicas. As tendências arquetípicas básicas são desejos naturais de todo ser humano enquanto ser social. Algumas pessoas podem já ter satisfeito essas tendências básicas por algum mecanismo inconsciente ou por ter educado suas aspirações, mesmo assim elas já fizeram parte de sua vida consciente em alguma época.
6. Mínima estabilidade financeira necessária à manutenção de sua própria subsistência.
7. Realização mínima e coerente de seus próprios instintos sem submergir a eles.
8. Liderar algum grupo tendo-o, em algum momento, sob sua responsabilidade.
O autor também expõe os seguintes medos que impedem a felicidade: medo da morte, de ser punido, de desagradar ao pai ou à mãe, de ser agredido, de ficar só, de perder algo, de perder alguém, de ser descoberto, de ser inferiorizado, de não atender às expectativas, de dirigir a própria vida, do desconhecido, de espíritos, de se expor, de doença grave e de ser rejeitado. Além disso, ele relaciona uma lista de culpas que impedem a felicidade, a qual eu deixei de lado uma vez que considero ser muito mais extensa a possibilidade de culpas na vida humana. Por fim o autor deixa o seguinte conselho: sempre que você se sentir infeliz, com angústia ou tensão, faça uma pausa para meditar. Entre em contato com sua força interior evocando seu guia pessoal. A meditação é uma forma de nos fazer sair do mundo em busca de energias para viver nele. Constitui-se numa técnica que nos possibilita a percepção de outra natureza dentro de nós. Nossa felicidade passa por momentos de integração com essa dimensão essencial.
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HARRY BOSCH 26/08/2015

FeLiCiDaDe
O autor faz uma analise sob a ótica espirita,na qual sugere várias diretrizes para uma vida feliz.E uma linguagem simples e acessível é trabalhado alguns conceitos da Psicologia,na qual proporciona um entendimento sob o sentido de nossa vida,como os nossos vazio existenciais.
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