Resenhas - Foundation

Rafaela 05/04/2024

É incrível pensar como a história é cíclica e é brilhante a ideia do Hari Seldon poder, com base em cálculos matemáticos, prever a ação das massas e pensar em alguma forma de impedir ou de atrasar um pouco a queda de um império com a criação de uma fundação científica e intelectual.
O livro nos apresenta esse contexto, e em cada parte do livro nós temos personagens diferentes e situações diferentes, em que eles precisam resolver algum problema ou situação como pré-guerra ou de trocas comerciais, isso faz parecer um livro de contos. A parte mais interessante foi a de Hardin, achei a história mais cativante e o jeito que ele resolve a situação meticulosamente planejada. O último "conto" achei menos interessante, parecia que tinham alguns elementos meio fora que não foram muito bem amarrados, como quando Mallow foi para Siwenna, parecia super interessante aquele povo afastado da periferia que passou por um golpe de estado, mas depois que ele foi embora não foi mais tocado no assunto.
Por fim, interessante correlacionar com a nossa história, em que as primeiras guerras tinham a ver com a religião, e que depois viriam a ser outros problemas: trocas comerciais, espaço e nacionalismo. Me deu a entender que a história ali também estava seguindo esse rumo. Talvez seja o que aparece nos próximos livros.
"[...] There Will be other crises in the time to come when money power has become as dead a force religion as religion is now. Let my sucessor solve those new problems, as I have solved the one of today." (P.296)

Douglas.Pinheiro 06/01/2024

Uma obra inigualável
Resolvi ler antes de assistir a série na Apple TV. Realmente uma obra prima de uma mente brilhante.

A forma como o autor coloca os elementos básicos de dominação pela tecnologia, religião e força não perde a atualidade. Isso tudo misturado com muita ação e mistério.

Recomendo fortemente.

Jean 15/11/2023

Sci-fi
Por toda a fama que tem o livro, eu esperava muito mais. O livro é dividido em 5 partes que são ligeiramente conectadas. A primeira é excelente. Todas as outras são meio arrastadas e confusas. Do segundo conto em diante parece que só se fala da política da Fundação e das relações com outros povos. Eu tinha interesse em ler o restante da série pois sempre gostei mto de sci-fi e esse é um dos livros mais clássicos do tema. Infelizmente, além de alguns inputs ocasionais sobre aparelhos tecnológicos avançados, o livro nem se parece com sci-fi, parece mais um livro sobre políticos fazendo politicagem e a vida política. Enfim, esperava mais, dps da primeira parte até pensei em ler os outros da série, mas vou parar por aqui.

Andre 01/11/2023

Foundation is a classic science fiction novel by Isaac Asimov that tells the story of the Foundation?s efforts to steer humanity through times of crisis. The book is unique in its genre as it?s a historical exercise done in reverse, where Asimov tries to predict the fall of the Galactic Empire based on a historical vision of the Roman Empire and other large and powerful forms of government that fell in the real world.

@somegood.books 18/04/2023

A barbárie que nos espreita.
Finalmente finalizando essa leitura que passou (pasmem) anos em aberto na minha mesinha de cabeceira e só posso afirmar uma coisa: todo o tempo que eu passei sem finalizar essa obra foi perdido, porém necessário.

Eu tinha a impressão de que estava diante de um sci-fi muito específico e denso, mas me enganei completamente. A realidade de Hari Seldon, em sua distante e próspera galáxia com mais de 12 mil anos e uma espetacular evolução em tecnologia e conhecimento em geral, não difere tanto da que estamos inseridos.

Por mais grandioso que seja o Império Galáctico, a força maior que controla universo nesta obra, ele está em pleno declínio, como infelizmente podemos perceber na nossa sociedade. Hari, o protagonista e criador da revolucionária ciência da "psico história", percebe os rumos perigosos sendo traçados, prevê o crescimento de uma regressão violenta que a sua civilização vem apresentando e, pensando na preservação do conhecimento, constrói um plano ambicioso que se desenrola e nos conduz por pela história.

As soluções são óbvias, como ele mesmo descreve, mas ainda assim surpreendem. Exatamente quando vemos, sem alegria, o nosso futuro repetir o passado. A obra de Asimov é um mergulho no espelho. E um alerta para os tempos duros, de desinformação sombria e crescente, que vivemos. O futuro precisa de conhecimento. E nós precisamos, todos os dias, não só buscá-lo, mas também compartilhá-lo. Só assim nos veremos distante da barbárie que se esconde atrás dos questionamentos acerca de verdades outrora inquestionáveis.

Excelente leitura!

Carlos.Bonin 11/03/2023

I kind of liked it, but not too much
This is an unusual book. Much like in psychohistory itself, Foundation's individual characters do not play the role of ordinary protagonists. They just play their part in the tale.

aninha 27/08/2022

?
o isaac asimov macetou demais nesse ele simplesmente acordou um dia e pensou: e se eu revolucionar o gênero de ficção científica? e assim ele fez.

muito bom o livro, achei muito levinho e a estrutura é 10/10. amo quando os personagens são infinitamente mais inteligentes que eu e eles resolvem tudo no argumento, é tão girlboss.

só queria ter visto mais do hari seldom, do gaal e do começo da fundação, e também um pouco mais da psicohistória, achei muito interessante.

enfim, vou continuar a série em algum momento.

GabrielTh 21/08/2022

Revolucionário e retrógrado
Muito original o enredo e roteiro. Sendo nítido o quando sagas modernas se basearam e, em muitos exemplos, copiaram descaradamente ideias e objetos do livro.

Uma das poucas coisas que não gostei foi a organização e papéis sociais do livro que, mesmo de passando dezenas de milhares de anos no futuro, descreve uma sociedade tão machista quanto o tem em que o livro foi escrito. Entendo e aceito isso, mas certamente deixa a história bem menos rica do que ela poderia ser.

Anjos 26/11/2020

Mesmo com histórias que se passam anos depois das outras, é possível compreender o que se passa na Fundação antes, durante e depois das crises.

kk3thess 13/08/2020

Grandes ideias, conceitos impressionantes, ainda que perfeitamente críveis, e visualização detalhada de um universo futurista são os três pilares da escrita de Asimov. Desde as primeiras páginas, Fundação apresenta isso elevado a enésima potência e deixa claro que estamos diante de uma obra ambiciosa, densa e complexa. Tudo o que qualquer fã de ficção-científica pode querer de um dos maiores marcos do gênero. E não só deixa isso claro como entrega aquilo que promete, com perfeição.

Os conflitos políticos, a abordagem científica, a construção de figuras que marcam aquele universo, a visualização de novas tecnologias e dinâmicas socio-culturais permeiam todo o livro e impactam pelo tamanho cuidado com que tudo é tratado e contado. É tudo tão vívido que parece que estamos lendo o relato de coisas que realmente aconteceram e não uma narrativa fictícia sobre um futuro especulativo. E esse é o grande acerto da obra: ser tão bem construída e escrita que impede qualquer cenário que não seja a imersão completa.

Há, para mim, um porém na experiência de leitura. Como o livro é dividido em partes e há saltos temporais entre essas partes, é como se eu tivesse lendo uma coleção de livros e começando um novo volume a cada parte ao invés de ver a narrativa com um ritmo fluído do início ao fim. Mas fora isso, é uma das leituras mais inventivas que eu já fiz e mal posso esperar para ler o restante dessa trilogia.

Thunder Wave 24/08/2015

Na época em que se passa esse livro a Terra já virou um folclore. Ninguém mais sabe onde ela se localiza.

Existe um império que comanda uma galáxia inteira. E o planeta central deste império de onde todo o poder emana se chama Trantor.

O nível tecnológico alcançado pela espécie humana é inimaginável. Todos nessa época tem em mente que a civilização humana continuará evoluindo indefinidamente.

Existe porém uma pessoa que não acha isso. E seu nome é Hari Seldon.

Pronto. Esse seria o resumo do livro.

Agora vamos avançar um pouco.

Por que Hari Seldon não acha que a evolução acontecerá indefinidamente? A burocracia. De acordo com Hari Seldon, que é um psicohistoriador (leia o livro para saber o que é isso), a burocracia é algo que entupirá as veias do império e o fará ruir em poucos milênios.

Sua proposta é, então, reunir todo o conhecimento existente em uma gigantesca enciclopédia. Ele e um grupo de cientistas dirigem-se para um planeta chamado Terminus, que fica nos confins da galáxia, e lá, o projeto da enciclopédia é iniciado.

Durante o tempo, a cada 50 ou 100 anos, acontecem as crises chamadas Crises de Seldon. Nestes momentos o holograma de Hari Seldon aparece em um cofre e fala sobre a crise do momento.

Com o tempo Hari Seldon vai sendo divinizado e empreitada de reunir todo o conhecimento da galáxia se transforma em uma religião.

OK, vamos parar por aqui e falar de algumas curiosidades sobre o livro.

Curiosidade número 1. As pessoas fumam muito no universo criado por Asimov. Curiosidade número 2. As mulheres de foundation tem um papel quase 100% secundário. Curiosidade número 3. Asimov fala muito do uso da tecnologia baseada em fusão ou fissão nuclear. Ele não usa as palavras fissão ou fusão, mas foi isso que subentendi. Curiosidade número 4. O livro tem um quê de steam punk. Curiosidade número 5. O personagem mais interessante é Hari Seldon. De idade avançada ele já desaparece logo no início do livro, pois há um salto de 50 anos, e nesta época ele já está morto. O interessante é que a sua ausência é mais forte do que a presença de todos os outros personagens (eu sei, isso bem paradoxal).

É um clássico? Sim. Você é obrigado a ler? Não. Mas é um livro que propiciará a você reflexões bem profundas sobre os tempos atuais.

Veja Mais no Link

site: http://thunderwave.com.br/resenha-foundation-isaac-asimov/

fabianelima 11/10/2013

Não leia
Quando começa a acontecer alguma coisinha acaba "fuém", personagens só servem pra dizer que alguma coisa tá acontecendo, tem um determinismo tecnocientífico próprio da época que chega a ser nojento, e só terminei de ler porque já tinha virado uma questão de honra, mesmo.

Carlos 09/12/2012

Foundation
Sempre conheci e sempre me foi referido a Isaac Asimov como o lado tecnicista da ficção científica moderna. Em foundation, primeiro livro de sua aclamada trilogia foundation, Asimov não faz diferente. Mesmo não dando tanta atenção ao lado tecnológico da história como costuma fazer em outras histórias, a exemplo de I robot, mesmo centrado em trabalhar com uma ciência mais sociológica e humanística - como ele próprio se refere no livro: uma ciência de populações - ele ainda se atém a um detalhismo e um tecnicismo na medida em que a história se constrói em cima de conceitos e teorias da época de como uma determinada população e sociedade se comportariam diante diversos fatores do cotidiano. Foundation só faz sentido se o leitor compreende o que o autor coloca como uma dinâmica social orgânica e o que o autor coloca como seriam as diversas conexões entre os diversos fatores sociológicos do nosso cotidiano, ao ponto de, dentro da história, uma faca de cozinha ser o suficiente para causar a dependência de um império a um único sistema solar de um planeta.
No mais, Asimov consegue criar grandes cenários intergaláticos que te envolvem e sempre deixam um gostinho de épico e de quero mais. Com um especial adendo aos personagens. Não há um único personagem principal durante todo esse primeiro capítulo da história: trata-se de diversos personagens fortes que irão demostrar sua força a partir do memento em que seus atos e decisões transformam-nos em entidades míticas que entoaram por todo o resto do enredo influenciando indivíduos, servindo de exemplos e ditando certos atos e costumes. O maior desses personagens que, desde o início do livro e até o seu final, se mostram como a grande mitologia por trás do enredo é o psicohistoriador Hari Seldon, fundador desse pequeno reduto para o que resta de um grande império humano.

Michel 20/09/2010

Imperdível
Mal posso crer que não havia lido esse livro antes. Imperdível. Pelo menos para quem gosta de ficção científica.