A Árvore da Mentira

A Árvore da Mentira Frances Hardinge




Resenhas - A Árvore da Mentira


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Danielle 08/06/2016

sensacional
A família do Reverendo Erasmus está se mudando às pressas de Londres para uma pequena ilha em Vane, a filha Faith não está nada satisfeita com a mudança e começa a investigar, acaba descobrindo nas coisas do pai que ele está sendo acusado de fraudar uma das suas mais importantes descobertas no ramo da arqueologia. Não demora muito para a ilha descobrir a fraude de Erasmus e logo toda a ilha se volta contra sua família ignorando-os.
Faith começa a perceber coisas estranhas acontecendo com seu pai e ele acaba envolvendo ela em um de seus mistérios só que nessa noite ele não voltou mais para casa e seu corpo foi encontrado em uma situação que simulava um suicídio, mas Faith não acredita e vai tentar de tudo para provar que seu pai não se suicidou e conseguir fazer um enterro em terras abençoadas, pois na época que a trama se passa o suicídio era considerado algo muito grave.
Ao investigar as coisas do pai Faith descobre a respeito de uma árvore que ele trouxe consigo para ilha que se alimenta de mentiras e gera um fruto que revela a verdade para que o come. Faith então decide descobrir se essa árvore realmente seria verdadeira ou apenas um delírio de seu pai e usá-la para tentar descobrir a verdade sobre a morte de seu pai.

Minhas impressões
A leitura é envolvente do início ao fim, a trama é muito bem constituída e com um mistério que prende o leitor a cada virada de página.
A escrita da autora tem um toque sombrio e envolve mistério, fantasia em um ambiente histórico e ainda mostra o leitor as consequências da mentira. Esse é o segundo livro que leio da autora e ambos foram sensacionais. Recomendo demais a leitura para todos.

Não posso deixar de mencionar a beleza do livro com um toque sombrio representando muito bem a trama.




site: www.ciadoleitor.com.br
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LT 27/06/2016

Tome cuidado com os frutos do embuste.
Hoje estou aqui para falar de um dos lançamentos mais comentados da Novo Século nesse ano de 2016, o livro “A Árvore da Mentira” da autora Frances Hardinge. Bem, eu não tinha lido nenhuma obra da autora até o momento, por isso, quando recebi esse livro através da nossa parceria com a NS, foi uma grata surpresa e oportunidade para enfim conhecer a escrita da Frances; mas vamos a resenha!

Um livro com uma proposta diferente, uma história que se passa em uma época onde as mulheres são vistas como inferiores, onde suas maiores preocupações devem ser aprender a ser uma dama, encontrar um bom marido e com isso ter uma boa família. E como ficam os demais desejos das mulheres? Não importavam, simples assim, pra quem? Pois é.

Em meio a uma sociedade machista e difícil é que o enredo se passa, nos apresentando os costumes de forma leve, porém evidentes, da época. Nos mostra que a opinião das mulheres – em sua maioria – não eram levadas em consideração, exceto quando expostas por trás das cortinas da sociedade, onde seus maridos é que levavam o mérito pelas coisas positivas.

A história começa com a família de Faith – a nossa mocinha – de mudança para a ilha Vane. Mas a mudança foi brusca e repentina, quase que como uma fuga, assim sentia Faith, ainda que não tivesse provas, suas desconfianças eram enormes. Ela é uma mocinha diferente, curiosa, que gosta de estar informada, de aprender e de estudar – quando permitem, claro. Uma menina que foge aos costumes, uma garota de 14 anos à frente de seu tempo e que deseja abrir portas para o futuro, um futuro em que as mulheres possam ser levadas a sério, falem elas de culinária ou de ciências.

Faith é tratada por vezes como criança, na verdade, sua Mãe (que nos irrita bastante) a infantiliza muito e seu Pai (grosso e indelicado) a subestima, mas na maior parte do tempo, ela é tratada como uma “baba” para o seu irmão mais novo, Howard (com quem ela tem uma relação bonita). Durante muito tempo a jovem manteve-se oculta através de seu silêncio, mas quando seu Pai é encontrado morto e todo mundo a sua volta age de modo estranho e condenando o homem que ela venera, é que Faith mostra a sua verdadeira face. Sem aceitar a morte dele, ela que quer ser, mas na verdade, já é, uma cientista naturalista – assim como fora seu Pai, astuta, esperta, dedicada e incansável, a menina investiga por sua conta e risco o que realmente aconteceu com ele. Será que ele era tudo o que ela pensava? Será que ele era o que os demais pensavam? Grandes choques estão por vir...

Com o diário dele em mãos e sendo a única que conhece a localização da Árvore do Embuste, uma planta pela qual seu amado Pai dera, literalmente, a vida, Faith embarca em uma aventura sem retorno, mergulha em um mundo de mentiras de todos os lados, decepções, traições, ganância, vingança, surpresas, amor, ódio, compaixão, sentimentos; dentre outros fatores e desafia a toda sociedade local. A Árvore é seu maior segredo e seu único trunfo para descobrir o que realmente está acontecendo e o porquê.

A menina encontra parceiros e apoios improváveis, mas não sabe se realmente pode confiar neles. Ela encontra meios para investigas, arrisca-se, come o fruto misterioso. Todavia, quem disse que é fácil interpretar as coisas? Ela está certo? Está errada? Até onde Faith é capaz de ir para tentar provar o seu ponto de vista? Suas interpretações, o que são, de fato? Alguns personagens surpreendem, as revelações fazem o mundo de outros cair por terra e não só Faith, mas todos apendem que, a mentira não tem pernas curtas, ela tem garras afiadas e que no fim das contas, quando reveladas, cortam o cerne e machucam profundamente e elas são reveladas, sobre todos e para todos.

Um mistério envolvente, uma história que te prenderá do início ao fim, sem romances, repleto de desafios e segredos a serem desvendados ao virar de cada página. Frances Hardinge, dona de uma escrita fluída, cativante e linear nos leva a viajar e nos surpreende com um final e tanto. Ela consegue nos induzir a desconfiar de tudo e de todos e consegue nos passar mensagens através dessa história totalmente fictícia e de certo modo... “real”. Por isso, tome muito cuidado, a Árvore do Embuste pode estar no seu quintal...

Quanto a edição, simples, bonita, com pequenos detalhes que deram um toque especial. A revisão está boa, fonte em um tamanho adequado e as adoráveis páginas amarelas que não agridem nossos olhos e facilitam a leitura se fazem presentes.

Se eu indico o livro? Sim, indico! Indico para todas as pessoas que estão com vontade de fugir das leituras “mais do mesmo” (um dia eu explico essa minha definição de “mais do mesmo” – risos). Indico para quem curte um mistério e para quem está fugindo dos romances, pois não temos um romance, nós temos uma história instigante e que nos deixa curiosos até chegarmos a última palavra que encerra o livro, até chegarmos ao fim.

[Quotes]
As ondas foram ficando maiores e menos brincalhonas, rolando por debaixo do barco com perigosa indiferença. Sempre que o barco tombava, cada fibra do corpo de Faith se preparava para a capotagem, para o choque gelado da água.
"Você está cumprindo seu dever para com seu Pai", ela disse a si mesma. Não tem como isso estar errado. "Você tem que confiar nele, é como Abraão. Deus mandou-o matar o próprio filho, então ele foi pegar uma faca. Fez a coisa certa, mesmo que parecesse ruim. Confiava que Deus entendia o bem e o mal melhor do que ele."
A mim pertence a vingança e a retribuição, no devido tempo os pés deles escorregarão; o dia da sua desgraça está chegando, e o seu próprio destino se apressa sobre eles.
É apenas uma cobra perfeitamente sensível, que protege seus ovos e vai abrindo caminho no mundo do melhor jeito que pode.
E assim me despeço dessa menina, dona de uma história que adorei acompanhar, que me levou para um tempo tão distante do meu e me fez viajar com ela em suas aventuras, me cativou e me deixou com vontade de ler mais e mais. Faith, espero eu, que seja, até um dia!

Resenhista: Ana Luz.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Débora 06/08/2016

Quero ser um mal exemplo
Uma história super bem feita, com uma linguagem agradável e uma personagem principal cheia de personalidade... em relação ao suspense tem umas questões que eram previsíveis, ao passo que outras não. O que me incomodou foi Faith acabar errando em suas suposições que estariam bem na cara de alguém sagaz como ela. Adorei a relação entre Faith e Paul, uma amizade nada convencional e muito fofa. A mensagem que esse livro traz, vai além de não contar mentiras, mas sim ir em busca da verdade, sabendo as consequências que isso pode causar.
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Squep 22/03/2019

Livro Interessante...
O livro se passa no século XIX, e nos conta a história de Faith uma menina curiosa que sonha em ser reconhecida pelo pai, Com a morte daquele que é a pessoa mais importante na vida dela, aquele ao qual ela tem como o ser mais inteligente que ela conhece, seu pai, ela se vê determinada a descobrir a verdade por trás de todo o mistério que ronda a morte do Reverendo, pra isso ela vai precisar de ajuda de uma planta um tanto quanto estranha. Com isso, uma onda de mentiras vai se desenrolar. Minha opinião acerca do livro é que é um livro interessante, não irá pra minha lista de melhores, mas também não irá para os piores, a escrita é detalhada demais, o que torna o livro cansativo, e o começo é um monte de lenga lenga na minha opinião, o livro começa a melhorar a partir da morte do Reverendo, é nesse ponto que o livro começa a ficar extremamente interessante, eu comecei a ficar curiosa e queria logo descobrir os mistérios e como tudo seria resolvido. Levei muito tempo pra ler, porém não me arrependi da leitura. O final foi fechadinho como deveria de ser, e achei plausível e coerente o desenrolar das coisas.
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Kelly 15/08/2017

A mentira tem raízes curtas
Em uma Inglaterra do seculo XIX conhecemos os Sunderlys, uma família tradicional e respeitada da grande Londres. Mas eles estão fugindo e o reverendo parece esconder um grande segredo do resto da família.
Faith, a nossa heroína, tem a missão de descobrir o que levou o pai a se tornar mais recluso e aparentemente de ter se matado. Tudo isso sem perder a sua reputação e feminilidade.
Hardinge fez um trabalho incrível com esse livro, a ferocidade e sagacidade de Faith, uma garota de 14 anos, que é mais inteligente que muito homem adulto, mas que não é reconhecida pelo simples fato de ter nascido mulher, é maravilhosa. A garota é esperta, curiosa, inteligente, mas é obrigada a esconder tudo isso, em uma sociedade machista e
misógina. Mas Faith não se deixa abater, não eté descobrir o que realmente aconteceu com o pai. E é aí que ela descobre a árvore da mentira.
A árvore demora um pouco para aparecer, porém a autora tem uma narrativa tão boa que isso não deixa a estória monótona.
A árvore da mentira mistura fantasia, mistério e deixa o leitor atento e querendo mais a cada capítulo.
A mentira pode render verdades? Uma garota a frente do seu tempo, pode se fazer ser ouvida? Depende do quanto você está disposto a enfrentar.

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Gabriel 07/10/2017

Um segredo tem muito poder.
Esse livro foi, definitivamente, um dos melhores livros que eu li esse ano e um dos meus favoritos da vida.
A escrita é linda (quase poética), o enredo é super diferente e maravilhoso e os personagens são muito interessantes, principalmente nossa maravilhosa protagonista Faith.
Um mistério gostoso de descender é um ambiente gótico é maravilhoso. Amei que a autora também inseriu várias nuances de feminismo mesmo em 1865. Incrível!
@eleeoslivros 08/10/2017minha estante
é um livro só ou uma série?


Gabriel 08/10/2017minha estante
Livro único


Cleise Bee 19/10/2017minha estante
Gostei, vou separar pra ler depois .


Gabriel 20/10/2017minha estante
Maravilhoso!!!




Morgana 08/12/2020

Olá, estrelinhas!
Hoje trago para vocês a resenha dessa história sombria que se mostrou uma leitura bastante agradável.
Uma mentira, por mais leve que seja,possui ramificações que fogem do nosso controle e seus frutos podem ser muito amargos.
Nessa perspectiva, acompanhamos o relato da nossa protagonista Faith em "Árvore da mentira", que num microcosmo social de um cidadezinha, relata sobre os efeitos do conhecimento inacessível, da ambição e do poder.
Um clima de mistério paira na mudança de vida da protagonista, mas diz respeito a algum acontecimento que coloca à prova a competência do genitor da família ,Sunderlys, que busca em lugar afastado ser esquecido pelo passado.
Fora toda a superficialidade de sua família, a vida na cidade interiorana de Vane traz grandes atenções e suspeitas sobre segredos que seu pai guarda, até o dia em que o mesmo aparece morto por supostamente ter cometido suicídio.
Impedido de ser enterrado no cemitério da igreja em que exerce a profissão, a garotinha começa uma busca para desvendar os mistérios da referida morte até que encontra uma planta estranha que se alimenta de mentiras e parece revelar verdades ocultas. Qual o preço da verdade?! Até que ponto é possível alimentar uma mentira?!
Durante a leitura deste exemplar foi possível verificar várias críticas sociais descritas na época: a questão da mulher que deveria tomar parte apenas dos assuntos do lar, o preconceito que existia com pessoas destras, uma vez que Howard, irmão de Faith, é obrigado a escrever com a mão direita e até sofre alguns mecanismos de imposição disso, como usar paletó apertado que põe a mão errada presa, o fato da mãe da protagonista ser egocêntrica e parecer sempre competir com sua filha e desejar aprovação da sociedade.
O clima de que algo ruim está para acontecer perpassa sobre toda a obra e é incrível acompanhar o desenvolvimento dos personagens e a forma de enfrentamento que Faith é seduzida a conhecer, as mentiras e os estragos que a mesma causa. História intrigante que mistura fantasia e suspense! Indico a leitura
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Bela 18/10/2017

Surpreendente
Descobri esse livro em um blog literário e desde o inicio da resenha, quando a blogueira colocou a sinopse eu já havia ficado absolutamente encantada com a originalidade do enredo. Os elogios da resenhista foram apenas a cereja do bolo e logo eu estava procurando o livro para ler.

A Árvore da Mentira começa quando Faith e sua família navegavam para a Ilha de Vane. Seu pai, o reverendo Erasmus Sunderly, é também um arqueologista e viaja constantemente em busca de fósseis. Ele é um homem renomado, bastante conhecido no meio acadêmico e já encontrou peças de grande importância para a sociedade. Entretanto, seus achados foram questionados e ele foi acusado publicamente de ser uma fraude. Então, o convite para participar de uma escavação em uma pequena ilha distante da grande Londres veio como um verdadeiro alívio para a família, que só desejava se afastar daquele centro de acusações.

"E de que vai adiantar partirmos? A fofoca é que nem um cão. Se você fugir, ela corre atrás."

Faith não consegue acreditar na veracidade das acusações que recaíram sobre o seu pai, um homem que sempre foi tão íntegro e correto. Seu maior desejo era seguir seus passos e se tornar uma grande cientista naturalista. Porém, não há um espaço como esse para mulheres na sociedade londrina do século XIX. As mulheres não devem ser inteligentes, apenas doces e educadas, de forma que conquistem um bom marido para sustentá-las durante a vida. Tarefa que a sua mãe executa com louvor e a sua futilidade só não a irrita mais do que esses padrões sociais nos quais ela não consegue se encaixar. Esses questionamentos fizeram com que fosse impossível não associar a história a todas as discussões que temos visto na atualidade sobre o papel feminino na sociedade. Faith está apenas descobrindo o mundo e o seu lugar nele, está deixando de ser menina para se tornar uma mulher quando descobre que não há espaço para ser quem é. Mas, isso não a amedronta, muito pelo contrário, apenas lhe mostra que ela precisará de ainda mais coragem.

"– Quanto maior o crânio, maior o cérebro, e maior a inteligência – continuava o médico, calorando-se com o tema. – Você só precisa atentar para a diferença de tamanho entre os crânios de homens e mulheres. O crânio do homem é maior, mostrando que é maior em inteligência. – O médico pareceu reparar que não estava tendo muito tato. – A mente feminina é algo totalmente diferente – acrescentou rapidamente – e deveras interessante a seu modo! Mas intelecto demais a estragaria e amassaria, feito pedra no suflê."

Entretanto, as notícias também chegam a Vane e pouco depois o reverendo é encontrado morto no terreno da casa onde estão hospedados e tudo indica que ele cometeu o maior pecado que alguém poderia cometer, suicídio. Mas, para Faith, nada disso faz sentido e ela está decidida a investigar a morte do pai. Logo, ela descobre que ele escondia uma espécime de planta um tanto singular. A árvore se alimenta de mentiras e dá frutos que revelam verdades escondidas àquele que os come. Não seria essa a solução para descobrir como se deu o falecimento do seu pai?! Resta saber se Faith estará preparada para as revelações que irá encontrar.

"Quem foi esse homem, afinal? A quem eu amei todos esses anos? Por acaso eu o conhecia pelo menos um pouco?"

Com isso, temos uma discussão sutil sobre a mentira, Frances nos mostra como uma pequena informação falsa pode se espalhar rapidamente e causar grandes estragos. Faith logo descobrirá que a mentira cobra seu preço e é difícil sustentá-la por muito tempo. A autora fala ainda sobre amizade, pois, toda essa aventura faz com que Faith faça um amigo um tanto improvável, entretanto, a amizade mais bela que encontrei no livro foi a dela com seu irmão Howard. Howard é a criança esperada, o homem, aquele que deve sustentar a família quando seu pai morrer e, porque não, seguir os mesmos passos do pai?! Apesar de que, o pequeno nunca demostrou o menor interesse pela ciência... E, mesmo sendo o filho paparicado por todos, o que as vezes pode gerar um ciuminho na irmã, eles são bastante apegados e tem um relacionamento muito fofo.

"A mentira é como uma fogueira, Faith estava aprendendo. Primeiro precisa ser nutrida e alimentada, mas com cuidado e gentileza. Um sopro delicado atiçaria as chamas recém-nascidas, mas uma baforada vigorosa demais as apagaria. Algumas mentiras ganham corpo e se espalham, crepitando de empolgação, e não precisam mais ser alimentadas. Mas então estas não são mais as suas mentiras. Têm vida e forma próprias, e não há como controlá-las."

O enredo foi muito bem construído e sua originalidade em muito me surpreendeu. Além disso, o desfecho me deixou bastante satisfeita. A leitura é dinâmica, cheia de suspense e mistério, eu terminei o livro rapidamente. Primeiro, eu estava me perguntando se o reverendo não havia se suicidado realmente e tudo não passava de uma simples teimosia de Faith em aceitar a realidade. Mas, logo começam a surgir diversos suspeitos e perguntas sem respostas. Até que, em determinado momento da história, Faith já nem sabe mais em quem pode confiar. Só a árvore que demorou um pouco para aparecer, eu já estava ficando incomodada! Mas então lá estava ela com toda a sua majestade.

site: sigolendo.com.br
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Eder Ribeiro 29/11/2017

Até que ponto a mentira enraíza e frutifica a ponto de aniquilar a verdade. Será que essa no fim prevalece?
Início enfadonho, mas a trama envolvente, num crescente contínuo, prende o leitor até o final do livro. Vale a pena a leitura
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Viviana Mendonça 25/12/2017

A historia se passa no século XIX, onde a mulher não tinha voz, não tinha autonomia, não podia ser nada além de filha, esposa e mãe, isso sem contar que se não se tornasse esposa, se tornaria um fardo para os pais, a mulher tinha que saber seu lugar e ter limites, uma sociedade onde qualquer comportamento fora do comum era o suficiente para uma cidade inteira te discriminar. Enfatizo isso, pois a história conta a vida da menina Faith Sunderlys, que tem um pai Reverendo, uma mãe que vive de aparências e um irmão que a mãe faz questão de que Faith crie.
( Antes de continuar sobre a resenha, eu fiquei pensando muito sobre aquela época, a mulher era MUITO submissa, a mulher se tinha uma filha, delegava coisas para ela que a própria mãe deveria fazer, a mulher não podia ser impor, mas muitas vezes a única artimanha era sedução e quando se era inteligente, era rebelde ou ficava desmoralizada perante a sociedade, foi só uma grande observação em relação a época)
Voltando, Faith e sua família, precisaram sair da cidade onde vivia e morar em Vanes, quais os motivos os levaram até essa cidade as pressas, a menina ainda não sabia, só sabia que seu pai Erasmus Sunderlys se envolverá em um escândalo e isso bastava, a menina que admirava seu pai e também cientista notou que ele não andava muito bem, mais irritado, mais isolado, estranho. O Reverendo cuidava mais de seus pertences arqueológicos do que a família, mesmo assim Faith compreendia, mas sentia falta do pai. Myrtle sua mãe já era um pouco mais distante da filha e a cobrava por demais modos para devidas aparências. Agora mesmo terem fugido dos escândalos, parece que ela os alcançou e logo seu pai morre misteriosamente.
Faith acredita que não foi suicídio como disseram, mas sim assassinato, devido a isso ela procura provas das suas suspeitas e embarca em um mundo obscuro, conhecendo uma planta o qual seu pai escondia com toda cautela, a Arvore que não poderia ficar sobre a luz do dia, não precisava de agua, somente do escuro e de Mentiras. É através da representação dessa planta que a história se desenvolve e é através dela que Faith tenta descobri a verdade, usando a mentira. No livro conhecendo mais personagens como como Tio Miles, Reverendo Clay, pai de Paul, Sr. e Sra Lambert, Sra Hunter e Dr. Jackers, assim como Bem Clock, há outros personagens que nos é apresentado na historia, como os empregados Sr. Vellet, Jeanne e Pryrtle.
Todos tem um papel fundamental no decorrer da história, toda a cidade tem seu papel para que a Arvore cresça e a verdade aparece de fato, Faith cria uma conexão com a Árvore que serve para mentir, mas será que em meio a tanta mentira, terá alguma verdade sobre quem foi de fato seu pai e se foi assassinado.
Sim, a história é incrível, recomendo a leitura, li os 36 capítulos com muito entusiasmo que não baixou em nenhum momento, o livro é narrado é terceira pessoa e sua diagramação auxilia para a leitura do suspense. Se for dar uma nota, dou 10.

site: http://devoreumlivrooufilme.blogspot.com.br/search?q=a+arvore+da+mentira
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Jeff.Rodrigues 02/02/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Mentiras, por mais inocentes que possam parecer (se é que existem mentiras assim), possuem desdobramentos que nem sempre estão sob nosso controle. Algo contado em um ambiente restrito, aparentemente pouco importante, pode ganhar dimensões inimagináveis e alterar ou prejudicar pessoas ou situações. Essa ideia das ramificações que as mentiras têm é o ponto central da imperdível obra de Frances Hardinge, que traz, de pano de fundo, uma versão extremamente interessante para aquela tal árvore cujos frutos, quando consumidos, trariam o conhecimento.

Pelos olhos aparentemente inocentes da protagonista Faith, A Árvore da Mentira narra as desventuras de quem se deixou levar pela tentação da busca pelo conhecimento inacessível. Ambientado em uma inóspita ilha, com uma galeria pequena e peculiar de personagens, e um clima sombrio de que algo ruim vai acontecer a qualquer momento, o livro é um microcosmo social. Cada personagem traz características de comportamento que vão se unindo para criar uma sociedade comum a qualquer lugar do mundo. Desfilam segredos e ambições, busca por dinheiro e poder, amores não correspondidos e mágoas, interesses e falsidades…. É este conjunto que realmente dá liga para que o lado fantástico da trama possa ser desenvolvido com uma veracidade assustadora.

E este lado fantasia é das criações mais originais da literatura! A tal árvore que dá nome à obra nutre-se de mentiras para que, a partir delas, possa gerar seus frutos do saber. E um dos pontos altos da história é justamente acompanhar como a pequena Faith se vê seduzida pelas tentações de conhecer aquilo que ninguém mais conhece. Ao seguir os caminhos das mentiras, e seus estragos, percebemos que o simples ato de inventar uma versão para algo se assemelha à sensação de poder. Faith vai abandonando seu lado infantil à medida que se entrega cada vez mais aos fascínios de mentir.

Com essa mescla de fantasia e suspense, A Árvore da Mentira é um livro escrito sob medida para envolver o leitor. Desde o primeiro capítulo, cujo começo fui em um ritmo mais lento, somos fisgados por um estilo de texto que prende nossa atenção. Partindo da apresentação dos personagens e do desenvolvimento de todo o cenário onde a trama vai se desenrolar, e abusando de situações extremamente banais, até que a história ganhe corpo e um mistério seja totalmente colocado “à mesa”, a autora mostra um completo domínio narrativo. É um daqueles raros casos em que queremos ler mais e mais não porque temos curiosidade em saber o que vem a seguir, mas porque a leitura é de fato prazerosa.

Provar os frutos da escrita de Frances Hardinge foi uma grata surpresa e uma das melhores descobertas de autores que fiz. A obra é perfeita para fãs de histórias mais sombrias e tem a pegada certa para ser devorada em poucos dias.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/01/29/resenha-a-arvore-da-mentira-frances-hardinge/
Alex Calixto 02/02/2018minha estante
Que resenha! Fiquei louco pra ler o livro. E a capa é linda.


Jeff.Rodrigues 03/02/2018minha estante
Acho q tu vai curtir... me conta qdo ler heheh


Alex Calixto 03/02/2018minha estante
Vou ler sim. Obrigado pela indicação.


Alex Calixto 03/02/2018minha estante
Conto sim. Obrigado pela indicação.




rosalinha 26/03/2018

O ínicio do livro foi extremamente massante, a autora descreve muitas coisas para a qual eu não dava a minima atenção já que eram desnecessarios para mim.

A leitura só passa a ser agradavel quando a protagonista finalmente tem sob seu dominio a árvore da mentira, a partir dai coisas realmente interessantes passam a acontecer e eu finalmemte pude começar a simpatizar e me importar com a personagem.
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Michele 14/05/2019

Arrastado, mas bom!
Um mês depois eu consigo desenrolar este livro.
É uma história muito interessante, mas o que acaba pecando nela é o modo como ele é tão detalhado. Detalhes as vezes sem importância que acaba deixando o livro arrastado. Confesso que o livro só me prendeu mais depois que o pai da Faith morreu, a ação do livro ficou bem melhor ali.
O livro aborda questões importantes de comi as mulheres antigamente eram tratadas como um nada, em como uma mentira pode dar várias consequências desastrosas, de como as mulheres podem ser artilosas no que quer. O final foi bem plausível sem deixar pontas soltas. O único problema é que a Faith me irritou muito tendo dó no final de pessoas que só fizeram o mal a ela é a família. Ela se vingou, mas depois quis se redimir por algo que não tinha culpa, eu fiquei muito brava com ela estas horas.
Eu recomendo o livro!
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