A Árvore da Mentira

A Árvore da Mentira Frances Hardinge




Resenhas - A Árvore da Mentira


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Lala Kim 26/03/2020

Sensacional
O amor já começa pela capa maravilhosa e se estende por todo o livro. A história é intrigante e fabulosa e claro o final é impressionante, com certeza pede a segunda parte.
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Ju Ragni 14/09/2019

Boa estória
Quando comprei, achei que a árvore fosse no sentido figurado, pois na resenha havia um comentário sobre ser um romance de época. Foi uma surpresa, a estória se desenvolve bem, a narrativa é direta, concisa, e a descrição dos costumes da época é boa. Romance muito bem amarrado. Gostei.
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Nara 12/08/2019

Muito bom
Um livro escrito de forma impecável, com uma leitura bem fluida e o modo como a autora conduz a história é magnífica.
A autora nos mostra no decorrer da história que subjugam as mulheres e seus feitos, mas para que isso não se torne um empecilho e não nos desanime.
Faith é uma menina muito inteligente e à frente de seu tempo, com uma determinação e teimosia imensa. Em algumas partes me identifiquei com sua personalidade. Admito que gostei muito de Paul, e espero que um dia tenha algum livro sobre a jornada do mesmo.
Bom, recomendo esse livro para todos. É muito bom. Dêem uma chance pra esse lindeza!
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Michele 14/05/2019

Arrastado, mas bom!
Um mês depois eu consigo desenrolar este livro.
É uma história muito interessante, mas o que acaba pecando nela é o modo como ele é tão detalhado. Detalhes as vezes sem importância que acaba deixando o livro arrastado. Confesso que o livro só me prendeu mais depois que o pai da Faith morreu, a ação do livro ficou bem melhor ali.
O livro aborda questões importantes de comi as mulheres antigamente eram tratadas como um nada, em como uma mentira pode dar várias consequências desastrosas, de como as mulheres podem ser artilosas no que quer. O final foi bem plausível sem deixar pontas soltas. O único problema é que a Faith me irritou muito tendo dó no final de pessoas que só fizeram o mal a ela é a família. Ela se vingou, mas depois quis se redimir por algo que não tinha culpa, eu fiquei muito brava com ela estas horas.
Eu recomendo o livro!
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Squep 22/03/2019

Livro Interessante...
O livro se passa no século XIX, e nos conta a história de Faith uma menina curiosa que sonha em ser reconhecida pelo pai, Com a morte daquele que é a pessoa mais importante na vida dela, aquele ao qual ela tem como o ser mais inteligente que ela conhece, seu pai, ela se vê determinada a descobrir a verdade por trás de todo o mistério que ronda a morte do Reverendo, pra isso ela vai precisar de ajuda de uma planta um tanto quanto estranha. Com isso, uma onda de mentiras vai se desenrolar. Minha opinião acerca do livro é que é um livro interessante, não irá pra minha lista de melhores, mas também não irá para os piores, a escrita é detalhada demais, o que torna o livro cansativo, e o começo é um monte de lenga lenga na minha opinião, o livro começa a melhorar a partir da morte do Reverendo, é nesse ponto que o livro começa a ficar extremamente interessante, eu comecei a ficar curiosa e queria logo descobrir os mistérios e como tudo seria resolvido. Levei muito tempo pra ler, porém não me arrependi da leitura. O final foi fechadinho como deveria de ser, e achei plausível e coerente o desenrolar das coisas.
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Celina 01/10/2018

Maçante à beira da agonia.
A linguagem da autora é poética e interessante.
O final é inteligente e plausível.
A sinopse nos instiga à leitura.
E acabaram os elogios.
No meio do livro me senti em lenta agonia. Ô escrita chata, descritiva, cansativa! Muita coisa desnecessária!
Cortaria mais da metade do livro e o transformaria em um conto bizarro no estilo Penny Dreadfull (Contos populares que custavam menos que 1 penny e circulavam de mão em mão na Londres do século 19).
Curiosidade: A série Penny Dreadfull (amo,amo,amo) emprestou o nome desses livretos baratinhos.
Pois é. A história tinha tudo para acontecer. O tema é muito próspero! Só que não...
Alcione13 01/10/2018minha estante
Vi comentários assim,por isso,corri.


Celina 01/10/2018minha estante
Pois é. Paguei pra ver... :(


Alcione13 01/10/2018minha estante
=\


Érica | @aquelacomlivros 01/10/2018minha estante
Também detesto esses excessos de descrição e acréscimos desnecessários na história, só nos fazem cansar.


Celina 01/10/2018minha estante
Bad trip Érica!


Alcione13 01/10/2018minha estante
Esse mês li pouco.Apenas onze livros.
Então nesse só vou ler o que me agrada.


Celina 02/10/2018minha estante
Esse livro estava no meu kindle fazia tempo. Comprei e esqueci dele. Então li por obrigação mesmo, Alcione. Mas ultimamente, estou assim também, lendo só o que realmente me agrada.


Alcione13 02/10/2018minha estante
Um pouco de ressaca,eu estou rsrs
Vou ler outros gêneros.
As crônicas de Nárnia.
Já leu??
Vou tentar.


Celina 02/10/2018minha estante
Não. Vi o filme.
Boa leitura!


Alcione13 02/10/2018minha estante
=)




Tamirez | @resenhandosonhos 29/08/2018

A Árvore da Mentira
Logo que vi o anúncio desse lançamento fiquei com vontade de conferir, pois a premissa de uma árvore que se alimenta de mentiras me pareceu muito intrigante. E é claro que esse mistério é somente uma das coisas que instiga a protagonista Faith.

“Havia um apetite dentro dela, e isso não era coisa de menina. […] Toda a informação – qualquer uma – chamava Faith, e havia um prazer delicioso, venenoso, em roubá-la sem ser vista.”

Na época em que esse livro se passa as mulheres não tinham voz, uma menina deveria aprender a cuidar da casa, ser recatada, dançar e se portar frente a sociedade. Nada de genialidade ou ambição de ter uma profissão ou algo do tipo. Porém, Faith sempre foi curiosa, e sendo o pai um cientista natural ela tinha acesso aos livros de sua biblioteca, aprendendo por ai tudo o que podia. Mas, a garota que sempre admirou o pai e queria sua atenção e carinho, sabia que toda a glória estava reservada ao irmão, o verdadeiro herdeiro, e não a ela, aquela que custaria ao pai um enorme dote.

Esse conflito social da posição da mulher, por mais que fosse uma convenção da época, me incomodou bastante. Há um momento onde um médico fala sobre medir as cabeças e sempre descobrir a das mulheres menor, nos definindo portanto como menos inteligentes, por causa disso. Ignorando totalmente a lógica de que a estrutura corporal das mulheres normalmente também é menor, o que hoje também já varia muito.

Antes de entrarmos na parte mais sobrenatural da história, onde a árvore realmente aparece, em função da época e da menção à Origem das Espécies, achei o livro com várias semelhanças à Evolução de Calpúrnia Tate (resenhado aqui). Nesse outro livro também temos uma menina curiosa, no mesmo momento temporal da história, aprendendo coisas que meninas não deveriam aprender e lutando contra o preconceito da sociedade para se tornar uma cientista. Porém as semelhanças param ai e é quando Faith começa a investigar sobre a morte do pai que tem seu primeiro contato com a árvore.

Foi nesse aspecto que o livro deixou um pouco a desejar. Ao contrário do que pensei, a trama não tem como foco descobrir a origem da planta ou como ela funciona, mas sim investigar o assassinato do reverendo, ficando a árvore completamente em segundo plano. As revelações finais trazem apenas um fiapo de teoria sobre o que ela poderia ser ou de onde originalmente veio, deixando todo o mistério de sua origem intacto e somente em teorias na cabeça do leitor. Acho que essa técnica funciona em alguns livros, mas não é bem empregada aqui, principalmente porque a árvore dá o nome ao livro e parece ser a protagonista em um primeiro olhar.

A escrita da autora é boa, mas não tem uma fluidez imediata. Pra mim a trama só engrenou depois da página 120 e até lá tive uma longa jornada, principalmente porque foi nessa primeira parte que as semelhanças com a outra obra prevaleceram. Quase todo o ambiente do livro é bastante sombrio e é possível captar isso através das descrições e narrativa do mesmo. Faith também muda bastante ao longo das páginas e seu contato com a tal árvore deixa uma marca na personalidade da menina.

“A mentira é como uma fogueira, Faith estava aprendendo. Primeiro precisava ser nutrida e alimentada, mas com cuidado e gentileza. Um sopro delicado atiçaria as chamas recém-nascidas, mas uma baforada vigorosa demais as apagaria. Algumas mentiras ganham corpo e se espalham, crepitando de empolgação, e não precisam mais ser alimentadas. Mas então estas não são mais suas mentiras. Tem vida e forma próprias, e não há como controlá-las.”

Apesar dos contrapontos, o livro apresenta uma boa história de mistério e no final revela quem é o assassino do reverendo, mostrando-se ser alguém que eu não tinha apontado o dedo em nenhum momento da trama, ganhando assim alguns pontos comigo. O que realmente me puxou pra baixo foi a falta de atenção dada ao fator que deveria ser principal: a árvore da mentira.

site: http://resenhandosonhos.com/arvore-da-mentira-frances-hardinge/
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Silvia.Souza 15/08/2018

Excelente!!!
Excelente livro! Um enredo maravilhoso e instigante. A história prendeu minha atenção do início ao fim. Adoro personagens como Faith: corajosa, obstinada, Valente e extremamente inteligente. Super recomendo a leitura...
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rosalinha 26/03/2018

O ínicio do livro foi extremamente massante, a autora descreve muitas coisas para a qual eu não dava a minima atenção já que eram desnecessarios para mim.

A leitura só passa a ser agradavel quando a protagonista finalmente tem sob seu dominio a árvore da mentira, a partir dai coisas realmente interessantes passam a acontecer e eu finalmemte pude começar a simpatizar e me importar com a personagem.
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Jeff.Rodrigues 02/02/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Mentiras, por mais inocentes que possam parecer (se é que existem mentiras assim), possuem desdobramentos que nem sempre estão sob nosso controle. Algo contado em um ambiente restrito, aparentemente pouco importante, pode ganhar dimensões inimagináveis e alterar ou prejudicar pessoas ou situações. Essa ideia das ramificações que as mentiras têm é o ponto central da imperdível obra de Frances Hardinge, que traz, de pano de fundo, uma versão extremamente interessante para aquela tal árvore cujos frutos, quando consumidos, trariam o conhecimento.

Pelos olhos aparentemente inocentes da protagonista Faith, A Árvore da Mentira narra as desventuras de quem se deixou levar pela tentação da busca pelo conhecimento inacessível. Ambientado em uma inóspita ilha, com uma galeria pequena e peculiar de personagens, e um clima sombrio de que algo ruim vai acontecer a qualquer momento, o livro é um microcosmo social. Cada personagem traz características de comportamento que vão se unindo para criar uma sociedade comum a qualquer lugar do mundo. Desfilam segredos e ambições, busca por dinheiro e poder, amores não correspondidos e mágoas, interesses e falsidades…. É este conjunto que realmente dá liga para que o lado fantástico da trama possa ser desenvolvido com uma veracidade assustadora.

E este lado fantasia é das criações mais originais da literatura! A tal árvore que dá nome à obra nutre-se de mentiras para que, a partir delas, possa gerar seus frutos do saber. E um dos pontos altos da história é justamente acompanhar como a pequena Faith se vê seduzida pelas tentações de conhecer aquilo que ninguém mais conhece. Ao seguir os caminhos das mentiras, e seus estragos, percebemos que o simples ato de inventar uma versão para algo se assemelha à sensação de poder. Faith vai abandonando seu lado infantil à medida que se entrega cada vez mais aos fascínios de mentir.

Com essa mescla de fantasia e suspense, A Árvore da Mentira é um livro escrito sob medida para envolver o leitor. Desde o primeiro capítulo, cujo começo fui em um ritmo mais lento, somos fisgados por um estilo de texto que prende nossa atenção. Partindo da apresentação dos personagens e do desenvolvimento de todo o cenário onde a trama vai se desenrolar, e abusando de situações extremamente banais, até que a história ganhe corpo e um mistério seja totalmente colocado “à mesa”, a autora mostra um completo domínio narrativo. É um daqueles raros casos em que queremos ler mais e mais não porque temos curiosidade em saber o que vem a seguir, mas porque a leitura é de fato prazerosa.

Provar os frutos da escrita de Frances Hardinge foi uma grata surpresa e uma das melhores descobertas de autores que fiz. A obra é perfeita para fãs de histórias mais sombrias e tem a pegada certa para ser devorada em poucos dias.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/01/29/resenha-a-arvore-da-mentira-frances-hardinge/
Alex Calixto 02/02/2018minha estante
Que resenha! Fiquei louco pra ler o livro. E a capa é linda.


Jeff.Rodrigues 03/02/2018minha estante
Acho q tu vai curtir... me conta qdo ler heheh


Alex Calixto 03/02/2018minha estante
Vou ler sim. Obrigado pela indicação.


Alex Calixto 03/02/2018minha estante
Conto sim. Obrigado pela indicação.




Viviana Mendonça 25/12/2017

A historia se passa no século XIX, onde a mulher não tinha voz, não tinha autonomia, não podia ser nada além de filha, esposa e mãe, isso sem contar que se não se tornasse esposa, se tornaria um fardo para os pais, a mulher tinha que saber seu lugar e ter limites, uma sociedade onde qualquer comportamento fora do comum era o suficiente para uma cidade inteira te discriminar. Enfatizo isso, pois a história conta a vida da menina Faith Sunderlys, que tem um pai Reverendo, uma mãe que vive de aparências e um irmão que a mãe faz questão de que Faith crie.
( Antes de continuar sobre a resenha, eu fiquei pensando muito sobre aquela época, a mulher era MUITO submissa, a mulher se tinha uma filha, delegava coisas para ela que a própria mãe deveria fazer, a mulher não podia ser impor, mas muitas vezes a única artimanha era sedução e quando se era inteligente, era rebelde ou ficava desmoralizada perante a sociedade, foi só uma grande observação em relação a época)
Voltando, Faith e sua família, precisaram sair da cidade onde vivia e morar em Vanes, quais os motivos os levaram até essa cidade as pressas, a menina ainda não sabia, só sabia que seu pai Erasmus Sunderlys se envolverá em um escândalo e isso bastava, a menina que admirava seu pai e também cientista notou que ele não andava muito bem, mais irritado, mais isolado, estranho. O Reverendo cuidava mais de seus pertences arqueológicos do que a família, mesmo assim Faith compreendia, mas sentia falta do pai. Myrtle sua mãe já era um pouco mais distante da filha e a cobrava por demais modos para devidas aparências. Agora mesmo terem fugido dos escândalos, parece que ela os alcançou e logo seu pai morre misteriosamente.
Faith acredita que não foi suicídio como disseram, mas sim assassinato, devido a isso ela procura provas das suas suspeitas e embarca em um mundo obscuro, conhecendo uma planta o qual seu pai escondia com toda cautela, a Arvore que não poderia ficar sobre a luz do dia, não precisava de agua, somente do escuro e de Mentiras. É através da representação dessa planta que a história se desenvolve e é através dela que Faith tenta descobri a verdade, usando a mentira. No livro conhecendo mais personagens como como Tio Miles, Reverendo Clay, pai de Paul, Sr. e Sra Lambert, Sra Hunter e Dr. Jackers, assim como Bem Clock, há outros personagens que nos é apresentado na historia, como os empregados Sr. Vellet, Jeanne e Pryrtle.
Todos tem um papel fundamental no decorrer da história, toda a cidade tem seu papel para que a Arvore cresça e a verdade aparece de fato, Faith cria uma conexão com a Árvore que serve para mentir, mas será que em meio a tanta mentira, terá alguma verdade sobre quem foi de fato seu pai e se foi assassinado.
Sim, a história é incrível, recomendo a leitura, li os 36 capítulos com muito entusiasmo que não baixou em nenhum momento, o livro é narrado é terceira pessoa e sua diagramação auxilia para a leitura do suspense. Se for dar uma nota, dou 10.

site: http://devoreumlivrooufilme.blogspot.com.br/search?q=a+arvore+da+mentira
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Eder Ribeiro 29/11/2017

Até que ponto a mentira enraíza e frutifica a ponto de aniquilar a verdade. Será que essa no fim prevalece?
Início enfadonho, mas a trama envolvente, num crescente contínuo, prende o leitor até o final do livro. Vale a pena a leitura
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Bela 18/10/2017

Surpreendente
Descobri esse livro em um blog literário e desde o inicio da resenha, quando a blogueira colocou a sinopse eu já havia ficado absolutamente encantada com a originalidade do enredo. Os elogios da resenhista foram apenas a cereja do bolo e logo eu estava procurando o livro para ler.

A Árvore da Mentira começa quando Faith e sua família navegavam para a Ilha de Vane. Seu pai, o reverendo Erasmus Sunderly, é também um arqueologista e viaja constantemente em busca de fósseis. Ele é um homem renomado, bastante conhecido no meio acadêmico e já encontrou peças de grande importância para a sociedade. Entretanto, seus achados foram questionados e ele foi acusado publicamente de ser uma fraude. Então, o convite para participar de uma escavação em uma pequena ilha distante da grande Londres veio como um verdadeiro alívio para a família, que só desejava se afastar daquele centro de acusações.

"E de que vai adiantar partirmos? A fofoca é que nem um cão. Se você fugir, ela corre atrás."

Faith não consegue acreditar na veracidade das acusações que recaíram sobre o seu pai, um homem que sempre foi tão íntegro e correto. Seu maior desejo era seguir seus passos e se tornar uma grande cientista naturalista. Porém, não há um espaço como esse para mulheres na sociedade londrina do século XIX. As mulheres não devem ser inteligentes, apenas doces e educadas, de forma que conquistem um bom marido para sustentá-las durante a vida. Tarefa que a sua mãe executa com louvor e a sua futilidade só não a irrita mais do que esses padrões sociais nos quais ela não consegue se encaixar. Esses questionamentos fizeram com que fosse impossível não associar a história a todas as discussões que temos visto na atualidade sobre o papel feminino na sociedade. Faith está apenas descobrindo o mundo e o seu lugar nele, está deixando de ser menina para se tornar uma mulher quando descobre que não há espaço para ser quem é. Mas, isso não a amedronta, muito pelo contrário, apenas lhe mostra que ela precisará de ainda mais coragem.

"– Quanto maior o crânio, maior o cérebro, e maior a inteligência – continuava o médico, calorando-se com o tema. – Você só precisa atentar para a diferença de tamanho entre os crânios de homens e mulheres. O crânio do homem é maior, mostrando que é maior em inteligência. – O médico pareceu reparar que não estava tendo muito tato. – A mente feminina é algo totalmente diferente – acrescentou rapidamente – e deveras interessante a seu modo! Mas intelecto demais a estragaria e amassaria, feito pedra no suflê."

Entretanto, as notícias também chegam a Vane e pouco depois o reverendo é encontrado morto no terreno da casa onde estão hospedados e tudo indica que ele cometeu o maior pecado que alguém poderia cometer, suicídio. Mas, para Faith, nada disso faz sentido e ela está decidida a investigar a morte do pai. Logo, ela descobre que ele escondia uma espécime de planta um tanto singular. A árvore se alimenta de mentiras e dá frutos que revelam verdades escondidas àquele que os come. Não seria essa a solução para descobrir como se deu o falecimento do seu pai?! Resta saber se Faith estará preparada para as revelações que irá encontrar.

"Quem foi esse homem, afinal? A quem eu amei todos esses anos? Por acaso eu o conhecia pelo menos um pouco?"

Com isso, temos uma discussão sutil sobre a mentira, Frances nos mostra como uma pequena informação falsa pode se espalhar rapidamente e causar grandes estragos. Faith logo descobrirá que a mentira cobra seu preço e é difícil sustentá-la por muito tempo. A autora fala ainda sobre amizade, pois, toda essa aventura faz com que Faith faça um amigo um tanto improvável, entretanto, a amizade mais bela que encontrei no livro foi a dela com seu irmão Howard. Howard é a criança esperada, o homem, aquele que deve sustentar a família quando seu pai morrer e, porque não, seguir os mesmos passos do pai?! Apesar de que, o pequeno nunca demostrou o menor interesse pela ciência... E, mesmo sendo o filho paparicado por todos, o que as vezes pode gerar um ciuminho na irmã, eles são bastante apegados e tem um relacionamento muito fofo.

"A mentira é como uma fogueira, Faith estava aprendendo. Primeiro precisa ser nutrida e alimentada, mas com cuidado e gentileza. Um sopro delicado atiçaria as chamas recém-nascidas, mas uma baforada vigorosa demais as apagaria. Algumas mentiras ganham corpo e se espalham, crepitando de empolgação, e não precisam mais ser alimentadas. Mas então estas não são mais as suas mentiras. Têm vida e forma próprias, e não há como controlá-las."

O enredo foi muito bem construído e sua originalidade em muito me surpreendeu. Além disso, o desfecho me deixou bastante satisfeita. A leitura é dinâmica, cheia de suspense e mistério, eu terminei o livro rapidamente. Primeiro, eu estava me perguntando se o reverendo não havia se suicidado realmente e tudo não passava de uma simples teimosia de Faith em aceitar a realidade. Mas, logo começam a surgir diversos suspeitos e perguntas sem respostas. Até que, em determinado momento da história, Faith já nem sabe mais em quem pode confiar. Só a árvore que demorou um pouco para aparecer, eu já estava ficando incomodada! Mas então lá estava ela com toda a sua majestade.

site: sigolendo.com.br
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Gabriel 07/10/2017

Um segredo tem muito poder.
Esse livro foi, definitivamente, um dos melhores livros que eu li esse ano e um dos meus favoritos da vida.
A escrita é linda (quase poética), o enredo é super diferente e maravilhoso e os personagens são muito interessantes, principalmente nossa maravilhosa protagonista Faith.
Um mistério gostoso de descender é um ambiente gótico é maravilhoso. Amei que a autora também inseriu várias nuances de feminismo mesmo em 1865. Incrível!
@eleeoslivros 08/10/2017minha estante
é um livro só ou uma série?


Gabriel 08/10/2017minha estante
Livro único


Cleise Bee 19/10/2017minha estante
Gostei, vou separar pra ler depois .


Gabriel 20/10/2017minha estante
Maravilhoso!!!




Kelly 15/08/2017

A mentira tem raízes curtas
Em uma Inglaterra do seculo XIX conhecemos os Sunderlys, uma família tradicional e respeitada da grande Londres. Mas eles estão fugindo e o reverendo parece esconder um grande segredo do resto da família.
Faith, a nossa heroína, tem a missão de descobrir o que levou o pai a se tornar mais recluso e aparentemente de ter se matado. Tudo isso sem perder a sua reputação e feminilidade.
Hardinge fez um trabalho incrível com esse livro, a ferocidade e sagacidade de Faith, uma garota de 14 anos, que é mais inteligente que muito homem adulto, mas que não é reconhecida pelo simples fato de ter nascido mulher, é maravilhosa. A garota é esperta, curiosa, inteligente, mas é obrigada a esconder tudo isso, em uma sociedade machista e
misógina. Mas Faith não se deixa abater, não eté descobrir o que realmente aconteceu com o pai. E é aí que ela descobre a árvore da mentira.
A árvore demora um pouco para aparecer, porém a autora tem uma narrativa tão boa que isso não deixa a estória monótona.
A árvore da mentira mistura fantasia, mistério e deixa o leitor atento e querendo mais a cada capítulo.
A mentira pode render verdades? Uma garota a frente do seu tempo, pode se fazer ser ouvida? Depende do quanto você está disposto a enfrentar.

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