Laís 22/11/2017 John Williams foi um admorável autor americano e, sem dúvidas, um dos meus queridinhos de 2017. Stoner, seu outro título publicado pela Editora Rádio Londres, me marcou pela grande reflexão. Com Butcher’s Crossing não foi diferente.
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Andrews, após anos de estudo, desiste de Harvard e parte em direção ao Kansas. Uma vez em seu destino, a cidadezinha de Butcher’s Crossing, ele se encontra com Miller e propõe mais uma viagem ao caçador.
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Miller há muitos anos atrás encontrou um vale com quatro mil búfalos, mas nunca havia conseguido os recursos suficientes para fazer uma caçada lá. Uma vez que Andrews oferece o financiamento para essa viagem, é questão de dias até que o pequeno grupo esteja pronto para partir.
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Quatro homens e uma natureza avassaladora - esse é o contexto de grande parte desse livro. Embora essa história gire em torno dos búfalos e de sua caçada, o livro se trata de muito, muito mais do que isso.
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Os personagens de Williams são enigmáticos. Aqui nós temos Andrews, um homem claramente despreparado para qualquer adversidade da vida que, na viagem, é o tempo todo desafiado pela natureza selvagem. Isso se torna muito interessante e simbólico ao longo da leitura.
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A narrativa desse autor é simples, bem visual! É um livro difícil de digerir, principalmente para quem não se sente muito confortável com sangue, mutilações, etc. Existem várias cenas onde eles explicam sobre o processo de emboscar, matar e limpar a pele do búfalo.
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Essa leitura foi uma surpresa! Um livro que talvez não fosse a minha primeira opção ao entrar em uma livraria acabou se tornando uma obra cheia de reflexões e digna de muitos elogios.
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Apesar de ter prendido minha atenção, o ritmo da minha leitura foi lento, porque precisei de tempo para digerir e refletir entre os capítulos. De qualquer forma, foi uma experiência de leitura muito bacana, já que eu adoro essa característica que o autor tem de nos teletransportar para suas histórias.