Amora 24/04/2017
A estória é bonita, mas ainda considero o livro 2 da série Fitzhugh o melhor.
David, visconde de Hastings, sempre foi apaixonado por Helena desde que se conheceram quando eram pequenos mas nunca foi correspondido. Pelo contrário, sempre trocavam insultos entre eles. Acredito que quando Helena o desdenhou pela primeira vez, David com orgulho ferido, deu um ar de "não estou nem aí" e jogou outro insulto para Helena. E continuou sempre assim até que foi tarde demais para voltar atrás. Quem quando era jovem nunca trocou farpas com outra pessoa e se arrependeu mas nunca se desculpou por uma questão de orgulho? Pois é, foi isso que aconteceu. Helena sempre acreditou que David era um libertino de marca maior e a pior espécie de homem na Terra.
Já adulta, Helena tornou-se uma próspera editora e independente e começou a se envolver com um homem casado. Aliás, o homem casado não era casado na época em que se apaixonaram, mas circunstâncias "materiais" o fizeram casar com outra mulher. A família dela, preocupada com a repercussão caso a sociedade viesse a descobrir esse escândalo, obrigou-a a viajar para a América mas de nada adiantou. Já de volta à Inglaterra e na iminência de um escândalo, David salva-a casando-se com ela. Um dia depois, Helena sofre um acidente e perde a memória e David tem a grande chance de declarar todo seu amor por ela. O bonito desse livro é que David deixou todo o seu orgulho de lado e disse (e mostrou) que a ama e o sofrimento dele ao esperar que Helena se recorde de como é o relacionamento entre os dois é bem tangível. Eu assim como ele ficava na expectativa da volta de memória de Helena e de como iria reagir.
Agora falando de Helena, acho-a uma chata. Tem todo aquele ar de mulher independente, pra frente, de ideias avançadas, mas no fundo achei-a uma mimada. Podem ler o livro, mas não esperem nada arrebatador.