Resenhas - O Irlândes

luan.willian00 19/02/2024

O homem que pintava casas
Em o irlandês temos a vida retratada de Frank sheeran, da sua infância, a ida para a guerra e como tal fato modificou a sua vida, após uma longa vivência na guerra retornou ao país e começou a viver de pequenos bicos e tramoias, nesse período conheceu Russel Buffalino,chefe de uma das famílias mais poderosas da máfia, cultivaram uma amizade, e sheeran passou a pintar casas para a máfia, por intermédio de Russel conheceu o também poderoso Jimmy Hoffa, presidente do sindicato de caminhoneiros. A partir da perspectiva de Sheeran temos conhecimento do grande poder máfia na política americana e mundial, é revelado por sheeran a sua participação junto Cia e a máfia na invasão a baia dos porcos, o seu papel nos acontecimentos referentes a JFK entre outros. Mais o principal segredo revelado por sheeran envolve o mistério por trás do desaparecimento de Jimmy Hoffa.Um ótimo livro pra quem gosta de True crime e para quem quiser entender o poder da máfia nas décadas de 60 e 70.

Tharlley 18/07/2020

Muito interessante
Livro bom pra ler sem perceber o tempo passando. Compensa muito.

Eclipsenamadrugada 03/08/2020

Havia assistido o filme, agora ouvi o livro.
Sinceramente? Dessa vez gostei mais do filme.

Cris 15/08/2022

Máfia, política e crime

"'Confessar-se é uma das necessidades da vida, tal como buscar por alimento e abrigo. Isso ajuda a eliminar resíduos psicológicos da mente.'" Pag. 293

Neste livro o autor nos traz uma biografia de Frank Sheeran, um famoso integrante da máfia norte americana.

O autor entrevistou Sheeran ao longo de alguns anos para poder escrever este livro, e segundo ele, Sheeran aprovou tudo o que foi escrito.

O livro começa narrando como foi a infância pobre de Sheeran, seu tempo servindo no exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, seus casamentos e os empregos que teve até se tornar um assassino de aluguel trabalhando para a Máfia.

A história de Frank Sheeran e seu envolvimento no desaparecimento de Jimmy Hoffa, outro poderoso da máfia, é bastante conhecida nos Estados Unidos e foi muito investigada por anos. E o livro traz revelações que por anos ficaram sem resposta.

Para se interessar por esta história, é preciso conhecer um pouco sobre a política norte americana da época, especialmente sobre o governo do presidente John Kennedy e de seu irmão, o senador Robert Kennedy nos anos 1960.

Eu não conhecia a história, mas assisti ao filme baseado neste livro quando foi lançado na Netflix. Na época, não gostei tanto do filme, mas revi agora depois de ler o livro e achei bem mais interessante.

A narrativa é um pouco lenta, mas apesar de não conhecer a história anteriormente, o livro impressiona bastante pela riqueza de detalhes e passagens pesadas.

Eu recomendo para quem gosta de biografias, histórias sobre máfia e também sobre política.


site: http://instagram.com/li_numlivro

douglaseralldo 21/04/2021

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O IRLANDÊS, DE CHARLES BRANDT OU SOBRE PINTORES DE PAREDES
1 - O irlandês é um destes livros que não podemos deixar de ler. Em algum momento temos de enfrentá-lo. E sua leitura é impactante, especialmente porque a despeito de sua questão biográfica e histórica temos a sensação de uma narrativa ficcional de alto fôlego - e pensá-lo em comparação a O poderoso chefão é quase impossível. Um livro sobre a máfia, a máfia visto de dentro; e mais que isso, um livro também sobre política e poder, um livro interessante no retrato da propagada democracia norte-americana;
2 - O livro narra a trajetória do membro da máfia e sindicalismo americano, Frank Sheeran, O Irlandês. Deste livro foi a realizada a adaptação da Netflix indicada a 10 prêmios Oscar. Aliás, há uma convergência muito grande entre livro e filme de modo que é possível dizer que a adaptação capta a essência da narrativa de Brandt, como a escrita de Brandt já está carregada pela ação visual e detalhista como no filme. No livro a confissão de Sheeran e elucidação de um dos maiores mistérios norte-americanos, o desaparecimento de Jimmy Hoffa, sindicalista mafioso dos anos 50, 60, e 70 nos Estados Unidos;

3 - Jimmy Hoffa foi considerado um dos homens mais poderosos daquele país àquela época. De atuação sindical que cobria os terrenos mais ordinários à mais alta esfera de poder americano, Hoffa foi um dos padrinhos do próprio Sheeran no sindicalismo - e na máfia. Nesse sentido, o livro é tanto sobre Sheeran quanto a história de Jimmy Hoffa;

site: http://www.listasliterarias.com/2021/04/10-consideracoes-sobre-o-irlandes-de.html

Helder 26/12/2019

Narrativa pesada para uma história importante
O Irlandês conta a história verídica de Frank Sheeran e é uma aula de história sobre o século XX nos EUA. Mas não é a aula ensinada nas escolas.
Frank Sheeran nasceu nos EUA pouco antes da Depressão de 1924. Filho de mãe sueca e pai irlandês, foi criado como católico.
Desde criança sempre foi muito alto e forte, e como sua família era pobre, seu pai o usava para pequenos delitos como roubar plantações ou quando mais velho, participar de lutas, onde seu pai fazia apostas em seu próprio filho.
Com o inicio da Segunda Guerra Mundial ele se alistou e participou de um dos pelotões que esteve mais tempo em batalhas, e é ai que aprende a matar seguindo ordens, ou a “fazer o que tinha de fazer”.
Ao voltar da Guerra, tenta viver uma vida normal. Casa-se, tem diversos sub empregos ( a luta com o Canguru é impagável) até que começa a trabalhar como motorista de caminhão entregando carnes. Porém logo percebe que pode ganhar mais dinheiro dando alguns golpes e é assim que conhece Russel Buffalino, um dos maiores mafiosos dos EUA.
Russel logo o apadrinha, e começa ali uma relação de amizade em confiança, permitindo que diversas vezes Russ salve sua vida.
Aos poucos Frank começa a trabalhar para Russ.
Como eles dizem: Russ precisa de “alguém que pinte casas”.
De repente, Frank percebe que tem o talento para isso. Ele “ pinta casas” e ainda “faz carpintaria” e além disso ele tem a característica mais importante para aquele “mercado de trabalho”: a Fidelidade!
Através de Russell, Frank vai conhecendo pessoas cada vez mais importantes e um deles é Jimmy Hoffa, o criador do maior sindicato que já existiu nos EUA, o sindicato dos caminhoneiros.
E assim, Charles Brandt vai nos descrevendo a historia dos EUA no século XX.
É incrível ver o poder que a Mafia Italiana tinha naquele país. E também é muito interessante ver a criação e o crescimento dos sindicatos, e as guerras de poder existentes entre seus lideres, sempre com a desculpa de um bem maior.
Em tempos de Bolsonaro é difícil não associar as máfias descritas nos livros com as milícias que seguem governando diversos estados brasileiros.
E em tempos de Lula é difícil não ler as tramoias de Jimmy Hoffa e não associar com a força e o poder alcançados pelo PT no país.

"Abalar uma empresa é tarefa fácil quando você dirige um comitê local. Todo mês, você recebe uma determinada quantia dos patrões, por debaixo dos panos, para assegurar que haja paz laboral. Se você não é pago, parece surgir sempre um problema atrás de outro para os empregadores. O pobre trabalhador sindicalizado é apenas um peão nesse jogo. "

Se Hoffa ainda fosse vivo, com certeza seria amigo de churrasco de Lula. O populismo e o egocentrismo de ambos é muito parecido.
O livro fala sobre amizade e honra, mesmo que seja por um viés completamente torto.
Frank desde o inicio tratava aquilo como um trabalho, até que um dia foi obrigado a tomar uma decisão que moldou a sua vida até o final.
Mas é no relato histórico que o livro tem sua força.
É incrível descobrir que do assassinato de Kennedy ao desaparecimento de Hoffa, passando pela criação de Fidel Castro, tudo nos EUA no século XX teve relação com a máfia italiana instituída e institucionalizada nos EUA.
E ver como o dinheiro dos sindicatos foi importante para isso.
Mas o que é um trunfo acaba trazendo um peso para a leitura, pois parece que o autor não lapidou nada da historia real.
Próximo de sua morte, Frank Sheeran decidiu contar sua historia ao autor através de entrevistas e parece que Charles Brandt ficou tão aficionado com as verdades que esqueceu de editar suas entrevistas.
Frank foi o "Irlandês" durante muitos anos e fez parte de muitos fatos históricos, porém o autor quer que conheçamos diversos outros crimes cometidos por ele, o que acaba deixando o livro um pouco cansativo.
Outro ponto também é a quantidade de nomes de mafiosos.
Difícil saber quem é de qual família, de qual cidade e de qual sindicato, pois haja mafiosos!
Uma enxugada no texto faria muito bem a obra. Ou mesmo um gráfico, indicando os nomes, parentescos e clãs ajudaria.
Como demorei quase 20 dias para ler o livro, muitas vezes já nem me lembrava de quem ele estava falando.
Mas se você curte livros sobre a máfia, biografias ou romances históricos pode embarcar na leitura pois com certeza irá curtir.
Ao terminar o livro fica a pergunta no ar: Quem manda nos EUA hoje?
Sei que em Nova York, Rudolph Giuliani instituiu o Tolerância Zero com os criminosos, o que parece ter acabado com o crime organizado da cidade.
Mas e o resto do país??
Cuidado com as perguntas que fizer, pois pode ter sua casa pintada.
Com certeza uma historia a ser conhecida.
Agora vou ver o filme, que parece ter feito as lapidações que o texto pedia.

Vanessa 14/02/2020

Toda a história relatada no livro é muito interessante, acompanhar o relato biográfico, tendo como plano de fundo a história dos EUA do século XX é fascinante, mas considerei o livro bem cansativo.

Já o filme conseguiu sem bem mais envolvente, e prendeu bem mais minha atenção. Martin Scorsese dirigiu um dos meus filmes preferidos da vida, O Lobo de Walt Street, e muitos elementos daquele filme estão nesse também, como os momentos em que o protagonista quebra a quarta parede, ou as cenas em câmera lenta.

Desde o início a história tem citações e diálogos muito semelhantes a alguns presentes no Poderoso Chefão.

site: https://www.instagram.com/p/B7_QsGQjMhW/

Josimar.Nunes 10/03/2020

Submundo da Máfia
Frank Sheeran, um antigo associado da Máfia, agora velho e prestes a morrer, decide revelar seus segredos, do tempo em que trabalhava para o chefão Russell Bufallino e para o sindicalista Jimmy Hoffa.

Douglas.Bonin 17/04/2024

Você leu Poderoso Chefão? Ótimo, fique aí.
Vocês acreditariam se eu dissesse que comecei a ler este livro em 2019? Pois é, foi um presente dos meus pais quando iniciei no curso de Direito. Foram em uma livraria e perguntaram sobre algum livro compatível, e o vendedor, por algum raio de motivo, deve ter pensado: ?Um livro sobre máfia, ele vai gostar!?

Desde então, eu juro que tentei conclui-lo, mas a leitura se arrastava, e eu não conseguia sair dos capítulos iniciais. Passava-se alguns meses e eu tinha que reiniciar, afinal, não lembrava do começo da história. E assim prossegui na sagrada tentativa de concluir a saga.

O livro é ruim? Não necessariamente, a narrativa é interessante. Mas senti que a história tem muita gordura, muita coisa que não precisava. O problema não para por aí, confesso que não gostei da edição. As letras são muito pequenas, e com margens estreitas. Talvez os editores concordem comigo, é um livro com muita gordura a ser derretida, mas para fins de redução de custos, o tamanho da fonte e margens tenha sido a opção mais adequada.

Deixando as reclamações de lado, existem algumas coisas muito interessantes neste livro: a organização dos sindicatos, o período enquanto combatente na segunda guerra mundial e algumas ?paredes pintadas? pelo protagonista. Mas, ao mesmo tempo, encontrará longos capítulos sobre aventuras sexuais e brigas fenomenais, uma contínua exaltação de si mesmo, bem chata, por sinal.

No fim, sinto que é isso, um livro que não vai muito além. Nada que Mario Puzo já não nos tenha dito. Então, o cafezinho de hoje é uma indicação negativa de leitura. Sério, vai gastar seu tempo com coisa melhor, recomendação minha.

BRANDT, Charles. O Irlandês; os serviços de Frank Sheeran a serviço da Máfia. Tradução: Drago. 2. ed. São Paulo: Seoman, 2019

Yanka 21/07/2020

"Um momento pode trazer de volta uma vida toda, não é?"
O livro é naquele formato de relatos, Frank Sheeran recolhe suas memórias e através de entrevistas conta, não tudo, mas grande parte de seu trabalho para a máfia americana. O texto intercala os relatos em primeira pessoa com a extensa pesquisa realizada pelo autor que ajuda a nos situar na história e naquele cenário. Por envolver muitos nomes e datas achei uma leitura um tanto densa e por vezes cansativa. Tive que recorrer ao meu esquema mental de quem faz o que pra quem e tentar me organizar e lembrar quem era o digníssimo que tava sendo retratado, o que me fez interromper a leitura algumas vezes. O livro não sugere que Hoffa e Frank eram amigos íntimos que frequentavam um a casa do outro, como adaptado por Scorsese, mas grandes parceiros nos negócios que se respeitavam muito. Recomendo para quem gostou do filme ou se interessa pela história da máfia em geral.

DaviEsposodaRaquel 30/12/2022

Um dos melhores que li
Apesar de ter assistido ao filme antes de ler o livro, o autor conseguiu me deixar ainda mais curioso sobre o fato.

O livro esclarece, nos pormenores, através de depoimentos de um assassino da máfia, o destino de Jimmy Hoffa.

Paulo.Ricardo 11/08/2023

Ótimo
História interessantes e como a máfia influência em tudo mesmo pode deles era bem influente eles com tudo.

Luiz Miranda 21/03/2020

I Heard You Paint Houses
Décadas de conexões entre crime organizado, política e sindicatos, pelos olhos de um insider conhecido como Irlandês: assassino profissional a serviço da máfia e braço direito tanto do Chefão Russell Bufalino quanto do líder sindical Jimmy Hoffa.

Charles Brandt, ex promotor e investigador, passou anos conversando com Frank Irishman Sheeran até conseguir extrair todas as peças do quebra cabeças Hoffa. O quanto de mentira e verdade tem nos depoimentos é um assunto para estudiosos, o que posso dizer é que se trata de um relato convincente e rico em detalhes.

Bem escrito, joga um enorme holofote em Hoffa, Bufalino, Kennedys e no conturbado cenário político e social da América dos 60s e 70s. Tem um pequeno problema de ritmo em razão de muitos acontecimentos serem narrados duas vezes (depoimento do Irlandês e visão do escritor), além de um enorme espaço a questões sindicais. É o preço de um trabalho minucioso que inclui ainda um extenso posfácio e epílogo.

Não foi à toa que este ótimo registro histórico fez a cabeça de De Niro e Scorsese, que nos presentearam com uma impecável adaptação cinematográfica em 2019. Obrigatório pra quem se interessa pelos bastidores da Cosa Nostra.

4,5 estrelas

Vanessa.Oliveira 13/11/2022

Trata-se de uma biografia de um integrante da máfia irlandês nos EUA, escrita por um investigador, baseado em confissões do criminoso já no fim da vida.
Li primeiro pra depois ir assistir o filme da Netflix; confesso que pressinto que o filme deve ser melhor, já que aqui são diversos personagens, o que me confundiu um pouco durante a leitura os atos de cada um.

Thalezito 11/01/2023

Ouvi falar que você pinta casas
O Irlandês é a história sobre a vida de Frank Sheeran e sobre os crimes do mesmo a serviço da máfia, principalmente a serviço de um chefão influente da máfia italiana, Russell Buffalino.
O livro é instigante e deveras revelador, afinal é neste livro que Frank Sheeran revela a Charles Brandt que ele foi o responsável pelo assassinato de Jimmy Hoffa, um dos lideres trabalhistas mais conhecidos dos Estados Unidos no século XX.
Os aspéctos técnicos são muito bem finalizados e a pesquisa ao redor do caso é impecável, garantindo ao leitor uma leitura prazerosa e interessante.
Recomendo a todos que queiram ler sobre crimes reais.