umbookaholic 31/05/2017Um novo olhar da fantasia épica!Já adianto: a sinopse não revela nem 10% do tamanho total da trama. O livro é muito mais do que simples jornada do herói: é uma história sobre auto-confiança e auto-descoberta; sobre ir em busca do seu sonho.
Começando pelo personagem principal: pra mim ele não foi daquele tipo de personagem que senti um amor a primeira vista. Ged é construído aos poucos, ao longo da trama, o que nos permite ver a evolução dele. No começo eu o estava achando bem arrogante e um pouco "peito inflado" demais, mas conforme a narrativa avança, a gente vai entendendo um pouco mais como a mente dele funciona e ele se põe no seu lugar. Depois da metade do livro eu me afeiçoei a ele e torci pelo seu sucesso... e isso não acontece sempre. 😂
Achei incrível, a construção do mundo! Ursula não poupa detalhes, nos contando como funciona o mundo e explicando-o de maneira impecável! Em 180 páginas ela cria um universo sensacional, com suas próprias crenças e regras. Ela colocou, além da trama principal, outras mais simples espalhadas pelo mundo, assim pudemos vê-lo melhor. Uma coisinha que me incomodou foi o fato das viagens terem sido muito rápidas... As vezes um personagem viajava milhares de km em questão de parágrafos e eu, particularmente, não gosto muito disso, Mas também agrada a muitos, então fica a seu cargo! :)
Gostei muito da forma como ela inseriu os personagens secundários na história. Nenhum deles está ali só por estar, todos têm um propósito maior e uma influência na trama, o que passou uma verossimilhança maior pra estória. E, claro, personagens bem construídos = personagens tridimensionais. Foi bem legal acompanhar as várias faces de cada um dos personagens e ver como eles reagiam a certas situações.
Depois da leitura de O Feiticeiro de Terramar, pude ver de onde Patrick Rothfuss - autor de O Nome do Vento (que, inclusive, já falei por aqui) - bebeu. Sim, meus amigos, O Nome do Vento tem aspectos muito parecidos com esse livro, mas isso não é, de forma alguma, um empecilho! Muito pelo contrário! 😉
Mesmo que o número de páginas do livro seja razoavelmente baixo (ele tem 180 páginas) a Ursula conseguiu apresentar muito bem a problemática principal da história e resolvê-la no final. Óbvio que eu queria saber mais um milhão de coisas e algumas respostas não foram dadas, mas precisamos lembrar de que o Ciclo Terramar é uma série e muitos outros livros virão pela frente. Então sónos resta esperar e roer as unhas.
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