Taíla 01/09/2020
Uma ótima primeira leitura de Cornwell
Bernard Cornwell, um autor que sempre ouvi falar, mas ainda não tinha tido contato. Mais um dos que estavam na minha lista de desejos literários. Sempre ouvi falar da série Crônicas Saxônicas e das Crônicas de Arthur, o Stonehenge eu tive o prazer de encontrar em uma troca de livros do Sesc Caxias e sem pensar duas vezes escolhi levar. Não era um dos livros que eu havia ouvido falar, mas só de conhecer a escrita do autor já estaria valendo a pena.
E não é que valeu mesmo?
Preciso admitir que nos primeiros capítulos pensei que seria uma longa leitura, porque, Ó MEU DEUS, o homem descreve absolutamente tudo, o rio, o chão, os morros de terra que eu não entendi a geografia até agora, e tudo nos seus mínimos detalhes.
Isso me trouxe uma reflexão, vocês já notaram como estamos mais impacientes para tudo? Queremos pular o que achamos demorado ou chato e queremos só o lado bom de tudo, queremos ir direto ao que interessa sem a menor paciência de curtir o caminho. Pois bem, esse livro foi para mim um exercício de ter paciência e curtir a jornada. No início admito que tive que colocar uma meta para ler um capítulo por dia para não perder o ritmo e que rolava um soninho. Mas, depois que a coisa andou, meus amigos, foi tiro, porrada e bomba e não consegui mais largar o livro até terminar.
Cornwell cria uma história de como teria sido criado o monumento (podemos chamar assim?) Stonehenge. E gente, que história, achei tudo muito redondinho e montado para explicar o porquê de o local estar como está hoje. Depois que passamos da fase de descrição avançada, temos aventura, traições, magia, lutas, um cidadão que só se ferra, mas é o meu mocinho, dá licença.
Os três irmãos que a história nos apresenta e que são o centro da história têm posições e aspirações diferentes em sua tribo, não sabemos o tempo em que tudo aconteceu, mas foi há milhares de anos pelo tempo que temos as pedras no seu lugar. As vestimentas, superstições e costumes são de épocas que vieram antes da escrita, tive que pesquisar o que eram alguns animais a que eles se referiam, mas no geral a linguagem é bem acessível.
As superstições das tribos envolvem a natureza e os elementos eram vistos como deuses e eles eram adorados de diferentes formas por cada tribo, com diferentes templos e tradições. Tentar unir os deuses do sol e da lua foi a missão que levou a todo o desenrolar da história, tendo ainda como pano de fundo a disputa pelo poder de um dos irmãos que se voltou contra o próprio pai.
Claro, que estamos falando total ficção, mas olha, se me dissessem que tinha sido desse jeito eu até acreditaria, mas acho que ficou até melhor do que a história original, que até hoje é um mistério. Então não tem como saber, né, minha filha.
Quando terminei a leitura realmente fiquei satisfeita com o que conheci e com certeza vou querer ler outras obras do autor. Você já leu alguma obra do Cornwell? Me conta o que você achou.
site: https://www.prateleirasemfim.com.br/posts/livros/resenha-sobre-o-livro-stonehenge