Mistério na Festa da Padroeira

Mistério na Festa da Padroeira Marcelo Antinori




Resenhas - Mistério na Festa da Padroeira


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Lina DC 05/06/2016

Narrado em primeira pessoa pelo protagonista misterioso, "Mistério na Festa da Padroeira" é o terceiro livro da Coleção Sereia de Vidro. O protagonista encontra-se inicialmente feliz por sua vida voltar aos eixos: a esposa encontra-se em casa, prestativa e amorosa, a amante apimenta seus encontros adicionando Verônica na jogada e o dinheiro rola solto graças aos negócios paralelos herdados do falecido sogro. O que mais ele poderia querer?
Ana Pérsia gerencia um ponto de droga e o dinheiro fica embaixo do colchão. Ao discutir esse "problema" com o amante, o protagonista resolve achar uma solução que também beneficiaria Coutinho, um dos chefes do tráfico. O destino tem sua maneira de intervir e Coutinho acaba empregando alguém para lidar com a parte financeira dos seus negócios, inclusive auxiliando-o na criação do Templo da Verdade Translúcida para realizar a lavagem do dinheiro. Com o sucesso de Coutinho, os chefões do Comando resolvem ceder um território maior para ele, um território marcado pela desconfiança entre os moradores e o Comando. Para diminuir essa distância com os moradores, Coutinho resolve bancar a Festa da Padroeira da Bela Vista e acaba contratando como organizadora a Luciana, esposa do protagonista. A partir desse momento, o protagonista precisa usar todos os truques possíveis para evitar um possível encontro entre Luciana e Ana Pérsia.
"...a padroeira da Bela Vista, era também a padroeira dos imigrantes italianos que vieram da Calábria no início do século passado. A festa em sua homenagem, que ocorre sempre no mês de agosto, é uma tradição no bairro que os antigos moradores apelidaram carinhosamente de Bixiga. Por três finais de semana seguidos, barracas de rua oferecem comida italiana preparada pelas mammas do bairro". (p. 25/26)
Como se isso não bastasse, a trama tem seu lado investigativo quando Carmen acaba assumindo para si própria a responsabilidade de indagar as agressões que os travestis vem sofrendo nesse novo território. A descoberta dos culpados leva a uma lista de pessoas importantes e influentes que podem prejudicar não apenas a vida de Coutinho, mas também os negócios ilegais do narrador.
Apesar de ser uma história curtinha (esse terceiro livro tem menos de cem páginas), a trama se desenvolve de forma coerente e consegue prender a atenção do leitor do início ao fim. Seja por conta das reflexões do narrador ou até mesmo nas confusões que os personagens se envolvem, o enredo mantêm a coesão e segue o narrador em mais uma aventura.
A obra mantêm a linearidade com os outros dois livros e também traz os elementos "místicos" que envolvem a Madre Cristina e o seu tarô.
O final deixa claro que haverá algumas mudanças pela frente, e particularmente, estou torcendo para que o narrador quebre a cara em breve!
“Começo esta história com uma profunda reflexão filosófica: a única coisa certa e infalível na vida é a surpresa; tudo mais são apenas castelos de areia que se dissolvem na virada da maré. E digo isso com conhecimento de causa”. (p. 07).
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Marcos Pinto 06/05/2016

Ótima continuação
Como já é costume em livros policiais, é possível ler essa obra sem ler os dois volumes anteriores. Contudo, é sempre bom ler as obras na ordem correta, pois acompanhamos a evolução dos personagens. Dessa forma, algumas atitudes tomadas nesse livro farão mais sentido se você tiver lido os anteriores. Sabendo disso, vamos conferir tudo sobre Mistério na Festa da Padroeira?

Continuamos a acompanhar as aventuras do nosso protagonista. Dessa vez, estranhamente, sua vida está tranquila. A empresa está bem, tanto no caixa principal quanto nas contas secretas. Seu casamento também está maravilhoso, apesar de certos acontecimentos. Sua amante, Ana Pérsia, está mais quente do que nunca, o que o deixa completamente satisfeito. Porém, para variar, seu envolvimento com negócios escusos lhe causam problemas.

Ana Pérsia e Coutinho, chefe do tráfico em São Paulo, estão com problemas para diluir dinheiro. Afinal, ambos lucram com fontes ilegais. Nosso protagonista, querendo ajudar o “sócio” e a amante, sugere a abertura de uma igreja para a lavagem de dinheiro. Aparentemente, tudo daria certo. Até que Coutinho resolve expandir ainda mais seus negócios e decide financiar uma festa popular católica da região. Com isso, ele acaba conhecendo Luciana, esposa do protagonista. Coutinho, que de bobo não tinha nada, fica interessado nela. Assim, as relações pessoais e profissionais começaram a se entrelaçar e os problemas a aparecer.

“Começo esta história com uma profunda reflexão filosófica: a única coisa certa e infalível na vida é a surpresa; tudo mais são apenas castelos de areia que se dissolvem na virada da maré. E digo isso com conhecimento de causa” (p. 7).

Partindo dessa premissa, Marcelo Antinori novamente cria um bom livro. Com uma linguagem simples, direta e uma narrativa bem objetiva, ele vai encaminhando o leitor a entender como toda a situação se formou e quais são as opções que restam ao protagonista. Dessa vez, o mistério não é tão presente na trama, como nas obras anteriores, mas isso não faz com que o livro fique ruim. Ao contrário, o autor merece o mérito por conseguir deixar a narrativa tão envolvente mesmo que não haja nenhum grande mistério.

Antinori também merece os parabéns por seguir trabalhar os personagens tão bem em um número tão diminuto de páginas. Claro que não há um profundo desenvolvimento psicológico, mas ainda assim, Marcelo dá muito mais carga aos seus personagens do que muito autor por aí que escreve 400, 500 páginas. Merece destaque, principalmente, o nosso protagonista. Com seu jeito falho de ser, ele acaba ganhando o leitor sem dificuldade. Se não o admiramos, ao menos ficamos ansiosos para descobrir quais serão seus próximos passos.

Quanto à parte física, não tenho o que reclamar. A capa segue o padrão da série e é bem chamativa. A diagramação, por sua vez, é simples, mas muito confortável. As letras possuem um bom tamanho e o espaçamento é o adequado para gerar uma boa leitura. A revisão também está muito boa.

“Assista a O Poderoso Chefão e pense se Don Corleone faria o que você fez” (p. 91).

Em suma, Mistério na Festa da Padroeira é um livro curto, mas de muita qualidade. Não há um grande suspense, mas ainda assim a obra é envolvente. Quem gosta de livros no estilo policial certamente vai gostar dessa obra. Recomendado!

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/05/resenha-misterio-na-festa-da-padroeira.html
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Autora Nadja Moreno 05/05/2016

O melhor da série até o momento!
Hoje logo pela manhã eu tinha um compromisso e estava com 30 minutos de crédito… qual a melhor coisa a se fazer quando se tem um tempinho livre esperando dar a hora de sair de casa? Ler, óbvio! Fui até minha estante e saquei Mistério na Festa da Padroeira, livro 3 de uma série que eu adoro, do querido autor Marcelo Antinori… Já estava ali há alguns dias e a ansiedade por saber a história toda me dominou. É este! Vinte e oito minutos depois estava no telefone: “Olá, estou um tanto ocupada, podemos remarcar para amanhã, no mesmo horário?“. Pois é, caro leitor. Não deu para parar. Tive de ler até a última página! Não vai me dizer que nunca desmarcou um compromisso para ler! Mea culpa.

Esta série me ganhou desde o primeiro livro. Como já comentei nas resenhas anteriores, são livros pequenos, mas com um grande conteúdo. Histórias que prendem pela criatividade e a incrível inserção de uma gama considerável de situações em suas poucas páginas. De verdade, quando termina a leitura, não parece de forma alguma que foram tão poucas páginas! Então, sempre gostei muito mas Mistério na Festa da Padroeira é, para mim, o melhor até o momento. Enquanto lia, já lá pelas últimas páginas, o “processador 2” do cérebro matutava: será que não consigo comprar vários exemplares para doar a uma lista de amigos? Realmente gostaria que vários deles lessem esta história!

Mais uma vez o escritor-narrador das peripécias de Ana Pérsia, Carmen, José Luís, Luciana, Madre Cristina e outros mais, nos apresenta os encontros e desencontros deste grupo nada convencional. Agora a aventura toda se desenvolve sob duas nuances: um traficante muito bem relacionado e cheio da grana que precisa de lavagem de dinheiro, e o espancamento e consequente assassinato de travestis na região próxima, que não está sob a proteção do traficante. Motivo não falta para diversão do leitor!

Marcelo temperou este terceiro volume com um pouco mais de comicidade que nos anteriores. Nos dois primeiros volumes já tinha notado um certo humor um tanto quanto irônico e jocoso nas entrelinhas, mas aqui é mais notório. Ri dos comentários do escritor-narrador diversas vezes. É como se ele fosse um cara um tanto desnorteado e muito cativante, como aquele colega de trabalho que quase todos nós temos ou já tivemos, que parece ao mesmo tempo deslocado e insubstituível… Suas estratégias para que as coisas não saiam dos trilhos são muito divertidas e o tempo todo o leitor fica na expectativa sob os resultados destas artimanhas. Delícia de experiência.

O título remete ao mistério e suspense que de fato permeia as páginas. Porém não é mistério no sentido de que há algo obscuro ou até sobrenatural. Nada disso. O mistério todo se baseia na forma do escritor-narrador em conduzir a contação da história! Nas palavras dele:

Porém, ao escutar, imaginei que ele me devesse uma coisa boa de verdade e não a desgraça que me aprontou. Mas não nos apressemos. Naquela época eu confiava em Coutinho, […]

Então é assim, o autor-narrador vai dando pistas de que ele ainda não contou tudo e que tem muito ainda a dizer sobre a “coisa toda”. Como o amigo que tem um “babado fortíssimo” (como dizem meus alunos) para contar, e vai fazendo aquele suspense gostoso, sabe? Sem contar o ápice de uma vez e te obrigando a arregalar os olhos e abaixar o volume do som para não perder nenhum detalhe? É isso. Exatamente isso que esta história faz com o leitor. Não fosse um livro rápido eu chamaria de tortura.

Enfim, eu adorei esta nova história do autor-narrador (ainda não fomos apresentados nominalmente). E espero ansiosa pela continuação!

A edição gráfica da Bússola atende ao que a obra propõe: pequeno para ser carregado para todo lado com a maior facilidade (tamanho 10X15), folhas brancas mas com uma fonte em tamanho ideal que agiliza a leitura e sem frescuras ou gourmetização que só serviriam para encarecer a obra. Como já mencionei acima, eu recomendo com certeza! O meu favorito, até o momento!

site: http://www.escrevarte.com.br/2016/05/misterio-na-festa-da-padroeira-de-marcelo-antinori-editora-bussola.html
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Lê Golz 10/04/2016

Muito bom! Recomendo.
Mistério na Festa da Padroeira é o terceiro volume da Coleção Sereia de Vidro, escrito por Marcelo Antinori. Para cada livro, o autor prepara um conto com alguns contratempos e situações cotidianas em que os personagens irão viver. Nesse terceiro volume, continuamos com a narrativa em primeira pessoa, e tendo a visão do nosso protagonista e narrador. Sua vida continua indo muito bem, os negócios no trabalho estão fluindo, seus passeios com a família aos fins de semana permanecem na rotina e suas aventuras secretas com a amante Ana Pérsia, e agora também Verônica, continuam ainda melhores. Tudo ia bem até a festa da padroeira da Bixiga, em que Coutinho, o chefe do tráfico da região, resolve organizar. O que ele não esperava é que Coutinho estivesse com segundas intenções com sua esposa Luciana, que é quem iria organizar a festa. Com isso, ele teria que manter a esposa e amante longe uma da outra, dar um jeito de atrapalhar a vida de Coutinho e ainda tentar ajudar "as mulheres" a descobrirem quem estava por trás dos espancamentos de travestis da região.

O desenvolvimento da história continua seguindo a mesma linha dos outros livros, direto, sem muitos detalhes, mas com uma ótima qualidade. Marcelo gosta de criar sempre um mistério novo em seus livros, que deixará o leitor ávido por continuar a leitura. O protagonista sempre terá uma situação inusitada a que precisa fugir discretamente, e, embora torça muitas vezes por ele, em outras fico contra, afinal, ele não tem as mais belas qualidades para admirar-se em um homem. Contudo, são seus personagens extremamente reais que me cativam nos livros do autor, embora os desfechos de alguns problemas dificilmente seriam tão rápidos na vida real.

Com tantos acontecimentos para desenrolar em poucas páginas, sempre admiro como o autor desenvolve a obra. Nesse volume em questão, me pareceu, e pode ser apenas impressão, que a gama de informações foi maior, e com isso ansiei por mais páginas e um desenrolar mais lento. Mas em se tratando de um conto, isso pode ser previsto.

O desfecho foi para manter a curiosidade do leitor até o próximo volume. Não imaginei no que o envolvimento do protagonista com Ana Pérsia poderia resultar. Estaria mentindo se dissesse que não estou muito curiosa para saber o que o autor está preparando para os próximos volumes, depois desse final.

O que mais gosto nessa série é o mistério que está sempre presente. Uma personagem que ainda me intriga é Ana Pérsia, e me pego pensando se o Marcelo está preparando alguma revelação até o final. Adoraria que isso acontecesse. Outro personagem que ainda pode surpreender o leitor é Coutinho. Há também Carmen, a quem eu adoro. Sempre espontânea e divertida, com ela em cena, a leitura dá aquela descontraída.

"Eu torcia para que ela nunca viesse a saber que eu tinha um caso não tao passageiro com Ana Pérsia e que o francês fora morto pelo Coutinho a meu pedido. Minha imagem de marido bonzinho e compreensivo cairia por terra se isso viesse à tona." (p. 25)

Em linhas gerais, este é mais uma ótima obra dessa coleção e que facilmente pode ser lida em um dia. Para quem gosta de leituras rápidas e leves, com um toque de mistério e realidade, sempre vou recomendar a série. Leia os livros e se familiarize cada vez mais com esses personagens. Recomendo.

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2016/03/resenha-misterio-na-festa-da-padroeira.html
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Fernanda 04/04/2016

Mistério na festa da padroeira
Resenha no blog:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/04/resenha-misterio-na-festa-da-padroeira.html
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