O Mulato

O Mulato Aluísio Azevedo
Douglas Tufano




Resenhas - O Mulato


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Henrique Fendrich 03/12/2017

Pode ser que "O cortiço" seja mesmo a melhor obra do Aluísio Azevedo, mas sem dúvida "O mulato" me divertiu e me entreteu muito mais. Deliciei-me com diversas passagens, tendo encontrado, inclusive, algumas inesperadas tiradas humorísticas, das quais destaco uma:

Há um chato exemplar no livro. Lá pelas tantas uma mulher tem um ataque. O pessoal se debruça sobre ela, desesperado, até que se conclui: "É um vólvulo!". Ao que o chato emenda: "Do latim volvulus".

Sem falar na ousadia que foi enfrentar o provincianismo da escravagista São Luís do Maranhão. Como obra realista ou naturalista, também me agrada bastante quando o desfecho foge do ideal.

O cônego Diogo parece ter saído diretamente das páginas de Decameron. Sem dúvida um dos personagens brasileiros que mais mereciam figurar lá.
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Suelen 24/01/2018

Livro foi leitura obrigatória no ensino médio, mas na época não gostava de ler esse tipo de leitura. Me permiti ler após adulta e fiquei encantada com a história, com a escrita, achei maravilhoso e engraçado certas passagens. Infelizmente fiquei chocada com o final, não esperava que fosse daquela forma, tendo em vista que estamos acostumados com finais felizes.
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Beatriz3345 29/03/2024

O mulato
Sou suspeita pra falar pq sou fã da escrita de Aluísio Azevedo, e apesar da linguagem um pouco difícil, ele consegue narrar muito bem.
Só achei algumas partes desnecessárias para a história, como por exemplo se tirasse da história a festa de São João e a gravidez de Ana Rosa, não faria a mínima diferença.
Também achei estranho Raimundo só perceber que era preto no Maranhão. Não existia racismo na Europa?
Mas no geral gostei do livro.
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Jaine Franco 05/10/2018

A primeira leitura concluída no mês de outubro é O mulato do Aluísio Azevedo. .

Eu adoro como esse autor parece gostar de escancarar a hipocrisia da sociedade de sua época.
Há bastante crítica ao racismo e o moralismo religioso da época.
Gente o vilão dessa história é um padre!!! Personagem completamente inescrupuloso e manipulador. .

O final é cruel e real. Eu adorei. .

Depois de ler o livro e toda as críticas contidas aqui dá pra entender o porquê do autor ter tido que se mudar da sua cidade após a publicação dessa obra.



Eu não posso deixar de falar que no início o livro tem umas passagens um pouco longas, descritivas e cansativas. Mas vale a pena insistir um pouco mais na leitura. .
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Pudynn 05/11/2018

O mulato - Aluísio Azevedo
O começo do livro cança um pouco é bem difícil segurar a leitura por ser uma leitura densa dificulta bastante, porém do meio para o final, o livro se revela com uma outra cara, me surpreedeu e a leitura fluiu bem mais depois.
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Caio 25/12/2018

Naturalismo - Crítica construtiva e ácida
Mulato foi o primeiro livro que li do Aluísivio Azevedo. Aqui a temática naturalista é latente junto com determinismo. Conta a história de um rapaz mulato Raimundo letrado e que morava na europa e vem ao Brasil visitar conhecidos e descobre que é rejeitado por toda a cidade por causa da sua origem, ai entra o preconceito racial o puro, nojento racismo. Todos ignoram, o tratam com desdém por ser filho de escravo. O próprio Raimundo não sabia desse fato inicial, com o tempo começa a se apaixonar por Ana Rosa sua prima, seu tio não lhe dá autorização por ser descendente direto de escravos. Ridículo, Aluísio critica além do preconceito de classe social, racismo, critica fortemente a igreja que apoiava essas atitudes preconceituosas e negativas. A igreja apoiava o racismo, e a certa rejeição ao Raimundo. Igreja hipócrita. Então o foco é na pura realidade em todos os casos: situação, personagens, atitudes destes, realidade é uma tragédia. Enfim um dos melhores livros que li do escritor e recomendo muito pois a sua mensagem é atemporal e se pendura até hoje em dia. Literatura brasileira de primeira linha. 5/5.
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Vanessa.Coimbra 02/06/2019

O Mulato
Diferentemente do Cortiço que demorou para conseguir ler e para compreender sua grandeza, O Mulato foi uma narrativa/história que me pegou de primeira. Pois apesar de se tratar de uma história com um final triste, apresenta no decorrer da narrativa a visão de como o ser humano pode ser mesquinho, preconceituoso e maldoso, porém muitos seres humanos apesar de todas as dificuldades podem se superar. Infelizmente nem sempre é o suficiente. O Mulato é um romance histórico, que nos mostra as características de uma época, que em alguns aspectos transcende o tempo e ainda nos marca atualmente. Recomendo muito, todas as vezes em que li amei.
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Rafaela Mendes 27/06/2019

O Mulato (1881)
Essa é uma história sobre um Brasil que já passou, mas que ainda mostra suas faces. E isso não é uma coisa boa. “O Mulato” conta a história do ex-ecravo Raimundo. Um homem letrado e cheio de convicções republicanas, modernizadoras e céticas, quanto à religião. Ele, assim como inúmeros durante o século XIX no Brasil, era fruto da relação entre um fazendeiro e uma escrava, sendo assim um mulato. Isso era motivo de escoria social, mesmo ele sendo um homem de posses e culto.

Raimundo acaba se relacionando com uma jovem branca chamada Ana Rosa (essa personagem é estereotipada como uma jovem histérica e que só pensa em casar, bem comum pra época essa ideia), porém esse romance enfrenta o preconceito da família da jovem e de toda a sociedade. Será que isso já passou? Vale refletir!

Muita intriga e hipocrisia ronda essa história, por parte de pessoas consideradas horadas (tem um padre chamado Conego Diogo, que é um cretino) e “afeiçoadas as coisas de Deus”, Azevedo mostra a mais podre face dessas pessoas que se mascaram com o conservadorismo. Nesse aspecto a história ganha toda a inovação que necessita para ser considerado um clássico da nossa literatura.

Tudo se passa em São Luís do Maranhão por volta de 1870 e mostra o ainda atrasado desenvolvimento de um uma província escravista e encabrestada a religião. Esse é o ponto mais interessante da narrativa, pois é como está numa aula de história. Ver o que se falava naquela época, como as pessoas se comportavam, as tímidas manifestações do abolicionismo, os rumores da república com o fim do segundo reinado.

A obra é o marco inicial do Naturalismo no Brasil, movimento literário e intelectual que demonstra a ideia de que o meio determina o individuo, bem como uma descrição minuciosa do meio e da realidade.

Eu ainda prefiro “O Cortiço” do Aloísio e acrescento que tem horas que é enfadonho ler esse livro, mas tem hora que não dá pra largar e tem horas que dá votante de indicar para alguém que acha que não existe racismo atualmente. Pode trazer uns ranços de narrativa, mas é sem dúvida um livro necessário para o mundo.

E o final? Afff.. nó na garganta. Leiam!
EXPLOD 29/06/2019minha estante
Ótima resenha ;)
Concordo com o que você disse! Por isso que os romances de costumes são tão interessantes: são verdadeiras aulas de história mesmo.
Ah, também prefiro O Cortiço!! :D Mas ele é tão cru que nem sei se faço uma releitura dele...
Também endosso sua opinião sobre o fim do romance! Eu fiquei embasbacada e com uma raiva...


Marcos.Azeredo 09/07/2019minha estante
Comprei este livro, estou com maior vontade de ler O mulato.


Rafaela Mendes 09/07/2019minha estante
É bastante interessante. Recomendo! ;)




Daniel.Oliveira 23/09/2019

Não gostei muito do livro.
Final tragico,linguagem cansativa,personagens escassos.Não curti muito o livro não,posso falar pouco,já que esse é um texto mesclado.
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Camila1856 25/10/2019

Final surpreendente!
Publicado em 1881, esse romance inaugurou a estética naturalista no Brasil. Por conta das duras críticas referente ao preconceito racial, regime escravagista e corrupção de membros da Igreja Católica, o livro não foi bem recebido na província do Maranhão fazendo com que o autor se mudasse para o Rio e não mais retornasse ao seu local de nascimento.
Raimundo (Mundico) é filho de um português com uma escrava e portanto considerado mulato. Retorna à sua terra natal para negociar suas propriedades e também tentar descobrir algo a respeito de seus pais. Apaixona-se pela jovem Ana Rosa, branca, filha do seu tio português Manuel Pescada e vai descobrir através desse amor que mesmo tendo estudado na Europa, sendo um verdadeiro cavalheiro e intelectual, a cor da sua pele não lhe permitirá viver esse amor.
Sofrerá racismo de toda a sociedade Maranhense, inclusive do cônego da igreja Diogo que vai armar as piores ciladas para impedir esse amor de acontecer.
Um final bem realista e surpreendente que nos mostra que o bem nem sempre vence.
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regifreitas 11/11/2019

O MULATO (1881), de Aluísio Azevedo.

Obra inaugural do nosso Naturalismo, foi das primeiras a abordar a questão do preconceito racial na sociedade brasileira. Aluísio Azevedo usa a sociedade maranhense, uma das mais conservadores da época, além de ser sua terra natal, como pano de fundo para a crítica que desenvolve aqui. Por conta disso, o livro não foi bem recebido por seus conterrâneos, o que levou o autor a se mudar para do Rio logo após a sua publicação.

O protagonista é Raimundo, que ignora a própria origem: filho de uma escrava com um senhor português, a alforria lhe é concedida durante o batismo. Após a morte do pai, ainda criança torna-se o único herdeiro das propriedades deste, e o tio o manda estudar na Europa, de onde volta doutor. Mesmo com uma boa formação e uma posição econômica favorável, a sociedade maranhense, conhecedora de sua descendência, embora o tolere e o trate publicamente com reservas, pelas costas ele é desdenhado e desprezado.

Ao se apaixonar pela prima (Ana Rosa), e lhe ser negada a mão da moça, Raimundo descobre sua origem. O tio alega que ele não poderia casar com a prima por conta do escândalo que seria para a sociedade a união de uma branca com um ex-escravo.

Outra questão também tratada no livro é o da corrupção e conivência da igreja com o racismo e os maus tratos em relação aos escravos, principalmente na figura do cônego Diogo, espécie de “vilão” da história, que tenta a todo custo frustrar os planos de Raimundo.

Embora seja considerada naturalista, existem ainda alguns toques do romantismo no texto, principalmente no que se refere à relação proibida entre os amantes.

É uma obra importante dentro do contexto da época, pela coragem de tratar do tema da discriminação racial e pela crítica social fomentada. Embora O CORTIÇO, do mesmo autor, seja um romance de qualidade superior, O MULATO também é uma obra que merece ser lida, conhecida e discutida.

Para o Desafio Literature-se: um romance de formação (Bildungsroman).
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João Victor 23/12/2019

O Mulato
Obrigatório pelo simples fato de se tratar de um clássico nacional. Necessário para se perceber o preconceito racial que moldou nossa sociedade durante tantos de escravidão.
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Beatriz.Mauricio 20/04/2021

Resumo esse livro em: puta merda, atemporal.

Aluízio Azevedo traz como protagonista Raimundo, doutor, rico e que estudou em Coimbra. Mas nós não sabemos muito do passado dele, sabemos que ele é "mulato" (essa expressão é pejorativa, mas é da época).

Raimundo sofre tanto com o racismo que ele nem mesmo percebe de início, Aluízio traz personagens temerosos a Deus, até mesmo um padre que são extremamente racistas e que detestam Raimundo unicamente por sua cor.

Se até hoje existe uma dificuldade enorme de se falar sobre racismo, Aluízio meteu o pé na porta e destrinchou toda a hipocrisia da época.

Ele ainda faz minuciosas descrições de costumes e eventos da época, além de expor como a sociedade via o papel da mulher no casamento e em como o clero era cúmplice e apoiador dessa sociedade racista. Atemporal, atemporal, que escritor foda.
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Aline.Rodrigues 22/05/2021

Clássico da nossa literatura Brasileira
A minha professora de História pediu que fizéssemos um trabalho sobre esse livro,e me lembro de pensar,nossa deve ser um livro chato e enfadonho.
Mas que surpresa a minha ao ler as páginas desse livro.
Temos aqui o primeiro livro do autor Aloísio Azevedo e o primeiro livro da nossa literatura que tem representatividade negra,temos um romance lindo e a luta contra o racismo e abolição da escravatura.
Além do que devo dizer que me apaixonei pelo multado desse livro.
Livro importantíssimo da nossa literatura,e esse com certeza é um dos meus preferidos
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