A vida invisível de Eurídice Gusmão

A vida invisível de Eurídice Gusmão Martha Batalha




Resenhas - A Vida Invisível De Eurídice Gusmão


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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha – Nota 8,5/10
A obra da autora brasileira Martha Batalha originou o filme “A vida invisível”, escolhido recentemente para disputar uma vaga pelo Brasil na categoria de filme internacional do Oscar de 2020. Como uma adaptação para as telas dificilmente supera o livro, resolvi adiantar a obra na minha lista de leituras. Quando mostrei para vocês que ia começar a ler esse livro, recebi muitas mensagens positivas e, com isso, a expectativa subiu. Mas, como vocês sabem, começar um livro com altas expectativas pode ser bem arriscado... Nesse caso, confesso até que o início da leitura não me prendeu tanto, impressão essa que mudou radicalmente no decorrer das páginas.

A narrativa é construída ao redor de Eurídice e Guida, irmãs nascidas no Rio de Janeiro da década de 20. Durante a juventude das duas, Guida deixa a casa dos pais sem dar qualquer explicação. A vida de Eurídice, no entanto, segue um rumo mais ordinário e típico de uma “esposa exemplar” da classe média do início do séc. XX. O contraste entre uma vida aparentemente confortável e sem defeitos, mas que traz consigo um misto de melancolia e solidão, começa a ganhar força na leitura. E foi nessa parte que, na minha opinião, a leitura começou a ficar mais interessante. A autora consegue retratar o papel da mulher daquela época de uma forma mais profunda, revelando a invisibilidade que se irradia pela vida de cada uma dessas mulheres. A história do que poderia ter sido, mas nunca foi. Os desejos e sonhos de Eurídice não são importantes, sonhar não é para as mulheres. É uma crítica social – e feita de forma sutil – que nos faz pensar como esse tipo de comportamento e visão sobre o papel feminino ainda se reproduz.

Em seu primeiro romance, Martha Batalha conseguiu construir um história deliciosa e que ainda nos desperta uma necessária reflexão, confirmando a qualidade da literatura nacional contemporânea.

site: https://www.instagram.com/book.ster/
Aline 25/03/2020minha estante
Eu adorei esse livro. Do começo ao fim. Além do conteúdo, a forma da narrativa é cativante. E sobretudo a temática é muito atual. Essa é a realidade de muitas mulheres ainda hoje. Mais maquiada, camuflada, porém latente. O patriarcado está entre nós e nos ameaça constantemente.




Michela Wakami 18/06/2021

Se você não ver a data de publicação, você acredita estar lendo um clássico da década de 40, mas fiquei pasma quando vi que se trata de um romance que teve sua primeira publicação em 2016.
A escritora foi genial na sua escrita, e na sua história ficcional.
Acompanha a vida dos personagens com seus altos e baixos e principalmente conseguir ver como as mulheres dessa década eram invisíveis, mas acima de tudo, guerreiras.
Geovanna.Sousa 18/06/2021minha estante
Não entendi como faço pra ler os livros?


Geovanna.Sousa 18/06/2021minha estante
kkk


Michela Wakami 18/06/2021minha estante
Oi Geovanna, o Skoob, é só para você organizar as suas leituras, postar o que você está lendo, o que você já leu, dar nota para os livros etc.
A maioria das pessoas tem essa dúvida.
Se tiver algum tipo de dificuldade para mexer no aplicativo e caso precise de alguma ajuda, me manda mensagem no privado, clicando no envelope em cima do meu perfil, que te respondo e te ajudo em tudo que for possível.


Rebeka 18/06/2021minha estante
Pretendo ler um dia. O filme é muito bom também. :)


Michela Wakami 18/06/2021minha estante
O Skoob, não disponibiliza livros para leituras, é somente uma rede social, para você dividir suas experiências com outras pessoas, e organizar as suas leituras e livros.


Michela Wakami 18/06/2021minha estante
Oi Rebeka, não sabia que o filme já tinha saído. Tem na Netflix ?


Michela Wakami 18/06/2021minha estante
Rebeka, se você gostou do filme, vai amar o livro, pois geralmente o livro é melhor.??


Rebeka 18/06/2021minha estante
Tem no Telecine. Eu assisti quando foi o indicado pelo Brasil ao Oscar do ano passado, depois eu soube que tinha o livro, vou ler mesmo, pois é verdade, geralmente o livro é melhor.


Michela Wakami 18/06/2021minha estante
Rebeka, estou em outro planeta kkkkk
Estava achando que nem tinha sido lançado.
Socorro kkkkkkkkkk


CPF1964 18/06/2021minha estante
Fiquei interessado.


Michela Wakami 18/06/2021minha estante
Cassius, espero que você também goste, caso resolva lê-lo.
É o primeiro livro da autora, e ela mandou muito bem.




Nado 18/02/2021

Esse livro acompanha a história de Eurídice, mulher que se tornou uma exímia dona de casa depois que sua irmã, Guida, foi embora sem deixar qualquer informação. A obra funciona como uma espécie de novelinha. Enquanto é mostrada a vida da protagonista, com seus dotes, talentos e muitos dramas, são narrados também alguns fatos bem construídos e até divertidos de outros personagens. Um deles é a caricata personificação da vizinha fofoqueira e do pai dela, que acreditava estar sob um feitiço. O leitor também conhece um pouco sobre a vida de uma ex-prostituta que se tornou uma disputada cuidadora de crianças, o surgimento de um dos primeiros milionários no início da República e a formação de um típico solteirão de meia idade.
Contando a história de Eurídice, Martha Batalha consegue mesclar críticas para temas contemporâneos, além de ilustrar como uma pessoa pode se tornar "invisível" por conta das diversas circunstâncias que são impostas pela família ou pela sociedade. Não que hoje seja diferente disso, no livro são mostrados alguns fatos opressores que as mulheres passavam nas décadas passadas.
O livro em si tem uma boa narrativa, construção e ligação dos personagens, mas na minha opinião alguns termos e algumas frases foram mal colocados, o que me incomodou bastante. Acredito que a autora tenha usado tais artifícios com algum objetivo específico, só que para mim essas citações soaram um pouco desnecessárias dentro do contexto da narração.
Shirley.Santana 23/02/2021minha estante
Já vou colocar na minha lista


Nado 23/02/2021minha estante
Espero que goste, Shirley.




Thais645 11/09/2021

"A Vida Invisível de Eurídice Gusmão" não é o tipo de livro que vai passar em brancas nuvens em sua vida. E não pense você que estou direcionando e afirmando isso apenas para meia dúzia de mulheres. O recado é para homens também, e a todos os seres humanos em geral. Desde o meu primeiro contato com a obra, tenho pensado cada vez mais - dia após dia - sobre a história das irmãs Gusmão e de todas as mulheres cuja a invisibilidade social é dissecada e escancarada neste livro, ainda que de uma forma sublime e nada rancorosa.

Sempre haverá uma identificação e um reconhecimento, seja na história de sua mãe, de uma tia, avó ou bisavó, que faz ou fez parte do seu núcleo familiar. Não parece de um tempo tão distante assim, veja só.
 
Penso no ensaio "Profissões para mulheres" (de 1931), de Virginia Woolf, e a parte de "Eurídice que não queria que Eurídice fosse Eurídice?, é aquela vozinha que fica nos puxando para baixo, a nós mulheres principalmente, para que não sejamos nada além de belas, recatadas (mudas, na verdade) e do lar, que me lembrou muito" O Anjo do Lar", embora as vitrines e editoriais do mundo sempre tentem nos dizer (e vender) o contrário, "olha só, os tempos são outros, bola pra frente".

Quem não lembra a avalanche de matérias e atenção dadas a Marcela Temer e à matéria da Veja que tanto alvoroço causou na internet com sua "bela, recatada e do lar"? E isso foi muito recentemente, não num Rio de Janeiro de 1920.

Criei uma afeição especial em relação a esse livro, e muitos e muitos anos se passarão e ele ainda estará lá (ou aqui dentro), latente mas pulsando, como a voz interior de todas as eurídices e guidas e das dores (a mais silenciosa de todas), da fofoqueira do bairro, julgando a todos e a tudo, lembrando a nós mesmas de que ainda temos muito chão pela frente, e que o grito não precisa ser virulento, que não há inimigos declarados, mas que muitos deles ainda constroem muros intransponíveis, para que você simplesmente não exista do lado de lá.

Nunca pensei, por exemplo, que torceria, com um riso contido no canto da boca, para que uma senhorinha infernal engasgasse com uma bala puxa-puxa para que houvesse a libertação de uma mulher para quem toda sorte de escolhas e paz de espírito foi negada. E essa passagem do livro é impagável. Leia, se puder.

Esse livro é realmente incrível. Martha Batalha você é incrível. Obrigada por isso e por tudo mais.
JurúMontalvao 12/09/2021minha estante
Uau!?
Já quero!


Thais645 12/09/2021minha estante
Esse livro é lindo, Juliana!


Marcos Aurélio 12/09/2021minha estante
Suas resenhas são ótimas. Despertam desejo pela leitura dos títulos. Muito bom Thais. ????????


Thais645 12/09/2021minha estante
Poxa, obrigada, Marcos Aurélio. Eu apenas procuro externar o que realmente sinto em relação às leituras que, de certo modo, são/foram significativas para mim. Muitas vezes não o faço de imediato, pois gosto de ficar "curtindo" aquela sensação que vai tomando uma forma própria, o que nem sempre ocorre de imediato - nem sempre é como um estalo. Às vezes fico dias com aquela história na cabeça, criando raízes (ou, às vezes, infiltrações, rs). Que bom saber que podem servir de apoio e serventia para quem busca uma leitura que lhe traga alguma satisfação ou descobertas, ou até mesmo alguma reflexão. ???


Marcos Aurélio 12/09/2021minha estante
Somos muito parecidos neste ponto, desfruto, decanto, para depois resenhar.

Eu acho que a resenha é expressão de sentimentos. Às vezes por pura curiosidade, alguém decide ler a história que contamos.




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Renata 11/05/2021

Se pudesse eu daria 10 estrelas rs
Gostei muito
E pensar que conhecemos tantas Eurídice que ainda vivem..
Anna caldieri 11/05/2021minha estante
Esse livro é incrível!!!


Renata 11/05/2021minha estante
Sim, maravilhoso!! ??




Mayara945 02/03/2020

Livro bom
A história da dona de casa Euridíce Gusmão, que apesar de fazer tudo com afinco sente um vazio que as tarefas de casa, cuidado com filhos e marido não pode preencher. É um retrato de como, numa sociedade machista, os talentos femininos são podados e intolerados, uma vez que impera a ordem: uma boa mulher é uma boa dona de casa.
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Craotchky 04/04/2023

Du(r)as realidades
"Esta é a história de Eurídice Gusmão, a mulher que poderia ter sido."

Ainda que este livro de Martha Batalha traga o nome de Eurídice no título, ao longo da narrativa a autora desenvolve tão bem os demais personagens que habitam a obra quanto sua protagonista; a cada um deles é atribuída uma história de vida que contextualiza suas situações presentes. Gostei muito dessa abordagem praticamente equitativa. Particularmente até acho que Guida é uma personagem mais interessante que sua irmã, Eurídice.

Sem dúvida o foco principal da narrativa é a representação da vida das mulheres em determinado período histórico (primeira metade do século XX), no qual elas se encontram cerceadas pelas expectativas sociais, presas à dinâmica de seu tempo e aos bons costumes estabelecidos e vigentes. As histórias dessas mulheres retratadas aqui se tornam tão mais relevantes quanto sabemos que são totalmente verossímeis à realidade. Gostei muito da narrativa: sem excessos, objetiva, crítica, até irônica em alguns momentos. O texto é bastante dinâmico também.

"Aquela gargalhada entrou por um ouvido de Eurídice. E nunca mais saiu pelo outro."

Interessante que na primeira página de resenhas deste livro (quando elencadas normalmente por ordem a partir das mais recentes) notei que exatamente todos, todos os textos são escritos por mulheres. Dentre as 25 mais recentes, todas as resenhas foram tecidas por mãos femininas. A página do livro informa uma taxa de 85% de leitoras contra 15% de leitores.

Talvez neste ponto eu seja impertinente, mas penso que essa obra de Martha Batalha não possui elementos característicos que o identifiquem como um livro "para mulheres" como parece ser o caso de obras de Jojo Meyes e Kiera Cass (A seleção atinge 97% de leitoras!). Parece a mim que A vida invisível de Eurídice Gusmão tende mais a certa universalidade, na linha de Orgulho e preconceito, na medida em que ambas se concentram em apresentar uma postura crítica quanto a papéis sociais de certa época.

Qual não foi então minha surpresa quando constatei que o consagrado livro de Austen marca ínfimos 7% de leitores contra 93% de leitoras! Claro que, presumivelmente, há mais leitoras que leitores no mundo (seria legal conhecer as estatísticas quantitativas referentes a perfis masculinos e femininos do Skoob), e isso por si só resulta em uma tendência de leitura majoritariamente feminina para qualquer livro. Ainda assim, isso não me parece suficiente pra justificar tamanha disparidade.

De minha parte há alguns anos assumi uma postura ativa na escolha de leituras na pretensão de mesclar melhor o consumo de autores e autoras. Quem observar meus lidos nos últimos anos notará uma média que fica em torno de 3/1. O consumo ainda é desequilibrado, mas significativamente melhor se comparado a anos em que eu não fazia escolhas ativamente conscientes com vistas a minimizar essa disparidade. Evidentemente é preciso considerar também que a oferta de livros escrito por homens é largamente superior a de livros escritos por mulheres (sobretudo dentre os clássicos), porém, para não estender ainda mais este texto, paro por aqui.

(Os índices percentuais apresentados durante o texto foram colhidos dia 03.04.2023)
Nath 04/04/2023minha estante
Interessante esses dados quantitativos de leitoras e leitores de modo geral.. é nítido o maior número de leitoras mulheres em qualquer gênero literário e acredito q essa estatística reflete demais a questão patriarcal que impregna a sociedade atual (desde sempre): mulheres PRECISAM estudar (ler) mais, pois sabemos q precisamos nos esforçar o dobro nos estudos (leituras) para conseguir bom emprego/salário; em contrapartida homens (especialmente branco/hétero) são incentivados socialmente a estudar/(ler MENOS) para cair na "esbórnia" (simplesmente por serem homens) pois facilmente conseguirão o dobro do salário e possibilidade de emprego sem precisar fazer um terço do esforço da mulher.. e esse esquema nefasto social, claro, se reflete no hábito da leitura. Especialmente no Brasil e outros países menos favorecidos, onde a falta de informação, truculência e violência contra a mulher só aumenta nas estatísticas a cada ano. Enfim, a nefasta família tradicional brasileira ?


Craotchky 04/04/2023minha estante
Nem sei o que dizer sobre o que você comentou. Não vivo essa realidade, mas isso não me impede de refletir a respeito.




Danilo Parente 20/02/2022

Triste, louca ou má
Eurídice Gusmão era uma mulher brilhante que poderia ter alçado voos altíssimos, quebrado barreiras, até então, intransponíveis ou ter o seu nome escrito nas páginas da história, mas o que foi a vida de Eurídice? Foi viver para o lar e para a família.

Ambientado num Rio de Janeiro dos anos 40 e 50, A vida invisível de Eurídice Gusmão retrata a história de mulheres que foram destinadas a cuidar do lar sem ter a oportunidade de estudar ou trabalhar fora de casa. O livro não retrata apenas a vida de Eurídice, mas de outras mulheres como sua irmã Guida, a vizinha Zélia e a doméstica Das Dores.

Nesse ínterim, algo que me chamou atenção foi quando a personagem de Zélia aparece pela primeira vez no livro. Ao lermos as primeiras linhas já fazemos um prejulgamento daquela vizinha fofoqueira e que quer controlar tudo da vida dos outros. Contudo, algumas páginas depois, Martha Batalha descreve a história da personagem e aí é que compreendemos o que levou Zélia a se tornar a pessoa que se tornou. Algo que falta muito nos personagens desse livro foi justamente esse ponto: empatia, se colocar no lugar dos outros. A história de Das Dores também é ignorada pelas personagens, o que inclui a própria Eurídice, mas sabemos que isso é algo que retrata a realidade.

Por fim, eu gostei bastante do livro, principalmente do começo até a metade. Trata-se de um bom livro para enxergar que nem todos têm as mesmas oportunidades na vida e perceber quantas Eurídices existem e já existiram na vida e, simplesmente, passaram despercebidas.

“Ninguém vale muito quando diz ao moço do censo que no campo de profissão ele deve escrever as palavras ‘Do lar’.”
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Gabriela3420 12/04/2020

A vida invisível de Eurídice Gusmão
Nesse livro de estreia da autora Martha Batalha tive a sensação de que estava lendo não um romance, mas uma carta de uma amiga, contando antigas histórias da vida de mulheres da família. Temos Eurídice, esposa de um bancário, que é o provedor da casa, e mãe de dois filhos, uma mulher de vida aparentemente confortável, mas que carrega uma grande angústia e solidão ao ter que desempenhar o papel de dona de casa exemplar..Eurídice vê com pesar todas as suas tentativas de dar outro significado a sua própria vida sendo sufocadas pelo desprezo e escarnio do marido, que exige que ela cumpra com suas expectativas de uma boa esposa. Até que Guida, a irmã que rompeu os laços com a família para viver uma aventura, bate a sua porta, trazendo consigo um filho e contando (quase) todas as suas desventuras nos seus anos de ausência. O aparente contraste entre as vidas das irmãs expõe o papel da mulher naquela sociedade e traz muitas críticas à burguesia da época, de uma forma sutil e muito irônica.
Ane Elyse Fernandes 12/04/2020minha estante
Esse livro é incrível!




Jéssica Rodovalho 13/08/2020

Um livro que precisa ser lido.
" A menina olhava melancólica pela janela, como que pensando em tudo o que tinha para viver e que jamais seria vivido.

Eu amei. Incrível. Acho que um dos maiores medos que alguém pode ter é acabar passando a vida sem fazer o que gostaria de ter feito. Não viver a vida que queria ter vivido. Não ser o que gostaria de ter sido. O pior é descobrir isso quando é tarde demais. Aqui conhecemos " a história da invisibilidade" de Eurídice Gusmão. Uma mulher inteligente e forte que poderia ter sido muito mas devido as circunstâncias impostas pelo casamento, pelos costumes e a sociedade da época, por ter sido tão desencorajada, ela foi pouco perto do que sonhava ser. Uma leitura muito gostosa.Personagens muito bem construídos. É um livro que faz a gente refletir. A história de Eurídice pode ser refletida na vivência de muitas mulheres.
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Gabriella 17/05/2021

maravilhosooooooooo
O livro se passa no Rio de Janeiro de 1920 e conta a história de Eurídice, uma mulher comum e infeliz com sua vida pacata. Ela é tudo o que uma mulher da época deveria ser: mãe, boa esposa e dona de casa. ?Esta é a história de Eurídice Gusmão, a mulher que poderia ter sido?.

Martha Batalha conseguiu retratar sensivelmente a partir de Eurídice, a vida de tantas mulheres que, engolidas pela sociedade machista em que vivem, não têm a oportunidade de se tornarem protagonistas de suas próprias vidas.

A leitura me permitiu visualizar o quanto já avançamos na luta por equidade de gêneros, por mais que ainda tenhamos muito a avançar. Se hoje tenho oportunidade de fazer uma faculdade e ter autonomia para decidir desde os mínimos até os maiores detalhes da minha vida, é porque mulheres como Eurídice já foram muito oprimidas e silenciadas.

O humor inteligente e as ideias propostas tornaram a leitura rápida e prazerosa. Por ter se passado no Rio e ter citado locais de Niterói (nossa cidade maravilhosa), chamou mais ainda a minha atenção. Recomendo demais essa leitura que conquistou meu coração e me fez pensar sobre as tantas mulheres invisíveis que ainda existem por aí e que nos permitiram chegar onde chegamos.

?Porque Eurídice, vejam vocês, era uma mulher brilhante. Se lhe dessem cálculos elaborados ela projetaria pontes. Se lhe dessem um laboratório ela inventaria vacinas. Se lhe dessem páginas brancas ela escreveria clássicos. Mas o que lhe deram foram cuecas sujas, que Eurídice lavou muito rápido e muito bem, sentando-se em seguida no sofá, olhando as unhas e pensando no que deveria pensar. E foi assim que concluiu que não deveria pensar."

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Mian 03/02/2021

Excelente!!!!!!!!!!!!
Que leitura magnífica!
Primeira vez que leio Martha Batalha e estou encantada pela sua escrita linda e sutil.
Como é esplêndida a forma como ela torna poética, histórias comuns, de mulheres que poderiam ter sido e não foram. Mulheres cotidianas, que por muita vezes as vi nas figuras femininas ao meu redor, que aconteceram e continuam acontecendo (ou desacontecendo).
Babi.Leitora 03/02/2021minha estante
É isso!! Excelente demais esse livro!!




Layla.Ribeiro 09/03/2021

Desafio literário 2021- Livro escrito por uma mulher
Conta a história de Guida e Euridice Gusmão, duas mulheres que vivem nos anos 50-60, que tinha um grande potencial porém foram "podadas", como diz o titulo , ficaram invisíveis na sociedade por serem mulheres. Livro curto, muito gostoso de ler, aquele tipo de livro que você não consegue parar de ler, vi Euridice em muitas mulheres, em nossas tias, avós, vizinhas, entre outras, chegou em um determinado tempo que a história da irmã dela ganhou mais destaque que a dela, de início eu não entendi , mas agora entendo que até desta forma propositalmente a autora nos mostra que Euridice na sua própria história foi invisibilizada, muito triste, mas reflexivo, para mim o único defeito deste livro é que a conclusão do livro foi muito corrido.
AnaB. 09/03/2021minha estante
Depois da resenha fiquei com vontade de ler. :)


Layla.Ribeiro 09/03/2021minha estante
que bom :)




Paulo 27/12/2022

Sensacional história de duas irmãs
Trata-se de uma narrativa espetacular que, ao contar história de duas irmãs, fala muito sobre o Rio de Janeiro de décadas atrás, seu contexto histórico, seu cotidiano e, principalmente, sobre mulheres.
Interessante que o livro é muito mais rico do que o filme que nasceu baseado nele.
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