A vida invisível de Eurídice Gusmão

A vida invisível de Eurídice Gusmão Martha Batalha




Resenhas - A Vida Invisível De Eurídice Gusmão


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Camilla.Conti 03/04/2024

Muito bom!
Em "a vida invisível de Eurídice Gusmão" acompanhamos um pouco da sociedade de classe média carioca da década de 40. Para isso, nos é apresentados diversos personagens, alguns bastante caricatos e outros bem profundos.

Eurídice, personagem que leva o nome no título, é uma esposa bastante recatada, e age assim devido a uma promessa que fez para si mesma após o desaparecimento de sua irmã. Devido a isso, precisa deixar de lado tudo o que poderia lhe render frutos: a flauta, a culinária e a costura. É interessante ver como que mesmo sendo a "personagem principal", Eurídice sempre fica coberta por essa invisibilidade.

Também acompanhamos Guida, a irmã de Eurídice que resolveu sair de casa sem avisar ninguém em sua adolescência, criando essa ruptura na família Gusmão.

O livro é escrito de forma simples, bem humorada e com tons sarcárticos, que me agrada bastante. A única parte que me desagradou foi o final, pois senti que foi corrido e sem conclusão.

Fica a recomendação!
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Raysa Pinheiro 29/03/2024

Uma escrita que te envolve, uma história que te prende: assim foi a leitura desse livro. Bacana também para a discussão de vários pontos. Queria que fosse maior, mas gostei bastante
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NatRGW 28/03/2024

Até que é bom
Comecei o livro para um curso e não tinha expectativa nenhuma, na verdade até achei que não ia gostar. Acabou que o livro me surpreendeu positivamente com uma história importante sobre a invisibilidade da mulher e que nos faz refletir sobre o assunto. Não consigo me imaginar como a Eurídice, com uma vida chata e sem graça, sendo reprimida de realizar meus sonhos. Enfim, eu acabei gostando.
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Juliana 27/03/2024

O invisível trabalho feminino
De leitura fluída e narrativa dinâmica, o livro nos situa na década de 1940 e mostra a invisibilidade da dona de casa, o patriarcado e toda uma questão de classe social. É o retrato da maioria de nossas mães, avós e outras ancestrais. Ainda hoje essa invisibilidade do cuidar ainda existe, menor, mas ainda existe.
No livro apesar de haver personagens que destoam, mostrando-se mais independentes, a cultura e os costumes da época ainda não libertam esas mulheres, que de forma inconsciente, até, alimentam a roda patriarcal. Impossível separar a questão da análise social das classes. Excelente leitura. O final... é aquilo né, a gente fica imaginando uma coisa, uma expectativa...mas combina com a época.
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Babi 25/03/2024

A história de nossas avós
Acho muito difícil ler histórias que contam a vida das mulheres em outros séculos. A tudo que era necessário se submeter para ter direitos básicos e como qualquer tipo de pedido ou necessidade acabava sendo consentido em troca de sexo.

Isso é tão doloroso, foi uma realidade muito grande, mas até hoje podemos encontrar esse tipo de relato onde menos esperamos.

Esse livro me tocou muito, me fez chorar, me fez refletir e acima de tudo me fez perceber o quanto a maioria de nossas avós se submeteram para que tenhamos opinião, direitos e respeito, ainda que com muita luta.

Essa história é poderosa e recomendo para todos.
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Isabela.Norberto 23/03/2024

Leitura fluida com uma história muito boa
Eu comecei a leitura sem nenhuma expectativa, pois não conhecia a autora, mas fui surpreendida com a qualidade de encadeamento de fatos para tornar a história muito interessante e boa. Gostei da forma como os personagens foram construídos, principalmente quando tinham suas histórias individuais contada, algo do livro que me prendeu ainda mais, porque me deixou muito curiosa. Em alguns momentos do romance eu ficava irritada por precisar interromper a leitura.
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Rfgaugustin 19/03/2024

Que livro lindo.Se passa no Rio de Janeiro da década de 40. Conta a história de duas irmãs que tinham sonhos e aspirações profissionais, que casam e se tornam donas de casa.

Mulheres que deram um jeito, se adaptaram.

Duas irmãs que tem filhos, percalços e obstáculos em seu caminho.

Mulheres que se conhecem profundamente e se respeitam, mas se afastam em decorrência das circunstâncias.

Conta a história de irmãs que tinham o cuidado e a criação como ocupação primordial, ocupação que era naturalmente desvalorizada e invisibilizada.

Duas irmãs que poderiam ser sua avó e sua tia avó.


Simplesmente lindo.
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Madufarias 12/03/2024

“Ela sempre achou que não valia muito. Ninguém vale muito quando diz ao moço do censo que no campo profissão ele deve escrever as palavras ‘do lar’”.
O livro tem como foco a vida de Eurídice, porém, em paralelo, temos as histórias de Ana, Guida, Zélia e outros personagens. Sem sombra de dúvidas, é um livro que representa muitas mulheres.

As que fogem por amor e querem uma vida tranquila; as que se iludem com promessas rasas de homens que juram a eternidade; as que têm autoestima baixa e por isso, aceitam o que a vida lhes dá; as abandonadas que criam sozinhas seus filhos, órfãos de pais vivos; e não esqueçamos das desprezadas pela profissão ou por seus hobbies.

Sou emotiva. Fiquei desesperada em alguns - muitos - trechos, ri demais em outros e concluo que é bem parecido com uma novela das 18h. Tem intriga, decepção, gente morrendo, ascensão, o combo completo!

A escritora é boa, e por achar semelhante à novela, foi fácil e leve, mas confesso que tive que pegar o dicionário vez ou outra porque algumas palavras já não são usadas com frequência, ou apenas não são do meu cotidiano.

Livros do subgênero “romance de formação” são importantes, pois trazem reflexões. A minha da vez foi: que bom que evoluímos! Meu amor ao debate não permite que minha boca fique fechada, e certamente eu seria agredida até o dia raiar. Sinto muito que outras mulheres tenham passado por essa e outras situações em suas vidas.

Fiquei feliz com o final, é bem parecido com a vida: alegrias, perdas, traumas, desafios.
“A vida seguiu por aí, e um único som permaneceu constante: tec tec tec, tec tec tec…”
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Andrea170 11/03/2024

Invisibilidade
Leitura leve e divertida retratando a vida invisível das mulheres da classe média carioca entre os anos 40 e 60.
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Andréia 10/03/2024

Leitura com linguagem tranquila, as vezes irônica, sarcástica, que retrata vida, principalmente de mulheres, nos anos 40.
Mulheres que eram do lar, apenas para o lar, tinham seus dons, mas não podiam ir além da rotina domésticas com eles.
Interessante de ver como algumas situações ainda são vividas até hoje por algumas mulheres.
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tabelleza 21/02/2024

Pra começar a ler e não parar mais
Que livro maravilhoso e bem escrito! Fazia tempo que não devorava um livro assim. Histórias muito brasileiras, enredo cativante.
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Daisy 20/02/2024

Vida de mulheres
Nesse romance da brasileira Martha Batalha vemos em Eurídice nossas mães, nossas avós, senhoras conhecidas que abdicaram suas vidas, os seus sonhos.... viveram em função do casamento, dos filhos e da casa. O livro mostra a infelicidade dessas mulheres, a insatisfação e também, como fala o título, a invisibilidade, porque, muitas vezes, elas e seus desejos são invisíveis aos olhos de todos! O que não é pra ser porque cada ser humano precisa ser visto!
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A obra também inspirou um filme dirigido pelo fabuloso Karim Aïnouz @karimainouz e que merece muito ser visto!
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"Tentou se dedicar mais aos filhos, mas essa era uma dedicação estrábica. Com um olho ela vestia Afonso e Cecília para a escola, e com o outro se perguntava: Será que a vida é só isso?"

site: instagram.com/qualquercoisaprapreencher
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hevipotter 20/02/2024

Por que ler A vida invisível de Eurídice Gusmão?
A invisibilidade. Nenhuma palavra descreve com maior precisão o tema dessa obra, seu enredo, embora, tão presente nos dias atuais quanto outrora, vai tomando forma ao contar a história de duas irmãs, Guida Gusmão, e sua caçula, Eurídice. É nos ares frescos do Rio de Janeiro de 1940, entre os burburinhos da Tijuca, os doces suspiros da flauta, e as passadas de revista, que crescem as duas moças.

E como qualquer flor, crescem belas até serem podadas, o corte da mocidade para vida adulta é no momento que entendem o seu “papel natural”, a famigerada serventia feminina para a sociedade.

Cuidar, proteger, alimentar, e ser provida. Pensar? Isso não é importante, não para mulheres. Pensamentos só são válidos se forem para inventar novas receitas culinárias. Essa é a máxima embutida nessas jovens de mentes brilhantes, que com as adversidades e pressões, acabam minguando seus fluorescentes brilhos, ou quase isso.

A trama não é fiel ao “livro bom, é livro com final feliz”, se você, caro leitor, almeja conforto e alento, aconselho a pular essa leitura, o que nossos olhos captam são a pura sensibilidade do apagamento. Aqui, nos deparamos com conflitos internos e experiências de mulheres não vistas, que antes de pessoas foram alocadas como mães, esposas, filhas, e nunca, em hipótese alguma, primeiramente como gente.

Essa história é sobre Guidas e Eurídices, que podem ser nossas mães, nossas avós, e tias. É sobre Guidas e Eurídices que atendem por outros nomes, e que embora tenhamos passado décadas, ainda continuam com suas mentes sufocadas nos cubículos de seus quartos, salas e cozinhas. São numerosas inventoras, poetisas, contadoras de histórias que poderiam obter prestígio, senão fosse a invisibilidade vendida como óculos em nossa sociedade.

Acredito que seja uma leitura relativamente rápida, em que nas 188 páginas traz diversas críticas entrelaçadas com humor. Fica aqui minha recomendação e um forte abraço. Cheiro, até a próxima, meu bem!

REFERÊNCIAS:
BATALHA, Martha. A vida invisível de Eurídice Gusmão. 9º. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. 188 p.
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