LenSa 03/11/2021
Trechos do livro que mais gostei.
1. O mundo no qual Jesus pôs os pés > Página 12
"E, embora eu não me atreva a dizer que conheço a mente de Deus, posso entender seu caráter por intermédio do ministério de Jesus, seu Filho.
Página 13
Jesus passou por cima das tradições sociais, políticas e de gênero e dirigiu- se às mulheres com o respeito devido àquelas que foram criadas à imagem de Deus.
Página 16
Sim, Deus conhece nossas necessidades e, em geral, antes mesmo de nos concedê- las, espera que as entendamos. Se ele tivesse criado Adão e Eva ao mesmo tempo, Adão jamais saberia quanto necessitava dela.
Página 16
Não foi um pensamento tardio, mas o grand finale divino. A mulher foi criada para completar o retrato de alguém feito à imagem de Deus. O homem não poderia fazer isso sozinho. A mulher não poderia fazer isso sozinha. Ambos foram necessários? trabalhando, servindo e vivendo em harmonia para completar o quadro que Deus sempre teve em mente.
Página 17
C. S. Lewis desenha um lindo quadro: A ideia cristã de casamento se baseia nas palavras de Cristo de que o homem e a mulher devem ser considerados um único organismo? tal é o sentido que as palavras ?uma só carne? teriam numa língua moderna. Os cristãos acreditam que, quando disse isso, ele não estava expressando um sentimento, mas afirmando um fato? da mesma forma que expressa um fato quem diz que o trinco e a chave são um único mecanismo, ou que o violino e o arco formam um único instrumento musical. O inventor da máquina humana queria nos dizer que as duas metades desta, o macho e a fêmea, foram feitas para combinar- se aos pares, não simplesmente na esfera sexual, mas em todas as esferas. 4
Página 23
Outros dizem que Adão pecou por ter dado ouvidos à mulher. Mas Eva não foi criada para ser uma companheira silenciosa. Não foi porque ele deu ouvidos a ela como mulher, mas porque ouviu o que ela disse e comeu do fruto.
Página 23
No final, tanto Adão quanto Eva desobedeceram ao Senhor, acreditaram na mentira de Satanás e sofreram as consequências de um relacionamento rompido com Deus e também a morte espiritual.
Página 24
Satanás entendeu claramente que a destruição de seu domínio viria do ventre de uma mulher. E, a partir daquele mesmo dia, tem- se vestido com roupagem completa de guerra para destruí- la.
Página 25
Sócrates (470- 399 a.C.) afirmava que ser nascido de mulher era um castigo divino, uma vez que a mulher encontra- se na metade do caminho entre o homem e o animal.
Página 25
Platão acreditava que as mulheres eram uma ?forma degenerada da perfeição masculina? e que os homens que não viviam de maneira correta seriam reencarnados como mulheres.
Página 25
Aristóteles declarou: ?A coragem do homem está em dar ordens, e a da mulher em obedecer?.
Página 25
Demóstenes, orador famoso na época de Aristóteles, declarou que a função das mulheres atenienses eram as seguintes: ?Temos cortesãs para nossos prazeres, prostitutas [isto é, escravas jovens] para uso físico diário, esposas para nos dar filhos legítimos e cuidar fielmente dos assuntos do lar?.
Página 26
Os romanos não viam as mulheres com olhos tão sombrios quanto os gregos, mas acreditavam que elas precisavam ser mantidas sob o controle de um homem.
Página 27
Os homens romanos tinham a tendência de copiar o conceito dos gregos a respeito das mulheres como objetos de prazer ou fontes de tentação.
Página 27
O povo judeu passou a integrar- se mais com as culturas estrangeiras que oprimiam as mulheres e a receber influência dessas culturas. Na época em que Jesus nasceu, as mulheres não tinham permissão para falar com um homem em público... nem mesmo com o marido.
Página 28
Todas as manhãs o fariseu começava o dia dando graças a Deus por não tê- lo feito ?um gentio, uma mulher ou um escravo?.
Página 28
A mulher era considerada propriedade de seu pai. Esse direito de propriedade era transferido ao marido quando ela se casava e para o filho quando ela enviuvava.
Página 29
Jesus veio para restaurar o plano original de Deus e o propósito para os homens e mulheres, que foi distorcido e prejudicado no jardim.
Página 29
Jesus entrou em cena e viu as portadoras da imagem de Deus escondidas nas sombras e trancadas à chave. Ele escancarou as portas.
Página 29
Ele pegou aquelas portadoras degradadas da imagem de Deus e colocou- as no centro do palco para representar o papel principal no plano redentor divino.
Página 30
J. I. Packer, em seu clássico moderno Conhecimento de Deus ressalta: Para quem não conhece Deus, o mundo se torna um lugar estranho, louco, penoso, e viver nele pode ser decepcionante e desagradável. Despreze o estudo de Deus e você estará sentenciando a si mesmo a passar a vida aos tropeções, como um cego, como se não tivesse nenhum senso de direção e não entendesse aquilo que o rodeia.
Página 32
Ele libertou as mulheres para que proclamassem as boas- novas do evangelho ao mundo e trabalhassem entre os cristãos para edificar o Corpo de Cristo.
Parte 2: As protagonistas
6. A mulher cansada à beira do poço > Página 124
Conforme costuma fazer, Jesus pediu a ela que lhe desse algo só para oferecer uma coisa melhor em troca. Essa é a verdadeira definição de redenção.
Página 125
Jesus sempre muda a conversa para o lado pessoal quando está prestes a libertar alguém. E ele estava sacudindo as chaves da prisão.
Página 130
Todos nós chegamos ao mundo com sede. A partir do momento em que meu filho chorou pela primeira vez na sala de parto, ele começou a procurar alguma coisa para beber. Deus planejou que fosse assim.
Página 130
Chegamos também ao mundo com sede espiritual. A partir do momento em que o cordão umbilical é cortado e não mais recebemos nutrientes de nossa mãe, começamos uma jornada para descobrir a água viva que nos satisfaça a alma. Ah, não sabemos ainda, mas Deus colocou esse desejo em cada uma das portadoras de sua imagem. Enquanto não tivermos um encontro com Jesus à beira do poço, continuaremos a tentar, de todas as formas, saciar a sede que Deus nos deu com qualquer coisa ou qualquer pessoa que nos ofereça alívio temporário. Mas só que esse alívio é... temporário.
Página 131
Somente quando tivermos um relacionamento com Jesus é que descobriremos ?o propósito supremo para o qual fomos criados, o encontro e o casamento entre nós e Deus
Página 132
Somente Jesus, a água viva, satisfará. Estupendamente. Ele não satisfaz apenas nossa sede, mas preenche também os espaços vazios até transbordar, para que possamos compartilhar com outras pessoas o caminho para a vida eterna.
Página 136
Os discípulos foram à cidade porque estavam com fome. A mulher foi à cidade para buscar pessoas famintas. Ela não era mais uma cidadã de segunda classe, relegada à última fileira da galeria; agora estava sentada na primeira fila para assistir ao maior espetáculo da terra.
7. A adoradora cativante > Página 148
Aquela mulher, contudo, não derramou apenas algumas gotas do nardo caríssimo na cabeça de Jesus. Derramou o frasco inteiro. Tudo. Dali a alguns meses, Jesus pagaria um preço exorbitante por nossa liberdade eterna. Mas, naquele momento, a mulher deu tudo o que possuía em gratidão pela liberdade dela. Foi uma cena de contrastes. Simão não recebeu Jesus com o beijo costumeiro. A mulher não parou de beijar os pés de Jesus desde que entrou na casa. Simão não ofereceu água para lavar os pés de Jesus. A mulher lavou os pés de Jesus com suas lágrimas. Simão não colocou o óleo tradicional na cabeça de seu convidado. A mulher derramou um frasco inteiro nos pés dele. Simão olhou com ar de condenação. A mulher transbordou de amor. Simão não ofereceu nada a Jesus. A mulher ofereceu tudo o que possuía. Aquela mulher não pediu nada, mas recebeu tudo. Encontrou cura na casa de um hipócrita. Como fez com a samaritana à beira do poço, Jesus virou o holofote para uma mulher a fim de ensinar como se deve adorar verdadeiramente.
Página 149
Enquanto as lágrimas da mulher lavavam os pés de Jesus, as palavras dele lavaram a alma dela. Não foi o que ela fez que a salvou, mas aquilo em que acreditou. Ela não disse uma só palavra, mas suas ações falaram bem alto.
Página 151
A Bíblia diz que, antes de conhecermos Cristo, éramos/estávamos: Mortas em nossas transgressões e pecados (Ef 2.1). Longe de Deus (Ef 2.13). Sem Cristo e sem esperança (Ef 2.12). Inimigas de Deus (Cl 1.21). Vivendo nas trevas (1Ts 5.4). Trevas em forma de pessoa (Ef 5.8). Escravas do pecado (Rm 6.17). Condenadas (Rm 8.3). Incapazes de agradar a Deus (Rm 8.8).
Página 151
E agora, graças à obra consumada de Jesus Cristo na cruz e nossa decisão de segui-lo, somos/estamos: Vivas com Cristo (Cl 2.13). Mais que vencedoras (Rm 8.37). Reconciliadas com Deus (2Co 5.18-19). Unidas com Cristo (1Co 6.17, RA). Amigas de Deus (Jo 15.15). Vivendo na luz de Cristo (1Pe 2.9). Luz em forma de pessoa (Mt 5.14). Escravas da justiça (Rm 6.18). Aceitas (Rm 15.7). Justificadas (Rm 5.9). Redimidas (Gl 3.13). Santificadas (1Co 6.11). Lavadas (1Co 6.11). Perdoadas (1Jo 1.9). Seladas (Ef 1.13). Libertadas (Rm 8.2). Aperfeiçoadas (Cl 2.10, RA).
8. A discípula destemida (Maria de Betânia) > Página 160
Lembre-se: durante aquele período da História, as mulheres eram proibidas de ser doutrinadas pelos rabinos. Nas sinagogas antigas, as mulheres tinham permissão para ouvir, mas somente os homens podiam ensinar. Diziam que era perda de tempo doutrinar as mulheres e que elas eram incapazes de aprender
Página 161
Em nossa cultura, sentar-se aos pés de alguém dá ideia de um grupo de crianças sentadas aos pés de um contador de histórias ou professor. Porém, para os judeus do primeiro século, sentar-se aos pés de alguém era colocar-se na posição de aluno, um sinal de respeito e disposição para aprender, uma postura para um aprendizado mais complexo. Em geral, os mestres sentavam-se numa plataforma, e os alunos reuniam-se abaixo dele, no chão.
Página 161
Quando Lucas menciona que Maria estava sentada aos pés de Jesus, o leitor do primeiro século entendia que ela ocupava a posição de aluna numa classe onde só havia homens, uma situação nunca vista. Totalmente incomum.
Página 163
Ao repreender Marta, Jesus envia uma mensagem a todas nós. A vida está sempre lotada de atividades que julgamos necessárias, mas conhecer Jesus é algo que suplanta tudo o mais que grita por nossa atenção. ?Mais que simplesmente conceder permissão às mulheres para aprender como suas discípulas, Jesus chama Maria, Marta e todas nós para dar prioridade máxima a Deus.
Página 166
Esse relato de Maria de Betânia ungindo Jesus é registrado em três dos quatro evangelhos: Mateus 26.6-13; Marcos 14.3-9; João 12.1-8. Misturaremos os três para fazer uma análise mais cuidadosa. (Lucas 7.37 também registra o incidente de uma mulher ungindo Jesus num jantar, mas esse é um caso diferente, sem sombra de dúvida. A narrativa de Lucas ocorreu na casa de um fariseu, e a mulher que homenageou Jesus é referida como ?pecadora?.)
Página 168
Mateus e Marcos registraram que ela ungiu a cabeça de Jesus; João observou que ela ungiu os pés de Jesus, mas Jesus disse que ela ungiu o corpo dele (cf. Mt 26.12; Mc 14.8). Os discípulos notaram os lugares onde o perfume tocou, mas Jesus apontou para o propósito. Maria não estava simplesmente ungindo a cabeça ou os pés de Jesus; estava preparando o corpo dele para o sepultamento
Página 168
A autora Carolyn Custis James observa: Enquanto todos os outros recuavam e rejeitavam, e até tentavam construir barreiras na estrada para impedi-lo de levar sua missão adiante, Maria apareceu e animou-o a seguir em frente. Enquanto as trevas desciam sobre Betânia e a sombra da cruz atravessava o caminho [de Jesus], só ela o encorajou a obedecer ao Pai. Só ela disse ?sim? à cruz. É um momento estarrecedor, para Maria e para nós
Página 170
O mesmo ocorre quando uma mulher adora Jesus hoje. Ela torna-se a fragrância de Cristo, e essa fragrância atinge todos ao redor dela
Parte 3: O último chamado à cena
13. Deus chama as mulheres ao centro do palco > Página 247
A atitude contracultural de Jesus em relação às mulheres bateu de frente com uma sociedade patriarcal que as considerava inferiores aos homens em todos os aspectos. Jesus foi um reformador radical que mostrou ao mundo o que Deus pensa das mulheres.
Página 247
Conforme vimos, Jesus desprezou os tabus culturais e associou-se às mulheres livre e abertamente. Conversou com elas em plena luz do dia, apesar da desaprovação dos discípulos. Elogiou a unção de adoração feita pela mulher pecadora, embora o líder religioso tivesse considerado o ato escandaloso. Chamou a mulher encurvada à frente, à área do templo reservada aos homens, embora o dirigente da sinagoga considerasse inapropriado.
Página 248
A atitude e as ações de Jesus em relação às mulheres contrastam visivelmente com as dos líderes religiosos de sua época. Enquanto os fariseus evitavam as mulheres, Jesus associou-se a elas livremente e conversou em público com elas. Ele: Tocou na mulher impura que sofria de hemorragia. Ensinou uma aluna com sede de aprender numa classe repleta de homens. Encorajou Marta a tomar parte na sala de aula. Foi amigo das irmãs que moravam em Betânia. Conversou com a samaritana sedenta à beira do poço.
Página 249
Revelou sua verdadeira identidade a uma mulher divorciada cinco vezes. Acolheu a pecadora que o adorou. Tirou das sombras a mulher encurvada. Convidou Maria Madalena para fazer parte de seu grupo de ministério. Defendeu o gesto de Maria de Betânia quando esta o ungiu com perfume. Elogiou a fé professada pela mãe siro-fenícia. Aplaudiu a oferta da viúva. Encarregou Maria Madalena de ir e contar aos discípulos que ele ressuscitara.
Página 252
Vimos Jesus fazer uma pausa no meio de um dia atarefado para acudir a mulher que sofria de hemorragia, parar o que estava ensinando para levantar o queixo de uma mulher encurvada, andar quilômetros para libertar uma menina de um espírito maligno e aguardar pacientemente, sob o sol escaldante, a chegada da samaritana. Qual é o Deus que faz isso? O Deus que ama suas filhas. E como as mulheres reagiram ao chamado de Jesus para ocupar o centro do palco? Maria de Nazaré deu um passo para aceitar seu chamado. Maria Madalena inscreveu-se para fazer parte do ministério de Jesus. A mulher que sofrera de hemorragia crônica levantou a voz para contar sua cura milagrosa. A mulher outrora vazia à beira do poço abasteceu-se para evangelizar uma cidade inteira. A dona do frasco de alabastro abriu o coração para adorar.
Página 253
Maria de Betânia apresentou-se diante da classe. Marta esforçou-se para ser a líder da classe. A mulher encurvada atravessou o templo para ser curada. A mãe siro-fenícia foi escorada por sua fé firme. A viúva deu tudo o que possuía como exemplo de generosidade sacrificial.
Página 253
Não fomos criadas para ser meras figurantes ou objetos decorativos, mas protagonistas que trabalham entre irmãs para impactar o mundo para Cristo. Toda menina precisa crescer sabendo que tem valor, que foi feita à imagem de Deus. Toda menina precisa crescer com a expectativa de querer que seu potencial concedido por Deus seja liberado."