Resenhas_da_isa 15/02/2024
Luce tem treze anos, é filha de pais separados, mora com a mãe, Bete, e está insatisfeita, pois queria ter dezesseis anos. Ela ainda não deu seu primeiro beijo e acha que isso não acontecerá tão cedo, pois os garotos de sua idade são todos bobos e infantis, e os mais velhos não se interessam por meninas da sua idade. Sua mãe, é super protetora e não dá folga, mas nem isso impede Luce de se meter em algumas enrascadas quando ela conhece Noah, o vocalista super fofo de uma banda. É assim, em meio a loucuras adolescentes que vamos conhecendo Luce e sua desastrosa história.
"(...) Uma vez ouvi alguém dizer que as meninas amadurecem mais rápido do que os meninos. E é verdade, sabia? Na minha sala, tem um monte desses moleques que só tem tamanho. O cérebro deles é do tamanho do caroço de uma azeitona." (p. 15)
"(...) Se arrependimento matasse... Na verdade, estou péssima porque percebi que agi feito criança. Logo eu que queria tanto crescer!" (p. 79)
Luce é a típica adolescente, com todos os anseios e dúvidas, é impulsiva, exagerada e ansiosa, tem pressa de fazer dezesseis anos. A pressa e a impaciência, comum aos adolescentes, faz com que ela entre em algumas enrascadas, onde ela terá que lidar com as consequências da confusão em que se meteu. Por outro lado, mesmo com todas as suas manias adolescentes, Luce acabou me surpreendendo pela sua compreensão com algumas situações. Ela lidou com alguns acontecimentos melhor do que eu imaginava.
Os personagens secundários foram muito bem caracterizados e explorados na trama. Os que mais me agradaram foram a Vó Candinha; Rafa, a melhor amiga; Bruno, amigo apaixonado; e Noah, o primeiro amor.
A história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Luce. Lilian Reis possui uma escrita delicada e agradável, que fez com que a leitura fluísse rapidamente. Com uma trama cativante, a história foi me envolvendo e quando dei por mim, já tinha terminado de ler. O que me agradou foi que apesar de ser uma história leve, a autora sutilmente mostra que independente da idade, temos que arcar com as consequências dos nossos atos e que não devemos apressar as coisas, não adianta querer pular fases, tudo acontece no seu tempo, e o melhor é que não foi somente Luce que precisou aprender sua lição, sua mãe, também tirou uma boa lição de tudo o que aconteceu.
"(...) Está só precisando enfrentar as consequências de suas atitudes, e o nome disso é crescer! Portanto, seja educada e pare de ironizar! Sorria um pouco! Eu já disse que essa fase ruim, que você arrumou sozinha para si mesma, vai passar." (p. 203)
Adolescência, amizades, primeiro amor, ansiedade, A garota de treze é uma história que me transportou de volta para minha adolescência, me fez reviver histórias, foi uma leitura gostosa que me deixou totalmente nostálgica.
O desfecho foi, de certo modo, surpreendente, o que fez com que a história me cativasse ainda mais. A garota de treze foi uma grata surpresa. O livro é uma ótima pedida para aquelas leituras de domingo à tarde, sabe? Leve, agradável e descontraído, e com uma boa mensagem. Um ótimo passatempo!