Telma 31/03/2016M A G N Í F I C O !!!
Obra Vencedora do Prêmio Off Flip de Literatura
Queridos,
O que dizer de um livro que te toca a alma quando tudo o que você quer na resenha é que a alma do leitor do blog seja tocada também?
Essa delícia de livro de Lucas Benetti, com ilustrações lindíssimas de Carol Borges me atordoou, me encheu os olhos de lágrimas e o peito de amor... A síntese de tudo é que acabei esse livro, inspirada a ser alguém melhor?
Não...não! Pára com isso! Não é auto-ajuda, não... é FANTASIA! É signo! É mitologia tupi-guarani.
Na USP, tempos atrás, fiz alguns cursos de mitologia greco-romana e me encantei. Essa é minha primeira vez com mitologia Ameríndia: tupi guarani. Eu estou apaixonadíssima. E sem querer cuspir no prato que comi (ainda amo os Heróis, os Sátiros, as Ninfas, as Quimeras, as Sereias - principalmente elas) e todos os outros seres que compõem a mitologia grega, mas... Andurá é "gente" da minha gente.
Ler Andurá é como abraçar um irmão que você não sabia que existia.
Eu sei que não estou sendo prática nessa resenha... não estou sendo técnica mas, a abstração me pegou de tal jeito, meus olhos estão brilhando tanto enquanto escrevo que me é impossível ser qualquer coisa que não um ser em surto... em combustão!
Vou tentar ser sintética:
"Andurá é uma árvore fantástica que, à noite, se inflama subitamente."(Wikipédia)
E ali na floresta onde vive, em meio a tantos seres maravilhosos, frondosos e belos, acaba por ser acusada de ser diferente. Todos os dedos da fauna e flora estavam apontados em sua direção.
Era impossível compreender porque Tupã, havia criado o Andurá com esse poder (que num primeiro momento parecia maldição). A árvore considerada maldita, até por alguns humanos, de algum modo, mostra a que veio (só lendo pra saber, baby).
Eu não vou dizer mais nada... só te deixar com algumas das reflexões do Andurá:
Sobre si mesma:
Mas nunca é tarde para um começo. Não importa o que o outros digam, tampouco importa o que vão pensar ou dizer sobre seu futuro, suas dificuldades, sua incapacidade de fazer aquilo que deve ser feito. Nenhuma raiz é tão profunda que te prenda ao solo.
Sobre os homens que queriam atacar:
Parecia que todas as riquezas e prestígio que ganhariam se me levassem para suas terras tinham conferido a eles coragem descomunal.
Atual, não é?
Sobre todos:
Todos temos um guerreiro aceso dentro de nós pronto para lutar pelo que acreditamos e para manter aceso o fogo do nosso espírito.
Ai que vontade de encher de quotes!!! Mas não vou, né? Não vou tirar de você, a surpresa de ver a beleza se desnudando pouco a pouco, à medida que adentra a floresta, através do livro.
Pra não dizer que não falei (das flores) da parte técnica:
O livro é feito com um papel delicioso (cheiroso) liso e macio, como costumam ser os livros infantis/juvenis com ilustrações.
As ilustrações de Carol Borges, complementam, harmonizam ... se casam, com o texto forte, doce e poético de Lucas Benetti.
O livro tem 24 páginas e eu posso ler Lucas Benetti a noite toda... então, já li o livro 3 vezes.
Apesar de estar na categoria infanto-juvenil, todo ser vivente deveria ler. Em especial os adultos desprovidos de preconceito e que pensam fora da caixinha.
Após ler pensamos: é muito compreensível que este livro tenha sido a obra vencedora e levado o Premio Off Flip de Literatura!
Concluindo: estou apaixonada por Lucas Benetti e Carol Borges (você notou?) e queria muito ter atingido meu objetivo com essa resenha que é: dar a você a oportunidade de apaixonar-se por eles também...
ah! e daqui pra frente, por favor, sutadinhos... me chamem de Andurá! *suspiro*
(se quiser ver as imagens, vá ao link abaixo) *smack*
site:
http://surtosliterarios.blogspot.com.br/2016/03/resenha-andura.html