Suave é a Noite

Suave é a Noite F. Scott Fitzgerald




Resenhas - Suave é a Noite


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Pateta 07/06/2017

LUZES, CÂMERA, AÇÃO!
Um romance com sotaque norte-americano. Para o bem e para o mal, parece mais um roteiro de filme. Prioridade para a estrutura narrativa em relação à análise psicológica dos personagens. No todo, um bom filme, quer dizer, um bom livro.
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z..... 11/05/2016

A década de vinte, cenário dessa obra, é marcada por um clima de tensão e expectativas na sociedade que aumentavam os dramas pessoais. Os poucos romances que li, ambientados nessa época, mostram-se conturbados, com histórias infelizes na busca de libertação de seus temores. "Suave é a noite" não foge desse contexto, contando a história de Dick e Nicole. Respectivamente, um jovem psiquiatra (que inicia carreira na Suíça no fim da Primeira Guerra) e uma jovem sonhadora de família rica, melancólica e deprimida (que torna-se paciente de Dick e desenvolve uma paixão que culmina no casamento com ele).

Esse enlace é caracterizado por monotonia e frustração. Em Dick pela apatia e desejo de libertação, e em Nicole pela falta de reciprocidade em seu amor. É essa relação o palco para exposição das próprias angústia do autor. Consultando-se a biografia, descobrimos que teve casamento conturbado também, com a esposa sofrendo de esquizofrenia e internada numa clínica (onde nunca se recuperou e morreu) e sua vida frustrada que caminhou para o alcoolismo. No romance ele lida com conflitos e angústias das personagens, que se assemelham aos seus e aos da sociedade. Talvez o objetivo implícito, proposital ou não, seja a libertação dessa infelicidade. Coisa concedida às pretensões das personagens e não alcançada na vida do autor.

Tem três partes. A primeira é de apresentação das personagens e se inicia em 1925. Pensei que a protagonista seria a jovem atriz Rosemary, mas o autor aos poucos introduz o casal referido e vamos conhecendo sua história mais de perto, na percepção que relatei. Sinceramente, o livro poderia passar sem essa parte, que é enfadonha. Termina em um episódio que parece querer trazer mais emoção à história, mas foi só uma caracterização da personalidade daquela sociedade em seu glamour e interesses manobrados a favor dele.

Na segunda, o autor faz um flashback em 1917 e o leitor conhece a história do casal. Voltando-se ao presente, se faz notar a importância da atriz no romance, referente a buscas. Para uns é alcoolismo, para outros... Entenda os perspicazes. Essa parte exacerba os conflitos e desilusões existentes.

A terceira é como um basta e busca de novo horizontes, pelas circunstâncias e aspectos a que se encaminhou.

Acho que fiz referências demais. Bom, a história´tem isso, mas identidade própria.

Algo que me chamou a atenção foi a forma meticulosa do narrador se apresentar - a oitenta metros disso, no ângulo tal, e por aí - visível principalmente na primeira parte, que é muita descritiva. Nas outras tem observações mais dissertativas.

Por que do título? Fiquei com a impressão de uma entrega cuidadosa e de início aprazível a algo que encerra mistérios, experimentações e histórias por se descobrirem. O autor também usa a palavra "suave' ou "suavemente" em vários momentos de apresentações.

Ah, apesar do trato com conflitos rotineiros e importantes, não gostei da obra, que é enfadonha na minha opinião. Coisa pessoal. Me identifico mais com temas bucólicos e regionalistas.

Enfim, foi o que ficou da leitura..
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Valério 31/03/2015

Camaleão
Suave é a noite é daqueles livros em que cada um vai ler algo diferente. Cada um vai entender uma mensagem diferente. E até mesmo o final será diferente para cada um. Haverá quem entenderá que foi um final feliz. Outros que enxergarão um final melancólico. Já outros, que não houve final.
Para mim, o livro trata, essencialmente, dos planos que fazemos para nossa vida e o quão ilusórios eles podem ser, se remamos com a maré. Há muito por ser vivido, demais por ser alcançado e experimentado para nos preocuparmos em seguir os padrões e a fórmula "um bom casamento" e "um bom trabalho".
Cada leitor também identificará um herói no livro. E talvez também um vilão. Sempre diferente.
Assim como em "O grande Gastby", vejo uma crítica à sociedade e seus valores. Mas, aqui, bem mais sutil do que lá.
A realidade cruel (ou não) de nossas vidas é exposta sob holofotes de várias tonalidades.
Grande obra. Suave, sutil, forte.
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Celso 31/08/2014

Água com açucar
Livro água com açúcar, personagens chatos que não prendrem a atenção.

Somente a descrição das regions da França me interessou...
Gi 21/07/2018minha estante
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Marcelle 11/01/2014

SUAVE É A NOITE – Por Trás da Geração Perdida
Depois de ler O Grande Gatsby, não quis acreditar que desse livro viesse todo reconhecido talento do americano Scott Fitzgerald. E ainda bem que não acreditei, caso contrário não sei quanto tempo levaria para resolver ler Suave é a Noite, que por muitos, é considerada a verdadeira obra prima do autor.
Trata-se, na verdade, de um romance predominantemente psicológico, no qual se disseca a vida do casal Diver, debridando cada camada até a raiz de sua relação interpessoal e consigo mesmos. Tudo isso ambientado na inebriante atmosfera da Era do Jazz (a mesma do filme Meia-noite em Paris). Trata-se ainda de um romance autobiográfico. Refletidos nos protagonistas, temos o próprio Fitzgerald, sua esposa Zelda e seus conflitos. É sabido do problema de Scott com o álcool, da instabilidade de sua conjugue, dos amantes de ambas as partes, das festas sem fim que regiam suas vidas, os inúmeros amigos de quem viviam cercados, nada disso fica de fora.
É muito interessante ver a evolução do casal, desde a paixão inicial à farsa que se torna. Corrompido pelas diferentes perspectivas, pela exaustão emocional, pela conturbada relação de poder e dinheiro, pelas diferentes influências que sofrem da vida. Acompanharemos seu apogeu e decadência, tal qual em O Grande Gatsby: do começo da festa quando a música toca, ao final, quando se apagam as luzes e não resta mais ninguém.

“Era uma sensação triste e solitária aquela de terem o coração tão vazio em relação um ao outro.”

E esse texto é menos uma resenha que um comentário. Afinal, optei por não antecipar nada da história. Li alguns textos e comentários em outros blogs e redes sociais e percebi que não foi um livro bem aceito por muitos, considerado “monótono” inclusive. A verdade é que por seu caráter psicológico, seu sucesso não está no enredo, mas nas sensações que desperta. Para tal, é preciso sincronizar-se com ele, usar toda sua empatia para com cada personagem, questionar seus questionamentos, sofrer seus dramas. Não saber o enredo ajuda nessa tarefa. Quando não se espera nada, tudo o que acontece é uma surpresa.
A minha impressão sobre Fitzgerald mudou completamente após essa leitura. Percebi nele um grande entendedor não só de sua época, mas da alma humana em seu sentido mais universal, com análises minuciosas, perspicazes de comportamentos e sentimentos alheios. De acordo com a opinião de Huxley, na arte há simplicidades mais difíceis do que as mais cerradas complicações. Para mim, o grande mérito de Scott foi justamente o de transformar uma história tão simples, em algo tão elevado.

Nota 10/10


site: Essa e outras resenhas, no sagaranando.blogspot.com.br
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Liz 02/08/2013

Suave é a Noite - Scott Fitzgerald
Sobre o autor

A resenha deste livro pede uma breve apresentação da vida do autor, Scott Fitzgerald (1896 - 1940). A obra é praticamente auto biográfica, relata a instabilidade do seu casamento com Zelda Fitzgerald. Os dois formavam um casal famoso na década de 20, eram grandes adeptos a festas e a todo agitação que a Era do Jazz prometia - o filme Meia Noite em Paris ilustra um pouco o cenário em que viveram.

As obras de Fitzgerald são bem densas e há um certo pragmatismo presente, nota-se sempre um mau agouro, algo ruim que está para acontecer... O que é bem compreensível se levarmos em conta a época em que o autor viveu, próxima a Grande Depressão de 29.

Há constantemente uma relação entre a moralidade proibitiva e a beleza, muitas vezes associada ao pecado e a corrupção. O valor monetário agregado às relações humanas é escolhido em muitas páginas como um tema central forte, a maioria das obras do escritor busca essa relação entre o material e o sentimental.

Todo esse estilo de narrar advêm da história de vida do próprio autor, um homem que sempre almejou o sucesso, porém viu-o escapulir rapidamente como areia movediça nas mãos.

Resenha

Título original: Tender is the Night

Autor: Scott Fitzgerald

Editora: Nova Cultural Ltda.

Número de páginas: 320

Sinopse: "Ambientado na Riviera Francesa em fins da década de 1920, este livro narra a história de Dick Diver, um psiquiatra que se casa com a paciente Nicole Warren. A vida do casal não é mais do que uma farsa - dominados pelo tédio, incapazes de dialogar, entre incessantes coquetéis, recepções e dinheiro, vivem numa atmosfera de falsa euforia."


Suave é a Noite retrata a vida do casal Dick Diver e Nicole Warren. A narrativa é intercalada entre os dois e mais alguns poucos personagens que surgem no romance.

O tema central é o relacionamento conturbado dos dois, Nicole era uma burguesa muito abastada que acaba se tornando paciente de Dick, um famoso médico psiquiatra.

A estória se inicia num hospital, onde médico e paciente se conhecem e se apaixonam. A garota e sua família vêem em Dick uma válvula de escape para as aflições de sua doença, esquizofrenia (a mesma que sofria Zelda Fitzgerald).

Última frase da página 200:

"- Você teve medo, não teve? - disse ao marido, em tom de censura. - Você queria viver!"

Apesar de parecer um enredo agitado é bem o contrário, confesso que só passei a me interessar pela narrativa após a primeira parte (são três). Na segunda parte o livro fica interessante, descobrimos o que se passa por trás da enfermidade de Nicole e o autor elabora uma análise psicológica muito bem feita em cima da história de vida da moça.

"Dick voltou para o estúdio e Nicole percebeu que ele estava em uma de suas mais características disposições de espírito, a excitação que contagiava todo mundo e era inevitavelmente seguida por uma crise melancólica, que Dick nunca demonstrava, mas que Nicole adivinhava. A excitação causada por certas coisas atingia uma intensidade desproporcional à sua importância, gerando nas pessoas um virtuosismo realmente extraordinário."


A vida luxuosa de Nicole é algo que incomoda Dick, o contrapeso entre: relações humanas/amorosas e classe social, é algo abordado inúmeras vezes nessa obra - também por ser importante para o próprio autor.

Outro aspecto conflitante é o alcoolismo de Dick, um dos motivos do declínio de várias oportunidades na sua carreira e do seu isolamento social. O álcool foi um grande fantasma para Scott também, o vício que perdurou durante toda a sua vida.

A vida dos personagens é uma grande incógnita marcada por uma geração que anseia por inúmeras respostas em meio a euforia da passada Belle Époque. O que resta ao leitor é esperar pelas surpresas que a Era do Jazz guarda, mesmo já conhecendo o aspecto de vários acontecimentos históricos, vê-los de modo subjetivo e sensível nos personagens é o que vale a leitura de Suave é a Noite.


site: http://youtu.be/j4QBBMDqojM, http://thevitro.blogspot.com.br/2013/07/resenha-suave-e-noite-scott-fitzgerald.html
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Mariella Ayana 19/02/2013

Apaixonante.
Quando resolvi ler Suave é a Noite tinha expectativas moderadas, afinal, achava improvável que Fitzgerald houvesse criado uma obra ainda mais rica que O Grande Gatsby. E, inicialmente, confesso que me decepcionei. Ao conhecer a frívola atriz juvenil Rosemary, temi que a história baseasse-se em um relacionamento infiel, imaginei que seria apenas mais um simples romance envolvendo uma garota ingênua, um esposo entediado e uma esposa ciumenta. Dificilmente seria possível estar mais enganada.

Fitzgerald sempre teve como característica marcante sua capacidade de entender e analisar as relações entre os indivíduos. Esse talento ele utilizou para trabalhar os sentimentos dicotômicos do doutor Dick Diver, tanto herói quanto prisioneiro, e de Nicole Diver, paciente e esposa. Foi fascinante entender aos poucos o cárcere de sacrifícios em que vivia o casal rico e aparentemente perfeito.

Informação interessante: essa obra tem traços autobiográficos, há uma clara semelhança entre Nicole Diver e Zelda Fitzgerald, esposa do autor.
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Gláucia 17/03/2011

E turbulento é o dia
Riviera francesa. A beleza do local, o sorriso no rosto das pessoas, crianças brincando, dias ensolarados e agradáveis... mas quanta amargura pode haver por trás disso. A melancólica Nicole que o diga. É claro que não poderia dar muito certo a união de uma jovem etilista que sofre de depressão e o psiquiatra que a deveria tratar.
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Aline221 20/11/2010

Alguns podem achar entediante, mas achei bom. Foi o primeiro livro que li de F Scott Fitzgerald e pretendo conhecer outros do autor. É uma história simples, sem grandes reviravoltas ou algo do tipo, e o foco está nos sentimentos e nas relações dos protagonistas. Para quem gosta de detalhes, beleza e exploração do psicológico dos personagens.
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Franco 15/10/2010

A história vai calma, sem muitas expectativas ou tensões. Elas existem, mas são modestas.

O que fica como destaque e compensa a leitura são algumas dualidades implícitas na trama. Pobres e ricos, aristrocacia e burguesia, americanos e europeus. Coisas que dão a cor do contexto presente no livro e possibilita entender a história como algo mais do que simplesmente um retrato de pessoas ricas em suas vidas vazias.

Um segundo destaque, e mais compensador que o primeiro, é o desenrolar dos personagens; um desenrolar particularmente psicológico e envolvente.
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Nathya Carmylle 09/12/2009

Suave
Um livro delicioso, e enamorante.
Demorei meses pra terminar, mas foi suve como a noite.
E tea for two, foi a melhor parte.
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Petis 23/08/2009

Poderia se bem melhor...
O romance é bom mas a história é normal, sem muitos acontecimentos que realmente prendem a atenção. Uma narrativa sobre os melindres da antiga aristocracia norte americana em meados do século XX. Relata, ainda, a decadência de um médico tomado por suas escolhas que mesmo mantendo a esposa doente sob seus domínios era dominado pela sua vida entendiante proporcionada pelo dinheiro dela. O autor se mostrou demasiado descritivo em suas paisagens e quanto ao aspecto psicológico, os sentimentos de suas personagens, tornando a narrativa monótona com um fim previsível e fraco.
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Pris 22/06/2009

Essas histórias de pessoas ricas com vidas vazias não me atraem.
Celso 31/08/2014minha estante
Nem à mim, a vida dos personagens é um tédio sem fim.


Mari 12/01/2020minha estante
Foi uma leitura bem cansativa.




Priscila856 14/06/2009

Previsível. Uma história agua com açucar, sem muitas emoçoes, retrata o dia-a-dia da classe alta de 1920. Enfim , bom para passar o tempo, mas eu nao leria de novo.
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