Os Afogados e os Sobreviventes

Os Afogados e os Sobreviventes Primo Levi




Resenhas - Os Afogados e os Sobreviventes


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Laiana Silveira 06/01/2024

A cada leitura das obras de primo levi eu fico mais impactada com os detalhes dos relatos e a falta de ódio na escrita, mais evidente ainda nesse livro.

É angustiante a todo momento saber que aquilo aconteceu

É angustiante quando primo relata que pode acontecer novamente e de outras formas, a perseguição e aniquilação dos povos, e ninguém vai dar muita bola.. estamos vendo isso na prática
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comprido 22/11/2022

Necessário
Esse livro trás vários detalhes, do holocausto judeu, da visão primo levi, que foi para Auschwitz, contou detalhes do que viu, do que sentiu, bem melhor que muitos filmes, vale a pena a leitura.
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Gabrielle 14/10/2022

Um dos livros mais tocantes que já li, com uma abordagem (talvez consciente, talvez inconsciente) filosófica de Primo Levi acerca dos desdobramentos políticos e morais de Auschwitz e do horror nazista. Traz reflexões sobre culpa e vergonha (dos agressores, mas também - pasmem - das vítimas), sobre comunicação e linguagem em espaços que a lógica está absolutamente suspensa, sobre tempo e memória, sobre violência (que ele categoriza como útil ou inútil), sobre privilégios, deslumbres e conivências. De uma importância tamanha para nossa contemporaneidade e também para os tempos que hão de vir.
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Silva 01/06/2021

Impressões...
Começar ressaltando uma fala presente na conclusão que me parece expor bem uma das ideias centrais do livro:
"Poucos países podem dizer-se imunes em relação a uma futura onda de violência, gerada pela intolerância, pela vontade de poder, por razões econômicas, por fanatismos religiosos ou políticos, por atritos raciais. É preciso, pois, despertar nossos sentidos, desconfiar dos profetas, dos ilusionistas, daqueles que dizem e escrevem 'belas palavras' não apoiadas por boas razões".
Pois bem, perceber que o livro é fruto de reflexões maduras depois de longos anos após a publicação do É isto um homem? é fácil, é explícito. Mas se atentou para o fato da enorme preocupação com um possível retorno de Auschwitz? Em relacionar seu discurso ao contexto das crescentes ondas de violência mundial, dos governos ditatoriais e tudo mais?
E que as perguntas: por que não fugiram ou se rebelaram? Pensam tanto em sua consciência? Sendo retomadas inúmeras vezes, com uma necessidade de desconstruir alguns mitos e esteriotipos criados pela mídia em geral e de, até mesmo, ter que justificar os sentimentos de culpa presentes nos sobreviventes quando expostos a elas.
A meu ver, é um livro que faz um apelo, de modo sentimental e reflexivo, com base em seus testemunhos/memória, em busca de sensibilizar perante a crueldade que foi o holocausto. Agora, dessa vez mais consciente das outras tragédias, como Hiroshima e Nagasaki, Vietnã, etc. e em vistas de tentar minimizar a capacidade e disposição humana à violência contra o outro.
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Rafa 30/04/2021

Extremamente necessário!
Livros sobre sobreviventes de campos de concentração ou sobre a Segunda Guerra em geral sempre mexem muito comigo; são pesados e nos deixam incrédulos pensando em como tudo isso foi possível, e pior ainda, os acontecimentos são de pouquíssimo tempo atrás na História. Entretanto, acredito ser indispensável a leitura deles, ainda mais em momentos turbulentos como os que vivemos atualmente. Precisamos conhecer e estudar sobre todos os absurdos que ocorreram naquela época justamente para que não se repitam.
Primo Levi é sempre impecável na escrita, passando diversas emoções sobre o que viveu e reflexões que ele mesmo teve a partir disso. Neste livro traz reflexões sobre a lógica nazista da época, sobre sentimentos dos prisioneiros enquanto debate a dinâmica dos campos, a culpa que muitos sobreviventes sentiram e sentem até hoje; diversos temas que nem sempre encontramos em livros do gênero.
É até um pouco difícil explicar os sentimentos durante a leitura, mas recomendo muito esse e outros livros de Primo!
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Ju 03/04/2021

Você repensa sobre seu passado?
Este livro é uma revisita do Primo Levi a seus escrito do livro É isto um homem? Onde ele relembra sua experiência no campo de concentração em Auschwitz quase no fim de sua vida. Leitura interessante e valiosa.
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Vicente 09/02/2021

Triste porém necessário
Os afogados e os sobreviventes fecha a trilogia de Primo Levi sobre os horrores que ele viveu no campo de concentração de Auschwitz. Nesse capítulo o autor faz uma reflexão sobre o Holocausto 40 anos depois. Livro pesadíssimo porém necessário.
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Toni 24/01/2021

Leitura 04 de 2021
Os afogados e os sobreviventes [1986]
Primo Levi (Italia, 1919-1987)
Paz e Terra, 2016, 168p.
Trad. Luiz Sérgio Henriques

Quarenta anos separam ‘Os afogados e os sobreviventes’ de ‘É isto um homem?’, primeira obra de Primo Levi publicada apenas dois anos após o fim da Segunda Guerra. Diferente do relato testemunhal de 1947, o foco deste livro não será a memória pessoal do escritor, ainda que por vezes Levi tenha de se valer da mesma, tampouco a vida no campo de extermínio de Auschwitz. A reflexão, aqui, recai sobre aspectos ainda obscuros em torno da lógica de dominação dos Lager e busca, em última análise, tanto responder às perguntas do gênero “Por que não fugiram? Por que não se rebelaram?“, como tenta compreender em que medida o mundo concentracionário foi efetivamente derrotado ou representa risco de retornar.

O título se refere a duas categorias de vítimas da Shoah: na acepção de Levi, as “autênticas testemunhas” não seriam os sobreviventes, mas aquelas e aqueles que “fitaram a górgona”, atingiram o fundo e de lá não puderam voltar. Quem sobreviveu, sobreviveu por uma anomalia do sistema e sobre eles recai a obrigação moral de narrar não só o próprio destino mas também o daqueles que submergiram. Para Levi, o testemunho integral será sempre impossível, não só porque quem morre não pode contar a própria história, mas sobretudo porque, ainda que fossem trazidos de volta, aqueles que sucumbiram “já haviam perdido a capacidade de observar, recordar, medir e se expressar” semanas ou mesmo meses antes de entrarem nas câmaras de gás.

O livro trata das técnicas de desumanização do sistema concentracionário: a “violência inútil”, burocrática e eficientemente empregada na redução das vítimas àquilo que o discurso nazista já se empenhara em transformá-las; o isolamento linguístico; a exposição às intempéries; o constrangimento dos excrementos; a redundância ofensiva da nudez. Mas é, sobretudo, um alerta: “aconteceu, logo pode acontecer de novo”, diz o autor na conclusão. Uma vez que “poucos países podem dizer-se imunes em relação a uma futura onda de violência, gerada pela intolerância, pela vontade de poder, por razões econômicas, por fanatismos religiosos ou políticos, por questões raciais”, cabe a nós o dever da vigilância e da intervenção.
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va 13/08/2020

Nos confins da (des)humanidade
Nessa obra, Primo Levi aborda a história dos Lager (campos de concentração) e propõe responder pu refletir as questões que tanto consomem a mente de quem vê de longe os horrores do holocausto e não os entende: Por que os judeus não fugiram? Por que não se rebelaram? Somente os nazistas têm culpa?
Além disso, o livro propõe uma revisão de ?É isto um homem?? por isso recomendo a leitura deste último antes.

Apesar de poucas páginas, não pude ler de uma só vez. Não consegui. É um livro pesado. A todo momento eu quis fechá-lo, esquecer e fugir daquele passado (des)humano vil e sujo.
Por fim, para dizer que nenhum povo, nenhuma nação está imune à esse horror, deixo esse trecho de alerta:

?Poucos países podem dizer-se imunes em relação a uma futura onda de violência, gerada pela intolerância, pela vontade de poder, por razões econômicas, por fanatismos religiosos ou políticos, por atritos raciais. É preciso, pois, despertar nossos sentidos, desconfiar dos profetas, dos ilusionistas, daqueles que dizem e escrevem ?belas palavras? não apoiadas por boas razões?
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Rbn 21/07/2020

Trágico necessário
Relatos e reflexões de um sobrevivente do maior Lager nazista. Trágico por mostrar o quão inescrupulosa pode ser uma política autoritária e racista, mas necessário por macular a história e perpetrar uma cicatriz que deve ser olhada sempre, para que a repetição não seja uma possibilidade.
Para mim, talvez a parte mais importante seja a das cartas, que mostram a reflexão de alguns leitores do primeiro livro de Levi. Esta parte me fez pensar sobre como se ensina o nazismo nas escolas, e como eu aprendi: a causa total nas mãos de um único lunático megalomaníaco, muitas vezes não levando em consideração que tudo isso só foi possível com o apoio, a omissão e a conivência de boa parte da população.
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Monique @librioteca 03/01/2020

Fechando a trilogia de Auschwitz...
Se alguém por aqui ainda não sabe... Os Afogados e Os sobreviventes é o terceiro e derradeiro livro da trilogia de Auschwitz, de Primo Levi, e também o último livro publicado pelo autor em vida.
"É isto um homem?”, é o primeiro volume e um importante trabalho memorial. Um livro impactante que logo entrou para os meus favoritos da vida. Em seguida vem o livro “A Trégua”, onde Primo Levi deixa de ser um prisioneiro e encontra-se como um expatriado que precisa enfrentar uma longa e penosa viagem de volta para casa. Por fim, em Os Afogados e Os sobreviventes o autor, quase 40 anos após ter escrito o seu 1° livro, retoma sua reflexão sobre Auschwitz, e deixa um registro crítico e fundamental para que as novas gerações entendam o que foi o Holocausto, e com isso nunca permitam que a história se repita. Recomendo demais a leitura desses três volumes. Ferramentas poderosas que dão voz aos sobreviventes como um material extraordinário e de suma importância histórica e documental.
Davi.Felipi 14/11/2022minha estante
Agradeço a informação, eu só tinha lido o "É isto um homem? " Vou em busca dos outros.




Camila Faria 09/09/2016

40 anos depois do seu primeiro livro sobre o Holocausto, Primo Levi revisita alguns dos temas que o consagraram como um dos principais autores de memórias do século XX: o dia a dia de Auschwitz, a disciplina cega dos SS e as torturas físicas e psicológicas, entre outros. Mais do que contar uma história, o autor faz uma reflexão madura sobre a vida pós-campo de concentração e tenta responder a uma série de perguntas que o acompanharam por anos: Por que vocês não fugiram? Por que não se rebelaram?. Dolorido e necessário.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-11/
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Na Literatura Selvagem 09/07/2016

As narrativas pessoais de Primo Levi na Segunda Guerra Mundial: Os afogados e os sobreviventes
Delitos. Castigos. Penas. Impunidades. São termos que se encaixam nos horrores que ocorreram com os judeus, no período em que ficaram presos em vários campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. E Primo Levi, sobrevivente de um desses lugares horríveis trás em seu livro Os afogados e os sobreviventes relatos sobre tudo o que ele vivenciou e que foram registrados por outros desde a época...

Uma das propostas da obra é desmistificar a romantização pós-guerra relacionada aos judeus sobreviventes, provenientes da literatura e do cinema. Tenta mostrar de forma mais crua e realista o quão 'perdida' estava aquela geração que sobreviveu fisicamente mas tiveram seu psicológico destruído, sofrendo as conseqüências anos depois... As notícias que se espalhavam sobre o holocausto beiravam o absurdo, a ponto de se tornarem inacreditáveis. Em vários momentos o mundo duvidou de tais testemunhos, por soarem cruéis, bizarros e desprovidos demais de humanidade... Mas foram reais...

A própria população alemã sabia exatamente o que ocorria com os judeus que eram levados aos campos de concentração? No que consistia a 'Solução Final'? Fingir não saber ou desviar-se dos fatos era uma maneira de aliviar a culpa do Holocausto? As indústrias lucravam fornecendo fornos crematórios aos campos nazistas, ignoravam deliberadamente sua utilidade pois o lucro era mais valioso.

leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/07/as-narrativas-pessoais-de-primo-levi-na.html
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Lê Golz 17/06/2016

Quem foi torturado permanece torturado
Os afogados e os sobreviventes, uma obra relançada pela Paz & Terra (Grupo Editoral Record), é narrada por Primo Levi, um judeu italiano que foi um dos pouquíssimos sobreviventes do campo de concentração nazista Auschwitz. Essa não é a primeira obra em que o autor relata sua história, mas aqui ele traz uma reflexão sobre as reações distintas entre os prisioneiros, e ainda questiona sobre o motivo porque muitos deles não se rebelaram ou aceitaram funções em que os colocariam contra sua própria etnia.

Primo Levi foi um dos poucos, que após sobreviver, não teve medo de contar tudo que passou e revelar como era o dia a dia em Auschwitz, enquanto muitos se calaram para sempre. Dividida em capítulos, essa obra traz em cada um deles, uma reflexão acerca das memórias do autor. Um dos capítulos mais fortes é "A vergonha", em que Levi revela a reação de muitos e dele próprio diante da libertação dos prisioneiros. Quem poderia imaginar que a alegria em estar livre da opressão dos soldados da SS não era o sentimento mais constante entre os prisioneiros, mas sim a vergonha por sua condição? Esse é um dos capítulos que merece mais destaque e que me envolveu completamente.

A narrativa é densa, não nego, mas facilmente se percebe a intensidade com que Levi escreveu essa obra. As páginas são recheadas de melancolia e algumas passagens soam tão pessimistas que pode deixar o astral do leitor totalmente para baixo. Mas como poderia ser diferente? Estamos falando da Alemanha nazista e de um homem que foi preso, humilhado, subjugado apenas porque nasceu judeu. Diante disso, não passará despercebido o quanto, mesmo após 40 anos do fim da guerra, a vida e a mente de Levi ainda estava marcada pela experiência do Holocausto.

"Creio que é exatamente a esse recuo para observar a 'água perigosa' que se devem os muitos casos de suicídio após (às vezes, logo após) a libertação. (...) Inversamente, todos os historiadores dos Lager (campo de concentração), inclusive dos soviéticos, são concordes em observar que os casos de suicídio durante o cativeiro eram raros." (p. 59)

Quanto a parte física, a obra traz uma capa que faz jus ao enredo, folhas amareladas com uma ótima fonte e espaçamento. A revisão também está impecável.

O Holocausto é um pedaço da história da humanidade que já rendeu muitos livros na literatura, mas Os afogados e os sobreviventes não é só apenas mais uma obra comovente sobre o assunto, é um relato real e forte de quem sentiu na pele, literalmente, a mão nazista. Esse livro me fez pensar muito em como nem todos os sobreviventes desejaram a libertação, e sim a morte, e mesmo para aqueles que desejaram, que vida os esperava depois de passar por Auschwitz?

Como não poderia ser diferente, recomendo esse livro para quem tem grande interesse pelo assunto e gosta de obras exatamente assim, fortes, por mais que doa, e reais, que não ocultam a verdade.


"Quem foi torturado permanece torturado. (...) Quem sofreu o tormento não poderá mais ambientar-se no mundo, a miséria do aniquilamento jamais se extingue. A confiança na humanidade, já abalada pelo primeiro tapa no rosto, demolida posteriormente pela tortura, não se readquire mais." Jean Améry

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2016/06/resenha-os-afogados-e-os-sobreviventes.html
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Fer Kaczynski 29/05/2016

Neste relançamento da editora Paz e Terra, pertencente ao Grupo Editorial Record, nos traz um relato comovente do autor Primo Levi, um judeu italiano que presenciou de perto os horrores dos campos de concentração, claro que lemos e leremos vários livros com histórias semelhantes, mas cada sobrevivente tem a sua visão e cada uma delas merece ser contada e lida, principalmente nos tempos obscuros em que vivemos, onde a extrema direita novamente parece ter alguma voz ativa pelo mundo.

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2016/05/resenha-os-afogados-e-os-sobreviventes.html
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