Dada 11/06/2012Excelente!Sensação ao terminar de ler esse livro: espanto, admiração, adrenalina. É um livro tipicamente escrito por Robert Ludlum com muitas intrigas, conspirações políticas e assassinato.
Como eu gosto do gênero já li diversos livros de ação e às vezes sinto um certo desconforto por parte do escritor ao descrever cenas de ação ou muito agitadas que envolvam lugares abertos, por exemplo. Acho um dos grandes destaques nos livros do Ludlum que já tive a oportunidades de ler, que é a sua capacidade de fazer descrições enxutas de cenas de perseguição e de ação em geral. Acho que não é fácil para quem está escrevendo nem para quem está lendo, mas ele consegue magistralmente fazer com que as cenas fiquem mais fáceis de serem lidas.
Joel Converse, um ex- piloto das Forças Armadas dos Estados Unidos, que agora trabalha como advogado acaba envolvido em uma conspiração de militares de alta patente para instaurar uma nova forma de governo, controlado e administrado por eles. Para isso eles utilizam o caos. Joel fica no epicentro dessa confusão, sem saber em quem confiar ele passa a ser o homem mais procurado de toda a Europa, acusado de diversos assassinatos, pelos homens que veem nele uma ameaça a Aquitânia. Como conseguir escapar dessas figuras poderosas que querem impedi-lo? Como passar despercebido pelas autoridades? Por isso Joel foi escolhido, pois só um homem que desconfia da própria sombra é capaz de tal proeza.
O livro inteiro tem um ritmo acelerado, onde Joel é vai de um país a outro reunindo informações e fugindo de seus algozes. Eu realmente fiquei com muita pena dele afinal todo mundo que tentava ajuda-lo era morto. O aspecto psicológico do homem Joel também é importante, porque ele é um sobrevivente da guerra do Vietnã e os generais é tudo o que ele mais rejeita.
Reconheço que tive um pouco de receio de ler um livro tão antigo, por achar que ele seria “ultrapassado”, afinal ele tem quase trinta anos. Um preconceito tolo, pois o livro é ótimo. E olha que o meu livro é velho viu, fiquei até receosa de pegar alguma doença respiratória de tão amarelado e manchado que ele está.
Talvez uma coisa que tenha me incomodado nesse livro é aquela máxima de superioridade norte-americana, tipo “vamos salvar o mundo das caras maus, nós somos os bons”, mas isso é uma coisa que eu vejo em muitos outros livros.
Enfim, o livro é muito bom e recomendo que todos que gostam de uma boa conspiração leiam