spoiler visualizarrafa 16/06/2017
Resenha: Felizmente, o Leite
Felizmente, o leite conta a história de uma família formada por quatro pessoas que não falam os nomes, apenas se referem como Mãe, Pai, Eu e Irmã.
A Mãe sai para uma viagem e deixa o Pai tomando conta dos filhos e passa muitas tarefas para que ele siga na risca.
“– Pra não me esquecer de levar as crianças no ensaio da orquestra no sábado; na quarta à noite tem ensaio de violino; você etiquetou e congelou um jantar para cada noite; a chave reserva da casa está com os Nicolsons; o encanador vem na segunda-feira de manhã e não é pra gente usar o banheiro do andar de cima antes disso; alimentar o peixinho dourado; você ama a gente e vai voltar na quinta – respondeu o meu pai.
Acho que a minha mãe ficou surpresa.
– É, isso mesmo – admitiu e nos beijou em seguida. E aí ela avisou: – Ah, está quase acabando o leite. Você tem que comprar mais.”
Então o Eu e a Irmã precisam do leite para tomar junto com o cereal matinal, eles insistem até que o Pai vá comprar o leite, então ele sai. As horas começam a passar e nada dele voltar, o Eu e a Irmã já estavam desistindo de comer cereal com leite, até que o Pai chega todo ofegante.
“– Por onde você andou esse tempo todo? – perguntou minha Irmã.
– Ah! – respondeu meu pai. – Hum… então… engraçado você perguntar isso.
– Esbarrou com alguém que você conhecia – arrisquei. – E perdeu a noção do tempo.
– Eu comprei o leite – disse meu pai.[…].”
Então o Pai começou a contar uma história esquisita demais. Esquisita mesmo.
Começou dizendo que ouvi E. T.s invadindo a rua, e esses E. T.s queriam redecorar o planeta Terra. Queriam raspar toda as árvores e depois trocar a lua por um “lindinho” prato de porcelana com um gatinho pintado nele, colocar grandes flamingos espalhados pelo mundo no lugar das árvores e trocar as montanhas por almofadas coloridas.
O Pai estava em apuros, eles acreditavam que ele era representante da Terra. Ele não sabia para onde ir, até que encontrou uma porta: “SAÍDA DE EMERGÊNCIA, NÃO ABRA POR MOTIVO ALGUM, ESTAMOS FALANDO COM VOCÊ!”. E o pai meio doido abriu a porta e pulou.
Ele acabou caindo no Mar, onde foi socorrido por piratas do Século XVIII, a capitã era a Rainha dos Piratas. Ela e a tripulação queriam saber o que aquele homem estava fazendo ali no meio do Mar e ele apenas disse que estava comprando leite para os filhos quando tudo aconteceu. A Rainha dos Piratas disse que iria jogá-lo no Mar por mentir a ela, e ele perguntou:
“– E quanto a andar na prancha? – perguntei.
– N UN C A ouvimos falar nisso! – responderam os piratas.
– Andar na prancha! – exclamei. – É isso que os piratas de verdade fazem! Olhem, vou mostrar a vocês. Tem uma prancha em algum lugar por aqui?”
Demorou até que os piratas fizessem aquilo, então surgiu a tradição de Andar na Prancha. Olhando para baixo havia muitas piranhas, e o Pai narrando a história foi atrapalhado pelos filhos que questionaram: “Mas piranhas não são de água doce?”. E o pai respondeu: “Você tem razão, as piranhas aparecem mais tarde.” E ele continuou narrando a história. Perto de cair no Mar ele ouviu um grito vindo de cima: “Pegue a corda”. O Pai olhou para cima e havia um balão enorme de ar quente. Sem pensar em mais nada a não ser fugir dos piratas o Pai pegou a corda e subiu deixando para trás os piratas. Chegando lá em cima viu que quem dirigia o balão era um estegossauro, na realidade uma estegossauro, que era cientista e chamava o balão de Transportador Pessoal Redondo Flutuante de Esteg ou apenas TPRFE. Então Esteg explicou ao Pai que o balão era na realidade uma máquina do tempo, e Esteg apertando um botão enorme vermelho – que fora dado o nome de botão por causa de uma tia que se chamava Botão.
Eles chegaram em uma base ao lado de um vulcão. O Pai notou homens e mulheres selvagens andando a todos os lados e apontando para o balão. Um dos homenzinhos chegou mais perto e disse qua havia uma profecia falando sobre aquele dia.
“A profecia diz que, quando isso acontecer, se o homem erguer o leite, então não podemos sacrificá-los, mas teremos que levar os dois até o vulcão e lhes dar, como presente, a joia verde, que é o Olho de Esplod.”
Esplod é o vulcão. O Pai e Esteg correram para pegar a esmeralda e conseguir voltar para o futuro, e outras coisas doidas aconteceram, assim que retiraram a esmeralda do vulcão ele despertou. E ainda aconteceu mais, um Pai e Esteg apareceram por lá, deixando o tempo e espaço confuso. O universo sacudiu e colocando a esmeralda no botão do TPRFE, Esteg e Pai voltaram para o futuro, mais para um lugar muito ruim, dentro da nave dos E. T.s.
Eles ainda queriam redecorar a Terra e para intimidar os seres humanos chamaram, os piratas da Rainha dos Piratas, as piranhas, os homenzinhos selvagens e o próprio vulcão/deus Esplod estava lá. Eles começaram a brigar e como Pai era inteligente com a confusão que sucedera alguns segundos antes tomara o outro leite do Pai do futuro e ameaçava tocar os dois e causar o fim do universo se os E. T.s, piratas, homens selvagens e Esplod não saíssem e deixassem ele em paz para levar o leite aos filhos. Só que a ameaça foi cortada por causa de uma forte batida na nave.
“– Abra é a Polícia Espacial. – gritou uma forte voz vinda do lado de fora.”
Os E. T.s abriram a porta e deixaram a polícia entrar, eles eram dinossauros e o chefe deles era um tiranossauro rex. Os dinossauros conheciam Esteg e começaram a bater um papo. Então Pai lembrou eles por que eles estavam ali. Eles prenderam os E. T.s por redecorarem outros dezesseis planetas.
Esteg se despediu de Pai e voltou para o passado junto com a Polícia Espacial, os piratas, as piranhas, os homens selvagens, e o deus/vulcão Esplod. Assim o Pai chegou em casa e deu o leite para os filhos.
Depois de terminar de contar a história, ele colocou um pouco do leite no chá e foi ler o jornal enquanto os irmãos digeriam a história doida que seu pai havia contado. Mais na cozinha havia indícios para a história ser mentira, desenho de vulcão na geladeira, dinossauros de plástico em cima do balcão, homenzinhos selvagens em um cartaz de filme na revista em cima da mesa e o documentário das piranhas que estava em destaque no Discovery Channel.
Tipo de narrador: narrador personagem.
Personagens e características: Pai: falador, com forte imaginação. Eu: paciente e necessitado de lactose. Irmã: vaidosa e boa ouvinte. Mãe: faladora e sistemática.
Espaço: casa da família, rua, nave espacial, mar, navio pirata, balão (Transportador Pessoal Redondo Flutuante de Esteg), vulcão.
Tempo: variado.
A parte mais triste: não houve.
A parte mais alegre: todo mundo dentro da nave espacial.
Dez vocábulos diferentes: os nomes dos dinossauros, entre eles estegossauro e pterossauro.
O que você mudaria: eu mudaria a parte em que todos estão dentro da nave, onde o Pai ameaça de destruir o universo com o toque das duas garrafas de leite de tempos no espaço diferente. Fazeria com que houvesse uma tentativa maior de redecorar a Terra assim ele chegaria a tempo de apertar o botão junto com Esteg mandar a nave para um lugar diferente no espaço, longe da Terra e onde a Polícia Espacial poderia prendê-los.