Os invernos da ilha

Os invernos da ilha Rodrigo Duarte Garcia




Resenhas - Os invernos da ilha


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Alexx 09/07/2023

Por favor leia esse livro.
Sério, é um livro muito bom e trata de coisas até que legais,tinha lido um livro que se passava numa ilha e tinha um romance, e honestamente, não tem comparação,a escrita é maravilhosa,tem todo um estudo/reflexões interessante sobre religião e essas paradas,os personagens são todos muitos reais,o trio principal tinha uma química perfeita, enfim adorei.
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Romeu Felix 29/05/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
Introdução:
"Os Invernos da Ilha Rodrigo", escrito por Duarte Garcia e publicado em 2016, é um romance que se passa na fictícia Ilha Rodrigo, um local isolado e cheio de mistérios. Nesta obra, o autor apresenta uma história envolvente e cativante, explorando temas como amor, amizade, segredos e superação.

Resumo do conteúdo:
O livro narra a história de um grupo de personagens que vivem na Ilha Rodrigo, um lugar afastado e marcado por invernos rigorosos. A trama se desenrola ao longo de diversas estações do ano, revelando segredos e conflitos que envolvem os moradores da ilha.

Personagens principais:

João: Protagonista da história, um jovem pescador que enfrenta desafios pessoais e se envolve em um romance complicado.
Maria: Interesse amoroso de João, uma mulher misteriosa e enigmática que guarda segredos do passado.
Pedro: Amigo próximo de João, um homem sábio e experiente que desempenha um papel importante no desenvolvimento da trama.
Ana: Amiga de infância de João, uma figura determinada e corajosa que enfrenta seus próprios dilemas.
Desenvolvimento da história:
A narrativa se desenrola em uma atmosfera envolvente, onde a ilha e seus invernos rigorosos desempenham um papel simbólico na vida dos personagens. Conforme a história avança, segredos são revelados, relacionamentos são testados e os personagens são confrontados com escolhas difíceis.

Temas abordados:

Amor e relacionamentos: O livro explora as complexidades dos relacionamentos amorosos, mostrando como o amor pode ser ao mesmo tempo belo e complicado.
Superando adversidades: Os personagens enfrentam desafios e precisam encontrar forças para superar obstáculos emocionais e físicos.
Segredos e mistérios: A trama é permeada por segredos que são revelados ao longo do livro, criando tensão e curiosidade no leitor.
Conexão com a natureza: A Ilha Rodrigo e seus invernos severos são retratados como elementos que influenciam a vida e as emoções dos personagens.
Conclusão:
"Os Invernos da Ilha Rodrigo" de Duarte Garcia, publicado em 2016, é um romance envolvente que transporta o leitor para a fictícia Ilha Rodrigo, onde segredos, amores e mistérios se entrelaçam. Com 462 páginas e escrito em português, o autor constrói uma trama cativante, explorando temas universais como amor, amizade e superação. Ao longo da narrativa, o leitor é levado a refletir sobre os desafios enfrentados pelos personagens, enquanto descobre os segredos que permeiam a ilha. "Os Invernos da Ilha Rodrigo" é uma leitura recomendada para aqueles que buscam uma história emocionante e cheia de reviravoltas.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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AnaClaraGurgel 14/12/2022

Promete, mas não cumpre.
O livro tem um começo interessante, a construção do personagem principal e da trama são bem feitas, mostrando uma técnica literária que promete uma história excelente, mas fica por isso mesmo, só pelo começo.

Existem muitas pontas soltas ao longo do livro que não se fecham no final, nem mostram que estão se encaminhando para uma resolução, e o autor parece ter o hábito estranho que já vi em outros autores brasileiros atuais de colocar a narrativa a perder por detalhes ridículos e absurdos, que não fazem nenhum sentido, são apenas inverossímeis, e o pior: o leitor que fizer a suspensão da descrença não será recompensado por nenhuma genialidade ou grande obra, tão-somente se sentirá traído, sentirá que essa ficção não é boa. Se é algum guru ou ministrante de curso que está dizendo a essas pessoas que apelar ao absurdo é bom, alguém precisa avisá-las de que o absurdo precisa ser crível. Talvez elas possam se inspirar em Houellebeq e aprenderem como se faz.
Até agora, só o Carreira salva a literatura brasileira atual, motivo pelo qual aguardo ansiosamente seu romance de estreia.
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Vitorito 23/02/2022

Um Clássico atual
Um misto de aventura e introspecção, com elementos que enriquecem muito a leitura. Passado, fé, paixão, vida, mar e ilha. Se tornou um dos meus favoritos, uma descoberta nacional!
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Darllan.Senna 16/08/2018

Onde as palavras dizem mais
Em os Invernos da Ilha, Rodrigo Duarte Garcia me deixou com certa tristeza por terminar uma boa obra. Isto não significa que o romance é perfeito. Longe disso. Às vezes é arrastado. No entanto, a profundidade filosófica e as soluções narrativas coerentes e um tanto quanto inesperadas fazem do autor um romancista em potencial para fincar uma bandeira de um grande autor brasileiro da atualidade. O que o tempo dirá sobre este autor? Sorte de principiante? Um ponto fora da curva? Ansioso por desvendar mais esse mistério, juntamente com a habilidade de Garcia de expressar nas palavras um significado transcendente.
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Camila Faria 23/08/2017

Florian Links está à procura de exílio e paz. Ele desembarca num mosteiro, numa ilha isolada, fria e hostil na costa chilena, onde reencontra um amigo de infância e conhece um professor, envolvido na tradução de um diário de piratas holandeses do século XVI. Dividido entre a rotina monástica e a vida mundana, Florian precisa decidir o que é mais importante: a busca por si mesmo ou a busca por um tesouro perdido. O livro alterna passagens da vida na ilha com trechos do diário-pirata, instigando o leitor a querer desvendar os mistérios junto com os personagens. Mas confesso que me envolvi mais na primeira parte do livro, mais melancólica e introspectiva, do que quando a aventura efetivamente começou. Sinto que a introdução dos personagens Viviana e Jorge deu uma infantilizada na história e alguns acontecimentos surreais durante a busca ao tesouro foram um tiquinho “realismo fantástico” demais para o meu gosto. Mas é um romance de estreia bem interessante ~ curiosa para ver o que o autor vai lançar em seguida.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-17/
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Rodrigues_Raquel 15/04/2017

Os Invernos da Ilha – Rodrigo Duarte Garcia
Autor: Rodrigo Duarte
Páginas: 462
Ano: 2016
Editora: Record
Adicione: Skoob


Sinopse: Romance de estreia do jovem autor Rodrigo Duarte Garcia tratado desde já como o Conrad brasileiro
Os invernos da ilha é um livro de aventura, como não há no Brasil, que reúne um herói atormentado (e logo apaixonado), uma ilha fria e hostil escolhida como exílio (num convento misterioso), a descoberta de um diário de piratas (e, assim, a reconstrução de uma incrível história de corsários) e a busca por um tesouro escondido. Como diz Martim Vasques da Cunha no texto de orelha: Rodrigo já pertence à categoria dos mestres. Os invernos da ilha costura Wallace Stevens, Melville, Conrad, Patrick OBrien, os filmes de Indiana Jones, Os Goonies sobrando até mesmo para o compositor Rachmaninoff , com tamanha habilidade, que o leitor ficará atônito ao perceber que, no meio disto tudo, há a alegria de narrar uma verdadeira história.

Resenha:

O livro é dividido em três partes, mas vou contar no geral.

De partida conhecemos Florian que chega a ilha com duas intenções: visitar seu amigo Fernando e tornar-se monge no mosteiro.

Em contra partida ele é apresentado ao Rousseau que está traduzindo o diário de Olivier Van Noort e se interessa pela história que o professor lhe conta sobre o tal diário.

Entre idas e vindas para dar aula, em uma escola, de literatura encontra Cecília e se apaixonada por ela.

Ficamos entre a vida antes de o Florian ir para o mosteiro, e traduzir do diário de Van Noort e a aventura de um caça de tesouro.

Florian uma personagem com defeitos e erros humanos.

Rousseau perspicaz, pedante

Cecília solitária, carente, independente

A narrativa do livro é muito boa. Só me incomodou as frases, com trechos em inglês, francês e até latim, achei um pouco exagerado, mas no mais não altera a história, só quebra um pouco se você não sabe muito essas línguas, como eu! Por ser o primeiro livro e brasileiro está de parabéns, história incrível, personagens fortes e cada um com uma evolução gradativa mais bem perceptível.

Recomendo a todos que gostam de história, que amam histórias de caça ao tesouro, navios e afins. Ela te prende e você se envolve com os personagens de uma maneira tão boa que você não vê a hora de acabar e pensar não tinha pensado que aconteceria isso.

Gostei do final. Achei que o Florian como personagem terminou muito bem.

site: http://www.eupraticolivroterapia.com.br/2016/06/resenha-os-invernos-da-ilha-rodrigo.html
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Daniel 18/01/2017

Todo dia é silencioso e cinza
Gostei muito deste livro! O cenário é a Ilha (fictícia) de Sant’Anna Afuera, no oceano pacífico. É onde duas narrativas se intercalam: uma nos dias atuais e outra em 1600, época dos navegadores europeus se aventurando na selvagem América do sul. A trama antiga foi baseada nos diários de bordo do navegador holandês Olivier van Noort (que existiu realmente). A trama dos dias atuais, principal e fictícia, é contada pelo personagem Florian Links, um atormentado professor que vai buscar refúgio no Mosteiro Da Santa Cruz, de monges beneditinos, e sua história aos poucos é revelada ao leitor num relato íntimo em primeira pessoa.

Personagens interessantes e bem construídos como o pedante Professor Rosseau e a médica Cecília acompanham de perto nosso melancólico narrador, com suas (muitas) dúvidas e (poucas) certezas...

É difícil dar ao leitor uma ideia do que seria este livro. Me pareceu algo entre “O Nome da Rosa” (alguma filosofia, mas com muito mais leveza e fluidez) e “Barba ensopada de sangue” (pelo clima invernal litorâneo). Outras influências poderão ser percebidas mais facilmente: Mody Dick, O Coração das Trevas, A ilha do tesouro... Mas não sei se “livro de aventuras” seria uma classificação correta... Porque o ritmo, pelo menos na primeira parte (mais da metade do livro) não é de um livro de ação... E isso não quer dizer que a narrativa seja cansativa ou enfadonha, pelo contrário!, mas o que sobressai são as reflexões do desencantado narrador: “A sensação de estar em um ponto intermediário e vertiginoso, esperando alguma coisa acontecer. E nada acontece.” Outro trecho: “Eu vestia as roupas da inocência com tamanho desejo de que me servissem a qualquer custo, que chegava quase a acreditar naquele papel que então representava”. A aventura propriamente dita só começa mesmo na segunda parte do livro, que corresponde mais ou menos ao seu terço final. Eu gostei muito! Foi o tipo de livro que carreguei comigo prá todo lado, em qualquer folga lia um trecho.

“Os invernos da ilha fazem isso. Esse mar imenso arrebentando, carrancudo, e nós aqui, tão pequenos. Mas depois passa. Logo chega a primavera e tudo passa, o senhor vai ver. Passa logo.”

GilbertoOrtegaJr 18/01/2017minha estante
Dan, que resenha incrível, anotei para ler ;)


Daniel 18/01/2017minha estante
Eu adorei! Há tempos um livro não me empolgava tanto.


GilbertoOrtegaJr 18/01/2017minha estante
fico feliz em ver que parece que vc está voltando ao seu ritmo de leitura...e só pela menção do barba ensopada já vai para a lista.


Ana 18/01/2017minha estante
hmm tenho me esperando no kindle e vai furar fila! :)


Daniel 18/01/2017minha estante
Eu adorei, Ana! Nao encare como um livro de aventuras...


Marcelo 01/08/2018minha estante
Esse é mais um livro que eu peguei numa troca aqui no Skoob depois de ler uma resenha sua, Daniel. Obrigado!


Daniel 24/07/2019minha estante
ah que bom ler isso, Marcelo ; )




Gabi 28/09/2016

Não imaginava que melancolia com aventura seria tão bom!
Florian Links é um professor que está chegando na Ilha de Sant'Anna Afuera para passar um tempo no Mosteiro da Santa Cruz, afim de fugir de um passado doloroso e tentar dar um direcionamento ao seu futuro. Ao longo dos dias Florian vai tentando se habituar ao clima sempre fechado e melancólico que a ilha possui, a rotina rígida que ele, mesmo hóspede, tem que seguir, as pessoas e aos seus pensamentos, sempre fugindo do ideal.


"A gravidade daquele silêncio monástico sempre me impressionou e diria que teve até mesmo um papel fundamental para que eu viesse à ilha. Atraía-me a ideia de apenas ficar calado. Mudo, sem precisar explicar nada a ninguém. Ora et Labora, isso era tudo, e bastava-me para construir os muros de que tanto precisava." (p. 23)

O que me atraiu a pedir esse livro foram duas coisas: a escrita poética e melancólica, misturada com uma aventura no estilo de piratas. Nunca imaginei uma combinação dessas, e essa curiosidade foi que me motivou a conhecer a história, mas infelizmente, não foi tão satisfatório assim.

O livro é misturado entre passado e presente e temos duas histórias entrelaçadas. A primeira é a do próprio Florian, que no presente, nos conta que os fatos contados é sobre o que lhe aconteceu um ano antes, desde que chegou à ilha, até a um acontecimento extraordinário, que o motivou a fazer esse relato. A segunda parte é passado nos anos de 1599, e nos conta a vida do corsário holandês Olivier van Noort, desde o início a sua jornada, até o momento em que chega na ilha por volta de 1600, onde ocorre uma invasão. Essa parte da história são pequenos recortes de um manuscrito escrito pelo própior van Noort e encontrado no mosteiro.

Tudo que conhecemos da histórias e dos acontecimentos que sucedem a chegada de Florian a ilha é contato pelo seu ponto de vista, então tudo é mostrado de uma forma bem pessoal e cheio de percepções do próprio. Florian é um homem que sofreu muito no passado, o que faz se condenar constantemente por qualquer pensamento positivo. Sua melancolia e tristeza é bem sentida por nós, e nos faz perceber o quanto o ser humano é frágil e covarde em certos momentos (e que isso não é algo ruim). Apesar disso me irritar em algumas partes, eu gostei dessa intimidade com o personagem, porque realmente nos sentimos dentro dele, e acabamos por sentirmos uma familiaridade em alguns pensamentos e ações.


"Afinal, o que seria uma gota a mais de culpa nos ombros, para quem já carregava duas cisternas cheias?" (p. 201)

A vida de Florian no mosteiro muda quando ele começa a se relacionar com o professor Rousseau, que está no mosteiro por conta de um estudo e Cecilia, a médica do vilarejo. Rousseau está estudando sobre o misticismo em volta do milagre e chega a ilha por conta de um padre que enfrentou van Noort em sua invasão, e no momento está traduzindo o diário do corsário, afim de obter mais informações sobre o que realmente aconteceu. Depois de um tempo descobrimos o verdadeiro objetivo do professor, que é ir atrás de um tesouro que pode estar escondido na ilha. Eu odiei esse personagem desde que ele apareceu. Rousseau é arrogante, se acha o sabichão e inteligente e a todo momento tenta diminuir Florian intelectualmente. Mas, infelizmente, ele é um personagem importante ao enredo. Cecilia é uma mulher que atravessa a vida de Florian de repente, e ele começa a se sentir atraído por ela, e com o passar do tempo ela acaba se envolvendo nessa jornada em busca do tesouro. No fim, eu acabei achando-a manipuladora e falsa, mas enfim. Mas também temos outros personagens importantes para o enredo e que me cativaram bastante, como o dom Fernando, Viviana e seu irmão Jorge.

O livro é dividido em três partes e a primeira foi a que mais me trouxe problemas. O que me desanimou com o livro foi o tempo que passei para lê-la. Quase dois meses de luta até enfim terminar a história foi o que me desanimou com tudo. A primeira parte é bem introdutória e a mais pessoal. Conhecemos a rotina de Florian e como ele está se habituando à nova vida ali no mosteiro, além de alguns flashes do seu passado, onde conhecemos mais sobre sua vida na adolescência e ao grande fato que o fez parar no mosteiro. Como disse antes, ele é bem melancólico e isso irritou um pouco. A autodepreciação que ele sentia às vezes me parecia exagerada, o que dava vontade de entrar na história e dar uns tapas na cara dele, fazendo com que acordasse para vida. A segunda parte é quando a vida de Florian dá uma guinada inesperada (ou não tão inesperada assim), que o faz mudar de rumo. A partir desse ponto a história fica mais interessante e mais com o ritmo de aventura, até que chega a terceira e última parte, onde temos a jornada em si.

No geral, Os Invernos da Ilha é muito bom e vai te fazer refletir bastante sobre a natureza humana, a força da fé e a como podemos seguir nossas vidas depois de algumas tragédias. Essa mistura de melancolia com aventura caiu super bem, graças a escrita do Rodrigo, que é bem rica e detalhada. Adorei as partes do manuscrito de van Noort, pois tive uma outra visão dos corsários, e apesar de tudo, simpatizei muito com Florian e seus sentimentos. A jornada não deixa a desejar, trazendo alguns elementos novos ao desenvolvimento e o fim da história foi bem bacana, adequado a personalidade do protagonista. O que me desanimou mesmo foi o arrastamento na primeira parte do livro (que é mais da metade da história), mas não desistam, o restante vale mesmo a pena.

Beijos e até a próxima. Não deixem de conferir a resenha na íntegra, lá no blog.

site: www.reinodaloucura.com
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Lê Golz 21/09/2016

O que despertou meu interesse em Os invernos da ilha, foi a sinopse e sua promessa de muita aventura, com a reconstrução de histórias de corsários e uma caça ao tesouro. A obra vai um pouco além disso e embora minhas expectativas fossem boas, acabei não gostando de tudo que o livro apresentou. Em sua estreia, Rodrigo escreveu um bom livro e merece muitos elogios, porém, não me envolvi completamente nessa viagem.

A trama gira em torno de Florian Links, que narra sua chegada à ilha isolada de Sant’Anna Afuera, onde decidiu morar em um mosteiro, tornar-se monge e refletir sobre seu passado. Contudo, para tornar-se monge necessitaria de um tempo de experiência até a decisão final. Logo no primeiro dia na ilha ele conhece o professor e antropólogo Philippe Rousseau, a quem passa a trocar diálogos irônicos. Rousseau está estudando o diário do holandês Oliver Van Noort, um corsário que de acordo com as escrituras históricas de seu relato, havia invadido a ilha em 1600 e em uma fuga às pressas teria jogado um grande tesouro ao mar. Mas conforme acredita o professor, o tesouro poderia ter sido escondido na ilha, uma vez que havia diferenças de dados nos registros.

Florian acaba se interessando pelos estudos de Rousseau, e juntos, por meio de um misterioso poema que ao que tudo indica é a principalmente pista para o tesouro, irão investigar onde essa riqueza poderia estar escondida na ilha. Portanto, partindo dessa premissa, o autor trabalha com contextos históricos, onde descreve as navegações e aventuras dos piratas holandeses do século XVI, ao mesmo tempo que desenvolve os anseios e dúvidas do protagonista no momento presente.

A ideia de ter uma ilha isolada como pano de fundo e histórias antigas de navegações é muito interessante, e torna-se totalmente claro no decorrer da obra, o quanto o autor realizou uma pesquisa trabalhosa para isso. Não há como negar, sua narrativa é excelente, com riqueza de detalhes e os pensamentos mais íntimos do protagonista. Porém, tantos detalhes e descrições de contextos históricos acabou por tornar a leitura mais lenta e cansativa. As primeiras cem páginas foram muito maçantes, até que a história começou realmente a me prender.

A melancolia das reflexões de Florian foi o que me instigou a continuar a leitura. Carregando uma enorme culpa de acontecimentos do passado, ele narra suas reflexões com total intensidade. Florian é um homem cheio de dúvidas, culpas e comete seus erros como todos nós. O desenvolvimento desse personagem me agradou bastante. O professor Rousseau, confesso, me desagradou até metade do livro com todo o seu egocentrismo. Mas aos poucos a convivência com esse personagem foi me agradando. O clima de aventura na busca pelo tesouro ficou mais presente depois de muitas e muitas páginas. Mas quando enfim apareceu, tornou a narrativa um pouco mais ágil e interessante, e como descrevia a sinopse: me lembrou bastante Indianas Jones.

"Talvez fosse a reação natural de desejar com maior intensidade o que nos é tirado, mas, caminhando no meio da mata com o conforto do Santíssimo à frente, passo a passo consolidava-se a certeza de que partir era apenas péssimo; sair vagando por essa ilha semipolar, em busca de um tesouro pirata, beirava a insanidade." (p. 306)

Os invernos da ilha é um livro para ser lido com calma e paciência. Se as primeiras páginas não agradarem, em determinado momento a leitura pode te fisgar. Não me envolvi tanto com a obra quanto gostaria, mas cada leitor tem seu ponto de vista. Esse livro de certo não agradará quem procura por uma obra mais leve, rápida e com grandes reviravoltas e surpresas, mas pode ser proveitosa para quem quer desbravar uma história de aventura com um rico conteúdo histórico e, claro, toda a melancolia do protagonista. Por ser uma obra nacional e a estreia do autor, ainda quero desbravar outros livros e ver o que Rodrigo ainda tem para nos mostrar.

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2016/08/resenha-os-invernos-da-ilha.html
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Livros Encantos 05/08/2016

Os invernos da ilha - Blog Livros Encantos
Nosso protagonista Florian está se corroendo em culpa e pensa em se tornar um monge beneditino através de seu amigo, passa a integrar o convento, seguindo as regras estabelece sua rotina.

No mosteiro ele conhece o Professor Rousseau, um francês muito vaidoso e com ar arrogante, o mesmo está pesquisando sobre documentos antigos na biblioteca e passa a deixar Florian a par de suas descobertas.
Eles encontram o diário de Oliver Van Noort um corsário holandês e irão descobrir que um tesouro pode estar escondido na Ilha.

Cecilia é uma médica da Ilha e desperta os sentimentos de Florian, seus sentimentos entram em conflito pois ao mesmo tempo que resgata o amor, esse sentimento pode atrapalhar seu desejo de ser monge nessa nova etapa de sua vida.

Juntos, Florian, Cecilia e o Professor embarcam em uma aventura a procura desse tesouro, seguindo as pistas deixados pelo diário do corsário. Foi interessante decifrar todas as dicas, nos colocando a pensar nas pistas deixadas por Oliver.

O livro vai alternando nos tempos atuais e as descobertas e o relato do passado de Oliver deixando a narração interessante, principalmente no diário do corsário.
Desvendando as pistas nosso trio de aventureiros, consegue chegar ao local do provável tesouro, será que o tesouro existe?

Leia para descobrir e se aventure em muitos mistérios.

Uma aventura regada a muitas pistas, deixando o leitor a refletir e tentar desvendar as pistas, o cenário do livro na ilha foi muito bem construído.

Nosso protagonista após essa grande aventura está muito seguro com algumas questões que antes não estavam resolvidas.
A narração do começo do livro é um pouco lenta o que me incomodou um pouco, porém depois se torna intrigante prendendo a atenção do leitor.

Gostei da personalidade intrigante do professor, o que deu um pouco de agilidade a trama, mesmo arrogante se sobressaiu.
Outro destaque foram os diários do pirata, e a forma como conquistou o tesouro.

Gostei da simplicidade da capa do livro, foi uma leitura agradável e regada a muitos enigmas.

Joyce
Blog Livros encantos

site: http://www.livrosencantos.com/2016/08/os-invernos-da-ilha-rodrigo-duarte.html
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LT 20/07/2016

Quando me incumbiram a responsabilidade de resenhar essa obra confesso que fiquei bem empolgada. Sempre gostei de livros de aventura, com um bom mistério, um pseudo Indiana Jones de brinde e a sinopse prometia emoções, ham? Por isso, foi com ânsia que me joguei a leitura.

Logo de início, o leitor é remetido aos dramas pessoais do personagem central.

Florian, é um doutor, um homem já maduro com seus 36 anos, com um passado a ser superado.
Diante do próprio drama, falta de perspectivas pessoais e a auto exigência do que fazer com o resto dos seus dias, ele acaba por enxergar como opção a possibilidade de tornar-se um monge beneditino.

Seguro dessa decisão, ele segue à Ilha de Sant’Anna Afuera, localizada na costa chilena, para pedir admissão ao noviciado, após um período de experiência e adaptação as regras do mosteiro.
Lá chegando, como bem entende o personagem, as "Engrenagens" da vida se movimentam transformando o caminho que ele tomava como quase certo em outras possibilidades nunca previstas por ele antes.

No mosteiro, Florian acaba por conhecer o Professor Rousseau, um francês emproado, extremamente arrogante e vaidoso, que ali estava para realizar pesquisas em documentos a muito esquecidos na biblioteca do Mosteiro da Santa Cruz, que passa a dividir suas descobertas.

Entre esses documentos está o próprio diário pessoal do corsário holandês, Olivier van Noort. Assim, ambos acabam sendo envolvidos pela leitura de suas aventuras incríveis e com a nem tão real e incrível possibilidade de encontrarem um tesouro fabuloso, ali mesmo, na ilha de Sant’Anna Afuera escondido pelo próprio Van Noort a mais de 400 anos.

No meio disso, ele se vê encantado de forma bem inconveniente pela beleza de Cecília, jovem médica residente da Ilha, que também é envolvida nas investigações sobre a possível descoberta desse tesouro.

O desenvolver do livro acontece entre a narrativa dos dias atuais e a própria história de Van Noort através de trechos extraídos do seu diário pessoal.

"Emocionante todo esse contexto, heim?" — Sorriso cúmplice.

"Só. Que. Não." — Sorriso morrendo.

Vou explicar...

Iniciada a leitura e apresentado todo o mistério que envolvia o drama mimimi do personagem central, a história simplesmente não se desenvolvia. Foram páginas e mais páginas de dúvidas, conversas e fatos completamente desnecessários desinteressantes, que me faziam questionar a cada minuto se conseguiria finalizar a leitura.

Toda essa enrolação durou exatas 156 páginas tortuosas, onde pude constatar que, quando se trata de vergonha alheia, não existem limites para o ridículo.



Digo isso, deixando bem claro, que me refiro as trapalhadas vividas pelo personagem central. Entre, vários incidentes e algumas condutas no mínimo "estranhas" fui pegando antipatia pelo Doutor Florian Links.

Sim, mea culpa. Confesso, antipatizei mesmo, e sim, estou falando isso de coração.

Nesse ponto, não sei ao certo qual era a intenção do autor. Não sei se a intenção era fazer comédia ou se era apenas a necessidade de afirmar a cada instante a personalidade anti heroica do personagem.

Sinceramente? Não sei. Mas para mim não deu, não agradou.

Em algumas passagens me lembrei daquele filme com Ben Stiller e Robert de Niro, “Entrando numa fria”, onde o personagem a cada momento dizia coisas idiotas ou fazia coisas ainda mais ridículas, se envergonhando muito na frente da “mocinha” o tempo todo a cada minuto.

Pois é, esse é o nosso Florian.

A cada episódio vergonhoso eu literalmente gritava um “Nãoooooooooooo acredito!”. Quase desistia da leitura, mas voltava FIRME E FORTE!





Em relação aos personagens, posso dizer que o melhor construído foi o Rousseau, que realmente era uma caricatura perfeita de um professor metido a esperto e extremamente vaidoso, com suas explicações ao gênero de Robert Langdon. Suas respostas ácidas e grosseiras me divertiam ao extremo.

LOL

Mas veja, essa foi a minha percepção das primeiras 156 páginas do livro.

De acordo, com meus critérios, posso te dizer que o livro se iniciou na página 157, quando enfim, acabaram-se as dúvidas e as incertezas do personagem central.

Então, as coisas melhoraram um pouco. Posso até dizer, que em alguns trechos cheguei a ficar empolgada. A partir daí temos uma história com bons elementos, com momentos positivos a serem vistos em favor do zero charme Florian, mas com vários momentos que fiquei com aquela cara de “Porque isso? Desnecessário”.

Talvez a necessidade do autor em transformar a obra em algo “diferente”, fugindo das fórmulas usuais tenha contribuído para que no final ela fosse morna e sem graça. Faltando aquele ápice que faz com que fiquemos com o coração palpitando pensando: É agora! É agora!

No final das contas, ao meu ver, o autor tinha a faca e o queijo na mão e não soube usá-los, desperdiçando a possibilidade de transformar a história no melhor livro nacional do ano.



De forma geral, não posso dizer que o livro é ruim.

A impressão que tenho é que “clichê” e “óbvio” são adjetivos que nunca poderei usar para descrevê-lo, mas também não passa disso.

Resenhista: Sue Ferreira.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
David 25/05/2017minha estante
vc deveria se limitar a resenhar literatura infanto juvenil


Ryllder 15/03/2019minha estante
Tenho o livro, mas ainda não li. Uma estrela para um livro que você mesmo afirma na resenha que não o considera ruim, fiquei meio pasmo. Um livro ruim seria o quê, duas estrelas negativas?




Vickawaii 08/07/2016

Uma excelente narrativa
Nas primeiras páginas do livro nos encantamos com uma escrita detalhada e envolvente, que reflete com perfeição a melancolia do personagem principal e traz muitas passagens interessantes, frases impactantes que não estão deslocadas na narrativa. Os diálogos no mosteiro propõe várias reflexões e a "rivalidade" entre Florian e o pedante Professor Rousseau é bem estruturada, sendo uma relação mais bem construída do que Florian com Cecília, mulher atraente e misteriosa. É Florian quem tem a personalidade melhor desenvolvida, tendo um passado nebuloso que pouco a pouco é descoberto pelo leitor, lembranças simples da adolescência e grande dúvida sobre que rumo dar a sua vida, pois não sabe se tem vocação para ser monge e se realmente quer isso, vez que cada vez mais se interessa por coisas mundanas como o relacionamento com Cecília ou o diário de Oliver von Noort, responsável pelos momentos mais empolgantes da leitura.

Resenha completa no blog FINDING NEVERLAND

site: http://wheresmyneverland.blogspot.com.br/2016/07/resenha-os-invernos-da-ilha.html
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Simeia Silva 06/07/2016

...
Florian está passando por um momento muito difícil em sua vida, e por isso a convite do seu amigo que é monge em uma ilha chamada Sant’Anna Afuera, na costa Chilena, parte para um monastério para segundo ele pensar no que quer da vida, se encontrar e ver se assim teria vocação para ser monge e se entregar a essa missão. Lá ele da aula para crianças locais e se encontra com o professor Philipe que está no lugar estudando e traduzindo um diário antigo de um corsário/pirata, e é através desse diário que esse professor descobre que tem um tesouro enterrado na ilha. Florian se torna "amigo" desse professor e depois de cada tradução dele, Florian fica conhecendo um pouco mais da história desse corsário e o fascínio por ela fica explícito.

Na ilha Florian também conhece Cecília, Vivi e Jorge. Cecília é médica na ilha, Vivi e Jorge são irmãos e moradores da ilha também, e Jorge é aluno de Florian. Entre o professor Philipe, Florian e Cecília tem meio que uma relação que me incomodou demais. Sabe aquela coisa de quero os dois e não quero nenhum? É bem assim que eu via Cecília enquanto lia o livro e isso me incomodou loucamente. Outra coisa que me deixou maníaca por um pescocinho quebrado, foi a mesma relação que Florian tinha com Vivi e Cecília, ele queria Cecília, mas ficou diversas vezes com Vivi enquanto esteve no mosteiro. Fiquei com dó de Vivi e do Philipe que a todo momento demostrava que queria muito estar com Cecília e ela fazendo bico doce indecisa #queódio.

Depois de alguns acontecimentos na ilha, a galera do barulho, Philipe, Florian, Cecília, Vivi e o fofíssimo Jorge partem para uma aventura. Qual o intuito dela? Já que Philipe tinha terminado a tradução do diário e havia sido expulso do monastério por conta do escroto do Florian, ele decidiu que partiria em busca daquele tesouro, e os outros foram atrás dele e viveram muitas aventuras, duas delas me deixou assim afoita para saber o que aconteceria, se eles escapariam da coisa toda.


RESENHA COMPLETA NO BLOG

site: www.sentaaileitor.com.br
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