Chica da Silva

Chica da Silva Joyce Ribeiro




Resenhas - Chica da Silva


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Gabi 30/01/2023

Fonte Histórica com gosto de Romance
Tudo nesta história é incrível e cheio de conhecimento! Há detalhes da vida em 1700, a rotina das mulheres, escravizadas e livres. O amor mais forte e profundo que teria visto naquela época! Um exército de filhos hahaha! Chica é um exemplo de coragem, objetividade, força e ousadia que nós falta atualmente!
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Leia Preta Leia 03/01/2023

Um romance e uma história
Francisca da Silva Oliveira foi uma mulher extraordinária. Figura estereotipada pelo folclore e pela cultura popular, a Chica da Silva realmente existiu. Conhecida na regiao do Arraial do Tejuco, terra dos diamantes, como Francisca, a parda, viveu provavelmente entre 1735 e 1796. Chica foi escravizada nos primeiro vinte anos de sua vida e inclusive foi escrava sexual de seu segundo dono Manuel Formiga, com quem teve um filho. Ate ser comprada e logo depois alforriada pelo homem que mudaria sua vida, Joao Fernandes. Com ele teve 12 filhos, todos devidamente sustentados e reconhecidos pelo pai. Nunca pode se casar com João Fernandes porque a lei não permitiu, mas viveu a seu lado, tendo todos os reconhecimentos de esposa e grande senhora por mais de 20 anos. Chica teve propriedades, joias e... sim, teve escravos. Uma mulher de diversas nuances e de uma força extraordinária que, dentro das possibilidades do lugar e do tempo, transgrediu uma série de regras sociais e viveu com o respeito e a admiração do povo do Tejuco. Depois, sua imagem foi distorcida. Mas nesse romance histórico, Joyce Ribeiro procura retomar a narrativa baseada em fatos E contar, de uma vez por todas, quem foi essa mulher tão importante.
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Paulascrap 24/08/2021

Uma novela biografica..
"Para as escravas, a violência também acontece, de maneira semelhante, mas se reveste de um agravante inevitável. São, literalmente, servidoras de casa, mesa e cama. Entre as suas obrigações, está a de servir a seus senhores nos movimentos do sexo, depois de trabalhar sem tréguas o dia inteiro, de sol a sol na lida dos casarões" pag. 69.

📌 O Trama é retratada no livro de forma novelesca, citando fatos históricos sim, desde o nascimento de Chica até sua morte, mas de forma romanceada, e para quem busca uma biografia como embasamento de pesquisa irá se decepcionar.

📌 Por ser uma leitura curta, a autora focou no romance de Chica com o Contratador João Fernandes, desde o enlace do casal até sua partida para Portugal para disputar a herança do pai com sua madrasta, e resguardar o direito de seus filhos.

📌Na adolescência, Chica é vendida ao médico português Manuel Pires Sardinha com quem teve seu primeiro filho Simão. Depois, em um leilão é vendida novamente ao contratador João Fernandes., ganhando o status de esposa e ganhando sua alforria no Natal de 1753.

📌Assumindo o lugar no quarto e abandonando de vez a senzala, Chica passa a frequentar a sociedade branca do Tejuco e deu à luz a 13 filhos de seu amado, tendo seu primogênito sido protegido de igual forma que os demais, com o "embranquecimento" de sua origem. Mesmo impedido de registrar sua prole, João Fernandes os protegeu por testamento, e garantiu o estudo dos meninos na corte de Portugal, e a instrução permitida na época as meninas no Convento.

📌Aos 52 anos , em 1779, o contratador falece doente em Portugal, longe de Chica e 16 anos depois , em fevereiro de 1796, Chica da Silva se despede da vida no Arraial do Tijuco, em sua casa, deixando seu nome registrado na História , desafiando as regras da sociedade da época e vivendo um imprevisível conto de fadas.

🎬 Não tem como não realizar essa leitura sem lembrar da novela protagonizada por Tais Araujo, mas para conhecer mesmo quem foi Chica da Silva teremos que buscar por uma obra melhor fundamentada, deixando a presente para os amantes de um bom romance.
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Wilderlane Oliveira 28/03/2021

Embora seja um romance possui algumas fontes históricas e apresenta uma imagem menos caricaturizada da Chica da Silva. Gostei de autora demonstrar menos devaneios da Chica da Silva em se inserir na sociedade da época ao contrário, demonstrar um.lado mais sensato e equilibrado em seu processo de inserção social.
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Marília 01/10/2020

A história de Chica da Silva contada sem os pré conceito que a televisão tentou nos ensinar. Leitura muito valiosa
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Fer Kaczynski 25/04/2017

Figura emblemática do imaginário popular desde que fizeram um filme com a atriz Zezé Motta no papel principal, a escrava que virou rainha trancende o status de mito e para comemorar o aniversário de 220 anos de sua morte, a editora Planeta lança o livro Chica da Silva - Romance de uma vida da jornalista Joyce Ribeiro.

Confesso que sou fascinada por sua história, assisti ao filme, a novela foi uma das melhores que já vi e até o CD original com as canções tenho até hoje. Sonho em conhecer Diamantina e os arredores de onde essa mulher extraordinária viveu.

Afinal, quem foi realmente Chica da Silva?

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2017/04/resenha-chica-da-silva-romance-de-uma.html
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tray 16/02/2017

(resenha Chica da Silva) conheci outra Chica, negra, escrava, alforriada, mas ainda negra, que morreu sabendo escrever apenas seu nome e católica sem saber de fato o que isso significava em suas origens, que embranqueceu seus 14 filhos, pois sabia que só assim eles teriam algo maior que ela não teve, Chica foi mais que mulher e mãe, ela balançou as estruturas do patriarcado e do sistema racista, mesmo que nas paginas a autora preferiu apenas lembrar ela como mãe e mulher, o livro traz o comportamento da época escravocrata : onde homens brancos tinham filhos com mulheres negras mas não registravam como seus, e as crianças levavam o nome da mãe quando elas eram alforriadas, a história é conduzida quando Chica conhece seu novo “dono” que em menos de um mês lhe da a liberdade e acabam vivendo como marido e mulher, menos aos olhos da igreja, que naquela época é que ditava o comportamento e pensamento da sociedade, Chica chamava atenção por ser clara, de traços bonitos, era mais fácil embranquecer suas origens, apagar o passado de suas correntes. O livro quis mostrar que mulheres negras eram amadas, invisíveis pro estado, mas ainda assim amadas por uma pequena parcela desses senhores da casa grande, que não as trazia só pra saciar suas vontades como assim era permitido pela igreja, mas traziam pra suas camas e pra parte de cima da casa, na verdade, a autora quer nos lembrar de que Chica viveu um conto de fadas, só que bem mais moderno, andou pela sociedade, vestia os melhores tecidos, tinha as melhores joias, mas não viva como a sociedade gostava de conduzir as mulheres, as decisões da casa eram compartilhadas, um casal a frente do seu tempo. Terminei o livro com vários questionamentos, gostei da escrita, tenho problematizações, porém, não escondo que essa parte da história da escrava Chica da Silva me fez ter esperança na visibilidade e do amor a mulher negra, é gostoso saber que há outras vivencias dessa época, é gostoso saber que Chica as viveu plenamente e liberta.
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Nena 12/11/2016

Esperava do livro uma espécie de biografia amenizando a má fama de Chica da Silva, mas vi mais como um romance. São citados fatos históricos sim, desde o nascimento de Chica até sua morte, mas de forma muito romanceada. Tudo gira em torno de seu amor pelo Contratador João Fernandes a partir do momento de sua partida para Portugal para disputar a herança do pai com sua madrasta. Achei um pouco repetitivo, por ser um romance curto e não entrar em detalhes muito profundos, deu a impressão de estar querendo se alongar com tanta repetição. Mas é um romance simpático. Nada q agregue muito conhecimento biográfico, mas tem lá seu valor.
Fer Kaczynski 12/04/2017minha estante
Concordo com vc, achei bem repetitivo, é uma espécie de biografia, mas sem se aprofundar muito tbm...


Fatima Borges 20/10/2020minha estante
Tb achei repetitivo. Interessante, mas senti dificuldade de acompanhar a narrativa.


Vanessa1482 29/02/2024minha estante
Achei repetitivo e desinteressante




Ingrid 29/06/2016

Chica, a parda.
Que livro maravilhoso! A escrita de Joyce é muito bonita, e torna a leitura deliciosa.

A historia de Chica é contada sem os clichês preconceituosos de negra devassa, amoral e escandalosa. Chica foi uma mulher de seu tempo, e viveu o paradoxo de ter sido uma escrava alforriada dona de escravos. De ser livre da escravidão, mas viver a prisão das mulheres brancas onde só havia o destino da maternidade/matrimonio ou do monastério. "Só sabe o que é a escravidão quem a viveu e sentiu o peso de seus grilhões. Mesmo que assim tenha nascido, como é o caso de Chica, seu espirito é naturalmente livre."
Pra quem gosta de fatos históricos, o livro esta recheado deles. Fala das agruras passadas pelos escravos, pelas mulheres, e dos acontecimentos do governo Brasil-Portugal, etc. Achei por exemplo, muito interessante saber que o contratador João Fernandes assumiu o primeiro filho de Chica, com seu primeiro dono, e o levou para estudar na Europa junto com seus filhos "naturais", incluindo-o inclusive em seu testamento, e que ele fez de tudo para que os filhos se consolidassem como legítimos. Foi um homem também desprendido de seu tempo, e teve coragem para assumir um compromisso com uma escrava, e lhe tratar como esposa apesar de todo o preconceito que vigorava na época. Mas mesmo sendo um bom pai, e um homem bom para Chica, a autora também revela sua face cruel quando ele disputa a herança com sua madrasta. O livro infelizmente é curto, e narra os fatos sem muitos pormenores, se atendo aos acontecimentos mais importantes da vida de Chica e do Contratador. Certamente a leitura vale muito a pena!!
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