O Segundo Sexo

O Segundo Sexo Simone de Beauvoir




Resenhas - Boxe - O segundo sexo


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Luiza3105 02/03/2024

Obra de uma vida inteira
Li esses volumes durante o último ano do ensino médio, quase há uma década atrás. Reformulou meu modo de observar a sociedade.
As estruturas sociais são hegemonicamente estabelecidas na ordem social, biológica, religiosa, governamental e doméstica. A mulher - quando pode transitar esses espaços - é o segundo sexo. É uma obra de uma vida inteira. Explica-se as musas na literatura até como é calçada a relação mãe e filha. Sobre a ordem psicológica: a sombra fálica é onipresente enquanto resquício da castração. Na literatura, romancistas escrevem sobre as mulheres, suas musas, de formas diferentes. Ela debate com muitos romancistas e pensadores de Paris na época. Há citações diretas e extensas nos capítulos. Porém, na ordem do Ser isso é comum no cânone. É o que os tornam Ser e o cânone - direito ao debate. A mulher é o Outro. O Ser é o homem. Questiona-se a biologia e seus princípios racistas. O segundo volume versa com mais robustez e transmite o impacto psicológico da ligação entre ser mulher enquanto o Outro e suas particularidades sociais. Para além de revelar verdades assombrosas, Simone é esplêndida ao lapidar a palavra. A autora é certeira e não desperdiça argumentos. O Segundo Sexo tornou-se a primeira obra feminista de todos os tempos. A sua leitura dá chance para que as mulheres tomem consciência da eterna, crescente e anciã necessidade de tornar-se mulher.
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Luiza3105 02/03/2024minha estante
Li esses volumes durante o último ano do ensino médio, quase há uma década atrás. Reformulou meu modo de observar a sociedade.
As estruturas sociais são hegemonicamente estabelecidas, na ordem social, biológica, governamental e doméstica. A mulher - quando pode transitar esses espaços - é o segundo sexo. É uma obra de uma vida inteira. Explica-se as musas na literatura até como é calçada a relação mãe e filha. Sobre a ordem psicológica: a sombra fálica é onipresente enquanto resquício da castração. Na literatura romancistas escrevem sobre as mulheres, suas musas, de formas diferentes. Ela debate com muitos romancistas e pensadores de Paris na época. Há citações diretas e extensas nos capítulos. Porém, na ordem do Ser isso é comum no cânone. É o que os tornam Ser - talvez o direito ao debate? - A mulher é o Outro. O Ser é o homem. Questiona-se a biologia e seus princípios racistas. O segundo volume versa com mais robustez e transmite o impacto psicológico da ligação entre ser mulher enquanto o Outro e suas particularidades sociais. Para além de revelar verdades assombrosas, Simone é esplêndida ao lapidar a palavra. A autora é certeira e não desperdiça argumentos. O Segundo Sexo tornou-se a primeira obra feminista de todos os tempos. A sua leitura dá chance para que as mulheres tomem consciência da eterna crescente e ânsia necessidade de tornar-se mulher.




Eliane406 24/01/2024

Ums leitura necessária
?A condição da mulher é daquelas discussões absurdas desse mundo caótico. A partir das religiões e códigos criados por homens, a mulher, um ser humano de biologia oposta, se tornou esse ser oprimido e considerado fraco, usado como material procriador por intermédio de conjecturas ignorantes.
Simone DeBeavouir uma das filósafas existencialistas mais importantes, escreveu este livro 1949, quando lançado ao público ela teve se refugiar na casa de amigos em Roma pelo tamanho da repercussão foi perseguida, atacada nas ruas e ameaçada de morte por escrever a verdade.
Uma obra-prima da maior inteligência e que deveria ser leitura obrigatória, ainda mais, porque a diminância patriarcal ainda resiste.

?Volume 1
No primeiro volume a autora aborda os fatos e os mitos da condição da mulher numa reflexão admirável. Entrelaça os argumentos retirados da biologia, da antropologia, da sociologia, da psicanálise, da história, entre outras áreas do conhecimento, revelando os desequilíbrios de poder entre os gêneros e a posição do Outro que as mulheres ocupam no mundo.

?Volume 2
No segundo volume, a autora analisa a condição da mulher em todas as suas dimensões: psicológica, social e política. Começa pela sua formação: na infância, na adolescência, tudo parece disposto a aumentar a distância que a separa do homem para transformar as diferenças em desigualdade, e essa desigualdade em inferioridade. Em seguida, Simone descreve a situação da mulher no casamento ? com suas premissas e suas tradições ?, na maternidade, na vida social, na prostituição, na maturidade e na velhice. Por fim, ela contempla os problemas que se apresentam às mulheres e o caminho da libertação.
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Monalisa 29/09/2023

?Ninguém nasce mulher, torna-se mulher.?
Obra importante que caracteriza a primeira onda do feminismo.
Simone pesquisa dentro dos estudos de história, biologia, psicologia e filosofia o que aconteceu para que a mulher fosse considerada menos que um indivíduo inteiro, sendo apenas o ?outro? diante do homem.
Quase 1000 páginas com incontáveis aprendizados.
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Romeu Felix 23/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O "O Segundo Sexo BOX" é uma edição especial que reúne os dois volumes da obra "O Segundo Sexo", de Simone de Beauvoir. A obra é considerada um marco na história do feminismo, uma vez que discute a condição da mulher na sociedade e as desigualdades de gênero existentes.

O primeiro volume, intitulado "Fatos e Mitos", analisa a condição feminina na história e na cultura, questionando os estereótipos e preconceitos em relação às mulheres. Beauvoir argumenta que a construção social do feminino é baseada em concepções equivocadas, que reforçam a dominação masculina. A autora ainda investiga a relação entre o corpo feminino e o papel social atribuído à mulher, demonstrando como a biologia é utilizada como justificativa para a opressão das mulheres.

O segundo volume, "A Experiência Vivida", aborda a condição da mulher na sociedade contemporânea, analisando sua situação em diferentes áreas, como a educação, o trabalho, a família e a sexualidade. A autora mostra como a submissão feminina é reforçada pela cultura e como as mulheres são socializadas para aceitar sua posição de inferioridade. Beauvoir também aponta a necessidade de uma transformação social e cultural que possibilite a emancipação feminina.

Em conjunto, os dois volumes de "O Segundo Sexo" propõem uma reflexão profunda sobre a condição feminina, questionando a naturalização da submissão das mulheres e apontando caminhos para a igualdade de gênero. A obra é uma referência fundamental para os estudos feministas e ainda possui grande relevância nos debates contemporâneos sobre a luta das mulheres por direitos e reconhecimento.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Zefa 24/04/2022

Essencial
Me deparei com proposições feministas há alguns anos, sem saber que era disso que se tratava. Foi ouvindo e lendo mulheres que comecei a perceber que muito do que era narrado eu também vivia ou havia vivido e que não só eu, mas a grande maioria das mulheres também experenciavam. Por isso percebi que havia uma estrutura que sustentava e promovia desde as sutis discriminações até as grandes violências em função do sexo. Logo entendi o machismo como um SISTEMA POLÍTICO, o qual é feito de homens para homens com a finalidade de ampliação, manutenção e garantia de seus privilégios.
Quando percebi que não era pessoal o que sempre vivi, mas sim estrutural, tratei de estudar, afinal contra a ignorância, somente o conhecimento. Quanto mais eu lia, mais tudo fazia sentido e, claro, mais esclarecida eu me tornava até o ponto de entender do que tratava o feminismo e me entender como feminista.
Curioso foi perceber o quão odiado é tal posicionamento político; pelos homens, compreensível (afinal tudo está bem e todo mundo é bom até que se mexa em seus privilégios); porém entre as próprias mulheres é, para além de curioso, um retrato da alienação e falta de conhecimento a qual a maioria está submetida, o que resulta na eterna parceira e cumplicidade entre homens e mulheres em paralelo à manutenção da rivalidade feminina. Natural ou providencial?

É sempre bom lembra: "O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos"


O Segundo Sexo, de Simone de Simone de Beauvoir é um livro longo, profundo e denso, escrito há 70 anos. Simone traz fatos biológicos, fisiológicos, sociais e históricos que explicam porque a desigualdade entre homens e mulheres foi histórica e ideologicamente construída, por aqueles que sempre estiverem no controle da narrativa, dos fatos e da tomada de decisão - o sexo masculino.

O livro é dividido em dois volumes que totalizam aproximadamente 1000 páginas de uma leitura profunda, reveladora e dolorosa.

Mulheres, estudem, leiam se informem, conversem, façam redes de apoio, conheça a vida de outras mulheres fora da sua bolha, conheça história de luta, de vida e de opressão das demais; não virem meras reprodutoras e defensoras do senso comum, questione-o, questione-se.
Lembrem-se: política, leis, sociedade, cultura, Estado e religião foram pensadas por um grupo muito seleto o qual nunca incluiu mulheres.
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Valéria 08/11/2021

Como falar de um livro de extrema importância como esse? O Segundo Sexo é importante para entendermos a hierarquia entre os sexos e o poder da socialização feminina.
A obra é dividida em dois volumes. No primeiro, Beauvoir busca identificar a razão da mulher ser considerada o Outro, o inessencial em relação ao homem. Procurando respostas na Biologia, Psicanálise e Materialismo histórico, onde consegue identificar que a diferença biológica entre os sexos não é suficiente para colocar a Mulher em status inferior. É possível observar, estudando as demais ciências que o homem sempre buscou definir a Mulher, a fêmea humana foi entendida pelo olhar masculino e sua história contada pelo ponto de vista dele.
O segundo volume apresenta as consequências da socialização feminina no decorrer da vida da mulher. Mostrando que ser mulher é passar por um perpetuo cerceamento da individualidade e da personalidade para encaixar-se no papel que é esperado dela.
Esse livro não é uma obra presa no tempo. Ele debate muitas questões que, infelizmente, são extremamente atuais. Uma obra que deveria ser estudada nas escolas, por conta da relevância das temáticas abordadas. É triste identificar que as reflexões que a autora faz ainda encontram eco nos dias de hoje.
Isa.Ege 08/11/2021minha estante
Excelente análise, me motivou mais ainda a querer ler algum momento




Renata 27/02/2021

Magnífico
Realmente é uma obra prima essencial para todos os tempos. Simone descreve minuciosamente o que é ser mulher e digo mais o que o homem espelha na mulher. Como mulher é se identificar em cada palavra escrita e sofrer essa dor, porque ainda falta muito para nós tornarmos "semelhantes". Na minha humilde opinião este livro não tem que ficar no círculos das mulheres, tem que se fazer chegar a uma grande parcela de homens, como disse Caetano: este livro me fez mudar, tenho outra visão do mundo.
Pois não se nasce feminina, torna-se mulher.
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Cinara 10/09/2020

Simone analisa a condição da mulher do ponto de vista do existencialismo, trazendo fatos e mitos sobre o porquê da mulher estar nesse lugar que a colocaram. Um brilhante ensaio filosófico que se justifica ao ser considerada a ?Bíblia? do feminismo.
Leitura densa e desafiadora.
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Giovanna 07/09/2020

Uma das biíblias feministas
Simone é sem duvidas um ícone feminista, ler seus dois volumes de estudos e reflexões sobre a vida das mulheres de seu tempo em todas suas etapas de desenvolvimento, nos faz enxergar detalhes antes não percebidos ou entender e dar sentido a situações já vividas ou conhecidas pelas mulheres, também causa indignação quando vemos que mesmo após tanto tempo a obra continua atual e nos da animo para fazer com que as coisas sejam diferentes um dia. Ler estes livros me fez sentir como uma amiga da autora, sempre aprendendo a cada novo encontro.
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Antony.Trindade 01/06/2020

Obra fundamental!

Entender e compreender aquilo que é uma questão de construção/estrutural social do patriarcado.
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Laura 23/04/2020

Garanta já a sua crise existencial!
Pensei que concluiria hoje a obra de Simone, me enganei. Não está finalizada, está em andamento, está sendo escrita nesse exato momento; na militância, nas mulheres ao redor do mundo que reivindicam os seus direitos, em cada indivíduo que se incomoda com as suas amarras. A obra continua sendo escrita por cada mulher que alcança sua transcedência para além do sexo (apesar disso ainda não ser plenamente possível), para além dos papéis que nos são impostos.
Já escutei muito, na infância e até hoje, que "mulheres nunca serão iguais aos homens". Sinceramente, eu espero que isso seja verdade. Cada indivíduo é único! Não queremos ser IGUAIS aos homens, queremos equidade, queremos as mesmas oportunidades, queremos ser livres!
Aos que defendem ainda o estado patriarcal da coisa, usando a beleza da feminilidade e de que é dessa maneira que as coisas devem ser, repito aqui uma das frases dita por Simone em seu capítulo de conclusão: Se tais tesouros se pagam com sangue ou desgraça, é preciso saber sacrificá-los.
Algumas considerações para os colegas que pretendem ler a obra no futuro:
1) O primeiro livro irá trazer MUITAS referências literárias de época, romances. Se você, assim como eu, tem agonia em não conhecer as referências citadas, não se desespere, com o passar das páginas, fica fácil entender a narrativa referida.
2) Colegas da Psicologia, preparem-se para reviver as aulas de Psicanálise. Adler e Freud são as referências da área mais citadas.
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thery 25/02/2020

Ambos os livros maravilhosos!
Com o volume 1 realmente nos reconhecemos no que é dito por Simone, conseguimos conhecer a raíz do problema, compreender e refletir sobre o assunto. Já com o 2, temos uma visão ainda mais profunda das consequências do machismo nas diversas fases da vida da mulher e para diferentes mulheres... Através da "experiência vivida", Simone aprofunda nossa compreensão e expõe a possível solução para essa chaga que permeia nossa sociedade.
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Nádia C. 14/09/2019

Um livro que não acaba
Quase dois anos lendo esse livro que não se termina de ler, não concluímos a leitura de O Segundo Sexo porque ela não se finda com o virar da última página. Coloco-o de volta à estante sabendo que esta leitura foi apenas uma conversa das muitas que são sempre necessárias de se ter com Simone de Beauvoir. Com isso não quero afastar você que comprou o box novo lindamente editado pela @novafronteira para embelezar seu acervo esperando um dia ter coragem de encarar as quase mil páginas desse monumento em forma de escrita (juro que não to esticando a baladeira, o livro é tudo isso sim). Mas sim avisar que o mergulho é profundo, então toma fôlego, mas vai.
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Porém, O Segundo Sexo não é perfeito, nem pretende sê-lo. No mundo das feministas "fada sensata" "zero defeitos" "perfeita", Simone não vai preencher esse espaço e isso não faz de sua obra menos revolucionária ou importante. O Segundo Sexo deseja trazer, em poucas palavras, uma revisão do que tem se entendido no âmbito biológico, social, psicológico do que é ser mulher, e defender que em nenhum desses aspectos justifica sermos submissas; nem explica porque nós mulheres somos consideradas o Outro do homem, não explica porquê o macho é o corpo universal (um). .
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Além disso, também traça um olhar sobre os mitos na literatura e em outras áreas que constroem as muitas imagens sempre degradantes ou oprimidas da mulher, dá um belo tapa na cara de vários filósofos e artistas super poderosos expondo a misoginia deles disfarçada de genialidade.
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E ainda constrói um retrato da socialização feminina, que é basicamente como meninas são criadas diferente de meninos edificando esse mundo desigual e opressor entre os gêneros. É aí que algumas coisas escapam do retrato social que Simone expõe. O livro se detém a analisar em geral a vida de meninas e mulheres num contexto europeu de classe média. E dai quando a gente compara com as várias outras realidades da mulher ao redor do mundo, algumas coisas parecem "faltar". .
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No entanto, não acho que isso deva ser cobrado exatamente de Simone em 1949, apesar de que já existia há muito tempo a luta das mulheres negras nos EUA, como bem diz Angela Davis.
Mas sim que temos que igualmente ler feministas negras e que falam de realidades diferentes da europeia que ainda é considerada como a ideia da mulher universal. Obviamente a opressão sexual que vivemos em certa medida é igual para todas: somos oprimidas pelo nosso sexo. Mas as nuances da vulnerabilidade de mulheres de contextos socio-culturais diferentes pode variar. Por exemplo, quando Simone fala da desenvolvimento da sexualidade da menina, ela diz que a menina é privada disso desenvolvendo mais tarde que os meninos, fiquei refletindo que num contexto brasileiro isso já é bem ddiferente, pois justamente pelo contrário, meninas aqui são expostas sexualmente cada vez mais cedo
Roberto 12/03/2020minha estante
Muito grato por sua resenha. Já baixei esse livro, mas agora aumentou a vontade de lê-lo.


Paulinha 04/01/2021minha estante
Fiquei com mais vontade de ler!


Kimera 02/04/2021minha estante
Grande reflexão!


Valentina.Dagios 26/04/2021minha estante
Comprei o box há uns bons anos e agora estou tomando fôlego pra reler (e dessa vez concluir a leitura). Agradeço pela resenha e compartilho muito do teu ponto de vista. Quando ela discorre sobre a colonialidade em si precisamos partir do contexto histórico e sociocultural no qual ela estava inserida quando escreveu a obra.
Nada datada e com críticas muito pertinentes ao Freud e Cia da psicanálise que ignoraram problemas sociais pertencentes à mulher e os diagnosticaram como neuroses.


Alice 04/08/2021minha estante
Resenha muito boa! Fiquei com mais vontade de ler :)


bferrarif 22/03/2023minha estante
Obrigada pela resenha, tava me culpando por estar demorando quase 3 anos pra conseguir terminar de ler e é bom ver que não sou a única, é um livro denso demais mas muito importante.




Vanessa - @livrices 19/02/2019

Sinto que não tenho palavras à altura da minha filósofa favorita, mas vamos lá.
O Segundo Sexo é o tipo de leitura que te muda pra sempre.
Beauvoir é esplêndida na riqueza de detalhes e dados a fim de explicar e refutar teorias até hoje aceitas quanto à causa da suposta inferioridade do sexo feminino.
Trata-se de uma pesquisa histórica, bibliográfica e também ?biográfica?, pode-se dizer. Beauvoir vai desde os primórdios da natureza humana e animal, passando por aspectos sociológicos, psicológicos, biológicos, materialistas, místicos e tantos outros.
Apesar de não denominar-se feminista, sua obra serviu de base à maioria das vertentes feministas, principalmente a do Feminismo Radical - que, com toda certeza, bebeu da fonte beauvoiriana.
A autora tem como premissa questionar o ?ser mulher?, ao contrário de suas antecessoras, que até então haviam se focado apenas em condições objetivas, desconsiderando a raiz das opressões. Simone afirma que a feminilidade é uma projeção do Outro em relação ao Universal (masculino), moldada pelo olhar do macho, como forma de dominação, longe de ser algo ontológico da fêmea humana. Conclusão esta, aliás, já exposta por Virgínia Woolf anos antes, em ?Um teto todo seu?, apesar de mencionado em termos diferentes (espelhos). Digamos que a versão de Beauvoir é mais trabalhada e ?filosofada?. Rs.

Poderia dizer que O Segundo Sexo é um livro ?clássico?, mas, para além disso, considero-o como um livro BÁSICO, que deveria ser lido por todos, homens e mulheres que se interessam pela desmistificação das estruturas de gênero e funcionamento da sociedade.
Gênero é poder, é violência, é categoria hierárquica. Livremo-nos das amarras do gênero.
Leiam Simone de Beauvoir!
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Carla.Elisio 06/05/2018

Leitura Revolucionária
Como é sabido o “Segundo Sexo” é um livro dividido em dois volumes e primeiramente para iniciar e dar continuidade com o propósito de finalizar a leitura do primeiro volume é necessário ter paciência, já que inicialmente a autora explica a relação histórica, psicanalítica e biológica “macho e fêmea” descrevendo todo o processo evolutivo de diversas espécies animais não humanos incluindo muitos termos científicos.

A abordagem da relação humana, essencialmente mulher e homem só começa a partir da segunda parte do primeiro volume, dando seguimento a todos os conflitos existentes na sociedade patriarcal. Portanto, como disse o escritor e bibliófilo José Mindlin “A maior qualidade de um bibliófilo é a paciência”!

Ao iniciar a leitura do primeiro volume, é fundamental que a leitora ou leitor realmente deseje e tenha como objetivo adquirir o conhecimento proposto pela Beauvoir através do seu livro, a partir dessa consciência cognitiva sem dúvidas a paciência fará parte da leitura até a sua finalização, sobretudo a sua compreensão.

Vale ressaltar que antes de embarcar numa leitura como essa, é preciso amadurecer em alguns aspectos, já que na “minha opinião” a linguagem da Simone é bem complexa.
É importante a realização de uma boa pesquisa sobre a Autora e o seu pensamento filosófico, considerando a época em que foi escrito, mas no fim dá tudo certo adquirimos todo o entendimento sobre o texto e principalmente a mensagem transmitida.

Uma coisa é fato, uma mente que lê "O Segundo Sexo" jamais será a mesma, é um divisor de águas na vida, uma revolução absoluta!! Para uma mente inquieta é como o encaixe de um quebra cabeça do qual vínhamos tentando encaixar as peças desde o dia do nosso nascimento, e quando finalizamos a leitura encaixamos a última peça e concluímos o que decerto é a relação Mulher + Homem + Humanos + Sociedade + Vida + Valores. Enfim! A leitura do Segundo Sexo é o início para se obter uma mente progressista elidindo completamente o senso comum da vida de quem o ler.
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