Lino Galindo

Lino Galindo Marcos Sorrilha




Resenhas - Lino Galindo


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Matheus.Ramos 20/04/2016

Aventura leve e empolgante.
Acho que todo o bom livro já te prende nas primeiras 15 linhas e este cumpre essa regra. É muito interessante como o universo dos povos andinos é explorado de forma mais fiel possível, sem ser piegas nem se prender a esteriótipos. O autor é historiador e autoridade no assunto e isso ajuda muito, e talvez por isso ele não caia na armadilha de achar que o leitor é um completo ignorante e não tenta explicar demais essa sociedade, ou deixar uma explicação básica sem profundidade o que faria com que o leitor menosprezasse o pano de fundo histórico que há ali. Pelo contrário é fácil de entender de uma forma didática sem que pareça uma aula. Nos faz olhar pela ótica de um garoto deslocado que está buscando sentido naquela aventura que está vivendo. Fui transportado imediatamente para esse período juntamente com o protagonista e gostei muito do que vi. O livro é leve e de leitura muito fácil e empolgante. É fácil embarcar nos dilemas do protagonista e se deleitar com seu fiel amigo e suas "nerdisses". Enfim, eu já o li e lerei novamente esperando ansiosamente uma continuação para os Herdeiros do Trono do Sol e que se tornem os novos bruxos.
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Goldfield 09/07/2016

Uma aventura empolgante e bem escrita
Trata-se de uma história de pegada infanto-juvenil (sem jamais, no entanto, subestimar os leitores - e por seu ritmo e narrativa, também capaz de agradar muito a leitores mais velhos) que une brilhantemente teorias de física quântica, ficção histórica e um retrato bem completo e esclarecedor sobre a civilização inca.

Hugo Galindo, renomado historiador brasileiro especialista nos povos andinos e causador de polêmica no meio científico por conta de suas teorias sobre os incas terem conseguido utilizar tecnologias "avançadas" aos olhos dos povos atuais, é dado como morto após uma fatídica expedição ao Peru. A trama acompanha seu filho, Lino (que dá nome ao livro), junto com o melhor amigo Mouse (responsável pelas referências à cultura geek no enredo, e um alívio cômico sensacional), numa tentativa de comprovar as teorias do falecido pai, o qual todos deram como louco, ao explorar a suposta conexão da Gruta do Carimbado, em São Thomé das Letras, com Machu Picchu, no Peru.

A trama é dinâmica, a narrativa sempre corre bem e prende a atenção do leitor a todo momento. Há, durante boa parte do livro, uma alternância entre cenas do passado/presente muito bem montada que serve para esclarecer mistérios do enredo ou situar melhor o leitor quanto ao que é mostrado.

Além da história atrativa, o livro oferece diversas informações sobre o tempo dos incas (inclusive com notas e glossário), e seu modo de vida, que acabam tornando-o um ótimo guia inclusive para professores utilizarem em sala de aula, desde descrições pormenorizadas sobre a cidade de Machu Picchu e sua construção, até o uso dos misteriosos "quipus" andinos para registros.

O autor demonstra dominar diversas técnicas narrativas ao fazer ótimas descrições para imergir o leitor nos cenários e épocas retratadas, criar diálogos interessantes (com grande uso, inclusive, da língua quéchua e termos naturais a ela) e adicionar emoção ao que é contado. Destaque para uma sequência de batalha na Parte III do livro, espalhada por vários capítulos, extremamente cinematográfica e épica que dificilmente não pode ser lida de uma só vez.

Enfim, um livro bem escrito, didático e recomendável a jovens e adultos, inteirados ou leigos em História e que estejam dispostos tanto a acompanhar uma empolgante aventura, quanto a conhecer mais sobre os incas.
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Daniel.Pitta 18/07/2016

Obra de qualidade com leitura empolgante
Uma obra pode levá-lo a rever alguns paradigmas? Sim, e esse foi o efeito de “Lino Galindo...” em mim. Para começo de conversa, nunca imaginamos que grandes escritores possam estar perto assim de nós. Autores de obras tão boas são sempre pessoas distantes, nunca alguém de sua cidade! Ao pensarmos em bons livros com temática juvenil (mas que agrade plenamente a um público adulto e que contenha passagens bastante densas), possibilidades “fantásticas ou fantasiosas” e referências a ícones da cultura pop/geek, jamais imaginaríamos um autor nacional. Menos ainda se esse tivesse a audácia de, ao invés de se utilizar de panos de fundo já batidos (como medievais, vampirescos, divinos ou mágicos), recorrer à história do Império Inca (temática com pouco apelo comercial em nossa sociedade)! Sim, são perceptíveis as influências de séries como “Harry Potter”, “Senhor dos anéis”, “Nárnia” e “Força Sigma”, entre outras. Mas essa mistura entre aventura, história e ciência (essas duas últimas, muitíssimo bem embasadas, por sinal), apesar de ser uma aposta de risco, deu muito certo e resultou em uma obra altamente original e coesa, sem excessos ou superficialidades. Ouso inclusive dizer que, em termos de qualidade literária, não fica devendo a nenhuma dessas (com exceção de Tolkien, obviamente, que é insuperável... Rs...). O livro tem o poder de prender a atenção de seus leitores já nas primeiras páginas. Seus personagens são cativantes. A leitura flui facilmente ao longo do texto. Devorei em algumas horas (divididas em 5 noites) suas 450 páginas. E ainda aprendi muito sobre a história Inca, tão superficialmente citada em nossos programas de ensino médio. Não deixo de torcer por continuações e, por que não, já que vivemos em um mundo no qual sagas como “Crepúsculo”, “Insurgente”, “Jogos Vorazes” e “Maze Runner” fazem muito sucesso (Rs...), também não deixo de ver potencial para ver a história filmada um dia!
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