O Pastor como Teólogo Público

O Pastor como Teólogo Público Kevin Vanhoozer




Resenhas - O Pastor como Teólogo Público


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Rodrigo 10/07/2017

Equilíbrio e Amplitude
Um pastor e um teólogo podem caminharem juntos? Kevin Vanhoozer dirá: NÃO! Isso porque para Vanhoozer um pastor é um teólogo. Não qualquer tipo de teólogo, mas um teólogo público.

Kevin Vanhoozer e Owen Strachan buscam através deste exelente livro como o próprio subtítulo demonstra: recuperar a visão perdida. E que tarefa!

O livro tem uma introdução, quatro capítulos, divididos em duas partes, e uma conclusão. Na introdução Vanhoozer começa demonstrando como a figura e o papel do pastor tem sido moldado pela sociedade. E a visão dicotomista vigente entre o teólogo e o pastor. Enquanto o primeiro é o sujeito de uma mente extraordinária que vive enclausurado numa torre de marfim chamada academia, lidando com os conceitos e teorias, o segundo, é aquele indivíduo não tão capacitado intelectualmente que por não ter as “credenciais” para a atividade de “teologia profissional” lida com as questões de níveis mais práticas, no contexto eclesiástico. A partir daí, o autor fala de sua proposta: o pastor como teólogo público.

A primeira parte escrita por Owen Strachan é dividida em dois capítulos. No primeiro Strachan faz uma “teologia bíblica” do papel do pastor, tanto no Antigo Testamento, como no Novo. No segundo capítulo, ele descreve uma “teologia histórica” do papel pastoral. Ou seja, mostra ao longo da história como o papel do pastor foi mudando até chegar na visão que temos hoje.

A segunda parte é escrita por Kevin Vanhoozer, e também é dividida em dois capítulos. No capítulo três, Vanhoozer lida com a “teologia sistemática” do pastorado. Aqui, o autor fala da natureza e propósito do pastor-teólogo. No capítulo quatro, é a “teologia pastoral”, ou seja, Vanhoozer procura responder a pergunta: o que faz um teólogo público?

O livro conclui com 55 teses sobre o pastor como teólogo público que foram explanadas ao longo de toda a obra.

Se eu pudesse definir o livro em duas palavras seriam: Equilíbrio e Amplitude. Vanhoozer e Strachan fazem um trabalho espetacular que procura o equilíbrio entre a visão pastoral e cobre uma gama extensa de assuntos que isso envolve e deveria ser leitura obrigatória para aqueles que aspiram ao ministério pastoral. Tenho certeza que farei muitas visitas a este livro ao longo de minha trajetória.
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Felipe 20/08/2022

Contra a secularização do ministério pastoral
Esse livro é uma grande defesa de uma visão cada vez mais rara em nosso mundo contemporâneo: a visão do pastor como teólogo. As igrejas e os pastores buscam afirmar a sua necessidade e relevância de muitas maneiras no mundo atual. Para isso, importaram diversas imagens culturais de liderança. Os pastores são terapeutas, administradores, construtores, políticos, ativistas e magnatas da mídia, trocando "seu direito de primogenitura vocacional por um prato de lentilhas".

O livro é direto, mas amplo, seguindo bem a ideia de Vanhoozer, onde o pastor deve ser uma espécie de generalista. A introdução é magnífica, pois faz um diagnóstico preciso de nossa situação. Na primeira parte Strachan percorre o caminho bíblico e histórico do ministério pastoral. Destaque para o capítulo onde aborda o ministério da aliança no Antigo Testamento. Na segunda parte Vanhoozer aborda por uma perspectiva sistemática e prática. Quais tópicos resumem a natureza do ministério pastoral? Como o pastor leva adiante seu ministério como um teólogo público? Suas considerações do pastor como um artesão na casa de Deus são valiosas.

Por fim, Vanhoozer e Strachan fazem uma bela contribuição para a teologia pastoral. Este é um livro que pastores e candidatos ao ministério certamente deveriam dar atenção.
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