Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi

Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi Joachim Meyerhoff




Resenhas - Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi


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Lina DC 28/06/2016

A história é narrada em primeira pessoa por Joachim, um garotinho de apenas sete anos de idade. Ele é filho do diretor de um hospital psiquiátrico para crianças e jovens e a casa deles fica bem no centro dessa instituição.
"Na época, e ainda hoje, o hospital psiquiátrico regional para crianças e adolescentes no qual cresci se chamava "Hesterberg". É o maior do gênero em Scheleswig-Holstein. Meu pai era psiquiatra de crianças e adolescentes, e, quando se tornou diretor do hospital, havia lá mais de 1.500 pacientes." (p. 22)
Através de uma narrativa inocente e esperançosa, o leitor é levado a conhecer a loucura, mas de uma forma ainda mais peculiar. Enquanto é de se esperar que os pacientes apresentem seus distúrbios, o que temos na verdade é uma dinâmica familiar um tanto quanto perturbadora.
Claro que não é assim que Joachim vê o seu mundo. Tudo é extraordinário e incrivelmente sedutor e ele consegue através de seus olhos, passar uma visão diferente e ao mesmo tempo, esclarecedora.
Intercalando com a história familiar temos as histórias de alguns dos pacientes. Essa alternância e o fato de que não há uma ordem cronológica no enredo dá a leitura um tom mais dinâmico e ao mesmo tempo arrebatador.
"Andei pela casa e encontrei meus pais dormindo juntos em uma cama. Meu pai tinha colocado o braço ao redor da minha mãe. A cabeça dela estava deitada em seu peito. Nunca os tinha visto tão juntos, tão próximos." (p. 335)
O livro tem um enredo rico e um cenário completamente diferente do qual estamos acostumados a ler.
Joachim Meyerhoff conseguiu trazer em "Quando finalmente voltará a ser como nunca foi" todos os elementos para uma obra inesquecível: personagens complexos e profundos, um cenário diferenciado e marcante e uma trama cheia de nuances e muito bem desenvolvidas.
Em relação à revisão, diagramação e layout a Editora Valentina realizou um trabalho excepcional. Na parte interna do livro existem detalhes que auxiliam a enriquecer ainda mais a obra.
"Cada vez mais tenho a impressão de que o passado é um lugar ainda mais inseguro e instável que o futuro. O que deixei para trás deveria ser algo seguro, concluído, que já fora e só esperava para ser narrado, e o que tenho pela frente não deve ser o chamado futuro a ser moldado?" (p. 345)


site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Lorrane Fortunato 08/07/2016

Resenha - Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi / Dreams & Books
"Inventar significa recordar."

Mesmo tendo passado semana, desde que conclui essa leitura, ainda me encontro perdida. Não sei definir qual é o meu sentimento em relação a esse livro e nem explicar o que senti após terminar de lê-lo.

Fiquei perdida, estou perdida. Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca foi é um dos livros mais loucos que já tive a oportunidade de ler.

Durante toda a leitura e dias após terminá-la eu me encontrava ( e ainda me encontro) com um sentimento de "o que?". O que foi essa história? O que o autor quis passar? Qual foi o propósito desse livro? O que eu aprendi com ele? O que ele me deixou? O que, o que, o que?

Será que um dia terei essas respostas? Eu espero que sim!

Esse livro me enfiou em um poço, entrei numa ressaca literária como jamais tive antes e até hoje não consegui iniciar outra leitura. Mas, por que? Pelo o que eu fiquei de ressaca? Eu não sei! O livro escrito por Joachim me deixou completamente confusa e desnorteada.

"Quando a gente está com muita coisa na cabeça, busca respostas concentradas."


Foto por Dreams & Books.
Instagram @DreamseBooks
Mas, se você estiver pensando: "que livro estranho, ainda bem que não o li!" Pare! Apenas pare com isso.

Esse é um daqueles livros que você deve ler!

A escrita do Joachim é tão encantadora e envolvente! Não dá vontade que o livro termine nunca!

A história te prende, te emociona, te encanta, te apaixonada... e quando percebe, está sentindo como se fizesse parte dela.

O relato é extremamente realista, é como acompanhar o dia a dia de uma família comum. É preciso durante a leitura, parar e se lembrar que é uma história e que você não faz parte realmente daquela família.

A história é cheia de altos e baixos, nenhum capitulo é como o outro e não é em todos que encontrará algo emocionante. Pelo fato do autor ter se baseado em uma família e ter tido a vontade de deixar a história extremamente real, ele segue o molde da vida, nem todos os dias há algo de emocionante a ser vivido.

"Ficava me perguntando por que justamente aquilo que mais se deseja no mundo causa um medo tão atroz."

Foto por Dreams & Books.
Instagram @DreamseBooks

Quando Tudo Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi é diferente de tudo o que já li e foi um prazer embarcar nessa leitura louca.

Com uma capa maravilhosa, páginas amareladas e uma fonte ideal, esse é um dos livros que você precisa ter na estante!

Leia Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi e talvez você tenha mais sorte do que eu e, consiga responder a tão importante pergunta:

"A loucura está do lado de dentro ou de fora?"


site: www.dreamsandbooks.com
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Débora 03/08/2016

Voltando a ter uma vida que nunca se teve.
Dizem por aí que famílias são todas iguais; Sejam grandes ou pequenas, unidas ou distantes, liberais ou tradicionais, todas possuem os mesmos problemas e contradições – o que as diferencia é o modo como escondem das outras pessoas suas próprias loucuras. Se você ainda não está completamente convencido e gostaria de ter mais uma prova a respeito dessa afirmação, está mais do que recomendada a leitura do livro que estrela a resenha de hoje, Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi, que lhe dará um panorama único a respeito de quantos fatos surpreendentes podem estar vivendo por trás das paredes de um lar perfeito. Esse título grande esconde uma dolorosa verdade da vida do próprio protagonista, que conta de modo sincero a história incomum de toda sua vida familiar, resumida em 352 páginas de muita emoção e sensatez.

Já na capa do livro somos surpreendidos por um questionamento um tanto que intrigante: a loucura está do lado de dentro ou de fora? Isso tudo porque Joachim, quem nos acompanha por todo o livro narrando sua curiosa história, mora com os pais e os irmãos numa casa que ocupa o mesmo terreno de um hospital psiquiátrico para crianças e adolescentes. Hermann, pai de Joachim, é diretor desse hospital e responsável por manter tudo em ordem do lado de lá – nem que para isso precise levar um pouco da loucura de seus pacientes para dentro de sua casa. Com isso, o narrador mostra-se extremamente acostumado em conviver com pessoas portadoras das mais diversas deficiências intelectuais e transtornos psicológicos, podendo até mesmo citá-los como as maiores amizades que já tivera em sua vida. Dia a dia, Joachim passa por alguma experiência diferente que faz questão de nos contar, mostrando o quanto a loucura pode ser uma questão de ponto de vista, ou então, pode estar presente em nós de uma maneira muito intensa do que conseguimos sentir. Certamente esse não é um cenário dos mais habituais, mas conforme vamos lendo a história, acabamos nós mesmos caindo nesse universo e incluindo-nos como mais um membro da família – ou até mesmo como mais um paciente do hospital. Quem é capaz de nos dizer em qual ala nos encaixaríamos melhor, não é mesmo? O fato é que, de modo natural, somos inseridos numa história que cativará pela sua sinceridade e remanescerá em nossa memória por muito, muito tempo.

[...]

Leia a resenha completa com fotos e opiniões no blog Amor Livrônico ^-^

site: http://amorlivronico.blogspot.com.br/2016/07/resenha-quando-finalmente-voltara-ser.html
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Kris Monneska - Conversas de Alcova 15/08/2016

De louco todo mundo tem um pouco
Quando Finalmente Voltará A Ser Como Nunca Foi - A loucura está do lado de dentro ou de fora? É uma obra grande, assim como o seu título, não falo no sentido de longo, ou de ter muitas páginas e sim no de profundidade e conteúdo. Assim que comecei a fazer a leitura postei uma foto da capa do livro e disse que me identificava com esse título e várias pessoas confessaram que sentiam o mesmo e eu não me surpreendi. Acho que é inerente do ser humano almejar por uma mudança, ou está mergulhado em nostalgia, sempre em busca de uma realidade fantasiosa, pela realidade de outrem, "a grama do vizinho sempre é mais verde" mas, no fundo a gente sabe...
Vocês devem estar pensando: "essa resenha tá começando estranha..." desculpem é que o livro me fez refletir muito e consequentemente tô aqui filosofando. Hauhauhauahua

Enfim, a obra nos narra a história de Joachin, sim o protagonista do livro tem o mesmo nome do autor, o que acabou não me permitindo desvincular um do outro, mas não o livro é uma ficção e não uma biografia, porém eu acredito que quando o autor empresta o seu nome para um personagem tem muito dele ali e vice-versa. Um alter-ego, talvez? Quem sabe, mas que fique claro que essa parte é uma especulação minha. Continuando o menino Joachin é, digamos, que uma criança no minimo peculiar na primeira história nos contada, percebemos nele uma imensa fascinação pela morte, assim como um modo de agir diferente do habitual quando diante dela. E esse é um encontro que presenciaremos diversas vezes ao longo da trama, mas, não é só isso o que faz de Joachin um menino diferente, o lugar que ele mora também é muito interessante. Ele é filho de um médico psiquiatra e mora dentro de um hospital psiquiátrico. Por isso boa parte das histórias contadas no livro, nos relatam o dia-a-dia não só de sua família, mas também dos pacientes do sanatório.

A história é narrada em primeira pessoa por Joachin e não segue uma ordem cronológica, o personagem passeia por suas memórias e assim vai dividindo conosco acontecimentos, sentimentos e questionamentos. É comum durante a leitura identificar semelhanças entre a família de Joachin e as nossas, alguns hábitos familiares, estereótipos e padrões parece que são recorrentes independente de origem, credo, raça ou posição social. Um pai acomodado, uma mãe com excesso de funções e que cansada reclama, uma hierarquia no bullying fraternal onde o mais novo geralmente se ferra, a banalização dos problemas alheios, entre outras coisas. Muitas vezes o comportamento dessa família nos faz questionar o que define o limite entre sanidade e loucura. O convívio com essas duas realidades tão de perto, entre as páginas da história nos permite ver o nítido contraste, entre uma e a outra e isso faz com que aquela frase de que "De louco todo mundo tem um pouco." ecoe na nossa mente.

A Escrita do Joachin é leve e a leitura flui facilmente, ao mesmo tempo o autor tem uma pegada que vou chamar de "mais filosófica" que acrescenta uma grande profundidade a sua estória, algo que percebi ser bem comum na escrita alemã. Os personagens são bem desenvolvidos, uns mais do que outros, mas sem dúvidas o nosso protagonista, mais que todos.
O trabalho editorial da Editora Valentina está maravilhoso, desde a diagramação a revisão. A capa do livro pra mim é fascinante e remete exatamente ao conceito do que a história quer passar, questiona, faz pensar, leva o leitor para o cerne do mundo de Joachin.

Enfim, a leitura do livro foi maravilhosa, diferente de todos os livros que eu já li, me levou a pensar sobre assuntos sobre os quais eu normalmente não me questiono e com certeza me deu conteúdo que eu levarei para o resto da vida. Recomendo a leitura, para quem gosta de obras mais profundas e densas. Eu com certeza quero ler mais obras escritas pelo autor.

site: http://www.conversasdealcova.com/2016/08/resenha-quando-finalmente-voltara-ser.html
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Ileana Dafne 19/08/2016

A loucura está do lado de dentro ou de fora??
Não sei por que, mas livros com títulos grandes acabam me interessando mais do que o normal e assim que li a sinopse desse livro precisei muito lê-lo. Não conhecia o autor, mas quero muito que sejam lançados outros livros dele, pois amei a forma como ele escreve =D
Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi é narrado em primeira pessoa e traz a história do Joachim, o filho caçula de um diretor de uma instituição psiquiátrica, o Hospital “Hesterberg”, em Schleswig-Holstein. Eles moravam na casa do diretor, que fica no meio do terreno da instituição e é rodeada pelos prédios da instituição que eram nomeados com as letras de A até G, sendo que cada andar recebia seu próprio nome, como A-inferior, o térreo; C-médio, o primeiro andar; e J-superior, o segundo andar. Quando mais alto o paciente fica, mais grave o caso, então os pacientes dos andares superiores são os mais perigoso. Joachim conta que quando estava aprendendo a ler sempre que falavam as letras que estava familiarizado, ele questionava se era superior, médio ou inferior e isso importava demais, porque caso a palavra tratasse de algo inofensivo, era escrito com a letra lá em baixo e se fosse o contrário, com a letra bem alta.
Assim, nesse livro vamos acompanhando a história do Joachim, seus descobrimentos, aventuras, sofrimentos, desilusões, crescimento, etc. Aqui vemos como o sofrimento, a alegria, a indecisão, nossas imperfeições e toda situação, independente da importância que damos a ela no momento, pode influenciar muito nossa vida. Somos confrontados com a loucura nas mais diversas formas e sob um ponto de vista único, afinal os loucos fazem parte da vida do Joachim.
A família é composta por cinco membros, mãe, pai, irmão mais velho, irmão do meio e o Joachim. Também são destacados alguns dos internos da instituição e cada um dos personagens possui sua razão de estarem em foco, afinal alteraram de uma forma ou de outra a vida do nosso narrador.
A forma como Meyerhoff conta a história é tão fluida e envolvente que lia, mas a cada página que avançava desejava que outra surgisse no final do livro para que ele nunca acabasse. A divisão dos capítulos, o nome dos capítulos, cada pequeno detalhe, na verdade tudo nesse livro é maravilhoso.
A tradução está muito boa, porque em diversos momentos em que foi impossível aportuguesar expressões ou situações, a Karina Jannini colocou notas que ajudaram muito mesmo na compreensão geral da história.
E o que falar dessa edição da Valentina?? Tudo foi pensado para encaixar perfeitamente na ideia do autor e deu para perceber o cuidado que tiveram na diagramação do livro. Amei

site: http://www.livroseflores.com/2016/08/resenha-quando-finalmente-voltara-ser.html
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Larissa @laridallabrida 29/08/2016

"E se eu tiver que moldar meu futuro."
"Para muitos, tanto o caminho para entrar no hospital psiquiátrico quanto para dele sair era puro horror"
E ai galerinha, tudo na boa?
Hoje estou aqui trazendo para vocês a resenha do livro “Quando finalmente voltará a ser como nunca foi”. Livro publicado pela Editora Valentina, que é parceira do blog.
Assim que recebi o livro eu me apaixonei logo de cara pela capa. Só pelo título ser grande já me chamou muita atenção, a fonte utilizada e o modo como foi espalhada pela imagem da capa ficou maravilhoso. Junta com o desenho do menino fantasiado em alto relevo em verniz e o desfoque das árvores atrás e saiu esse resultado maravilhoso.
Todo o trabalho da diagramação também ficou perfeito, na folha de guarda existe um desenho que você só irá entender quando ler a obra. As páginas são amareladas e os capítulos são bem divididos. A leitura flui muito bem e não é cansativo.
Mas vamos falar sobre a história:
O livro se passa em um Hospital Psiquiátrico em uma pequena cidade da Alemanha. A família do diretor do hospital mora dentro dos terrenos da instituição. Uma casinha que abriga pai, mãe e os três filhos homens.

[CONTINUE LENDO NO BLOG]

site: http://www.quatrosentidos.com.br/2016/08/resenha-quando-finalmente-voltara-ser.html
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Driely Meira 03/11/2017

Intrigante
Joachim é um garoto um tanto peculiar. Filho mais novo do diretor de um hospital psiquiátrico, ele mora nas redondezas do hospital desde que se lembra, e já está acostumado com os pacientes que por ali perambulam. Ele inclusive tem alguns amigos de lá! Mas não é só isso o que faz dele um menino um tanto diferente. Quando tinha sete anos, Joachim encontrara um corpo (de um aposentado) enquanto ia para a escola, e à medida em que crescia, seus ataques de fúria (e birra) só aumentavam.

Joachim é muito ligado à cadela de estimação da família, mas até mesmo com ela ele se irrita de vez em quando. Seu pai está sempre com o nariz enfiado em algum livro, e raramente dá alguma atenção aos filhos (quando o faz, os meninos vibram de alegria), a mãe não gosta de viver no norte da Alemanha (e deixa isso bem claro ao reclamar do frio), e tudo o que os irmãos mais velhos fazem parece ser com o objetivo de serem maldosos com Joachim.

Hoje penso que, talvez, também a nossa família tenha sido sempre apenas um conceito para ele. A vida como diretor de um hospital psiquiátrico, a vida como capitão de um navio, a vida como horticultor autossuficiente no campo, a vida como pai e marido na família – nós também éramos uma teoria que ele só suportava sentado na sua poltrona, mergulhado em livros ou distante de nós. – página 213

Ao longo do livro, somos apresentados a vários acontecimentos da vida de Joachim (ou Josse), desde sua infância até seus vinte e poucos anos. Não são acontecimentos muito marcantes ou que nos fazem devorar as páginas, mas são interessantes, principalmente quando envolvem pacientes do hospital ou quando Josse deixa transparecer sua raiva sobre qualquer coisa. Eu estava doida para chegar logo no final e descobrir os motivos de ele sentir raiva por motivos tão bobos e insignificantes. Teria isso algo a ver com o fato de o garoto praticamente morar no hospital?

[...] Depois veio a raiva. Uma onda quente que subia dos pés e uma torrente de pensamentos vingativos. Vi punhos e sangue, levantei a cabeça e, de repente, estava diante da minha imagem refletida no espelho. Eu não tinha noção de que podia assumir uma aparência tão feroz. – página 89

Eu estava bastante animada para ler este livro, apesar de ter passado pelo Skoob antes mesmo de iniciar a leitura e ter visto que a história não havia agradado muita gente. Mas estava curiosa. Infelizmente, esperei demais da história, e acabei me decepcionando um pouco.
A narrativa é um pouco lenta e requer atenção, e muitos pontos são cansativos. Ainda assim, é uma obra interessante de se ler, e eu, no geral, gostei de acompanhar Josse em diversos anos de sua vida.

Claro, o livro não me fez rir, chorar ou demonstrar qualquer outra emoção a não ser raiva em alguns momentos (os personagens sabiam ser chatinhos quando queriam), e não é uma história com muitos altos e baixos, intrigas, cenas tensas nem nada do tipo. Quando finalmente voltará a ser como nunca foi é um livro morno, possui uma história intrigante (que promete um final um pouco mais elaborado; contudo, até que gostei do desfecho dado pelo autor) e um protagonista que não é muito difícil de se gostar.

Apesar de não ter me conquistado totalmente, Quando finalmente voltará a ser como nunca foi é uma história que conseguiu me prender do início ao fim, e eu fiquei surpresa quando descobri que o livro é, na verdade, uma autobiografia do próprio autor. Para quem busca um livro diferente (tanto em sua nacionalidade quanto em conteúdo) esta é uma boa dica. Mas antes, uma pergunta: a loucura está do lado de dentro ou de fora?

O silêncio me deprimia. Eu odiava ouvir meu sangue murmurar no travesseiro e ficar deitado no escuro como uma múmia preparada para a eternidade. Sentia saudades dos gritos, da gritaria tranquilizadora dos doentes. – página 96


site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Thaisa 07/02/2018minha estante
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Nicoly Mafra 28/11/2016

Resenha - Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi
Quando Finalmente Voltará a ser Como Nunca Foi foi um livro que me surpreendeu muito; eu adorei a escrita do autor, Joachim Meyerhoff, adorei o jeito que a história é narrada e fiquei realmente encantada com o desenvolvimento do livro.

Este livro é narrado em primeira pessoa, e conta a história de Joachim, o caçula de três irmãos que vivem com seu pai e sua mãe em um hospital psiquiátrico na Alemanha, onde o pai de Joachim é o diretor da instituição. A história é escrita em forma de pequenos contos onde podemos observar o desenvolvimento de Joachim, da sua infância até a sua vida adulta, e acompanhar a sua rotina neste hospital onde os pacientes são um tanto peculiares.

Adorei a simplicidade dos textos, onde temos momentos engraçados e outros muito tristes, mas tudo desenvolvido de uma forma bem delicada e tocante. A descrição do hospital e dos pacientes parecem ser bem reais, o que poderia tornar a leitura deprimente e massante, porém essa mistura de escrita cômica e melancólica, torna a leitura mais leve e cativante.

Confesso que este é um livro que não faz muito o meu gênero de leitura, mas estou muito feliz que tive a oportunidade de lê-lo. Foi algo bem diferente das leituras que estou acostumada a fazer, o que tornou a leitura ainda mais impactante. Leitura super recomendada!

Gostei muito da iniciativa da Editora Valentina de publicar aqui no Brasil um livro alemão, nesse mar de livros norte americanos foi muito bom ler algo de outra nacionalidade. A diagramação do livro está perfeita e estou completamente apaixonada por essa capa.
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Maravilhosas Descobertas 20/12/2016

RESENHANDO UM NACIONAL: Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi, de Joachim Meyerhoff

Isso é normal? Crescer entre centenas de pessoas com deficiência física e mental, como o filho mais novo do diretor de um hospital psiquiátrico para crianças e jovens? Nosso pequeno herói não conhece outra realidade - e até gosta muito da que conhece. O pai dirige uma instituição com mais de 1.200 pacientes, ausenta-se dentro da própria casa quando se senta em sua poltrona para ler. A mãe organiza o dia a dia, mas se queixa de seu papel. Os irmãos se dedicam com afinco a seus hobbies, mas para ele só reservam maldades. E ele próprio tem dificuldade com as letras e sempre é tomado por uma grande ira. Sente-se feliz quando cavalga pelo terreno da instituição sobre os ombros de um interno gigantesco, tocador de sinos.

Quando Voltará a Ser Como Nunca Foi, de Joachim Meyerhoff é um livro onde são narrados os relatos da vida de um outro Joachim, que na época em que o livro se passa, é apenas uma criança de sete anos. Ao ir sozinho para a escola, sempre passa por um campo onde até mesmo já encontrou um corpo de um homem morto. É claro que Joachim explanou o ocorrido, mas ninguém lhe deu a devida atenção.

Joachim é filho de um diretor geral de um hospital psiquiátrico para crianças, que se localiza próximo à sua casa. Sendo assim, Joachim sempre está perambulando pelas redondezas do hospital, estando presente a alguns acontecimentos e ataques de loucura, e até mesmo brincando com os pacientes. Isso tudo, faz com que o pequeno Joachim tenha o gosto peculiar de gostar de dormir ouvindo os gritos que vem do manicômio.

O livro segue com Joachim narrando como era sua vida, como ele lidava com as implicâncias dos irmãos, como ele lidava com seus ataques de histeria, como era a amizade dele com Ferdinando, como foi quando o homem dos sinos sumiu, entre outros.

Com uma escrita monótona e carregada, Joachim descreve lentamente os acontecimentos. É um livro que te prende e desprende, prende e desprende. Trás uma leitura arrastada, mas que vem com alguns pontos de vista interessantes.

Enfim, se não leu esse livro ainda, leia, se já leu, compartilhe conosco o que achou e não se esqueça de compartilhar com os amiguinhos. E recomendo a leitura, pode ser que sua opinião seja diferente, ou eu tenha lido errado. Então um beijo, e até a próxima postagem!

site: http://www.maravilhosasdescobertas.com.br/2016/12/resenhando-um-nacional-quando.html
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dayukie 24/12/2016

"O livro apesar de aparentar ser complexo, o texto é tão simples que a leitura fluiu extremamente fácil. A história me trouxe a sensação de alegria e tristeza, além de conhecer um pouco o país em que Joachim reside, a Alemanha. Com cenas e personagens bem descritos, eu simplesmente adorei a leitura."

Confira a resenha completa no blog.

site: https://goo.gl/Xnq2JL
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Paula Juliana 01/01/2017


A loucura está do lado de dentro ou de fora?
Mas o que é a loucura? É fugir do convencional? Do comum? É ter manias? É gostar de coisas que ninguém gosta? É correr pelado? É falar com sua cadela? É contar e aumentar histórias? O mundo está repleto de loucuras que vêm de dentro, que se transbordam, que fazem o normal virar chato!

Logo que iniciei a leitura fiquei intrigada, primeiro por não saber muito do que se tratava a obra, depois porque começou de uma forma esquisita, achei o personagem principal também muito estranho, sem contar as primeiras situações apresentadas. O menino tinha achado um morto, sim caro leitor um cadáver, e ele estava numa alegria anunciando a todos a sua grande descoberta, o que fui descobrir foi que Josse começa a história com sete anos, e é uma criança peculiar mesmo.

Seu pai é diretor de um hospital psiquiatra, muitas coisas que acreditamos ser estranhas, loucas, esquisitas, para Josse é totalmente normal. Fui descobrindo também que o livro é uma Biografia que esses personagens realmente existiram, a mãe aplicada, o pai aéreo que esta lá e ao mesmo tempo não estava, os irmãos, a cadela, o menino que ficou feliz em achar o morto, e contava inúmeras vezes para todos sempre aumentando a história.

Não sei se foi somente comigo mas estranhei o modo que a história é apresentada, ao mesmo tempo que o sentimento de confusão e estranheza tomava conta de mim, não parava também de achar o texto cativante, original e interessante.

Conta eventos do passado do personagem - Josse - desde seus sete anos até sua vida adulta.
Uma Biografia onde o normal é superestimado.
Personalidades peculiares mostrando o caminho de Josse, seu amadurecimento, sua vida de uma forma original. A leitura se arrastou um pouco no inicio, mas creio que é mesmo uma questão de se acostumar a forma da narrativa, nunca fui muito fã de não ficções, mas realmente amei a leitura.

O título é intrigante, assim como a capa e a diagramação, fazem essa biografia Alemã ainda mais interessante, indico para os loucos normais e os loucos peculiares com manias peculiares assim como Josse! Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi - A loucura está do lado de dentro ou de fora? de Joachim Meyerhoff é uma leitura gostosa, de fácil entendimento que leva o leitor a situações de vidas! Curti cada segundo, super recomendo!

Paula Juliana
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Thuanne Hannah 18/01/2017

Esta, mais uma vez, foi uma leitura bem diferente das que estou acostumada a ler. Quando finalmente voltará a ser como nunca foi nos traz uma bela história, vista através dos olhos de uma criança.

Joachim é uma criança muito esperta e curiosa, logo nas primeiras páginas do livro, ele se depara com um morto num jardim. Sua reação é um tanto diferente do que podia se esperar de uma criança, pois ele vai correndo até sua escola e conta para todo mundo o que descobriu. Neste momento, já podemos perceber que o mundo gira de uma forma diferente para o garoto, de uma forma bem peculiar e que conheceremos através desta obra.

"MEU PRIMEIRO MORTO FOI UM APOSENTADO.
Bem antes que um acidente, uma doença e a senilidade levassem as pessoas queridas e mais próximas da minha família; bem antes que eu fosse obrigado a aceitar que meu próprio irmão, meu pai jovem demais, meus avós e até mesmo minha cadela, companheira de infância, não eram imortais; e bem antes de eu manter um diálogo constante - tão alegre, tão desesperado - com meus mortos, certa manhã, encontrei um aposentado morto."

O garoto vive com sua família e sua cadela de estimação em um local um tanto inusitado. Um hospital psiquiátrico. É isso mesmo que você acabou de ler! Seu pai é psiquiatra e diretor do hospital, então a família vive lá, pois é um local muito grande e tem uma casa especial para o diretor.

Joachim gosta de dormir ao som dos gritos dos pacientes, o que é muito estranho, mas para ele tudo era normal, já estava habituado a tudo isso. Também era amigo de alguns pacientes e não tinha medo ou receio de alguns deles. Claro, no hospital viviam alguns "perigosos", porém, se mantinha afastado da maioria. Já alguns, apenas não eram bem compreendidos pelas pessoas, não eram em nada perigosos, mas Joachim os entendia muito bem, ou pelo menos tentava.

O livro é dividido em memórias, então em cada capítulo podemos acompanhar fases e acontecimentos da vida de Joachim e sua família. No começo, estranhei um pouco esta divisão, mas depois consegui captar a jogada do escritor.

A família se diverte com jogos, onde cada um tem sua especialidade e é questionado sobre ela. Cada um tem direito a uma assinatura de revista sobre um determinado assunto, achei isso um máximo, gente! Esses jogos traziam muita união à família, assim como os filmes que todos assistiam em algumas noites.

Ele e seus dois irmãos vivem em pé de guerra, naquela eterna provocação fraterna. Mas ainda assim, são muito amigos entre si. Quando alguém está doente, sempre tem alguém para ajudar!
Só não gostei muito das parte em que Joachim tinha algumas crises de fúria, o garoto começava a gritar loucamente do nada e era muito difícil contê-lo. Que garoto difícil, mas mesmo com esses momentos, gostei muito dele.

Ao decorrer do livro, os anos vão passando e muitas coisas vão mudando, a relação entre a família principalmente. As coisas ficaram um pouco turbulentas em certos momentos e torci muito para que tudo voltasse ao normal.

Enfim, foi um livro muito agradável de se ler. As memórias de Joachim ora são engraçadas, ora são tristes. Vemos que no fundo, esta é uma família normal, sujeita as fases ruim e surpresas da vida. O autor soube mesclar os acontecimentos e despertar a curiosidade de uma forma excepcional. Mesmo sem ter havido um "clímax" no livro, ocorrendo sempre de forma bem suave, foi muito tocante, em alguns momentos senti aquele aperto no coração... E as surpresas foram inevitáveis!

Bom, espero que tenham a oportunidade de ler esta obra e gostem tanto quanto eu. Com certeza, ela ficará guardada em um cantinho muito especial de minha memória.


site: http://www.everylittlebook.com.br/2017/01/resenhaquando-finalmente-voltara-ser.html
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ELB 31/01/2017

Every Little Book
Esta, mais uma vez, foi uma leitura bem diferente das que estou acostumada a ler. Quando finalmente voltará a ser como nunca foi nos traz uma bela história, vista através dos olhos de uma criança.

Joachim é uma criança muito esperta e curiosa, logo nas primeiras páginas do livro, ele se depara com um morto num jardim. Sua reação é um tanto diferente do que podia se esperar de uma criança, pois ele vai correndo até sua escola e conta para todo mundo o que descobriu. Neste momento, já podemos perceber que o mundo gira de uma forma diferente para o garoto, de uma forma bem peculiar e que conheceremos através desta obra.

"MEU PRIMEIRO MORTO FOI UM APOSENTADO.
Bem antes que um acidente, uma doença e a senilidade levassem as pessoas queridas e mais próximas da minha família; bem antes que eu fosse obrigado a aceitar que meu próprio irmão, meu pai jovem demais, meus avós e até mesmo minha cadela, companheira de infância, não eram imortais; e bem antes de eu manter um diálogo constante - tão alegre, tão desesperado - com meus mortos, certa manhã, encontrei um aposentado morto."

O garoto vive com sua família e sua cadela de estimação em um local um tanto inusitado. Um hospital psiquiátrico. É isso mesmo que você acabou de ler! Seu pai é psiquiatra e diretor do hospital, então a família vive lá, pois é um local muito grande e tem uma casa especial para o diretor.

Joachim gosta de dormir ao som dos gritos dos pacientes, o que é muito estranho, mas para ele tudo era normal, já estava habituado a tudo isso. Também era amigo de alguns pacientes e não tinha medo ou receio de alguns deles. Claro, no hospital viviam alguns "perigosos", porém, se mantinha afastado da maioria. Já alguns, apenas não eram bem compreendidos pelas pessoas, não eram em nada perigosos, mas Joachim os entendia muito bem, ou pelo menos tentava.

O livro é dividido em memórias, então em cada capítulo podemos acompanhar fases e acontecimentos da vida de Joachim e sua família. No começo, estranhei um pouco esta divisão, mas depois consegui captar a jogada do escritor.

A família se diverte com jogos, onde cada um tem sua especialidade e é questionado sobre ela. Cada um tem direito a uma assinatura de revista sobre um determinado assunto, achei isso um máximo, gente! Esses jogos traziam muita união à família, assim como os filmes que todos assistiam em algumas noites.

Ele e seus dois irmãos vivem em pé de guerra, naquela eterna provocação fraterna. Mas ainda assim, são muito amigos entre si. Quando alguém está doente, sempre tem alguém para ajudar!
Só não gostei muito das parte em que Joachim tinha algumas crises de fúria, o garoto começava a gritar loucamente do nada e era muito difícil contê-lo. Que garoto difícil, mas mesmo com esses momentos, gostei muito dele.

Ao decorrer do livro, os anos vão passando e muitas coisas vão mudando, a relação entre a família principalmente. As coisas ficaram um pouco turbulentas em certos momentos e torci muito para que tudo voltasse ao normal.

Enfim, foi um livro muito agradável de se ler. As memórias de Joachim ora são engraçadas, ora são tristes. Vemos que no fundo, esta é uma família normal, sujeita as fases ruim e surpresas da vida. O autor soube mesclar os acontecimentos e despertar a curiosidade de uma forma excepcional. Mesmo sem ter havido um "clímax" no livro, ocorrendo sempre de forma bem suave, foi muito tocante, em alguns momentos senti aquele aperto no coração... E as surpresas foram inevitáveis!

Bom, espero que tenham a oportunidade de ler esta obra e gostem tanto quanto eu. Com certeza, ela ficará guardada em um cantinho muito especial de minha memória.

site: http://www.everylittlebook.com.br/2017/01/resenhaquando-finalmente-voltara-ser.html
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