Emanuel.Müller 17/10/2023minha estanteÓtima resenha! Obrigado por compartilhar as citações. Tais argumentos e ensinamentos são essencial frente a debates acalorados em que ateus, que desprezam a fé judaico-cristã, acusam-nos com mandamentos e preceitos do Pentateuco, inclusive no quesito de misoginia: como é o exemplo de lapidar a mulher que profane o lar dos pais, mediante o pecado da fornicação.
Com a sua resenha e os comentários dos Santos Padres torna-se claro que houverem leis no Antigo Testamento que Deus outorgou, não porque Ele realmente queria, mas sim porque era necessário, uma vez que o povo tinha um coração duro.
Percebo que as pessoas de hoje tem uma dificuldade de entender que a dureza do coração era um fenômeno muito comum na antiguidade, e isto não é um pecado apenas dos judeus, mas terrivelmente presente nas outras culturas que incentivava abominações que atentavam contra a vida humana, como é o caso de religiões que usavam as mulheres para prostituição sagrada e assassinatos de bebês em ofertório aos deuses (sobre o problema dos sacrifícios humanos, recomendo a leitura "Eu via Satanás cair como um relâmpago" de René Girard).
Percebemos também uma injustiça dos próprios ateus quando mencionam a respeito da imagem da mulher, utilizando-se de descrições dadas no Antigo Testamento, sendo que Jesus, na Nova Aliança, promoveu e elevou a imagem da mulher (cf. Hans Urs von Balthasar aborda em seu artigo "A Dignidade da Mulher"), como jamais foi visto antes, a ponto de levar ao estranhamento do povo em ver o Senhor tratar as mulheres com dignidade e amor.
De fato, a Nova Aliança é belíssima e perfeita. Nem todas as leis do Pentateuco devem seguir sendo obedecidas, porque o nosso seguimento da lei tem como centro uma pessoa, que é Cristo Senhor.