Um Perverso Tom de Vinho

Um Perverso Tom de Vinho Matheus Mundim




Resenhas - Um Perverso Tom de Vinho


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Janine 30/08/2016

Um Perverso tom de Nessuno
O Tom de Vinho é tão perverso quanto Nessuno, a cidade que se passa a história. Com personagens característicos, que podem ser reconhecidos até os dias atuais em cidades do interior. Expõe de maneira casual os pré-conceitos e preconceitos vividos na época, bem como as relações de poder que regiam as cidades.
Construído com uma escrita fácil e acontecimentos que se desenrolam sem demoras, é um livro de se ler “em uma sentada” e de se reler várias e várias vezes.
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Guilherme.Campos 29/08/2016

Romance policial que faltava no Brasil
O livro é ótimo e de fácil leitura. O ambiente, os personagens (que não são gratuitos nem unilaterais) e suas ações são contados de tal maneira que permite uma grande imersão na cidade de Nessuno. O fato da história acontecer em um pouco período de tempo te faz não conseguir parar de ler. Recomendo a todos!
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SAMUEL 14/06/2017

Denso, sujo e violento.
Matheus Mundim, apesar de muito jovem e de carreira ainda curta, tem um estilo de escrita muito bem definido. Suas histórias trazem o clima policial noir, cidades sujas e personagens de moral questionável. Não há mocinhos e tudo é regado a muito álcool e ódio.

Seu romance de estreia, Liberte-se (leia online no wattpad) já trazia esses elementos muito bem dosados. Em Um Perverso Tom de Vinho, no entanto, Matheus se mostra mais maduro como escritor. A narração em terceira pessoa, diferente de Liberte-se, permite uma visão mais ampla da história e maior liberdade narrativa.

O livro se inicia num prólogo passado em um pequeno vilarejo português na Holanda, em 1945, e por si só já é um conto de horror estupendo, mas que é de grande importância para acontecimentos que encontramos no meio da história, e definitivo para o clímax.

No primeiro capítulo, voltamos a 1892, para contextualizar a cidade de Nessuno, onde se desenrola toda a trama. Aqui, Matheus extrapola o gênero policial, característico de sua obra, e traz dados históricos de forma bastante hábil, mantendo o clima pesado e sombrio que já é uma marca registrada de sua escrita.

A partir do segundo capítulo, entramos na vida do detetive José Fontes e seu parceiro Silas. Mas nosso protagonista está longe de ser um herói. Como a maioria dos personagens criados pelo autor, a dupla de detetives é cheia de vícios e pecados, trafegando em um submundo sujo, regado a álcool, sexo e violência.

A trama se centra no sumiço de várias crianças na cidade de Nessuno. Apesar de não ser um exemplo de policial, José Fontes se sente incomodado com o fato, e sente a necessidade de investigar o ocorrido. Daí a trama se desenrola, carregada de suspense, trazendo uma coleção de personagens peculiares: mafiosos, prostitutas, travestis, caipiras, índios e crianças, além de um velho conhecido nosso, aquele do prólogo.

Os fatos se desenrolam em ascendente, com revelações em doses homeopáticas, muita tensão e eventos trágicos, rumo a um clímax emocionante.

Um Perverso Tom de Vinho é um romance policial original, escrito com personalidade e bastante denso, que traz a experiência do autor, vindo de uma cidade pequena no interior de Minas Gerais, amplificadas por seu olhar pessimista e distorcido. Uma ótima pedida para quem gosta de um bom suspense e está cansado de mais do mesmo.


site: http://desarranjocerebral.blogspot.com.br/2017/06/resenha-um-perverso-tom-de-vinho.html
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