Wolf in White Van

Wolf in White Van John Darnielle




Resenhas - Wolf in White Van


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pudo.pudowski 27/12/2023

Wolf in white van é um livro onde nada acontece, porque tudo que era pra acontecer já aconteceu faz um bom tempo. me convenceram a ler o livro pelo fato de que é sobre videogames (é mais sobre tipo um rpg de mesa por correspondência) e que o john darnielle escreveu. eu sinto que falar que é um livro sobre jogos completamente perde o ponto do livro, porque, por mais protagonista que o trace italian seja da história, sinto que seu papel é sempre complementar ao real tema do livro, que é suicídio. se eu não fosse completamente apaixonado pelo estilo de escrita do john darnielle (o qual eu conheço pela sua banda the mountain goats, ainda não li outros livros dele) eu teria achado o livro muito chato, mas ele consegue fazer que eu sinta tudo que o nosso protagonista sente em todas as fatias de memórias que nos são oferecidas de forma anacrônica. não é um livro que eu recomendaria pra qualquer um, mas o recomendo facilmente pra pessoas que twittam letras das músicas do the mountain goats, acho.
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Thomas.Jordao 09/06/2021

Cultura pop, psicologia, existencialismo e o inexplicável
Recomendo a leitura em um momento. Eu li em 4 em aproximadamente 6 dias, e me arrependo, pois sua complexidade psicológica é grande, e ao chegar no fim, ter todos os eventos recentes é muito importante para realmente apreciar essa obra.
Um livro que tem uma estrutura interessantissima, que faz explodir sua cabeca depois que voce percebe sua relação com o proprio título.
Esse livro não é sobre o fim da história, não é sobre chegar do ponto A ao ponto B. É sobre a jornada. Repleto de metáforas, sendo a maior delas o próprio título, que pode ser relacionado à estrutura como a história é contada, são todas fenomenais. A relação do forte Itália com seus jogadores e a vida do Sean, que é o personagem principal e narrador, é sublime. Um livro que nos faz refletir que nem tudo na vida é explicável , nem tudo tem um motivo, talvez nada tenha, talvez coisas aconteçam só por acontecer, pra ver no que vai dar, como crianças fazem, aprender fazendo ( já parou pra pensar nisso?), e isso é extremamente essencial pois a sua busca como leitor pelo porquê do principal acontecimento do livro ter acontecido, se relaciona com o RPG que o Sean criou e também com diversos pensamentos que durante o livro vão sendo expostos pra você. Pensamentos diversos e constantes, cuja relação com a vida e todo o resto do protagonista é interessantíssima de buscar e entender, pois nem sempre são muito fáceis ou óbvias.
Um livro sobre juventude, ser um outsider, o perigo da alienação e vício de cultura pop, imaginação, problemas psicologicos e resoluções.
Não espere o plot twist, não é sobre isso. O fim esclarece pequenas coisas, como talvez a falta de culpa do Sean durante todo o livro (devido ao que ele decidiu por não fazer na hora final).
Um livro sobre futuros infinitos, sobre caminhos diversos que podemos tomar na nossa vida, sobre consequencias além da nossa imaginação.
O foco do livro para mim foi no Sean, seus sentimentos, sua mente, conforme ela vai gradual e lentamente se desenrolando a nossa frente feita de forma magistral pelo autor.
Não dei 5 estrelas apenas pois achei que algumas partes ficaram um pouco confusas além do necessário, embora seja essa a intenção do autor, já que a leitura se assemelha a psique do proprio Sean.
Espere ficar um bom tempo refletindo sobre si e sua própria vida, e morrendo de vontade de ler de novo.
Yana.Venancio 09/06/2021minha estante
Já vai sair da sua estante pra minha ??




Rose 08/05/2021

Sean é um personagem inconstante
 Esse é um livro bem diferente do que eu estava esperando.
O livro se resume a descobrir como ele se sente sobre as coisas ou porque ele tomou certas atitudes.
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Sofia Trindade 03/09/2016

Sean sofreu um acidente que lhe deixará uma marca eterna. Como forma de encontrar um refugio para seus problemas ele decide criar um jogo interativo, em que ele trocaria cartas com os jogadores. Nasceu então o Forte Itália.

Tudo ia bem, aos poucos Sean ia conquistando alguns jogadores e perdendo outros, porém algo horrível acontece novamente. Dois jogadores do Forte Itália decidem misturar o jogo com a realidade, e acabam se envolvendo em um acidente que tira a vida de um deles. Mesmo com a tragédia Sean decide continuar com o jogo, pois ele é sua única forma de fugir um pouco da solidão que o aflige.

Sean é um personagem com uma mente bem fértil e pude me identificar em partes com isso. O personagem vive em um mundo de devaneios desde que era muito pequeno, e isso foi introduzido de forma um tanto confusa na história. A mudança de ambiente e memórias que ele tem acabam chegando de uma forma inesperada e algumas vezes me perdia na narrativa.

O livro tem o foco em três coisas: a vida de Sean, o Forte Itália e o acidente de Carrie e Lance, mas apenas a vida de Sean foi o foco mais desenvolvido. Por ser uma temática relacionada ao jogo que Sean criou, esperasse que a leitura seja algo dinâmico, com cenas marcantes do jogo que levassem o leitor a sentir tudo o que Sean queria passar através de suas cartas, mas fiquei surpresa ao ver que a leitura era bem carregada e voltada para outros assuntos.

Wolf and White Van foi uma leitura que me trouxe uma surpresa um tanto negativa. O livro é carregado de sentimentos de dor e confusão e essa parte foi bem passada para quem lia, mas ao mesmo tempo se tornou uma coisa que desanimava o prosseguimento da leitura.

Percebi que alguns tópicos importantes ficaram em abertos, o que me faz pensar se a intenção do autor era causar uma reflexão em seus leitores ou prosseguir com o assunto em um futuro qualquer, mas ali no momento acabou se tornando um pouco... desnecessário.

Gostaria que o desenvolvimento do livro fosse algo mais jovem e fácil de se ler, mas não é. Então recomendo para os leitores que preferem algo mais denso, profundo e que traga pensamentos mais reflexivos.

site: http://formula-amor.blogspot.com.br/2016/09/resenha-wolf-and-white-van-de-john.html
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Tamirez | @resenhandosonhos 12/08/2016

Wolf in White Van
Sean Phillips sofreu um acidente aos 17 anos e ficou com o rosto deformado, causando-lhe um isolamento inevitável com o mundo durante a sua recuperação. Foi nesse período, ainda no hospital que ele teve a ideia de desenvolver um jogo. Foi assim que o RPG Forte Itália nasceu.

A lógica do jogo, mesmo depois de muitos anos depois é que as pessoas jogem e mandem duas ações pelo correio para a Focus Games, empresa de Sean, e ele retornará com novas instruções ou opiniões sobre o que cada jogador fez, transformando a experiência do jogo em algo compartilhado em jogador e desenvolvedor.

Porém, um casal que jogava junto acabou indo longe demais e trouxe uma das tarefas para a vida real, fazendo com que Carrie acabasse morta e Lance ficasse paralisado depois de quase congelar até a morte enquanto reproduziam uma cena do jogo. Isso causa uma revolta na família da jovem e também entre os amigos e alguns jogadores, fazendo com Sean fosse processado.

“Às vezes, tento dar significado aos meus sonhos: conectá-los ao acidente – o que parece se encaixar perfeitamente nesse caso – ou conectá-los a coisas que estão acontecendo na minha vida. Mas há tão pouco deles, tão pouco para escolher nos meus sonhos.”

Em meio aos momentos em que vemos esse homem recluso indo e voltando no tempo nos dando fragmentos sobre sua vida e o que aconteceu com ele, também conseguimos enxergar a forma como encara o mundo e como ele se libertou dos pais, criou seu jogo, fundou uma empresa e hoje vive sua vida um pouco isolado, tirando grande parte de sua energia das cartas que recebe dos jogadores remanescentes e do progresso que eles fazem em Forte Itália.

MINHA OPINIÃO

Esse é um livro introspectivo e bem diferente do que eu estava esperando. Sean é um personagem inconstante e que não apresenta seus pensamentos de forma linear, fazendo com que o leitor vá e volte na histórias várias vezes buscando fragmentos do que aconteceu com ele.

Eu não sou uma grande fã de livros que se passam somente na cabeça de um personagem que vive isolado e confesso que naveguei em águas misteriosas lendo esse livro. Apesar de trazer várias reflexões, achei a trama um pouco vazia enquanto a propósito. O que é o foco? O que ele fez, quem ele é, a vida que escolheu ter, as consequências do jogo, sua redenção? É difícil saber verdadeiramente. Ele sai raramente de casa para comprar coisas específicas e muito pouco interage com pessoas. Quase tudo o que temos são suas memórias pipocando e um monólogo interno dele contando fatos sobre o jogo e tentando inserir o leitor no cenário do RPG.

“Forte Itália existia há tanto tempo que havia ganhado autonomia. Eu não me sentia no direito de revisá-lo. Aquele direito pertencia ao jovem que havia escrito o jogo, e ele agora estava morto.”

Eu não sou uma grande jogadora de RPG ou qualquer jogo, portanto não saberia dizer se a proposta do Forte Itália é muito legal ou pouco atrativa, mas achei interessante a forma de interação ser pelo correio e os usuários agirem completamente diferente frente a isso. Alguns só contam o progresso com poucas palavras enquanto outros trazem realmente uma carta com alguns dados mais pessoais ou emotivos.

Pelo que percebi lendo o livro, Forte Itália foi o combustível que reergueu Sean do lugar onde foi parar depois do que aconteceu com ele, bem como é o que lhe mantém vivo. Por vários momentos ele conta como foi escrever o jogo e como é receber as cartas e fica claro o apelo que elas tem pra ele. E, mesmo que ele não se aproxime verdadeiramente de nenhum jogador além da “distância profissional”, é possível ver que alguns acabam mexendo mais com ele do que outros e que há apenas poucos jogadores que estão desde o início ou alcançaram os níveis mais profundos do jogo.

Aos poucos também vamos descobrindo o que verdadeiramente aconteceu com ele e como ele ficou deformado. O que passava na cabeça daquele menino de 17 anos e como essa tragédia o tornou quem ele é no presente do livro. Porém, em contra partida, não vamos muito além disso. O livro se resume a descobrir como ele se sente sobre as coisas ou porque ele tomou certas atitudes, bem como a forma como ele interage com as pessoas quando isso se torna possível.

Sean é um cara recluso, e ao adentrar a mente dele é possível encarar uma série de confrontamentos que merecem reflexão, mas como disse antes não era isso que eu esperava do livro e acabei me decepcionando um pouco. Wolf in white van tem pouco mais de 200 páginas e é rápido de ler, porém a escrita de John Darnielle não é das mais fluídas, combinando bastante com o que parece ser a personalidade do personagem principal e suas inconstâncias.

O livro tem várias menções à cultura do jogos e filmes e acredito que é possível que leitores que gostam do tipo de narrativa de Eu Sou a Lenda, por exemplo, vão gostar bastante de Wolf in white van. Como pra mim não houve uma conexão com a história e também não tive nenhum momento de “Wooow” lendo o livro, serviu como uma experiência bacana, mas não entrou pro hall de favoritos. Creio que para os leitores que também se identifiquem com jogos será uma experiência legal, já que há várias descrições e é possível imaginar o jogo na sua mente enquanto se caminha por elas.

site: http://resenhandosonhos.com/wolf-in-white-van-john-darnielle/
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