LT 12/07/2017
Essa história é uma das melhores que já li, ela é intrigante e conta sobre uma família tradicional, mas, diferente de todas. A história é pessoal e íntima. O mais velho da família é o patriarca, é sábio e todos o obedecem. Uma família onde os deveres e obrigações são leis, e se alguma regra for quebrada existe o perigo de ser expulso e excluído da família e confesso que isso conseguiu chamar minha atenção do começo ao fim.
Vamos lá, espero vocês entendam um pouco do que estou escrevendo, o resto deixo para vocês lerem – risos.
Murat é o primo mais velho, sua responsabilidade era a de cuidar dos mais novos. Ele era centrado nas tradições e costumes, direto em suas atitudes, sério e rígido. Mas, sua prima Ayla sempre o tirava do sério com suas peraltices.
Ayla era uma garota sonhadora, sem malicias, todavia, sua ânsia em conseguir liberdade de qualquer modo, a qualquer custo, a deixava egoísta, e ela agia, mesmo que tivesse que passar por cima de seu primo Murat. Em suas atitudes não pensava duas vezes em colocar seus primos em perigo, que muitas vezes eram castigados por causa dela.
Como tradição manda, Murat era o tutor de Ayla, e como era difícil para ele essa tarefa, ela chamava muita atenção por ser bela, simpática e alegre, os garotos ficavam em cima e Murat fazia marcação cerrada, ele não gostava daquilo.
As brigas eram constantes, Murat não entendia seus ciúmes, também como não conseguia delatar Ayla ao patriarca Mustafá – seu avô –, pois tinha muito trabalho com ela, entretanto, tinha medo de que ele a punisse.
Ayla, por sua vez, sempre aprontando e deixando Murat tão bravo que ele vivia pressionando-a a fazer a coisa certa, mas ela era geniosa e tramava contra ele – era um pé de guerra sem fim –. Com os desentendimentos e por morarem na mesma casa, com o fato de que se viam toda hora, Murat estava tão envolvido que acabou apaixonando por Ayla. Porém... isso não podia acontecer, não em sua família. Primos consanguíneos não podiam ter um relacionamento e muito menos casar, assim era a lei!
Não aguentando mais, Murat não tinha como solucionar seu problema, estava cada vez mais difícil ficar perto de Ayla, portanto o mocinho resolveu conversar com o patriarca da família, contou sobre seu amor por sua prima, apesar de ser repreendido, osso não mudaria os seus sentimentos, seu amor por ela não ia passar.
“Murat, a união entre primos foi proibida em nossa família há muito tempo pelo meu bisavô, que era católico. Apesar de a sua religião não proibir essa prática, a união nunca foi bem vista entre os seus. Abrir mão disso é abrir mão das regras e tradições da família.”
Como Murat era um homem honrado, resolveu afastar-se de tudo e de todos. – Suspirei, gente... Esse homem não existe!
Ayla não sabia o que estava acontecendo, apenas o fato de que Murat havia sumido. Ele não atendia o telefone e não respondia suas mensagens, ninguém contava para ela para onde ele foi. Ayla entrou em desespero, estava em conflito, ela não entendia seus sentimentos, trocaria sua liberdade pela volta de Murat, mas de uma coisa ela tinha certeza: amava-o.
Depois de algumas umas semanas, Murat volta para participar de um casamento na família, e lá encontra Ayla – Nossa, foi o tipo de encontro de tirar o fôlego! –, os dois, naquele momento, perceberam que não poderiam mais viver um sem o outro.
Contra todas as tradições, Ayla e Murat foram morar juntos, isso parecia à coisa mais certa a se fazer, pois não conseguiam viver separados. Porém, no entanto, todavia... foi aí que começou as intrigas, as para valer! Um membro da família muito próximo estava tramando pelas costas dos dois – um lobo em pele de cordeiro.
Ayla e Murat lutaram muito contra as situações que colocavam a prova seu amor, mas tudo estava dando errado: brigas, ciúmes – que sofrimento. Quando finalmente venceram essa batalha, veio à última cartada do inimigo para separa-los, e? Eu não estava aguentando mais! Preciso ressaltar que o desfecho é interessante. Eles descobriram a armação, mas o estrago já havia sido feito...
“Você me ensinou a ouvir meu coração, Ayla, a cofiar no que ele diz. Agora preciso que se lembre disso e ouça o seu. Você sabe que eu seria incapaz de te trair. Eu te amo demais.”
Pessoal, vou deixar vocês curiosos: Por tudo que passaram, será que o amor é maior que a tradição familiar? Do que as intrigas? Do que as cicatrizes que estão carregando? Quem era o lobo do mal na vida deles? Qual o desfecho final dessa história instigante e viciante?
Os personagens são bem desenvolvidos, o enredo é narrado na terceira pessoa. Não notei erros ortográficos, e a autora tem uma escrita leve e gostosa. O livro trás um pequeno dicionário de termos sobre alguns nomes em turco que eles utilizam durante a historia, é bem legal! A capa é linda e nos apresenta o cenário da cidade de fundo. Não posso falar muito sobre edição, por ter lido a versão em e-book da Amazon.
Shay Nuran evidenciou bem as tradições familiares, dando destaque ao convívio, respeito e honra, o que mais salta aos olhos do leitor é o amor entre eles. A autora explorou um pouco Istambul, onde a história se passa, na Turquia, nos apresentando suas maravilhas.
Shay Nuran é brasileira, atualmente mora em Recife com seus pais, ela é pedagoga e turismóloga. Esse é o terceiro livro que escreve e eu adorei!
Fica dica! Leiam, para saber o que realmente acontece no final, final feliz ou não, é uma história deliciosa. Viagem junto com os protagonistas nesta história emocionante e esperem... Pois vem mais por aí! Vem mais da família Erdogan!
Até a próxima, pessoal!
Resenhista: Cris Santana.
site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/