Resenhas - Os afetos

Naty 24/02/2024

Os afetos
Um livro interessante com uma romance sensível, aborda as relações de um família com muitas personalidades diferentes e entre outros problemas. Interessante como aborda a distância e a saudade.

llargata 25/11/2023

é lindo, belíssimo, a arte é a escrita

apesar de me sentir longe de vivência deles acho que em muitos trechos o autor consegue fazer, de alguma forma, fazer você se identificar com algum dos personagens, e de repente eles são reais e sentem dor, muita dor

lindíssimo no começo eu detestei porque não tinha entendido pra onde ele tava seguindo mas com o desenrolar virou um dos meus favoritos com certeza!

Nana 20/11/2023

Livro nr 59 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Bolívia"

Que livro bom !!! Com poucas páginas mas muito marcante para mim.
Confesso que iniciei essa leitura sem saber nada sobre a trama, só comprei o livro porque foi o que encontrei para representar a Bolívia no meu projeto de um livro de cada país, e que bela surpresa!

Apesar de ser ficção, a história é baseada em personagens de uma família alemã que realmente existiu e viveram exilados na Bolívia após a segunda guerra mundial. Quando terminei a leitura fui pesquisar sobre essa família e os fatos são todos verídicos.
Os capítulos são curtos e narrados por diferentes personagens, o que torna a leitura mais interessante e fluida. Além do autor ter uma forma totalmente original de contar sua história.

Livrinho pequeno mas intenso e profundo. Acredito que não vai agradar a maioria, recomendado para quem gosta de uma leitura mais intimista.

Hannah Green 05/11/2023

Perdidamente impactada.
@umalavandaleitora no Instagram | Muitos escritores tentam encerrar suas histórias com um final em aberto, porém poucos conseguem essa proeza tão bem amarrada como o caso deste livro. Rodrigo Hasbún promete desde o início, uma narrativa reflexiva, e um retrato de alguns anos de uma família, mostrando como evoluíram, ou não, propondo uma novela bem no estilo daquelas minisséries icônicas da globo. O final em aberto, ironicamente falando, é tão bem fechado e amarrado, que é seu coração aceita o encerramento sem fim, entendendo mais do que em qualquer outro momento, que a vida é assim mesmo, a gente não sabe o fim de todas as pessoas que passam na nossa vida, muitas vezes nem da nossa própria família, temos notícias. Os eventos se desenrolam de maneira tão repentina, quanto na nossa vida, as pessoas mudando depois de eventos trágicos, da água para o vinho, sem que sequer possamos perceber o gatilho dessa transformação, quando vemos, já está lá, e como se sempre tivesse estado, mas agora aquilo que tava sob a superfície, veio à tona. Cada capítulo é narrada por um personagem, e cada personagem tem sua forma de narrar, que reflete suas personalidades, e depois que você percebe isso, a natureza da escrita passa a ser um complemento importante da construção da narrativa, antecipando ao leitor, o sentimento que virá, sem necessariamente "dar spoiler" da história. E fim, recomendo Rodrigo Hasbún e seu livro Os afetos, para todos aqueles que se sentem deslocados da própria história.

Julia Borges 14/08/2023

Um livro curto mas que demandou bastante de mim. Não me prendeu e o final foi mais confuso do que o começo.

Michele Custódio 06/05/2023

Poético
Livro de leitura fácil, embora um pouco confusa pela troca de narradores. A escrita é poética e bonita. Acompanhar o desenvolvimento dessa família e o crescimento das filhas é uma experiência triste, mas reflexiva. Vemos que, às vezes, os laços sanguíneos não são o bastante para manter a proximidade e a união. Outro ponto interessante para pensar é como nossos desejos individuais podem destruir e afastar pessoas importantes em nossas vidas. Até que ponto um sonho deve ser perseguido? O que é realmente importante? Quando é uma obsessão e quando é um desejo de vida?

Lucas.Ocampo 04/04/2023

Os Afetos
Os Afetos e livro do escritor Rodrigo hasbun, se passa em um momento delicado da história da Bolívia, a história em si tem alternâncias entre fatos reais e fatos criados pelo autor.

A história conta sobre a vida de uma família de imigrantes alemãs no auge da guerra fria para a Bolívia, a princípio a história começa com uma expedição em busca de uma cidade perdida Paitití, mas a história logo muda e começa focar na vida dos personagens da família Ertl.

A parte mais emocionante da história em si ocorre com a vida de Monika umas das filha de Leni um cinegrafista alemão pai de Monika, que pôr sua vez expressa os conflitos existenciais, conflitos com sua família, com governo, se tornando literalmente uma guerrilheira em prol da liberdade da Bolívia.

Em geral o enredo e bem raso, e as vezes difícil de conectar os fatos com o contexto geral, mas gostei muito da forma como o autor escreve cada parágrafo e quase uma metáfora da vida dos personagens, este é ponto que mais gostei a escrita do autor, no entanto, como a história é muito rasa, com poucos detalhes relevantes e história mais complexas, parecendo mais uma biografia do que uma obra de ficção como o próprio autor afirma é por este motivo que dou nota três a está obra.

Juu 30/03/2023

"Depois me dei por vencida.
Não é certo que a memória seja um lugar seguro. Nela também as coisas se desfiguram e se perdem. Nela também terminamos nos afastando das pessoas que mais amamos."

"Pensei em como era fácil as pessoas de desencontrarem, como era fácil perder gente."

Ramon.Amorim 20/09/2022

"Aqueles minutos o acompanhariam pelo resto da vida. Uma vez ou outra, obsessivamente, ele os reproduziria em sua mente: sua filha amada insultando-o, o som do motor de seu carro perdendo-se na distância"
O livro de Rodrigo Hasbún tem 128 páginas, iniciadas em La Paz, em 1955. Mas há tanta dor nele que a sensação é de ter lido muito mais que isso. É uma dor semelhante à que aparece no livro Uma tempestade como a sua memória, sobre o qual já escrevi. Isso porque é, parcialmente, uma história de um período específico da vida política do nosso continente e que, apesar de situada na Bolívia, é antes de tudo profundamente latino-americana.

A bravura e idealismo que constituíram a resistência vívida aos governos armados da América Latina foram tristemente combatidos por muitos assassinos covardes, torturadores e estupradores macabros a serviço do Estado. A vibrante energia militante da época aparece aqui em meio à psicologia dos personagens e também na gigante força de vontade com que carregam suas ações em momentos-chave do ativismo disruptivo. Até a família fica em 2º plano diante do horizonte político maior a ser construído. O autor recorre à polifonia para explorar as nuances dos seus protagonistas e consegue desenvolver bem a personalidade e as mudanças em cada um ao longo do tempo, o suficiente para que possamos compreender seus atos.

Tixi, a princípio, parece ser uma personagem menor, mas é por meio dela - na face menos ativista do livro - que o título Os Afetos faz mais sentido. A cena em que está sozinha com a sua mãe (já doente de câncer), que lhe diz "quero que se lembre assim de mim, na cozinha, fumando com você no natal de 1955" é um momento muito doce e impactante do livro, tanto quanto a história da velhinha de Huaricunca. Mais tarde Tixi será a autora da melhor reflexão da narrativa, que é ainda mais tocante pela especificidade do seu contexto: "não é certo que a memória seja um lugar seguro, nela também as coisas se desfiguram e se perdem, nela também terminamos nos afastando das pessoas que mais amamos".

O livro tem forte identidade latino-americana, em termos de gente e de ambiente (inclusive as cenas maravilhosas nos Andes), suficientemente bem narrados para indicar a sua leitura. Por fim, a sutileza do processo emocional pode passar despercebida em uma leitura desatenta, mas nela reside uma imensa e imperdível carga de existencialismo.

Queila 10/07/2022

O livro trata da história de um casal que tem interesses opostos e como isso reverbera na vida de suas três filhas. A escrita alterna a descrição dos pensamentos sobre o temperamento dos pais, a partir da perspetiva de cada uma das filhas.
A leitura é subjetiva, mas, muito dinâmica.

Nivia.Oliveira 15/04/2022

Bolivia
Trata-se de uma família de alemães fragmentada que tenta, por meio de uma viagem à Bolívia, se reencontrar.
Entretanto, quando os vínculos estão já estão macerados por um passado de isolamento entre si, perdidos, cada um tende a ser individualista, ainda que unidos em um lugar “abandonado até por Deus” que nunca deixavam de ser estranhos. Estavam sempre partindo... e “partir é coisa de covardes”. No desconhecido, distantes entre si eram “soldados em busca de uma guerra”.
Quando o pai põe fogo na floresta e filma com êxtase a queima dos animais, ele realmente comete a “grande destruição” (título do capítulo). As filhas percebem o quanto não o conheciam. Ele acaba por aniquilar sua própria família e não houveram “formigas de fogo nem serpentes dos incas” para protegê-los.
Monika se casa como uma forma de escapar e depois escapa do casamento infeliz para ser uma guerrilheira com dúvidas sobre seus propósitos. Partir... fora o que ela aprendeu a vida toda. O exército oferece uma recompensa por ela, agora sem identidade, com vários passaportes falsos. Ela não queria se refugiar na Dolorosa... já tinha dor demais.
No final, o pai, agora o velho Alemão (com “mais de cem anos”?) AINDA está perdido na floresta “A presença dele não é boa. Atemoriza-os e dá-lhes nojo e pena, fraco, imundo, mais para lá do que para cá”. Ele cava uma fossa. Para Monika? Para os ajudantes? Ou para si mesmo?


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br

Brenda Leticia 16/02/2022

Diferente
Uma leitura totalmente diferente do que estou acostumada, então demorei um pouco pra me situar na história. Gostei muito do enredo, da historia, do desenrolar da coisa toda.
Não faz muuuuito meu tipo o livro corrido, com saltos muito longos de um acontecimento para outro mas foi uma experiência ótima.

Lohanna Torres 12/12/2021

?Pensei em como era fácil as pessoas se desencontrarem??
Um livro surpreendente. Comecei despretensiosamente e, quando me toquei, já estava imersa na história. Começa com um ar de aventura e desbravamento, mas o decorrer da obra coloca a expedição para Paitití como mera coadjuvante. Talvez mais um pontapé para entendermos como o livro se trata realmente de afetos. As relações com as pessoas. Como elas vem e vão de uma hora para outra. Como ser do mesmo sangue não é segurança de uma relação harmoniosa e conjunta. O livro detém de uma carga histórica que nem se quiséssemos poderíamos ignorar, já que parte da obra foca de forma direta ou indireta de como tais acontecimentos influenciam na sua construção. Utilizando-se de nomes reais em linhas quase que inteiramente fictícias, Os Afetos te imerge em uma melancolia não tão escrachada assim. Superficialidade é talvez uma qualidade e talvez um defeito desse livro, depende do seu ponto de vista. Um ótimo livro. Obrigada, Hasbún.

Bea 28/11/2021

Venha achar paititi com a gente!
É um livro bem diferente do que estamos acostumados. A escrita, a organização, os diálogos, tudo. É uma obra que aborda muitos momentos, sentimentos e fases da vida de muitos personagens. Amadurecemos com eles e nos surpreendemos com ele. Demorei muitos meses para termina-lo, da metade para o final eu li em um único dia, não sei porque enrolei tanto. Venha achar paititi com a gente!

Recomendo a leitura.

Debora 24/09/2021

História interessante em um livro curto
Os afetos tem um fundo biográfico, apesar de ser uma ficção, contando a história de uma família composta de pai, mãe e três filhas que sai da Alemanha no pós-2ª Guerra Mundial e vai se instalar na Bolívia.
A história acompanha, de forma fragmentária, alguns pedaços destas vidas ao longo de duas décadas.
É uma história fluida e interessante, mas terminei o livro com muitas curiosidades. Talvez coubessem mais elementos nesta história.