A Mão Esquerda de Vênus

A Mão Esquerda de Vênus Fernanda Young




Resenhas - A Mão Esquerda de Vênus


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S.Paz 07/02/2024

Uma feliz coincidência
Terminei em pouco mais de uma hora, bêbada, de madrugada.
Há muito não me sentia tão mulher.
Há muito não me sentia tão não inédita.
Como é confortável se parecer com algo...

Entre os riscos que se formam nas dobras do lençol, eu entendi: estou aqui por um motivo.

A mão esquerda de Vênus desenhou em mim, com muito tremor por ser destra, uma feliz coincidência e dela me orgulho muito!
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pamllacardoso 20/05/2023

Fernanda Young, meu astro do rock!
A mão esquerda de Vênus é um dos vários dela que já li. Young foi meu astro do rock na escrita. Autêntica, punk, humana e completamente fora da curva.

"Se me revelo expondo as fraquezas, confusão, raiva. Não me constranjo. Há muito cansei de desculpar-me. Sou essa, e aceito não ser querida. Se me arrependo de algo, digo aqui e bordarei: Foi ter saído de mim, para deixar alguns entrarem."
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svrrichard 13/04/2023

É uma leitura diferente do que estou acostumado. Estou dando novas chances nas leituras de 2023 e me surpreendendo bastante.

É um livro que vejo como um diário. A primeira metade traz imagens de rabiscos, desenhos e pensamentos da autora. É como encontrar o seu íntimo e entender seus sentimentos.
Na segunda metade, muitos dos rabiscos e poemas e textos antes apresentados grossamente são organizados e apresentados ao leitor.

A autora expressa inseguranças, desejos, sonhos, frustrações e diversos sentimentos intrínsecos. Muitas passagens marcantes e interessantes.

"O vinho entra pela boca
E o amor pelos olhos
Isso é tudo que sabemos
De verdade.
Antes de envelhecer e morrer
Eu levo o copo até os meus lábios
Olho para você
E suspiro."
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Kamila 12/01/2023

esqueça tudo sobre o que você acha que é.
fernanda young, escreve de forma tão intimista que é como se pudéssemos sentir em sua totalidade. é impecável, é um rasgar e remendar-se. esse foi o meu primeiro contato e pretendo ler outras obras dela. uma artista completa e uma poetisa excepcional.
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Igor Santos 17/12/2022

A coragem de Vênus.
Aventurando-se pelos caminhos incertos e arriscados da poesia, a autora consegue desnudar-se por completo, em texto e em ilustrações: a caixa preta de seu processo criativo. Nessa obra Fernanda Young nos escancara sua fragilidade e grandiosidade. Uma obra única.
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Pam 15/02/2022

FY foi meu astro do rock na escrita. ???
Se me revelo expondo as fraquezas, confusão, raiva. Não me constranjo. Há muito cansei de desculpar-me. Sou essa, e aceito não ser querida. Se me arrependo de algo, digo aqui e bordarei: foi ter saído de mim, para deixar alguns entrarem.
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Camila Flores 14/09/2021

É Fernanda Young né??
Maravilhoso, sensível e ríspido ao mesmo tempo. As emoções são praticamente palpáveis e a agressividade nas palavras dos poemas se mistura c a figura apaixonada e sensível que na verdade era Young. Punk e com atitude, mas ao mesmo tempo frágil e mt sentimental, com frases lindas sobre a espera na escada e o buquê de flores
amarelas de alguém que não volta ??
O tapa na cara se torna cada vez mais ardido a medida que a gnt vai se identificando.
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Bert 28/06/2021

Esse é pra quem gosta
Fernanda Young não decepciona nunca

Os poemas são profundos e sentimentais. Achei incrivel a primeira parte são gravuras e a segunda são apenas poemas

Esse livro guardo pra sempre no coraçãozinho
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Isabelans 26/03/2021

a imersão no mundo de Fernanda young
esse livro é um compilado dos pensamentos, poemas e diários dessa escritora. O livro trás imagens de seus diários que embora não sejam em boa qualidade em epub, mostra a intimidade dessa poetisa mostrando desde suas metas para o ano até seus pensamentos mais mórbidos. Uma obra prima. Favoritado ??
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Guilherme 15/07/2020

Um belo trabalho gráfico e eu, pessoalmente, senti encanto pelos poemas, ilustrações e artes da Fernanda. Muito belo e melancólico.
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Revista LAF 28/05/2020

A mão esquerda de Vênus – Fernanda Young
A primeira metade do livro, na edição excelente da editora globo, traz fotografias e digitalizações de cadernos e anotações da Fernanda Young, desse modo apresenta com desenhos, bordados, escritos etc., o que há de caótico e rico no processo criativo da autora, e talvez em sua mente.
Em seus escritos algumas vezes é notável certa autoanalise ou um processo de autoconhecimento, no qual Fernanda aparentemente não teme expor suas inseguranças e angústias, mostra a partir de seus olhos a profundeza que há nos amores e os sofrimentos que isso causa. E de forma muito bonita a medida que se compreende começa assim a se aceitar, se permitir ser.
Obviamente não é o ponto discutir o que há de autobiográfico nos poemas, mas reforça-se a ideia de que o ato de escrever é se expor e mais ainda, escrever poesia é expor em um nível acima tudo o que se tem como verdade e o que compõe seus pensamentos e sua forma de sentir.

Instagram: @revistaLAF

site: https://www.instagram.com/revistalaf/
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pablobrodrigues 15/03/2020

«A mão esquerda de Vênus», de Fernanda Young
YOUNG, Fernanda. A mão esquerda de Vênus. São Paulo: Globo Livros, 2016.

***

Leio um livro de 2016. Tento escrever a reação a um livro escrito em 2016. Penso que o estilo deste texto pode ser chamado? “resenha”. Este texto poderia ser uma resenha de livros. Porém, não sei escrever resenhas. Um amigo meu escreve resenhas para um site de resenhas. E não conseguiria escrever da forma como ele escreve para um site de resenhas. Sou capaz de dizer tanto, e me esquecer sobre o livro que eu li. Se achas que isso é uma resenha, a generosidade é sua. A generosidade é totalmente sua.

Tudo começou quando um Amigo do Ceará disse estar lendo o livro A mão esquerda de Vênus, da Fernanda Young, para uma disciplina do doutorando. O nome não me trouxe nada à mente. Costumo dizer que prefiro os autores mortes, aqueles incapazes, sejam por mediunidade, ou por procuração registrada em cartório, argumentarem contra o que leio, digo e escrevo. Os mortos, normalmente, estão mortos.

Meu Amigo do Ceará me atribui um poema da Fernanda. “Você que escreveu?”. Eu pergunto. “Eu não conseguiria. Muito lindo! E muito vc”. Ele responde. O poema é o de número “13” e diz: “Odeio ouvir campainha ao longe./ Ou ele toca por mim, ou não deve tocar”. Aqui em casa a campainha quase nunca toca por mim. Ela toca quase sempre para o meu pai. Ao ouvi-la tocar eu nem mais levando na cadeira. E na hora do almoço eu digo: “É para você pai”. Como não restasse dúvidas de aqui em casa a campainha tocasse apenas para ele. Estive certo quase todas as vezes.

Encontro o livro de Fernanda e começo a ler. Seu título é inusitado. Muitas são as “Vênus” que encontramos no céu ou na terra. E precisar o elemento braço, sabendo que há Vênus sem braços; sabendo que há Vênus de grandes seios; sabendo que há Vênus somente esfera é inusitado: “A mão esquerda de Vênus/ Que afaga seus cabelos e/ Toca-lhe uma punheta canhota,/ Não sabe respeitar o Tempo./ Do Tempo, e sua gravidade Saturnina”.

A escritora vai se tornando mais familiar. Descubro que Fernanda está morta. Falecimento em 25 de agosto de 2019. (Teria matado a escritora com meu desejo de leitor?). A imagens do Google deixam seu rosto de poeta mais familiar. No site da editora encontro outras informações, me fazendo lembrar que o livro é cheio de fotografias, imagens, anotações e bordados. Daniel Trench é o projetista gráfico. Minha internet é lenta e só aos poucos consigo ver o site do Daniel. E um livro é, realmente, cheio de histórias: “Fernanda Young quebra em 2016 um jejum de quatro anos longe do mercado editorial. Seu mais novo “A mão Esquerda de Vênus” já está à venda”. Alguns ditos da escritora:

“Este livro que, agora, neste exato momento, enquanto escrevo este texto, – para agradecer, para oferecer alguns segredos a mais – está quase para deixar de ser só meu, para tornar-se “coisa”, para ser de todos que o quiserem ler […] Bom, dever não é lá um verbo com o qual eu concorde muito, principalmente quando estamos lidando com arte. Na arte, não se deve nada, afora salvar o artista de uma angústia insustentável. […] E porque esses poemas me salvaram, talvez sirvam para mais alguém. Também por isso, mas não só por isso, teimei em publicar A mão esquerda de vênus neste ano, em que comemoro o aniversário do lançamento do meu primeiro romance, em 1996. São treze livros em vinte anos, e eu amo o número treze” (YOUNG, 2016, p. 210).

O meu sumário registra 45 poemas. Em sua maioria expressão de um eu-lírico feminino, a dizer sobre passado, lembranças e amor. Destacaria muitos poemas, entre eles versos do poema de número “18”:

Há certas águas que não matam a sede,
Você já notou?
Como a saudade que não nos conduz a
Nenhuma epifania.
Saudade deveria sempre render um verso
Perfeito, visto que para nada serve.
Acordamos cansados por senti-la,
Se é que dormimos.
Ela nos rouba o presente, nos cega o futuro.
Estou assim agora: presa ao passado quando
Estive com você.
É claro, sou sábia, que nada do que lembro
É verdade.
O criei numa memória, toda feita de
Papelão pintado.
Uma maquete de arquétipos Românticos (YOUNG, 2016, p. 232).

A poeta que descubro estar morta, quer estar viva. Alguns versos roubam meu olhar. Outros, como é de costume, nem tanto. Associo os poemas a autores que li. Penso naquele outro livro de poesia que poderia ler. Cheguei ao fim. E agora? Decido escrever sobre o livro. Talvez faça viver a poeta morta. E na tiraria de um Eu que quer dizer, dois passados atrás para ouvir. Como o poema a me fazer lembrar de Franz Kafka, o autor que estudo: “É quando uma barata tem o peso exato para quebrar alguém. E ela quebrou! Tudo que parecia ser possível aguentar, mesmo que de forma já visivelmente esgotada, e frágil, foi por água abaixo com a barata na banheira”. (YOUNG, 2016, p. 273). A poeta agora está em minha memória “como o erro mais caro” (YOUNG, 2016, p. 258).

OUTROS TEXTOS
“Contudo, a ideia de A mão esquerda de Vênus nasce de um “encontro”. Há alguns anos, a escritora encontrou, em uma caixa cheia de livros de sua amiga Monica Figueiredo, um maço de cartas amarrado em uma fita de cetim. Em meio à biblioteca que criou para abrigar a doação de dezenas de livros da família Figueiredo, ela e sua irmã, Renata Young, descobrem cartas de amor instigantes e misteriosas de Laurinha, mãe de Monica, que as autorizou a seguir na leitura. Young acredita que a arrebatadora identificação com a autora daquelas cartas, tardiamente descobertas e escritas em lindos papéis finos, foi o elemento desencadeante do livro”. (http://globolivros.globo.com/livros/a-mao-esquerda-de-venus)

Desta vez Fernanda brinda os leitores com poemas íntimos e revela originais que mostram seu processo criativo. São versos permeados por desenhos, anotações, fotografias e bordados produzidos na última década. O projeto gráfico tem assinatura de Daniel Trench. (https://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2016/04/1765431-conheca-a-mao-esquerda-de-venus-novo-livro-de-fernanda-young.shtml)

“A mão esquerda de Vênus”, por Marília Gabriela (https://www.youtube.com/watch?v=HC69uYt547s)

site: https://pablobrodrigues.wordpress.com/2020/03/15/resenha-a-mao-esquerda-de-venus-de-fernanda-young/
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Nah @vamoslerumahistoria 27/07/2019

Fernanda. Sempre Fernanda.
[...]Não é porque sou grossa. Não é porque sou sensível. Não é porque sou sardenta. Não é porque tenho 43 anos. Não é porque tenho vontade de quebrar tudo. Não é porque corro. Não é porque sou hinduísta. Não é porque faço tudo para não ficar com a minha tia. Não é porque talvez eu fique. Não é porque aqui embaixo é mais difícil de escever. [...]
.
Anos atrás a escritora Fernanda Young encontrou, em uma caixa cheia de livros de sua amiga Monica Figueiredo, um maço de cartas, ali ela descobriu cartas de amor de Laurinha, mãe de Monica, que as autorizou a seguir na leitura, para Fernanda Young foram naquelas cartas que nasceu o elemento desencadeante do livro.
.
Em cada poesia a sensação de estar em uma montanha russa é presente e por vezes angustiante. É como ler um diário onde quem escreveu não planejou que alguém lesse,mas em algum momento foi decidido que aquilo deveria ser compartilhado. .
As colagens,desenhos,anotações e rabiscos fazem com que tenhamos a sensação de estar lendo algo tão íntimo e pessoal,coisas que talvez a escritora não tivesse coragem nem de dizer para ela mesma, mas teve coragem e entrega total para escrever. .
Amei a escrita de Fernanda Young, amei a construção do livro, amei a forma como ela se mostra, e mostra sua visão de mundo em cada palavra. Amei como as palavras ganham vida nas mãos dela.
.
Super indico!?
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Lari 18/07/2019

Metáforas
São poemas escrito pela a mão de vênus, para isso é preciso entender os significados que Vênus tem.
Me identifiquei com alguns poemas, só fiquei confusa sobre serem cartas de uma amiga falecida da fernanda, porém existem poemas da propria autora tbm.
Então é um livro em q a amiga falecidas é a autora se misturam.
São poemas fortes e como o começo do livro diz: são brutos, não lapidados. Mostra a força da mulher em ser amante, amada, não amada, ignorada, notada...
Vale a reflexão!
A edição está maravilhosa, em q o começo do livro até o meio, são os esboços da criação do livro com muitos desenhos perturbadores.
Goretti 01/06/2020minha estante
A mãe da amiga que é a falecida




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